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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

segunda-feira, 9 de março de 2020

O coronavírus, a economia mundial e o bode expiatório


Levítico 16.10

Quando as coisas vão bem, vivemos um dia atrás do outro, sem nos importarmos muito com o que acontece fora do nosso mundinho. Porém, basta as coisas se desestabilizarem um pouco para gerar pânico. No dia a dia, resmungamos de um monte de coisas insignificantes. Jogamos todas as nossas frustrações em pequenos problemas. Temos muitas questões mal resolvidos, e precisamos de um ’bode expiatório’ pra despejar tudo em cima.

No Antigo Testamento havia a figura do bode expiatório. O bode expiatório é um animal que era apartado do rebanho e deixado só na natureza selvagem como parte das cerimônias hebraicas do Yom Kippur, o Dia da Expiação. Ele levava a culpa das pessoas para o deserto. Lendo este antigo texto, a conclusão que chego é que sempre houve a necessidade de colocarmos as nossas culpas sobre alguém ou sobre alguma coisa, talvez pela dificuldade que temos em assumir as nossas próprias culpas.

No mundo todo há uma tendência em culpar a Deus por todo infortúnio ou tragédia, pelo qual passamos. Este detalhe é muito interessante, porque vivemos toda a nossa vida sem nos preocuparmos com a existência de Deus. Até mesmo entre os religiosos praticantes existe esta inclinação. Mas, basta algo sair de nosso controle e nos lembramos Dele. As igrejas estão repletas de pessoas que não acreditam de verdade em Deus, elas querem apenas um produto que venha a satisfazê-las. Porém, quando sentem que não estão recebendo o produto que gostariam, se decepcionam. Mas, o problema não está em Deus, mas sim no deus que foi criado, a partir de desejos e vontades.

Outro dia eu estava conversando com um amigo sobre nossas perdas na bolsa de valores, devido à crise mundial causada pelo coronavírus, e a quebra de braço da Arábia Saudita com a Rússia pelo preço do petróleo. Perdemos muito dinheiro, até perceber que a crise é sem volta a curto prazo. O problema do vírus, nem é tanto a doença, porque o grau de mortalidade é relativamente baixo. E, os sintomas, não são tão complicados. A não ser que estejam escondendo algo mais grave, a grande preocupação não seria este vírus, mas o caos que ele provocou na economia do mundo todo. Este meu amigo não é muito ligado a religião, ele é uma daquelas pessoas ‘normais’, que vivem um dia atrás do outro. Diante de suas imensas perdas, ele falou que são coisas como esta que faz um ateu acreditar em Deus e clamar pelo socorro divino.

O balanço que este vírus está causando no mundo, é parecido com um terremoto nível 7, na escala Richter. Ele está causando estragos nas estruturas econômicas de todo o mundo. Em economias mais fracas como a do Brasil, os estragos são ainda mais intensos. E o pior é que não sabemos até quando estas placas tectônicas irão se mexer. É difícil precisar se o terremoto irá continuar, se já chegou ao seu limite máximo, ou se ainda irá causar mais ruínas.

No momento, a culpa é do vírus, ele é o grande bode expiatório para esta catástrofe econômica mundial. Mas, até que ponto este vírus, que alguns especialistas afirmam que se quer é patógeno, poderia causar todo este estrago? Outras perguntas surgem, como quem mais se beneficia com o tamanho desta crise? Estão nos contando realmente tudo? Perguntas como estas é difícil de obter respostas.

O que se nota é que parece que o menor dos nossos problemas seria a patologia gerada por este vírus. Em muitos países, está havendo uma verdadeira operação de guerra. Na Itália, por exemplo, muitas cidades estão lacradas por militares. Ninguém entra, e nem sai. Tudo para evitar o contágio. Aglomerações foram proibidas. Até os cultos e missas foram suprimidos. Exagero ou não, isto é claro, aumenta ainda mais a onda de pânico. Com isto, voos foram cancelados, empresas deram férias coletivas, embarques foram adiados, turistas ficaram em quarentena em navios. Toda esta prevenção causa uma enorme tensão e faz com que o mercado financeiro desabe drasticamente. Some-se a isto a guerra entre russos e árabes sobre o petróleo, e pronto, temos um cenário quase apocalíptico.

Diante do caos existente, o melhor é manter a calma, prudência, não se desesperar. Para quem neste momento procura por Deus, eu acredito que sempre é bom procurar a Deus, porém, diferente do Banco Central, eu não acredito que Deus irá interferir em nossas finanças diárias, para minimizar nossas perdas, se durante os melhores momentos de nossas vidas, nunca colocamos Deus como prioridade. Colocar Deus como bode expiatório, bote salva vidas, ou agente financeiro, não ajudará. Mas, você pode ir á presença Dele para compartilhar suas dores e aproveitar para se aproximar, sem interesse ou segundas intenções. O melhor de Deus não é o que ele faz ou pode fazer, mas, sim a sua presença diária em nossas vidas.