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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Sansão, renovo após a batalha


Juízes 15.14-20
Sansão era um homem de uma força descomunal. Sua força bruta fora dada por Deus para que ele cumprisse a sua missão, ser juiz em Israel e libertar o seu povo da opressão dos filisteus. Juízes eram líderes que não apenas julgavam, mas lideravam o povo em batalhas.
O seu nascimento foi fruto de um milagre. Sua mãe era estéril, casada havia vários anos com Manoá, nunca havia ficado grávida. Um anjo do Senhor apareceu a esta mulher e lhe disse que ela seria mãe, porém, seu filho seria nazireu (Jz 13.3-5). O voto de nazireu constituía-se em fazer uma promessa para Deus de não tomar bebida forte, não comer coisas consideradas impuras, e não cortar o cabelo. Ela ficou grávida e fez o voto ao Senhor, entregando o seu filho em suas mãos. Aprendemos com isto o quanto é importante os pais entregarem os seus filhos, desde o ventre da mãe, aos cuidados do Senhor.
Israel estava sendo oprimido por seus inimigos, os filisteus, por 40 anos. O Senhor havia permitido tal opressão devido ao pecado do povo (Jz 13.1). Porém, após este tempo passado, Deus resolveu levantar um libertador, o seu nome foi Sansão.
Gostaria de separar dois momentos desta história para tirar lições para as nossas vidas:
1. Qualquer coisa que tivermos nas mãos pode se tornar uma arma poderosa
Sansão havia sido feito prisioneiro pelos filisteus. Seu próprio povo o entregou nas mãos dos filisteus.
Eles o amarram com cordas, porém, ele mesmo o deixou, era apenas uma armadilha para se vingar dos filisteus. Isto aconteceu, porque o pai da sua mulher a entregou como esposa a outro homem. Sabendo disto, Sansão pegou trezentas raposas, amarrou tochas de fogo em suas caudas e as largou nas plantações de cereal, uvas e olivais dos filisteus.   Ele disse: “..não desistirei enquanto não me vingar”. Sansão colocou fogo em toda a Seara dos filisteus e isto fez com que eles ficassem furiosos com o povo de Israel. Se eles já estavam subjugados e com medo, agora ficaram mais ainda.
Sansão então se refugiou na fenda da rocha de Etã. Cerca de três mil homens de Israel foram lá para amarrar e levar Sansão preso, para tentar frear a fúria dos filisteus (15.11). Ele se deixou amarrar somente para vingar-se. Quando ele foi colocado no meio de Leí, os filisteus vieram jubilosos para matá-lo.
Sansão soltou-se com extrema facilidade das cordas, como se fossem linho queimado, pegou a primeira coisa que viu pela frente, uma queixada de jumento, e com ela, para vergonha dos filisteus, feriu mil homens.
Quando lutamos pelo Senhor, até uma queixada de Jumento se transforma em uma arma poderosa. Talvez você pense que o que tem nas mãos não tem valor, é apenas algo insignificante, e pode até ser, mas pelo poder do Senhor em sua vida, isto que você tem torna-se uma potência incomparável.

2. Após uma luta intensa o Senhor nos reidrata com sua presença
Após o enfrentamento com os filisteus Sansão teve sede. A batalha deve ter demorado muitas e muitas horas, debaixo do sol, sem poder parar um só instante. Depois de eliminar a todos os seus inimigos, ele começou a desidratar, o seu corpo começou a desfalecer por insuficiência de água.
Água é vida. Precisamos de água para tudo. Somos completamente dependentes de água. O nosso
corpo é constituído de 70% de água. Temos que hidratar diariamente bem o nosso corpo para repor a água que perdemos.
Em meio a luta, Sansão deve ter suado um bocado, e agora estava completamente desidratado. Mas, Deus providenciou água em meio ao deserto para saciar a sede de Sansão, a fim de que ele não morresse.
O Espírito Santo é como água viva em nosso interior. Quando lutamos muito, nos esgotamos, e precisamos de reposição. Isto é feito com oração e busca a Deus. Em meio aos cultos e celebrações, o Senhor abre verdadeiros mananciais de água da vida, para poder saciar ao seu espírito e te fortalecer. Beba desta água, sacie sua sede.


Conclusão
Jesus disse: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado". (João 7:38-39).
Sansão foi renovado após tomar daquela água. Se antes a fadiga da batalha o deixara em condição lastimável, a ponto de desfalecer, a partir do momento em que bebeu daquela água ele teve toda a energia do seu corpo restaurada. Ele estava pronto para a próxima batalha. Assim que o Espírito Santo faz, ele enche o nosso interior e nos reidrata com a sua presença.
Se você entrou em uma luta e se enfraqueceu, talvez a luta tenha tapado sua visão de provisão de Deus. Talvez você tenha achado que é o fim, e não tem mais o que fazer. Se este é o teu caso, creia que Deus fez brotar água, onde não havia água alguma, somente para saciar a sede de Sansão. Ele proverá o que você precisa.
Toda vez que paramos para adorar ao Senhor, um manancial do rio da água da vida se forma naquele lugar. Onde houver dois ou três adoradores, ali haverá o fluir de Deus. Basta a você beber desta fonte e saciar a sua sede de Deus.
Pr. Sergio

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Pode um cristão sofrer de depressão?


     Salmos 6.6-7
     
      Davi estava passando um péssimo momento em sua vida. A dor era tanta que ele só fazia chorar em sua cama por dias. Ele estava se sentindo cansado. Estava sofrendo uma grande pressão devido a perseguição de seus inimigos.
     Davi lutou a sua vida toda, era um homem de guerra. Ele era habituado a enfrentamentos, mas desta vez, uma tristeza profunda tomou conta do seu coração. Possivelmente Davi estava sofrendo de um mal que tem assolado cerca de 18% da população mundial, a depressão.
     Por se tratar de uma doença, qualquer pessoa pode sofrer deste mal, inclusive cristãos.
1. Entendendo a depressão
     Depressão é uma palavra frequentemente usada para descrever nossos sentimentos de profunda tristeza. Não se trata de uma simples tristeza ou de um luto por alguém querido, mas de uma doença como outra qualquer e exige tratamento.
2. Causa
     É causada pela deficiência da serotonina e a noradrenalina, neurotransmissores, responsáveis por produzir a sensação de felicidade.
    Não há uma causa única, em geral são geradas por grandes sofrimentos, traumas, solidão, luto, dentre outros.
3. Sintomas
     Os sintomas variam de acordo com o grau da doença, que podem ser leve, moderado ou grave: Diminuição do apetite, insônia, oscilação no peso, déficit da atenção, pessimismo, baixa autoestima, perda de interesse, dores, angústia, desejo de suicídio.
4. Tratamento - Medicamentos
     Por se tratar de uma enfermidade, muitas vezes se faz necessário o uso de medicamentos. O Psiquiatra é o médico responsável para realizar o diagnóstico da doença e fazer a prescrição de remédios, quando necessário.
    Ainda há muito preconceito contra os remédios devido ao efeito colateral que os mesmos produzem. Mas, o médico avaliará a necessidade de entrar com a medicação mediante a um diagnóstico. Nunca inicie ou pare a medicação sem orientação médica.
6. Tratamento - Psicoterapia
     A pessoa em depressão guarda muito ‘lixo’ em sua mente e fica girando em volta dele, preso, em sentimentos, ressentimentos, que o machucam. Falar é muito importante no processo de cura, porém, falar com a pessoa errada pode atrapalhar, porque há pessoas que não entendem o que é a depressão. O profissional qualificado para ouvir é o psicólogo. Participar de programas ou grupos de terapia ajuda muito no processo de cura.
7. Tratamento – exercício físico
     Pesquisas indicam que o exercício aeróbico pode ser um dos melhores antidepressivos já descobertos. Eles aumentam a produção das endorfinas, que são as moléculas do próprio cérebro associadas ao “bem-estar” natural. Correr, nadar, caminhar, andar de bicicleta, praticar dança, e tantas outros exercícios, fazem bem para toda a saúde, inclusive no combater contra a depressão.
7. Tratamento – Aconselhamento Pastoral
     O pastor não é um psicólogo, suas ferramentas é a bíblia, a oração, a palavra de conforto e a orientação. O cuidado pastoral fornece o fortalecimento para a pessoa depressiva e o anima. É reconfortante saber que alguém nos ouve, tenta nos compreender, tem um palavra bíblica de sabedoria, e ora conosco.
8. Tratamento – Espiritual Louvor
     A música produz sensação de alívio para as pessoas que se encontram angustiadas e carregadas de problemas emocionais. A música utilizada para louvor, além de aliviar a dor, ainda atrai a presença de Deus.
9. Tratamento – Espiritual Oração
     A oração foi reconhecida cientificamente pelo seu poder curativo. A oração diminui a possibilidade de doenças físicas e psíquicas. A oração aciona um poderoso mecanismo de cura que todos nós possuímos que se chama fé. Não há limites para o que a fé pode realizar. Reserve um tempo, em um lugar tranquilo, onde você possa se desligar do mundo e se ligar aos céus. Você verá como é bom e terapêutico ligar-se a Deus!
Conclusão
     A depressão é uma doença e precisa tratamento. O conjunto destas formas de tratamento acima citados, ajuda muito no processo de cura, principalmente a oração. Oração é a chave para a solução de muitos enfrentamentos que passamos.
     Não sofra sozinho, quanto mais a pessoa se isola pior fica. É muito difícil para alguém com depressão conseguir interagir e manter uma vida social, porém, quanto mais entramos para a caverna, mais a doença se agravará.
     Deus pode agir de várias formas, através de médicos, psicoterapia, remédios, exercício físico. Aqui em nossa igreja, Deus tem usado as células para criar laços de amizade, braços que abraçam, ouvidos que ouvem e bocas que falam palavras de apoio. 
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Pr. Sergio

sábado, 24 de novembro de 2018

A visão do essencial te leva a lugares especiais


Lucas 10.38-42

A visão comum é aquela que todos possuem. Ela nos faz enxergar somente o trivial, somente aquilo que é aparente. É preciso ter uma visão além do trivial para alcançar lugares especiais.

Este texto fala sobre duas irmãs: Marta e Maria. Jesus tinha muitos seguidores, alguns discípulos e dentre eles, alguns se transformaram em verdadeiros amigos. Marta, Maria e Lazaro foram alguns destes que se tornaram íntimos de Jesus. Jesus estava passando pela região e Marta o convidou a hospedar-se na casa deles. Marta parecia querer oferecer o melhor para Jesus. Tratou de arrumar a casa e fazer uma bela refeição. Maria ficou apenas sentada aos pés de Jesus o ouvindo. A expressão ‘sentar-se aos pés’, era utilizada para definir aqueles que estavam em posição de aprendizagem. Lucas usa esta expressão ao falar do apóstolo Paulo: “Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade, instruído aos pés de Gamaliel (...)” (Atos 22:3). Maria portanto interessou-se por aprender o que Jesus estava ensinando.

Maria enxergou algo além do trivial, além do natural. O normal e ético, seria Maria ajudar a Marta a receber bem ao convidado. Mas, a coisa essencial naquele momento era beber de Jesus. Toda atenção à palavra de Jesus naquele momento seria pouca.

O que é preciso fazer para enxergar o que é essencial?

1.  Convidar a Jesus para hospedar-se em sua casa (Lc 10.38)

Marta morava em Betânia, junto com seus irmãos Lázaro e Maria. Esta vila ficava a uma distância de cerca de 2Km de Jerusalém. Muitos adoradores a caminho do templo passavam e se hospedavam em Betânia. Marta recebeu Jesus em sua casa e estava cuidando de todos os preparativos.

Marta tinha o dom da hospitalidade e queria oferecer o melhor. As pessoas que tem este dom sabe como receber bem as pessoas. Isto é maravilhoso. Mas, às vezes, para chegar a lugares especiais, o melhor não é suficiente, é preciso ter a visão do essencial. Maria conseguiu ver o que Marta não viu.

Marta teve uma boa visão e fez a coisa certa, convidou a Jesus para entrar em sua casa e ofereceu o seu melhor. Isto foi muito bom. Mas, para se chegar a lugares mais elevados, temos que ficar acima do bom, precisaremos do ótimo. Marta começou muito bem, mas, tropeçou no essencial.

Muitas pessoas começam bem, convidando a Jesus para entrar em suas vidas, mas, estão tropeçando no essencial, estão deixando de ouvir o que Jesus está dizendo.

2. Assentar-se aos pés de Jesus e ouvi-lo (Lc 10.39)

Enquanto Marta estava agitada, correndo para todos os lados, querendo oferecer o seu melhor, Maria estava ali, sentada aos pés de Jesus, ouvindo-o. Marta ficou incomodada com aquilo e perguntou a Jesus, se ele não se incomodava com aquilo. Afinal, tudo o que ela estava preparando era pra Jesus. Há muita gente fazendo muita coisa, achando que está fazendo para Jesus. Mas, será que Jesus está recebendo? Será que o que estamos fazendo é o que ele quer receber? O trabalho que fazemos para Jesus é importante, mas o mais importante é ouvi-lo e fazer a sua vontade. O que adianta fazer um monte de coisas, se o que estamos fazendo não agrada ao Senhor?

Em todas as áreas da vida a visão do essencial nos leva a lugares privilegiados. Lembro-me de uma entrevista de emprego para analista contábil em uma grande empresa. A gerente da área me fez a seguinte pergunta: Se houver uma diferença pequena, você vai atrás dela até o fim, ou você ajusta? Eu sempre gostei mito de ler, e eu havia lido em um princípio contábil, que não se deve perder tempo procurando diferenças irrelevantes. No dia da entrevista o Espírito me fez lembrar, então eu respondi que eu ajustava. Só por esta resposta eu fui admitido. Todos os outros candidatos, querendo mostrar serviço, disse que procuraria a diferença até achar. Eles não conheciam este pequeno princípio que fez toda a diferença. Aprendi com isto que as partes essenciais estão nos mínimos detalhes, nas entrelinhas e não no que é aparente. Por isto, é necessária muita atenção.

Maria conseguiu enxergar isto naquele dia, ela não foi com a maioria, ele não fez o que era óbvio, ela enxergou o essencial, que naquele momento era a presença do Senhor Jesus.

Conclusão
O lugar mais especial que podemos chegar é na presença de Deus, nada mais na vida é tão importante que isto. Diante dele, todas as outras coisas perdem a importância. Nada poderia ser comparado ao que Maria estava sentindo naquele momento, ouvindo os ensinamentos do mestre. Marta estava fazendo algo bom, não estava fazendo nada condenável, mas ela se contentou com o que era bom, enquanto Maria buscou o excelente.

Há diversas áreas em que o Senhor pode te mostrar o que é essencial. Busque lugares mais elevados. Em toda a profissão, há os péssimos profissionais, relaxados, displicentes; há também os medianos; e há aqueles que se destacam em meio à multidão. Às vezes é apenas um detalhe que separa o mediano do excepcional. Você deseja se superar no meio profissional em que trabalha? Eu creio que Deus deseja te levar a lugares mais elevados, se você também deseja isto é preciso você ter a visão do essencial.

A visão do essencial mostra o grau de comprometimento você tem com aquilo que está fazendo. Se você faz a coisa superficialmente, é porque não está totalmente comprometido. E isto não é excelência. Marta trabalhou muito, fez o seu serviço bem feito, mas não se ligou no que era mais importante. Ela fez muita força desnecessária. Quando se é plenamente comprometido com o que está se fazendo, você consegue enxergar coisas que a maioria não conseguirá enxergar.

Para alcançarmos lugares especiais diante de Deus, é preciso estar completamente comprometido com ele, foi isto que Maria compreendeu, e por isto, ela ficou no lugar mais elevado que se poderia estar. Ela estava onde todos nós gostaríamos de estar: assentada aos pés de Jesus. Ela foi louvada por Deus, por escolher a presença de Jesus ao invés de toda a correria para preparar o lugar para Jesus.

Quero te desafiar a você colocar Jesus como a coisa mais importante em sua vida. Não o trabalho para Jesus, mas a presença de Jesus. Muitas vezes cantamos, pregamos, servimos na igreja, mas não paramos para ouvir a Jesus, para prestar atenção no que ele realmente quer.


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Incendiando a próxima geração com o fogo de Deus


Jz. 2.6-12
A Europa foi palco do grande avivamento. Os USA impactados por este avivamento, enviou missionários para toda a parte do mundo. A evangelização do Brasil foi resuldado deste avivamento, através da missão norte americana. O que aconteceu na igreja cristã europeia? O que houve com a geração do avivamento, hoje completamente secularizada?
O homem tem uma guerra interior que o incomoda, entre o Deus e o não-Deus. O não-Deus leva ele para um vácuo, onde ele se sente vazio, perdido, sem expectativas, sem esperança. Este estado de não-Deus faz com que o homem questione a sua base, e ele começa a se entregar à licenciosidade. A sua natureza carnal se fortalece. Neste momento ele se dá a práticas sexuais libertinas, abertura para drogas, e entrega-se a uma ética frouxa.
Era exatamente isto o que estava acontecendo com o antigo Israel na época dos Juízes, pós morte de uma geração de adoradores, que presenciaram o agir sobrenatural de Deus. Aquela foi a geração do avivamento. Como tudo isto tudo nos afeta e pode afetar às gerações vindouras? Vamos ver o efeito de nossas decisões de forma tridimensional. Vamos ver o que o efeito dos nossos atos em três gerações:
1. Primeira geração – Pais cheios de intimidade com o Senhor (v. 7)
Esta primeira geração é daqueles que tiveram um encontro real com Deus, experimentaram um grande avivamento pessoal, viram de perto as maravilhas de Deus, buscaram intimidade e se encheram do Espírito Santo. Estes crentes fizeram diferença em sua geração, fizeram grandes coisas, tem ricas histórias em seu currículo.
Este é o caso de Josué e todos aqueles de sua geração, eles viram de perto os sinais e maravilhas de Deus. Josué viu o Jordão se abrir, as muralhas de Jericó cair, e vivenciou várias vitórias nas batalhas. Eles vivenciaram o avivamento de Deus.
2. Segunda geração – Filhos religiosos, crentes medianos (v. 8)
Esta segunda geração é a dos filhos daqueles pais saudosistas, que viveram o grande momento de Deus na história. Eles ou não viram nada, ou eram muito pequenos para lembrar. Fato é que aquelas histórias já não diziam nada pra eles. Eles viviam a religiosidade na fé de seus pais somente. Desta forma, eles não tinham muita preocupação com a perpetuidade da adoração ou da lei de Deus. Eles só achavam legal seguir ao Senhor por causa de seus pais. Mas, para eles tudo aquilo era superficial e sem graça. Este geração não tem comprometimento com a igreja. Eles querem se redescobrir. Não abandona de vez a base do evangelho, mas também não o vivem. Rompem com as tradições, questionam a fé, e vivem vazios. Eles vivem debaixo da sombra dos pais, quando precisavam de oração, correm para os pais e avós. Mas, a oração para eles na prática é algo inexistente. Oram uma ou duas vezes, somente para justificar para si mesmos que tentaram buscar ao Senhor, mas não encontraram nada.
Josué morreu e foi sepultado, e a sua geração também. Ficaram os filhos deles. Eles não participaram do avivamento, por isto, não tinham intimidade com Deus. Só conheciam a Deus de ouvir as histórias de seus pais. Estas histórias eram contadas e recontadas em dias de festas. Mas, não representava nada para eles. Eles ainda possuíam algum temor de Deus, mas o suficiente somente para lembrar de Deus vagamente. Por isto, sua religiosidade era vazia, sem expressão, até mesmo hipócrita, porque não viviam nada daquilo que contavam para seus filhos.
3. Terceira geração – Netos, sem nenhum temor do Senhor (v. 10)
A terceira geração é dos filhos dos crentes medianos. Eles presenciaram a vida dupla de seus pais e pensaram: ora, tudo isto é uma hipocrisia! Eles não vivem o que pregam. E a partir daí, partem para buscar as suas próprias verdades. Começam a se interessar por outros tipos de filosofia de vida, e vão atrás de outros aspectos religiosos. Alguns fazem isto dentro de sua própria religião, cortando valores fundamentais e inventando nova forma de viver sua religião.
O texto mostra que a geração que veio dos netos em diante, não conhecia ao Senhor e nem as obras que Ele fizera em Israel. Parece que nem mesmo as histórias seus pais contaram para eles. Seus pais não liam a Bíblia e nem oravam com eles. Como eles estavam completamente esvaziados de qualquer coisa de Deus, eles procuraram se encher com o que melhor lhes agradou. Eles foram apresentados aos deuses daquela nova terra. Que a princípio pareceu bem melhor do que a ideia de um Deus invisível. Afinal, a maioria dos deuses estavam ligados diretamente a uma expressão livre de sexualidade, sem aquela opressão sexual que os seus avós viviam. Seus avós eram retrógrados, tinham vários tabus. Esta geração logo se identificou com aquele deus que promovia a sensualidade e a fertilidade. Baal e Astarote eram os principais. Os cultos aos deuses da fertilidade envolvia prostitutas cultuais. A ideia era de que os deuses ao ver a sensualidade dos homens derramariam seu semem sobre a terra e fariam as plantações serem abundantes.
Conclusão
Eu olho para este texto e me sensibilizo com a terceira geração, porque estão no vácuo, completamente perdidos. A primeira geração vivenciou uma experiência genuína com Deus, eles tentaram, ao seu modo ensinar aos seus filhos a andarem na presença de Deus. Mas, a segunda geração, viveu uma religiosidade fria, com pouca ou nenhuma expressão, o resultado foi que a terceira geração, abandonou completamente a Deus e tornou-se idolatra.
É preciso que cada geração saiba de sua responsabilidade para com a próxima geração. É preciso entender que andar com Deus não é uma fantasia qualquer ou filosofia barata. É preciso entender que para andar com Deus é preciso ter intimidade e buscar ter suas próprias experiências. É preciso entender, que andar com Deus é preocupar-se com a terceira geração.
Eu falo isto com os pais que vivem uma religiosidade vazia: Seus pais andaram com Deus. Você receberam o temor do Senhor, e tem alguma coisa de crente. Mas, a próxima geração de vocês não terão nenhum temor ao Senhor. E quando se depararem com outra filosofia de vida, que lhes atraia e seja melhor aos seus olhos, irão abraçar.
Eu quero te desafiar a tomar uma decisão de tornar-se a geração de crente do avivamento, aquele que faz a história, que presencia a ação de Deus, que tem intimidade com Deus, e que se compromete com Deus a fazer de sua geração, uma geração de crentes avivados, vivos em Deus. Nós não seguimos um Deus morto. Deus está vivo e é preciso buscar uma experiência com ele diariamente. Não de forma a tentar a Deus, como o diabo fez, duvidando de Deus: “Se tu és filhos de Deus, faz assim ou faz assado”.  Mas, aproximando-se de Deus com fé, coração quebrantado, crendo que ele falará com você de uma forma que você entenda.
Pr. Sergio Rosa 

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Ele Me fortalece!


Daniel 10.18-19

Daniel estava enfrentando grande agonia por cerca de três semanas (10.2). Ele estava buscando ao Senhor com jejum e oração (10.3). Ele buscou um lugar tranquilo para orar ás margens do grande rio Tigre (10.4). É muito agradável orar em meio à natureza. Em Belmonte/BA, realizávamos as nossas vigílias na praia. Era algo extraordinário, sentir o vento do mar, parecia que o Espirito Santo se fazia presente através do vento e nos envolvia em um grande abraço.

Estando Daniel em oração, teve uma visão poderosa. Um homem vestido de linho branco lhe apareceu, com as ombreiras em ouro puro. Suas palavras ecoavam poderosa como um grande estrondo (10.5-6). Dentre os que estavam junto ao rio, somente Daniel viu e ouviu o homem, porém, eles sentiram algo que os fez fugir, esconder-se de medo.

Daniel, apesar de não ter se amedrontado, perdeu as forças diante de todo o poder que o envolveu, de tal forma que ele desmaiou (10.9).

Há ocasiões em nossas vidas que as lutas são tão intensas que não nos restam forças nem para nos levantar e lutar. O que fazer, quando isto acontece?

1. Busque ao Senhor diariamente (6.10)
Daniel era um homem de oração, ele buscava ao Senhor todos os dias. Três vezes ao dia ele parava tudo para orar. Esta fidelidade na oração era o segredo de sua intimidade com o Senhor. Esta é a razão pela qual somente Daniel teve a visão, ninguém mais viu ou ouviu. O que quer dizer que muitas vezes o Senhor está falando, mas é preciso intimidade com ele, para ouvi-lo.

Quando nós oramos, Deus se aproxima de nós. Através da oração, Deus nos toca e nos fortalece. Portanto, ore todos os dias sem cessar.

2.  Busque ao Senhor com compromisso (10.22)
Daniel era um crente compromissado com Deus. As suas orações incomodavam o inimigo. Devido ao seu comprometimento com a oração, ele foi condenado a ser jogado na cova dos leões. Mas, o seu comprometimento com Deus era tanto, que o Senhor tapou a boca dos leões. O Senhor tem um compromisso conosco, quando nós temos um compromisso com ele.

O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos deixará” (2 Crônicas 15:2)

As pessoas em geral acham que podem abandonar ao Senhor, deixa-lo para um segundo plano e mesmo assim Ele estará ali perto para servir. Porém, não é assim que a Bíblia nos ensina. É preciso ter um comprometimento com o Senhor para que ele esteja compromissado conosco.

Daniel tinha uma forte aliança com Deus e por isto Deus o tocava. Você deseja ser tocado por Deus? É preciso compromissar-se com ele. Nosso relacionamento com Deus é como um casamento, não existe casamento se ambos os cônjuges não forem fieis ao seu compromisso.

Conclusão

Você deseja ser tocado e fortalecido pelo Senhor? Assuma com ele um compromisso. Faça como Daniel, busque-o todos os dias em oração. Busque tanta intimidade com ele a ponto de poder senti-lo e ser tocado por ele.

Não seja como os amigos de Daniel, que estavam ao lado dele e não viram nada, não ouviram nada, apenas ficaram com medo e fugiram. Há muitas pessoas assim, estão bem próximas de pessoas que estão sendo abençoadas, mas elas não recebem nada. O segredo para ser tocado e fortalecido pelo Senhor é buscá-lo de todo o seu coração.

E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jeremias 29:13)



terça-feira, 28 de agosto de 2018

O cristão e a política – uma análise critica ácida


Em um país onde cerca de 87% se declara cristão, é muito comum ouvir palavras divinas nas bocas dos políticos. O grande problema é encontrar o cristo nos corações deles. Isto vale até mesmo para a bancada evangélica, onde há inúmeros políticos sendo investigados por corrupção e alguns até já foram presos. No senso do IBGE de 2010, cerca de 22% se declarou evangélico. Considerando o crescimento de 1,14% ao ano, média de crescimento, este seguimento representaria hoje mais de 30%. São cerca de 62 milhões de pessoas. Havemos de convir que este número deva chamar bastante atenção dos políticos.

Dentre este número crescente de evangélicos, muitos viraram massa de manobra nas mãos de ávidos candidatos. Já algumas igrejas mais ousadas lançaram os seus próprios candidatos. E isto tem chamado muito atenção do governo e dos magistrados, tanto que “a pouco mais de um mês das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abre o debate sobre uma possível punição de candidatos que se utilizam de espaços religiosos para campanhas políticas”[i].

Eu não entendi bem esta questão do TSE. A igreja, acima de tudo, é um grupo de pessoas, trata-se da sociedade civil organizada. Ainda que eticamente eu concorde com o TSE, no fato de que a igreja não deveria tornar-se um curral eleitoral, eu discordo que deva ser proibido por lei. Baseio-me na teoria de que qualquer grupo, seja este: religioso, esportivo, cultural, técnico, ou qualquer outro aglomerado, é constituído por pessoas politizadas, e elas tem o direito de dizer o que quiserem em suas reuniões, desde que não fira a Constituição.

Na busca de abocanhar votos entre os cristãos, até mesmos os mais boçais entre os candidatos, fala a respeito de Deus. Chega ser engraçado ver o jeito totalmente desengonçado, de algumas destas figuras ao falar sobre Deus. Eu estava presente em uma reunião, onde um político afirmou que ele era um católico protestante. Foi uma gargalhada só! Mas, pasme os senhores, ele não entendeu porque as pessoas riram. O presidente da camara teve que interromper e dizer: "peraí meu amigo, ou você é católico ou protestante, os dois não há como". É ridículo, convenhamos. Mas, político que se presa, comete muitos ridículos para ganhar uma eleição. Eles vão a terreiros, igrejas, bares, e nas ruas beijam os pobres, sobem morros, vão às favelas.. em fim, eles entram em qualquer buraco onde possam arrancar ou comprar votos.

Há um completo desespero dos partidos de esquerda, amplamente esboçado em suas críticas contra as igrejas. Embora haja igrejas defensoras de partidos de esquerda, fundamentadas na teologia da libertação, difundida no Brasil pelo Frei Leonardo Boff, elas são em pequeno número. Nem mesmo a Igreja Católica que foi tão forte em apoiar movimentos de esquerda, em suas pastorais, parece estar tão engajada. Em parte pela decepção causada pelo crescimento da corrupção na era PT, e também pelo avanço da libertinagem sexual tão amplamente defendida por militantes. Candidatos de esquerda como Ciro Gomes, em suas falas, criticou fortemente o engajamento das igrejas na política. Em parte ele está certo, porque de fato a coisa é real, mas por outro lado, é querer colocar tudo em um balaio de gatos. O que demonstra o seu desconhecimento deste outro universo que é o mudo gospel brasileiro.

O que parece que não ficou claro para os esquerdistas, que se demonstram tão sábios em seus discursos, é que não existe uma homogeneidade evangélica. Entrar no mundo gospel e tentar entendê-lo é como ir a outro continente, sem conhecer a língua e a cultura daquele lugar, e depois querer esboçar uma opinião. Este conglomerado de 30% não tem um líder, uma cabeça, não falam o mesmo idioma, e tem alguns até que se odeiam. A única coisa que muitos têm em comum é que eles falam que vivem segundo o ensino de Jesus, o que na maior parte do tempo não é verdade. Há inclusive neste bolo, alguns que são considerados como cristãos, que sequer acreditam na existência de um cristo. Pasme! E ainda tem aqueles insanos que tem uma reencarnação particular do cristo.

Dentro do mundo chamado evangélico existem centenas de aglomerados: Assembleianos, Batistas, Presbiterianos, Congregacionais, Metodistas, IURD, Mundial, Graça, Nova vida, Vida Nova, Maranata, Cristã.. e outros. Cada um com uma linguagem própria. Dificilmente existe diálogo entre eles. Assim, há alguns grupos que lançam candidatos próprios, levando os seus fiéis a votarem neles. Os grupos considerados tradicionais, que tem forma de governo democrática, em geral, não praticam uma política aberta, não elegem candidato algum. A política é apenas interna. Nos grupos pentecostais e neopentecostais, cuja forma de governo episcopal, que concentra o poder nas mãos de uma só pessoa, como líder vitalício da instituição, há uma vontade para se eleger os seus representantes junto ao governo. Como eu disse antes, não vejo nada ilegal aqui, apenas imoral e eticamente incorreto.

Há muita hipocrisia naqueles que se denominam cristãos, e se mostram como paladinos na luta a favor da moral e da família. Sabiamente certa pessoa de esquerda manifestou-se afirmando: político cristão que defende a família não deveria ter amante. Esta doeu viu? Quer dizer, doeu aos meus ouvidos, porque o destinatário desta fala, nem se coçou.

Portanto, falar de cristão e política é uma das coisas mais difíceis de fazer. Quem está de fora pensa que entende alguma coisa, e então fala muita besteira. Não vejo como o STE irá julgar algo tão difícil de ser julgado, uma vez que a discussão não tem nada de simples.
Sergio Rosa



[i] http://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2018-08/tse-abre-debate-sobre-proibicao-de-campanha-em-templos-religiosos

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Naamã - Quebrantado pela graça

II Reis 5.14

Esta passagem conta o relato de Naamã, o todo poderoso general da Síria. A Síria neste momento era uma grande potência. Em uma de suas investidas contra Israel, foram feitos muitos prisioneiros e feitos escravos de guerra. Dentre eles, havia uma jovem que foi servir na casa e de Naamã. Esta jovem disse para sua patroa: “Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que há em Samaria; ele o restauraria de sua lepra” (v. 5.3). A mulher de Naamã falou com ele e ele foi procurar o Rei para que ele pudesse ir até Judá.
O rei da Síria escreveu uma carta para o rei de Israel com uma solicitação, para que ele curasse Naamã de sua lepra (V.6). O rei de Israel ficou apavorado e disse: “Acaso, sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la, para que este envie a mim um homem para eu curá-lo de sua lepra?” Ouvindo o Profeta Eliseu que o rei rasgou suas vestes, mandou perguntar o que havia acontecido. O rei explicou e Eliseu falou: deixe que ele venha.
Naamã foi com toda a sua comitiva, levando milhões em prata, ouro e vestes. Ele sabia que a sua doença era incurável e estava disposto a pagar qualquer coisa por sua cura. Porém, o que Naamã não sabia é que a graça de Deus é impagável. Só podemos recebê-la mediante a fé.
Três etapas da cura de Naamã:
1. Foi curado de sua prepotência (v. 9)
Naamã o todo poderoso general Sírio veio com toda a pompa, com sua comitiva cheia de
belos carros. Os melhores cavalos do reino e as mais belas carruagens foram colocadas à sua disposição. Deve ter sido impressionante, totalmente chamativo, cheio de toda a exuberância e glamour. Naamã imaginou que seria tratado com toda honra devida. Porém, quando ele chegou na porta de Eliseu, o profeta sequer desceu para recebê-lo. Mandou o estagiário dar um recado: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo” (v. 10). Naamã ficou uma fera: o que? Nem me recebeu e ainda me mandou ir tomar banho neste riozinho Jordão? Que absurdo!
Naamã não sabia, mas ele estava passando pela primeira etapa de sua cura, estava sendo curado de sua prepotência. Ele precisava ‘cair do cavalo’ para receber a graça. Seu ego precisava ser quebrado. Para ser totalmente curado, ele teria que, primeiramente, ser quebrado pela graça, moído, precisaria baixa a bola a respeito de si mesmo.
2. Foi curado de sua arrogância (v.11)
Em sua arrogância Naamã ainda não havia percebido que Deus primeiro estava curando o seu coração. Não é possível receber nada de Deus sem quebrantamento. O quebrantamento é o primeiro passo para quem deseja receber as bênçãos do Pai.
Naamã queria ser curado, mas ele queria dizer para Deus como isto aconteceria. Ele imaginou que o profeta viria e promoveria um verdadeiro espetáculo, cheio de plateia e assim ele sararia. Ele queria que o Profeta viesse, o adulasse, passasse a mão sobre sua ferida e o curasse.
Em sua indignação ele declara que os rios da Síria eram muito melhores do que o Jordão. De fato, na aparência ele tinha razão, o Jordão era bem pequeno diante dos rios da Síria, porém, o profeta lhe disse que era para se lavar no Jordão e não nos rios de Damasco.
Naamã teria que ser primeiro curado de sua arrogância e colocar-se em obediência a voz profética que lhe disse o que ele tinha que fazer, por mais que lhe parecesse deprimente. Foi preciso ele render-se e obedecer para ser curado.
3. Foi curado de sua doença (v. 13-14)
Seus oficiais, com bastante jeito, lhes aconselharam a fazer o que o profeta havia falado, afinal, já estavam ali, o que custava? Para Naamã seria muito difícil, porque ele teria que tirar as suas roupas e mostrar a vergonha de sua doença para os seus liderados; Teria que obedecer ao profeta que sequer se deu ao luxo de falar com ele pessoalmente.
Naamã foi quebrantado pela graça e decidiu obedecer. Ele desceu ao rio Jordão e iniciou a série de sete mergulhos. Imagine a ansiedade do momento. Mergulhou a primeira vez e deve ter olhado para a sua pele e nada. Deve ter olhado para os soldados e eles devem ter falado, ainda faltam seis. Novamente mergulhou e disseram, ainda faltam cinco, quatro, três, dois, e finalmente um. Quando ele deu o último mergulho e voltou à superfície, ele estava completamente curado.
            Conclusão

Naamã ficou tão agradecido por sua cura que levou toda a sua comitiva para honrar a Eliseu oferecendo muito dinheiro e muitos presentes, porém, Eliseu não recebeu nada.
O que Deus espera para nos abençoar é o nosso quebrantamento. Não será do jeito que nós queremos, tudo acontecerá sempre do jeito de Deus. Pelo menos três lições Naamã aprendeu naquele dia:
1. Deus não se impressiona com quem nós somos e nem com nada que possamos oferecer?
2. É preciso haver quebrantamento para que Deus possa agir.
3. Tem que ser do jeito de Deus e não do nosso, se não, não funciona.
É por causa do quebrantamento que muitas vezes choramos na presença de Deus. Choramos por que percebemos quem nós somos e o quanto precisamos de Deus. Choramos porque ser quebrantado pela graça dói. Este quebrantamento não é para nos destruir, mas para nos elevar a lugares mais altos: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte” (1 Pedro 5:6).
Deus curou o general Naamã naquele dia porque ele decidiu ouvir a sua voz. Ele era leproso e ficou curado, sua pele ficou como a de uma criança, novinha em folha. O que Deus faz é perfeito! É isto que ele quer fazer com você espiritualmente, basta você querer e permitir-se ser quebrantado pela graça de Deus.

(Pr. Sergio)

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Copa do mundo Rússia e a alegre sofrida torcida brasileira


O Brasil é pentacampeão de futebol. Os jogadores brasileiros são conhecidos em todo o mundo devido a sua habilidade com a bola. Muitos clubes, ao redor do planeta disputam a compra de nossos jogadores. O esporte tem feito o nome Brasil ser conhecido em todos os países. A alegria do brasileiro e o seu ‘jeitinho’ se faz percebido cada vez mais, através de nossos atletas e sua torcida. Porém, o Brasil é um povo sofrido e explorado desde a sua ‘descoberta’. Pela nova métrica do Banco Mundial, cerca de 45,5 milhões (22,1%) de brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza[1]. Contamos com cerca de 14 milhões de desempregados, isto considerando apenas quem está buscando empregos.
Números do Brasil
Renda per capta: US$ 8.649,95
PIB: 1,8 Trilhão (US$)
População: 207 milhões
Maiores Religiões: Católicos, evangélicos, espíritas
O Brasil é um país de belezas naturais invejáveis. Um clima maravilhoso, que combina com suas belas praias. O Brasil é de tamanho continental, e detentor da maior floresta do mundo, a Amazônia, hoje considerada patrimônio do mundo. Temos as maiores reservas de água do planeta, terra produtiva, petróleo, jazidas de ouro e mineral. É um País riquíssimo, mas toda esta riqueza não chega nas mãos dos brasileiros.
A história de formação do povo brasileiro é bastante complexa, o que faz do Brasil um lugar exótico. Sendo colonizado originalmente por Portugal, para ser um celeiro de riquezas minerais e naturais, muito do que foi descoberto no Brasil, foi levado para outras nações europeias. A principal força do trabalho, na época da colonização foi de escravos e índios. Os escravos eram importados, caçados em países africanos e transportados nos navios negreiros para cá, os índios eram capturados em nossas próprias terras. Haviam além dos mercenários, as tribos indígenas, que capturavam e vendiam seus inimigos como escravos. Neste tempo de colonização, europeus, escravos e índios acabaram por se tornarem os pais da nação, criando esta cor linda morena brasileira. Mistura de todos os povos.
Historiadores e antropólogos, como exemplo o Professor Darcy Ribeiro, em sua obra ‘O Povo Brasileiro’ destaca que as pessoas enviadas para cá eram o pior tipo de pessoas. Ninguém queria vir para uma terra longínqua e sem nada. Uma verdadeira mata selvagem. Desta forma, enviaram prisioneiros e prostitutas.
Quando olhamos para o Brasil de hoje, vemos um povo sorridente, amigo. Mas, vemos também muito sofrimento causado pelas injustiças sociais. Temos uma das piores distribuição de renda do mundo. Temos um Estado gigantesco, que se alimenta insaciavelmente dos mais caros impostos do planeta. Nossos impostos chegam a ser maior do que o de países de primeiro mundo, mas o serviço oferecido é de péssima qualidade. Um Estado tão gigantesco, com tanto recurso fomenta cada vez mais a corrupção.
Estamos em guerra contra a corrupção no Brasil, mas a maioria esmagadora dos Brasileiros parecem ter sido domesticados, como foram os indígenas no passado na época da colonização. Muitas pessoas ainda acreditam e dão o seu voto a políticos que irão os ‘representar’. Pobres e iludidos, pois a nossa máquina não permite que pessoas bem intencionadas emplaque nenhum projeto. Os projetos nas câmaras, são votados por puro interesse e troca de favores entre os políticos. Nossos protestos são pífios, sem resultado algum. Muitos políticos cospem na cara dos brasileiros, roubando descaradamente. Os demais não parecem preocupar-se com isto, ou não tem forças ou vontade para fazer coisa alguma. Basta ver qualquer noticiário no Brasil e verá que o assunto principal é corrupção. Bilhões de Reais desviados todos os anos. Alguns dos nossos juízes e promotores tem se levantado contra tanta roubalheira, tem enfrentado seus algozes com galhardia. Alguns dos investigados já estão presos e condenados, outros, no entanto, embora com sérios vestígios de corrupção, não podem ser investigados, devido ao foro privilegiado que esta casta criou para si. Estes, protegidos por seus pares, gozam de plena liberdade e continuam fazendo aquilo que fazem de melhor, defraudarem os cofres públicos.
O Brasil que se vê tão alegre nos estádios, é um povo sofrido. Pão e circo é o que o governo oferece para manter o povo sob controle. Circo nos estádios e pão, através do assistencialismo para abrandar a ira.
O Brasil, portanto, é um lindo País, onde o Estado é o inimigo número um do povo. Luta contra o povo para enriquecer-se cada vez mais. Acompanhe as discussões do Senado e da Câmara e veja quantos projetos existem a favor do povo. Dos poucos que lá chegam, vejam quantos são aprovados. Por outro lado, o governo insiste em manter um caro, gigante, ineficiente Estado. É o trabalhador pobre que tem que trabalhar duro para sustentar a pomposidade governamental e seus palácios. A riqueza com que vive os nossos governantes, contrasta em todos os sentidos, com a realidade da maioria dos brasileiros.
Amamos futebol no Brasil. O brasileiro é apaixonado pelo futebol. Eu sou um deles, torcedor do Brasil, que estou na expectativa que o nosso time traga a taça. Porém, vivemos tão incrédulos que achamos que tudo não passa de um circo. Isto não nos rouba o prazer de assistir aos jogos e comprar as blusas, tão caras, de nossos jogadores, o que alimenta uma indústria próspera e crescente de acessórios vendidos a partir do bom nome dos atletas. Brasileiros com talento impar, que aprenderam a viver somente para si mesmos, e engordar-se com seus opulentos salários. Afinal, no Brasil é assim, salve-se quem puder. Só se vê bondade entre os pobres, porém, quando ele fica rico, acabou. Dificilmente se vê um brasileiro, melhor de vida, que tenha prazer em fazer algo em beneficio aos seus irmãos.
Quando olhamos para nossa religiosidade, vemos um povo de fé, porém, sem esperança. Ora fé sem esperança não é fé, apenas uma falsa religiosidade. Os maiores líderes religiosos no Brasil são completamente apáticos politicamente. Os que de alguma forma demonstram alguma expressão, o faz por puro interesse pessoal. Não existe muita caridade entre os religiosos no Brasil. No meio evangélico, do qual faço parte, há muitos pastores que vivem da exploração dos seus fieis. Fazem o mesmo que nossos políticos, vivem em mansões, dirigem os seus carrões, compram suas fazendas, e alguns possuem até aviões. Epa! Isto contrasta bastante com o evangelho de Jesus. As demais religiões fazem o mesmo. É uma característica horrível da nossa religiosidade. Aqueles que deveriam ser a voz do povo, tanto política, como profética, se calam e engordam a si mesmos. O que faz o brasileiro ser um povo de fé em bolhas de sabão, sem esperança de dias melhores.
Nossa vibração pela seleção irá durar pouco menos de dois meses, apenas durante o período dos jogos. A nossa dor, vivenciada pela dura realidade de um País que é vítima de si mesmo, irá continuar ainda por muito tempo. Até que cada brasileiro se veja como um patriota, que luta pelo bem estar de sua nação, que enxerga o seu semelhante, e não é apenas alguém que deseja achar um lugar na sombra, custe o que custar.
Sejamos campeões na Rússia, tragamos o caneco, mas conquistemos primeiramente o desejo de ser uma nação rica e próspera, não para cada um por si, mas todos por todos.




[1] 22% dos brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza, diz estudo <https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/10/1931680-22-dos-brasileiros-vivem-abaixo-da-linha-da-pobreza-diz-estudo.shtml> (18/06/2018)