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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Entre a prudência e a insensatez

Mateus 7.24-27 e Lucas 6.46-49

Jesus está no fim do seu sermão, ele chega agora na parte da conclusão onde apresenta dois caminhos, duas portas, duas casas e duas possibilidades; eles teriam que escolher entre uma ou outra. Não há opção de ficar em cima do muro. Quem está em cima do muro na realidade escolheu a porta larga. Jesus expõe a questão da escolha que devemos fazer de maneira surpreendente, de forma que não restam dúvidas a respeito do que fazer. Uma escolha conduz ao caminho mais fácil, mais barato, um verdadeiro atalho. O outro é mais dispendioso, mais distante e difícil de chegar, uma estrada muito comprida. Jesus mostra de maneira surpreende que a opção mais difícil é a melhor e mais segura.

Nesta parábola contada por Jesus existem dois homens e duas casas. Eles tinham o mesmo desejo, construir uma casa. E foi o que eles fizeram. Aparentemente elas pareciam idênticas: a mesma estrutura, o mesmo acabamento e parece que foram construídas bem próximas uma da outra. Jesus diz que ambas foram submetidas ao mesmo teste, enfrentaram a mesma tensão da natureza: Enfrentaram as tempestades, o transbordar dos rios e os fortes ventos. A diferença apareceu nesta hora, uma permaneceu firme, por que recebeu alicerces fortes e a outra ruiu por que não possuía alicerces. Jesus compara aquele que ouve e pratica as suas palavras com o homem prudente, que construiu a sua casa com alicerces fortes sobre uma rocha. Neste caso a casa é a vida que estamos construindo e a rocha são os ensinamentos que Jesus acabara de ministrar.

Para quem Jesus estava pregando?

O verso 28 diz que havia multidões ouvindo a Jesus e elas ficaram maravilhadas. Jesus estava pregando para seus seguidores, para aqueles que pararam para ouvi-lo. Perceba que apenas ouvir a mensagem de Jesus não faz de nós pessoas diferentes. Precisamos ouvir a mensagem de Jesus e tomar uma decisão de obedecê-la. “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será considerado um homem prudente...”. Ao contrário aquele que ouve e não as pratica será considerado insensato. Diante da exposição feita por Jesus as multidões precisavam tomar uma decisão. Jesus deixou bem claro qual era a melhor opção: “ouvir e praticar”.

Quem eram os dois homens?

O homem sensato – construiu sua casa sobre bases seguras. Este homem planeja, é paciente, tem uma boa visão de futuro, visa a segurança, busca sempre saber a forma certa de se fazer as coisas.

Quando fomos erguer o prédio da PIB em Belmonte/BA, lembro das enormes sapatas que foram cavadas até encontrar solo seguro para lançar os alicerces, por que aquele lugar era região de praia e um cálculo mal feito poderia levar todo o prédio a cair mais tarde.

O homem insensato – é um tolo, apressado, não mede consequências de seus atos, é impaciente, vive interessado em atalhos e em se dar bem. Em geral é descuidado.

Lembro-me de um caso que me contaram a respeito de uma laje que foram colocar no templo da IBAP há anos atrás, parece que os cálculos não foram bem feitos, e assim que terminaram de colocar, ela caiu por inteiro. Por sorte não havia ninguém em baixo. Parece que os cálculos não foram bem feitos.


Quais eram as duas casas e o que aconteceu?

A primeira casa era uma casa segura, por que tinha boa base, bons alicerces. Vieram as fatalidades e a casa permaneceu de pé.

A segunda casa era uma casa aparentemente boa, mas não havia alicerce, portanto era uma casa insegura. Esta segunda casa mostra que a aparência pode enganar. Vieram as tormentas da vida e ela ruiu.

O que Jesus quis concluir com este texto?

Todo aquele, que ouve as minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente..”.

A que palavras Jesus se referiu?

Jesus está se referindo a toda sua mensagem que acabara de pregar em seu sermão. Todas as questões por ele levantadas ali. Tudo o que está em Mateus 5 a 7. Aquelas foram as palavras de Jesus.

Jesus utiliza a figura das duas casas e compara aquele que ouve e pratica as suas palavras com o homem prudente, que construiu a sua casa com alicerces fortes sobre uma rocha. A casa é a vida que estamos construindo e a rocha são os ensinamentos que Jesus acabara de Ministrar. 

Conclusão

Em sua conclusão, Jesus leva os seus seguidores a tomarem uma importante decisão entre dois caminhos: a porta estreita e a larga. a porta estreita é a casa com alicerces, ela é mais difícil de ser construída, dá mais trabalho e os gastos são maiores. A porta larga é a casa sem alicerces, muito mais fácil de ser feita, e gasta-se bem menos, mas é uma economia não muito inteligente, por que ao final quem a construiu terá enorme prejuízo. Jesus não diz para seus ouvintes qual o caminho deveriam seguir, mas ele deixa claro que o homem prudente fará a melhor escolha, que é praticar as palavras ouvidas.

A coisa mais segura, mais sensata e mais prudente a fazer é ouvir as suas palavras e por em prática tudo o que ele ensinou no sermão do monte. Leia e releia todo sermão do monte bem devagar; deguste cada palavra. Releia as trinta e duas reflexões que foram feitas sobre os três capítulos de Mateus (5 a 7) e que estão gravadas neste blog, veja o que você ainda não consegue praticar, tome a decisão orientada por Jesus de praticá-las e ore pedindo ao Espírito Santo para te ajudar a cumprir todo o ensino de Jesus exposto em seu sermão.




segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Cristão, nem todos que se dizem ser são

Mateus 7. 21-23

Hoje em dia é mais comum uma pessoa declarar-se evangélico no Brasil. Houve um tempo no qual era bastante difícil declarar a fé em Jesus, porque haviam bem poucos crentes, e estes eram considerados como ETs. Lembro que eu recebia todo o tipo de bullying por ser sempre o único da turma que era crente. Nos últimos anos o evangelho esparramou-se por todo o País e esta situação mudou bastante, somente em poucas cidades ainda há resistência, a maioria no interior.

Entretanto, apesar de todo este crescimento de seguidores que estão aderindo a fé protestante, é preciso alertar para o fato de que uma pessoa declarar-se um cristão, não faz dela um cristão. É preciso bem mais que isto, e é para este detalhe que Jesus chama a nossa atenção neste trecho que chegamos do Sermão do Monte.
Dizer Senhor, Senhor, não basta

Uma pessoa pode ter todas as características de um cristão: se vestir, falar, comportar-se, mas não entrar no reino dos céus.  Nem todo o que diz “Senhor, Senhor” entrará no reino dos céus; mas todos aqueles que de fato entram, com certeza declaram isto. Qualquer que se recuse a dizer, jamais poderá entrar; não haverá lugar no céu para quem não tem a Jesus com Senhor de sua vida.

Falar o nome de Deus, ou ter um mero conhecimento intelectual sobre a existência de Deus, qualquer pessoa pode ter, Tiago 2.19 diz: “Até os demônios creem e estremecem”, apesar disto, eles continuam sendo espíritos malignos. O simples fato de dizer que Jesus é Senhor, não faz de uma pessoa um cristão, é preciso bem mais que isto.
Pregar sobre o nome do Senhor também não basta

Uma pessoa pode conhecer bem a Escritura Sagrada, mas a mensagem não significar absolutamente nada para ela. Ela pode até mesmo usá-la como usaria qualquer outro conhecimento filosófico, achar rico em conhecimento e virtude, mas sem ter qualquer significado espiritual. Ela pode até mesmo reconhecer que Jesus é o filho de Deus e salvador do mundo, mas ainda assim não ser um crente nascido de novo.
É possível um homem pregar corretamente os princípios da Palavra de Deus, e fazê-lo em nome de Jesus, e no entanto permanecer fora do reino de Deus. No Antigo Testamento temos a história de Balaão (Números 22) como um exemplo de pessoa que foi usada por Deus para anunciar a mensagem profética, entretanto, ele mesmo foi apenas um profeta mercenário. A mensagem em nada fez efeito no seu coração; ele não mudou sua postura, seu comportamento, apenas entregou a mensagem por que assim Deus ordenara.
O apóstolo Paulo demonstra grande preocupação com este fato, de tal forma que ele declara em I Co 9.27 “Mas esmurro o meu corpo... para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”. Esmurrar o próprio corpo significa controlar tudo quanto a sua carne deseja fazer, seus desejos, suas vontades.

Pregar em nome do Senhor apenas não basta, é preciso ser aprovado tanto a mensagem quanto o mensageiro. Temos muitos pregadores de renome ao redor do mundo, com mensagens extraordinárias que fazem diferença na vida de muitos ouvintes. Multidões têm chegado ao conhecimento de Jesus através das mensagens destes homens, mas se a motivação deles for outra se não o Reino de Deus, estão correndo o risco de terem suas mensagens aprovadas, mas eles mesmos não entrarem no reino celestial.
Fazer sinais e maravilhas não basta

Há pessoas que dirão diante do Senhor que fizeram sinais e milagres no nome de Jesus. Porém se os seus nomes não estiverem escritos no reino de Deus, de nada adiantará tudo o que fizeram. Não adiantará prestar relatórios diante de Deus de todas as coisas boas que foram feitas: Mas Senhor, eu fui um bom pastor, levei muitas pessoas a salvação; eu fui um ótimo líder de células, minha célula foi a que mais multiplicou; eu fui um bom diácono, visitei muitas viúvas e doentes; eu fui do ministério de louvor, levei a igreja a profunda adoração; eu fui zelador, cuidei maravilhosamente do templo; eu fui um crente fiel, entreguei dizimo e ofertas de tudo o que recebi; eu orei por muitos que foram curados... Deus não quer ouvir nossos relatórios, por que ele já os conhece, tudo o que fazemos já está registrado no Livro da Vida.

Certa ocasião os discípulos foram enviados para evangelizarem e voltaram demasiadamente empolgados com o resultado: “Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos submetem” (Lucas 10.17). O Senhor Jesus os corrigiu dizendo: “não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus”.  Jesus estava dizendo, não se deixem levar pelos aparentes resultados, alegrem-se por que vocês de fato são convertidos.
Conclusão

Jesus conclui de uma forma muito dura: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim...”. Será muito duro para muitos ouvirem isto de Jesus. Portanto não se engane nada mais é tão importante no reino de Deus do que fazer a vontade de Deus e a primeira coisa a fazer é ter convicção plena de que o seu nome está escrito no Livro da Vida.
Para ter esta certeza você precisa de pelo menos duas coisas: 1. Arrepender-se dos seus pecados; 2. Confessar publicamente a Jesus como seu salvador. Estas duas coisas juntas se chama conversão. Você já fez estas duas coisas?

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Os falsos profetas

Mateus 7.15-20

No estudo anterior falamos sobre a porta estreita e a impossibilidade de levarmos bagagens antigas neste apertado caminho que conduz ao Reino de Deus. Neste trecho em que chegamos, Jesus mostra alguns dos perigos, empecilhos e obstáculos com os quais se encontram todos aqueles que tentam iniciar esta caminhada no estreito caminho rumo ao reino dos céus.


Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores” (v. 15).


Quem são estes falsos profetas?  Como poderão ser reconhecidos?

O que Jesus afirma é que pelos seus frutos nós os conheceremos. Mas, não se enganem, eles não se parecerão com lobos, serão sutis, irão estar revestidos em pele de ovelhas. Isto quer dizer que não será fácil a sua identificação. A aparência poderá ser a mesma, mas os seus frutos os denunciarão. Ele poderá pregar algo que parece o evangelho, mas sempre será denunciado por seus frutos.

Se um homem pregar algo escancaradamente duvidoso, como exemplo o Henri Cristo e tantos outros que afirmam ser Jesus Cristo, saberemos de cara que são farsantes. O problema não são estas pessoas que claramente são impostores, a nossa dificuldade está naqueles que tem toda aparência de piedade, são sutis, parecem com os santos de Deus, falam como santos, mas trata-se de um disfarce, são na realidade falsos profetas. Se eles se apresentassem como realmente são, qualquer pessoa poderia reconhece-los facilmente.

O apóstolo Pedro afirma que estas pessoas “introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras” (II Pedro 2.1). Eles estarão junto como o povo de Deus, estarão no meio dos salvos, com a intenção de desencaminhar aqueles que estão na estrada apertada tentando entrar na porta estreita.

O que há de errado no ensino deles?

No ensino ministrado por eles não há o elemento da “porta estreita”, nem há o “caminho apertado”. O ensino deles parece bom, mas não inclui nenhum desses dois aspectos. Eles procuram agradar a todos e escondem o que vai contra aos maus hábitos do homem natural. Aparecem sempre “disfarçados de ovelhas”, e mostram-se tão atrativos, tão amáveis, tão agradáveis de serem admirados. Sua mensagem é tão suave, consoladora e confortadora! Ele agrada a todos, e todos falam bem dele. Jamais é perseguido por causa de sua pregação, e nunca é criticado por causa da mesma, por que de forma alguma fala sobre o pecado.

O falso profeta sempre prega a favor da paz ou como defensor de uma causa, mas é apenas uma fachada para atrair militantes e boas pessoas. Usam destes pretextos para falar contra os verdadeiros profetas. Isto aconteceu na época dos profetas veterotestamentários, como exemplo Jeremias: “Eles tratam da ferida do meu povo como se ela não fosse grave. "Paz, paz", dizem, quando não há paz alguma”(Jr. 8.11). Desta forma, o ouvinte destas pessoas continuam agindo normalmente, sem preocupar-se, por que para ele está tudo bem.

O verdadeiro profeta prega sobre a porta estreita e o caminho apertado e a dificuldade que temos em seguir por ele, e todo o sacrifício e esforço que precisamos empreender para continuarmos e avançarmos. Não trata-se aqui de ensinar sobre conceitos de moralidade ou castidade ou qualquer outro princípio para tornar-se uma pessoa melhor. Isto pode ser encontrado em boas escolas e outras instituições de ensino. Trata-se de uma mudança radical de todo o seu interior. Os fariseus erravam justamente aqui, eles tinham uma aparência de piedade, mas em seu interior era como sepulcro caiado.

Os falsos profetas e a questão do pecado e da santidade

Os falsos profetas não enfatizam a questão do pecado e arrependimento que nos levam a uma real mudança interior, eles pregam somente sobre um viver tranquilo, próspero, como usufruir o melhor desta vida, independente de uma transformação interior. Eles não gostam muito de falar sobre pecado por que isto afasta as multidões. Assim as pessoas seguem tranquilas para o inferno.

Eles também não enfatizam a santidade, em geral falam para as pessoas praticarem algumas coisas exteriores e pronto. Não se pensa na santidade em termos de “não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo, e a soberba da vida” (I Jo 2.15-19). Estes têm sido os maiores problemas da igreja pós-moderna, os crentes tem amado demasiadamente as coisas do mundo e se apegado a elas. A mensagem dos falsos profetas tem sido oferecer a graça barata e um evangelho que não transforma o interior. Oferecem uma salvação facilitada, e um tipo de vida fácil de ser vivido.

Conclusão

Temos hoje muitos falsos profetas, são verdadeiros lobos vestidos em pele de ovelhas; eles possuem aparência de piedade, mas querem somente juntar multidões para delas se beneficiarem. Eles não estão interessados na salvação, cuidado, pastoreio; muito menos na santidade. As suas motivações são totalmente egocêntricas, só pensam em si mesmos e como engordar suas contas. Por esta razão não tem dificuldades em oferecer o caminho mais fácil, não tem escrúpulos para apontar para o caminho largo. Jesus disse: “Tenham cuidado com os falsos profetas”. Eles são falsos orientadores, o seu caminho é aquele que conduz para a perdição.

A melhor forma de se precaver contra os falsos profetas é querer ter de fato um relacionamento profundo com Deus. Isto se inicia com o arrependimento dos pecados, um desejo de mudança completa e radical, um coração humilde e quebrantado diante do Pai. Portanto, se você ainda não entregou verdadeiramente sua vida a Jesus, faça neste momento, ore a Deus pedindo para que ele te receba como filho e te livre dos falsos profetas. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Deixando para trás antigas bagagens

Mateus 7.13-14


As melhores coisas nesta vida são justamente as mais difíceis de serem conquistadas. Coisas fáceis não tem valor. As melhores coisas desta vida estão justamente nas portas mais difíceis de entrar e o Evangelho não é diferente disto. Para entrar por esta porta é necessário deixar para trás antigas bagagens.

No Sermão do Monte Jesus nos ensina que a vida cristã é um caminho estreito e apertado desde o começo. No entanto, muitos têm a impressão que uma pessoa pode seguir o cristianismo em meio às multidões andando no caminho largo. Porém as coisas não são assim. O evangelho de Jesus Cristo anuncia abertamente, sem qualquer abrandamento, que a vida cristã é algo que começa por uma porta estreita e apertada.

Se quisermos caminhar por ali, há certas coisas que teremos de deixar de lado. Não há espaço para tais coisas, por que temos de inaugurar a nossa vida cristã passando por uma porta apertada e estreita. Uma boa ilustração para entendermos melhor isto é uma roleta de ônibus, que só pode passar uma pessoa por vez e não tem espaço pra passar com muita bagagem.

Primeira bagagem a ser deixada: as multidões

A primeira coisa que precisamos deixar para trás são as multidões e a maneira de viver do mundo. Veja o que Jesus disse: “larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela”. O evangelho do caminho largo e fácil não existe.

Somos tendenciosos a fazer o que todos estão fazendo e ir por onde todos estão indo para sermos aceitos nos grupos sociais que frequentamos. Em geral aquilo que é diferente é rejeitado e por esta razão somos levados a nos moldarmos aos padrões, costumes, hábitos e maneiras de se comportar-se da multidão. Se frequentamos uma roda em que todos estão bebendo, somos tentados a beber, se as pessoas estão fumando cigarro ou um ‘baseado’, somos instigados a participar, se a moda agora é ser homossexual muitos aderem a moda para não serem rejeitados. Quem não aceita os padrões são taxados por adjetivos que não gostariam de receber, do tipo homofóbico, quadrado, facista.. devido a esta pressão muitos simplesmente acompanham as multidões. Como cristãos acabamos andando na contra-mão da multidão, abandonando seus costumes e valores.

Devemos entender que uma coisa é abandonar a multidão, outra coisa é abandonar o caminho da multidão. Há pessoas que trocam seus círculos de amizades antigas após se converterem, mas suas atitudes continuam as mesmas de outrora. Me faz lembrar um programa televisivo onde o comediante dizia: eu tento sair da Bahia, mas a Bahia não sai de mim.

Abandonar a multidão não é cortar as amizades antigas ou deixá-los de lado, mas é começar a influenciá-los com novos costumes, é fazer a diferença no meio em que você frequenta. Jesus estava sempre no meio de pecadores, mas ele os desafiava a abandonar seus pecados e mudar de vida. Todo o pecador que sentava com Jesus saía com uma visão diferente da vida. Deixar a multidão é deixar de ser influenciado pelo pecado e passar a ser um influenciador pelo Espírito Santo.

Segunda bagagem a ser deixada: o padrão do mundo

Não conseguiremos entrar pela porta estreita se decidirmos continuar carregando as antigas bagagens. Se continuarmos com os mesmos comportamentos que a multidão, que diferença faremos como sal e luz para este mundo? O padrão do Reino é alto e totalmente diferenciado, alguns deles que aprendemos nos estudos anteriores:

Mas qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra (5.39); 

E ao que demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas (5.40-41); 

Eu porém vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei o bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem (5.44)

Não obedecemos estas coisas por instinto, na verdade sentimos vontade de fazer exatamente o oposto: revidar, nos defendermos, amar somente a quem nos ama e odiar a quem nos odeia. O problema é que esta bagagem não pode entrar pela porta estreita. Este é o padrão do mundo.

Terceira bagagem a ser deixada: o “eu”

O “eu” não pode entrar pela porta estreita. Para entrar pela porta estreita é preciso deixar o “eu” do lado de fora. O apóstolo Paulo quando escreve aos colossenses declara: “... vos despistes do velho homem...” (3.9), isto equivale a dizer que o velho homem foi deixado de fora. O nosso “eu” não tem lugar no reino de Deus.

A coisa mais difícil na conversão é abandonar o “eu”. Isto somente é possível através de um espírito quebrantado. Quando nos quebrantamos diante de Deus damos espaço para o Espírito Santo agir em nossas vidas. Jesus disse: “se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo..”(Mt 16.24).

Conclusão

A maneira de viver cristã é difícil. Não se trata de uma vida fácil. Ela é por demais gloriosa e maravilhosa para poder ser fácil. O padrão é muito elevado. É medíocre a pessoa que quer somente aquilo que é fácil. Essa é a vida mais elevada que jamais foi descrita diante da humanidade, e, por esta causa é tão difícil. Podemos compará-la a especialistas de qualquer área. Sempre haverá menos especialistas do que trabalhadores comuns, não importa qual seja o campo de conhecimento. Quando atingimos o nível mais elevado, em qualquer profissão na vida, o grupo sempre se torna menor. A vida cristã é de altíssimo nível, esta é a razão por que é tão difícil e poucos são os que conseguem.

As melhores universidades, os melhores cursos, os melhore treinamentos, os melhores empregos, as melhores carreiras, os melhores concursos, as melhores vagas... são as mais difíceis de serem alcançadas. São poucos os que conseguem entrar. Há lugares onde sobram vagas e falta gente capacitada para assumir. Estes lugares são difíceis de entrar por que são os melhores. Só com muito esforço ou pagando um preço bastante alto é que se consegue entrar nestes lugares. Assim é o céu. É um lugar maravilhoso. É o paraíso preparado para os vencedores. O apóstolo Paulo que foi até o terceiro céu disse que viu coisas indizíveis lá. O céu é o lugar de descanso eterno onde não haverá mais dor, nem pranto, nem doença, pobreza, lamento e nem morte. É o lugar que Jesus preparou para todos os que lá desejarem morar. Porém, por ser tão especial, a entrada é altamente seletiva, a porta é estreita e apertado o caminho e não comporta a multidão.

Você gostaria de entrar pela porta estreita? Jesus é esta porta. Para iniciar a sua trajetória rumo aos céus, você precisa entregar sua vida a Jesus. Jesus te convida: “vinde a mim”. Você gostaria de aceitar o convite de Jesus para entregar sua vida a ele? Ele te ajudará a andar no caminho apertado e passar pela porta estreita, você não estará sozinho nesta jornada. Se você quer, ore neste momento, fale com Deus dizendo: “Deus, eu quero aceitar o seu filho amado Jesus em minha vida e em meu coração, eu quero a partir de hoje, andar pelo caminho apertado e entrar por esta porta estreita. Me ajude nesta caminhada. Amém”

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Reciprocidade cristã

 “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; Porque esta é a lei, e os profetas”. (Mateus 7.12)

Reciprocidade refere-se a responder uma ação positiva com outra ação positiva, e responder uma ação negativa com outra negativa. Você gosta que os outros digam coisas desagradáveis a seu respeito? Pois bem, não diga tais coisas sobre outras pessoas. Você não gosta de pessoas difíceis de serem tratadas, que só criam problemas? Então, não permita que o seu comportamento seja tal que você venha a tornar-se semelhante a uma dessas pessoas.

Todos os grandes manuais sobre princípios éticos, relações sociais, relacionamentos humanos, podem ser resumidos nesse princípio estabelecido por Jesus neste verso. Se examinarmos bem os grandes conflitos perceberemos que todos eles partem de problemas de relacionamento humano. Imaginamos que as crises internacionais são de natureza econômica, social e política. Mas, na realidade todas essas questões podem ser reduzidas ao relacionamento com os nossos semelhantes.

O propósito das leis de Deus


Temos uma tendência de pensar que o ensino de Jesus trata-se apenas de uma série de regulamentos que deveríamos cumprir, mas geralmente nos esquecemos do espírito da lei. Pensamos a respeito da lei como se fosse algo para ser observado mecanicamente. Neste ponto do Sermão do Monte, a preocupação de Jesus foi oferecer aos seus discípulos uma perspectiva correta da lei, uma vez que fariseus e escribas possuíam apenas uma visão superficial. Para eles bastava a aparência do cumprimento da lei. 

Precisamos pensar, por qual motivo a lei nos recomenda não cobiçar os bens e as possessões do próximo, ou a esposa, ou qualquer outra coisa que lhe pertença? Por que a lei nos recomenda: “Não matarás”, “Não furtarás” ou “Não adulterarás”? O que a lei pretende dizer através dos seus mandamentos? O propósito real por detrás de tudo isso é que amemos ao próximo como a nós mesmos, que nos amemos uns aos outros. Jesus queria resgatar a alteridade, o olhar para o próximo com compaixão.

Temos uma tendência para o mal

Sendo criaturas do tipo que somos, entretanto, não basta apenas determinar que deveríamos nos amar mutuamente, essa é uma questão que precisa ser melhor dissecada para nós. Em resultado da queda pelo pecado, nos tornamos indivíduos com grande tendência pecaminosa. Temos o desejo de pecar o tempo todo. Assim sendo, não é suficiente dizer-se: “Amai-vos uns aos outros”. Alguém pode pensar que é apenas uma questão se sentimentalismo. A questão vital é que você ame àquela pessoa, que você a compreenda e deseje o seu bem-estar, tal como você deseja para si mesmo.

Lloyd-Jones afirma que neste detalhe encontramos o resumo da lei e do que disse os profetas. Por exemplo, na antiguidade se alguém visse um boi de um vizinho seu, que tivesse fugido, deveria trazer-lhe o seu animal; ou se visse algo errado em sua propriedade deveria avisá-lo. A finalidade da lei era levar as pessoas a pensarem: Esse homem é semelhante a mim. Se fosse comigo eu teria um enorme prejuízo e isto não seria nada bom. Quanto eu ficaria grato a quem me avisasse ou me ajudasse a evitar este dano. O que a lei pretendia era que cada um se interessasse em ajudar ao outro como se fosse para si mesmo. Para que isto ocorra é necessário amor. O amor gera interesse pela felicidade alheia.

O que vemos hoje na sociedade é bem diferente deste ensino. As pessoas olham somente para si mesmas e para os seus interesses. Vemos o egocentrismo. As pessoas só querem o “venha a nós”, só querem receber, querem crescer às custas da exploração do próximo, não estão dispostas a abrir mão de nada. Dizem que amam, mas na verdade só querem satisfação de seus desejos, caprichos e vontades.

Conclusão

Jesus disse que deveríamos amar a nossos semelhantes como a nós mesmos. Mas fazemos exatamente o oposto, amamos a nós mesmos mais do que tudo. Essa é a condição do homem em seu pecado, como resultado da queda ele não pensa em ninguém, exceto em si próprio, não lhe interessando outra coisa senão o seu próprio bem-estar. Vemos até mesmo crentes nesta condição,.

Para vencer o nosso ego precisamos começar a exercitar o ensino de Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento (...) Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.37-39). Somente amando a Deus e ao nosso próximo podemos vencer o nosso ego.

Deus nos vê como um Pai amoroso, Ele nos trata mediante a sua graça e não em conformidade às nossas atitudes. É como se Cristo tivesse ensinado: “Olhem para os outros conforme eu mesmo tenho olhado para vocês”.


Somente Deus pode nos dar esta capacidade de amar ao nosso semelhante com toda esta intensidade, a ponto de sempre querer o melhor para ele. Para que isto aconteça você precisa abrir verdadeiramente a sua vida para Jesus e deixá-lo transformar completamente. Dê o primeiro passo, entregando sua vida a Cristo. Você deseja fazer isto agora? Se você quer convidar a Cristo para entrar em sua vida ore assim: Senhor Jesus, entra na minha vida e promove uma transformação total e completa. Que eu possa ver as outras pessoas como o Senhor mesmo as vê; que eu trate ao meu semelhante, como o Senhor mesmo os trata e como eu mesmo gostaria de ser tratado. Amém.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A grande promessa: Peça, busque, bata e encontre

Mt. 7.7-11

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (v.7-8)

Este trecho das escrituras traz uma das melhores declarações existentes na Bíblia. É um verso que nos anima, nos encoraja a continuar crendo, continuar buscando. Nada pode haver neste mundo de mais encorajador, ao enfrentarmos a vida, do que estas palavras de Jesus. Trata-se de uma das maiores e mais poderosas promessas de Jesus, o filho do Deus altíssimo.

Aqueles que são cristãos vivem pelas promessas bíblicas, cremos pela fé que elas irão se cumprir em nossas vidas. Houve um homem chamado Abraão, que é considerado o pai da fé, que é um grande exemplo de seguir pela fé em busca do cumprimento da promessa. Em Hebreus 11.8 diz que:

 “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia”.

O que o motivava é que ele sabia que não estava sozinho, e quem o acompanhava jamais iria deixá-lo. Ele sabia que o Senhor nosso Deus não o abandonaria em momento algum.

Existe uma condição para que a promessa se cumpra

Ao ler os versos 7 e 8 podemos ser levados a acreditar que Deus nos dará qualquer coisa que pedirmos a Ele. Parece que é só pedir e pronto, acontecerá. Mas isto não é assim, precisamos entender as palavras de Jesus. Jesus segue seus princípios que são divinos e jamais dará algo para nós que irá nos destruir ou destruir a vida dos outros. Assim como nós não damos aos nossos filhos algo que eles pedem e que sabemos que será maléfico para eles. Diferentemente de outras entidades a quem se pede para desfazer o casamento dos outros por que há um interesse naquele cônjuge ou destruir a vida dos outros por que não se gosta deles. Não, Jesus não irá atender a nossos caprichos.

D. M. Lloyd-jones afirma que Existem certas condições que precisarão ser cumpridas para que esta promessa se cumpra. Primeiro é que precisamos tomar consciência de nossa necessidade. Existem pessoas que pregam sobre Jesus Cristo de maneira completamente vaga, falam de Jesus sem falar sobre confissão e arrependimento dos pecados. Desta forma muitas pessoas seguem a Jesus sem entenderem que precisamos de sua graça e de seu perdão. Somente uma pessoa que percebe o quanto está quebrada é que será capaz de sentir a real necessidade de Jesus e clamar por sua presença.

Persevere em pedir, buscar e bater

A necessidade espiritual que temos de Deus nos faz: pedir, buscar e bater. Somente uma pessoa que sente que precisa de algo mais se sujeita a fazer isto, quem está abastado não precisa fazer estas coisas, por que já tem de tudo. As pessoas orgulhosas também não fazem isto, por que dizem: eu não preciso de pedir nada a ninguém! Mas quem tem necessidade pede, busca e bate. É preciso que aquele que o faz, faça com perseverança e não esmoreça em meio a sua busca. Lucas 11 exemplifica bem isto:

Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe; Se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; Digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister”. (Lucas 11:5-8).

Jesus contou esta parábola e termina no verso 9 afirmando: “Por isto, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-, buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”. Jesus reafirma isto quando conta a parábola do Juiz iníquo em Lucas  18.1-8. Quando uma viúva importuna tanto a um juiz que ele a atende somente para que ela possa deixa-lo me paz. Jesus conclui afirmando:

E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Lucas 11.7).

Se um homem iníquo ou mesmo um pai terreno sabe dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais não nos fará o nosso Deus?

Conclusão

João 1.11-12 mostra que Deus torna-se o nosso Pai, através de Jesus. Através de nossa entrega ao filho de Deus nos tornamos, por adoção (Ef. 1.5), seus filhos. Logo, como filhos, somos também herdeiros com Jesus, e fazemos parte pela fé de sua promessa, e quem fez a promessa é fiel para cumpri-la. Na qualidade de Pai, Ele cuida e se preocupa com seus filhos.  O seu desejo portanto é de sempre nos abençoar. Por esta razão, nem sempre ele nos dará tudo o que pedimos, não nos dará nada que irá nos prejudicar. Esta é a razão de nem sempre recebermos o que pedimos.

A promessa portanto de recebermos aquilo que buscamos e pedimos é feita aos filhos, àqueles que sentiram a necessidade de entregar suas vidas a Ele, aqueles que escolhem submeter-se à sua vontade e não tem vergonha de pedir, buscar e bater em sua porta insistentemente.

Para tornar-se filho de Deus, basta entregar sua vida a Jesus. Dizer sim para Jesus. Convidá-lo para entrar em sua vida e em seu coração. Você gostaria de receber Deus em sua vida? Se você quer dizer sim para Jesus, então ore comigo dizendo: “Senhor Jesus, entra em minha vida, perdoa os meus pecados, e me aceite em sua presença. Tenho muitos erros, mas sei que a partir de hoje, o Senhor irá me ajudar a concertá-los. Tenho muitas necessidades, mas sei que o Senhor irá suprir a cada uma delas”. Amém!

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Pérolas, cães e porcos

Mt. 7.6

Este é um verso bíblico que as pessoas muitas vezes utilizam como provérbio popular, quando querem dizer que uma pessoa não é digna de receber algo bom que lhe foi dado. É basicamente isto que Jesus está ensinando, porém ele é bem específico: ele fala sobre as coisas santas.

Nos versos anteriores, e 1 a 5 deste capítulo, Jesus ensinou sobre a questão de julgar o irmão. Ele disse: “hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho, e então, verás claramente para tirar o cisco do olho do teu irmão”.  Em sequência ele diz que não devemos dar aos cães o que é santo e nem lançar pérolas aos porcos. Mas o que são as coisas santas e o que são estas pérolas? E quem são estes cães e porcos que Jesus menciona?


As coisas santas

A palavra santo quer dizer separado, consagrado para Deus. Não trata aqui de um objeto consagrado para o serviço religioso, mas sim de sua própria palavra que é santa e preciosa.

Já viu quando você vai evangelizar uma pessoa e ela desdenha da Palavra de Deus, outras agem até mesmo de maneira violenta? D.M. Lloyd Jones assevera que na palestina, o cão não era considerado conforme estamos acostumados a fazer na cultura ocidental. O cão era o carniceiro das ruas, um animal meio-selvagem, feroz, perigoso e não um animal doméstico. E o porco, na cultura judaica, representava tudo quanto havia de mais imundo e que se devia repudiar. Muitas pessoas se comportam como os cães da antiguidade, xingando e até ofendendo os mensageiros. Se parecem muito com porcos que não conseguem distinguir entre uma pedra qualquer e uma pérola de grande valor. Portanto, não respeitam a mensagem de Jesus.

As pérolas

Pérolas sempre foram objetos valiosos de valor altíssimo devido a dificuldade de se obter. Uma pérola leva anos para se formar dentro da ostra. Ela é gerada a partir do mecanismo de defesa da ostra, que ao defender-se contra um objeto estranho, lança sobre ele uma substância própria para isolá-lo dentro de si. Ela se torna valorosa devido a sua dificuldade de formação. É preciso tempo e sorte para gerar uma pérola de grande valor.


O crente e o incrédulo

Esta passagem tem sido interpretada por alguns como sendo uma exortação para não se pregar o evangelho para pessoas consideradas grandes pecadoras. Estas estariam classificadas como cães e porcos. Mas, não creio que poderia ser isto, por que em todo o seu ministério Jesus sempre deu grande atenção aos pecadores.  Na verdade quem mais tinha dificuldades de entender os ensinos de Jesus eram os religiosos de sua época.

Conheço muitas histórias de pessoas que se identificam como crentes, vão costumeiramente a igrejas, são batizados, e até ocupam cargos de confiança em sua comunidade de fé, mas que comportam-se como porcos em determinados assuntos. Pessoas envolvidas com escanda-los, corrupção, adultério, pornografia e tantas outras coisas perversas. Pessoas que estão na igreja, mas escarnecem do evangelho. São muitas vezes pedras de tropeço para conversão de outras pessoas. Estas pessoas serão julgadas por seus próprios atos.  O Apóstolo Paulo nos adverte: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Embora sejam tidos como crentes, na verdade são porcos espirituais que estão pisando nas pérolas que receberam. 

Em Atos 18.6 Paulo estava pregando em Corinto, e se viu diante da inveja e da forte oposição deflagrada pelos judeus: “Opondo-se eles blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes: Sobre a vossa cabeça o vosso sangue! Eu dele estou limpo e desde agora vou para os gentios”.  Na qualidade de cães e porcos espirituais, eles se voltaram e lhe fizeram oposição, blasfemando e pisando na verdade que lhes havia sido anunciada.

Conclusão

No ensino de Jesus, cães e porcos podem ser tanto crentes como não crentes, são todos aqueles que reagem negativamente se levantando ferozmente e com desdém para com a mensagem do Reino de Deus. O fato de uma pessoa estar dentro de uma igreja, ou de praticar qualquer uma religião, não faz dela alguém apta a entrar no reino dos céus; é a sua postura diante de Deus que fará com que isto aconteça; é o seu coração quebrantado, arrependido, que o levará a ter atitudes dignas de alguém que foi realmente transformado. Somente o Espírito Santo pode proporcionar tal mudança de postura. Somente o evangelho pode levar a pessoa ao reconhecimento de sua necessidade de Deus. Cães e porcos serão sempre incapazes de tal façanha.