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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

segunda-feira, 25 de março de 2019

Quando a graça nos derruba do cavalo


Atos 9.1-9
A definição mais comum sobre graça é que ela é um favor imerecido. É quando somos perdoados de uma dívida que não poderíamos em hipótese alguma saldar; É quando somos perdoados de uma culpa por algo de errado que cometemos. A graça do Senhor vem inicialmente em nossas vidas para nos quebrantar, para nos tratar, para nos derrubar do nosso pedestal da autosuficiencia e nos levantar para a glória de Deus. Ela nos eleva, e nos leva para o lugar onde Deus deseja que estejamos.
Saulo foi alguém que experimentou esta transformação pela graça, de maneira muito intensa. Ele era escravo de sua religiosidade. Era perseguidor, cruel, torturador, sanguinário, dentre outras características. Porém, em sua mente, acreditava que estava fazendo um serviço para Deus, se livrando das ervas daninhas, os cristãos! Mas, um belo dia, indo ele na estrada que conduzia para damasco, rumo a uma nova perseguição, foi surpreendido pela graça. Saulo literalmente caiu do cavalo. Ele ouviu aquela voz que lhe dizia “Saulo por que me persegues”.
Algo que me chama atenção nesta experiência de Saulo é que ele não estava sozinho, ele estava acompanhado de muitos soldados, e todos eles ouviram a voz, entretanto, somente Saulo a recebeu. Os demais se assustaram, fugiram com medo, talvez chorarando emocionados, mas, somente Saulo foi transformado por aquela mensagem. O que nos leva a crer, que não basta apenas ouvir a voz do Senhor, é preciso aceitá-la. 
Através desta experiência, a vida de Saulo foi mudada de uma maneira tão intensa que até o seu nome foi mudado. O que fazer para ser transformado pela graça?
1.      Você precisa reconhecer que é um pecador – (Rm 3.23)
Saulo acreditava piamente que estava fazendo a vontade de Deus. Ele perseguia, prendia, espancava e até matava o próximo, por que para ele, eles ofereciam uma ameaça clara. Ele não se reconhecia como um pecador, mas como um justiceiro de Deus, alguém com uma missão de limpar o jardim, das malditas ervas daninhas.
Conheci bastante pessoas assim, principalmente nas Convenções Denominacionais. Gente que mata o outro, não com armas, mas com palavras, com a justificativa de fazer a obra de Deus. Isto é bastante comum nas esferas políticas religiosas. É de dar pena!
Se uma pessoa acha que não tem pecado, então para que precisará da graça? Porque ela não tem do que arrepender-se. Somente pecadores são capazes de entender a graça. A pessoa que se vê como puro e limpo demais, não vê necessidade na graça.
Hoje está na moda duas modalidades de igreja: libertina, que tudo pode; e a legalista, aqueles que acham que só porque são contra a ideologia de gênero, podem fazer todo o restante.
2.      Você precisa reconhecer a voz do Senhor – (I Sm 3.6-7)
Saulo, apesar de todos os atributos horríveis identificou imediatamente aquela voz que falava com ele. Saulo perguntou: “Quem és tu Senhor”. O Senhor responde para ele: “Eu sou Jesus, a quem você persegue”.
Vivemos um tempo de um evangelho estranho, antropocêntrico, onde o homem é o centro de tudo. Parece que Deus só existe para fazer a vontade do ser humano. Ouvir a voz do Senhor hoje é o que menos interessa. O que se quer é participar de uma religiosidade que traga um certo conforto, mas que não gere comprometimento, e nem atrapalhe as outras áreas da vida.
Este novo evangelho que as pessoas querem viver, parece com aquele que Hofni e Finéias viviam, a milhares de anos atrás. Eles queriam estar no templo, participar de todo o serviço religioso, mas queria possuir todas as mulheres da igreja e roubar as ofertas. Eles eram filhos de Eli, que tinha grande experiência com Deus. Eli ouvia e discernia a voz de Deus, porém, não a praticava e permitiu que seus filhos cometessem todas as abmoninações. 
Saulo ouviu, reconheceu que era Jesus quem estava falando com ele, e obedeceu ao seu chamado.
3.      Você precisa render-se a graça – (Atos 1.6)
Os soldados que estavam com ele ouviram a mesma voz, mas por que eles não se converteram? Porque eles não se renderam a voz do Senhor. O que quer dizer que você pode ler esta mensagem, e isto não fazer a menor diferença pra você. Porém pode ser que para outro faça profunda diferença. 
Render-se a graça é conseguir ouvir a voz de Deus, dentre tantas vozes, e obedecê-la. É, reconhecer a sua pequenez, e apresentar-se diante de Deus e dizer; eis-me aqui.
                       Conclusão
O que você vê, quando olha para dentro de si mesmo? você vê muitas coisas que precisam ser transformadas? Ou você não vê pecado em sua vida? Se você se enxerga como um pecador, então você está apto a receber a graça de Deus. Se você acha que já está perfeito, você será como um copo cheio, que não há mais espaço para nada. Permita que o Espírito te quebre de sua autosuficência e te molde. Não é nada fácil. Não foi fácil para |Saulo. Porém, ele aguentou firme, e no final ele diz:
"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé" (2 Timóteo 4:7)

Pr. Sergio Rosa

quinta-feira, 21 de março de 2019

Encare as adversidades com o poder de Deus


II Crônicas 32.1-8
O texto começa com a frase: “depois destas coisas...”. Que coisas eram estas?
O rei Ezequias era filho de Acaz, rei de Judá. Acaz foi um péssimo rei, sofreu derrota causada pelos edomitas e pelos filisteus. Acaz abandonou ao Senhor e ofereceu sacrifícios aos deuses da Assíria (II Crônicas 28.23). Ele pensou o seguinte: porque eu vou continuar seguindo a Deus, se ele não me ajuda a vencer uma batalha? Eu vou seguir aos deuses da Assíria, que tem dado a eles grandes vitórias. Porém, esta foi a pior atitude que Acaz poderia tomar. Ele achou que aquelas entidades eram mais poderosas do que Deus. E este foi o motivo de sua derrota.
O profeta Azarias já havia profetizado nos dias do rei Asa: “O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos deixará” (2 Crônicas 15:2). Não há possibilidade de nós abandonarmos ao Senhor e imaginar que assim mesmo ele irá nos abençoar e nos conceder vitórias. Este foi o grande erro de Acaz.
Ao ser empossado como rei de Judá Ezequias tomou algumas atitudes que o levaram a cair na graça de Deus, Deus começou a abençoá-lo e engrandecê-lo. Não demorou e o inimigo levantou-se contra ele. Senaqueribe, rei da Assíria, marchou com um grande exército contra Judá. Ezequias reuniu o seu exército bem menor e disse aos seus oficiais o que está nos versos 7 e 8.
O que nos leva a perceber, que o simples fato de seguirmos a Jesus não nos livrará das adversidades da vida. Mas, a nossa confiança no poder de Deus é que nos livra das mãos dos nossos inimigos.
Três atitudes de Ezequias que lhe deram autoridade espiritual para vencer as adversidades:
I – Ezequias buscou a santificação (29.4-6)
Enquanto Acaz, pai do rei Ezequias, buscou afastar-se de Deus e cometer todo o tipo de pecado, Ezequias buscou aproximação com Deus. Acaz abandonou o culto a Deus, buscou aproximação com os deuses da Assíria. Acaz abandonou a santidade e abraçou todo o tipo de pecado detestável a Deus. Ezequias buscou levar o povo a uma santificação total.
A primeira coisa que devemos fazer quando buscamos uma aproximação com Deus é nos santificarmos. Deus se agrada disto. Hoje existe uma onda de crentes que se comportam como Acaz diante de Deus e assim mesmo querem que Deus os abençoe, não vai acontecer.
Santifique a sua vida. Faça como Ezequias, faça uma limpa de tudo o que não presta em sua vida e sinta como isto agrada ao Senhor.
II – Ezequias restaurou a aliança com o Senhor (29.10)
Ezequias levou o povo ao abandono do pecado e refez a aliança com Deus. Diferente de seu pai, Ezequias queria andar com Deus. Ele diz: “Estou resolvido a fazer aliança com o Senhor”. Ele desejou do fundo do seu coração a presença do Senhor em sua vida. A proximidade de Deus.
Para andar com o Senhor, é preciso tomar uma decisão, é preciso falar como Ezequias: estou resolvido, é isto que eu quero. Eu quero fazer uma aliança com Deus. Eu quero Deus todos os dias em minha vida. Quero me parecer com ele, ser abençoado por ele. Eu quero que sua mão de poder esteja sobre a minha vida. Eu quero andar em aliança plena com meu Deus.
III – Ezequias confiou plenamente no Senhor (32. 7-8)
Tudo o que Ezequias fez, deu a ele autoridade para chegar diante do povo e dizer para que eles confiassem plenamente em Deus. Todo o povo viu o que ele fez e confiou que ele de fato confiava no Senhor de todo o seu coração. Ele declara em alto e bom som: “um há conosco maior do que o que está com ele”. Ezequias não olhou para as circunstâncias contrárias, ele não olhou para o tamanho do exército assírio, assim como Davi não se impressionou com o tamanho do gigante filisteu. Ezequias olhou para o tamanho do seu Deus e simplesmente confiou.
Conclusão
Para encarar as adversidades com o poder de Deus, é preciso que você siga o exemplo do rei Ezequias. Ele demonstrou grande respeito e cuidado para com as coisas de Deus. Ele levou a sério a santificação, o abandono do pecado, a restauração do culto, do louvor e da adoração. Quer ter autoridade diante de Deus? Leve a sério a sua aliança com Ele.
Diante daquela grande adversidade Ezequias juntou-se com o seu pastor, o profeta Isaias, e oraram para Deus. Eles clamaram por socorro e Deus enviou apenas um anjo que destruiu todo o exercito da Assíria.
Deus também vai te dar a vitória sobre as adversidades, mas é preciso que você o busque com seriedade e convicção. É preciso que você renove diariamente a sua aliança com ele. É preciso santificar a sua vida, abandonar a vida de pecado e abraçar uma vida de santidade diante de Deus.
O desejo do inimigo é minar a sua vida e te destruir por completo, mas o desejo de Deus é te levantar, fortalecer e de dar poder o suficiente para você encarar as adversidades da vida e vencer todo o mal. Entregue-se completamente a Deus, confie plenamente nele, e ele te abençoará plenamente.
Pr. Sergio

sexta-feira, 8 de março de 2019

Desperta Débora, acorda!

Juízes 5.12

Hoje em todo o mundo é comemorado ‘O Dia Internacional da mulher’. Este dia foi criado em homenagem a 129 operárias que morreram queimadas, numa ação da polícia, que tentava conter uma manifestação em uma fábrica de tecidos. Essas mulheres estavam pedindo a diminuição da jornada de trabalho de 14 para 10 horas por dia e o direito à licença-maternidade. Isso aconteceu em 8 de março de 1857, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.  A polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as operárias refugiassem-se dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais,
trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs. Somente em 1910, 53 anos após a tragédia, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher em homenagem às operárias de Nova Iorque. A partir de então esta data começou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem às mulheres.

Parabéns mulheres pelo seu dia!

O texto bíblico, base desta meditação, faz parte de uma grande poesia dedicada à Débora, juíza de Israel. Esta linda canção era entoada em todas as festas e celebrações importantes do povo hebreu, a fim de relembrar os feitos da Juíza Débora.

Débora contraria a muitos pensamentos retrógrados de que Deus só escolhe homens para dirigir o seu povo. Louvo a Deus pela Igreja Batista da CBB, e particularmente acho que as mulheres também deveriam louvar bastante, por que é um lugar onde as mulheres sempre tiveram lugar de participação em meio à liderança. Embora tenha demorado bastante para liberar a ordenação feminina, sempre houve espaço para o desenvolvimento de liderança das mulheres. Hoje, em pleno século XXI, ainda há organizações eclesiásticas que fazem acepção de sexo, nestas igrejas mulheres são tidas como seres inferiores que não podem exercer cargos de liderança, e devem ser sempre subordinadas aos homens. Para impor este jugo às mulheres eles se baseiam mais nos usos e costumes do que no estudo teológico aprofundado. Débora é um grande exemplo de que Deus pode usar a quem ele quer, seja homem, seja mulher.

Este texto é uma grande chamada para que as muitas Déboras modernas possam acordar, ampliar sua visão, ver a sua condição de mulher oprimida e lutar contra o jugo da opressão masculina que as aprisionam.

Durante toda a existência humana sempre houve um povo oprimido e um povo opressor, que nunca irá deixar sua posição facilmente. A própria nação de Israel, na época de Débora, estava sendo oprimida por Jabim, rei de Canaã (2). Para que acontecesse a libertação, foi preciso lutar. Deus usou a profetiza Débora para liderar o exército juntamente com Baraque e libertar o povo daquela opressão.

Há muitas mulheres que ainda vivem oprimidas nos dias de hoje. Creio que Débora é um grande exemplo de mulher forte que pode ser seguida.

Principais armas da opressão:

1. O medo – O medo geralmente faz com que nos sintamos menores,
inferiores e menos capazes do que realmente somos. O opressor sempre utiliza esta arma para criar uma suposta dependência. E, para dominar através do terror psicológico. Quanto maior o medo, mais difícil enxergar a saída. O medo trava e impede de que se veja uma solução.

O opressor sempre tira proveito do medo para coagir, a fim de que as pessoas não lutem, por medo de se ferirem ou perderem alguma coisa. Por isto, todo opressor deixa um fio de esperança, para que as pessoas se agarrem a ele e não se rebelem.

Se você está em uma condição assim, peça ao Senhor para que te liberte do seu medo, para que você possa lutar contra a opressão que te aprisiona.

2. O preconceito – Assim como o medo, o preconceito é utilizado para que aquele que é oprimido se sinta inferior, sem capacidade de realização. Isto aconteceu e ainda acontece com não-brancos. Há um tendência muito forte de uma Europeização do mundo. Então, em todo o mundo pessoas de cores brancas se sentem superiores a pessoas de cor.  Basta dar uma boa olhada nas pessoas mais ricas do mundo, ir nas melhores universidades, nos principais cargos das grandes empresas e se percebe o preconceito. Algumas universidades, para combater isto, abrem vagas para não-brancos a fim de criar oportunidades iguais.

A luta contra o preconceito contra a mulher não é algo tão simples. Ele tem suas segregações: Não é apenas uma luta da mulher, mas há dentro desta luta, outras lutas. A luta da mulher branca é diferente da não-branca; a luta da rica é diferente da pobre; a luta da cristã é diferente da mulçumana; a luta da latina é diferente da estadunidense.

Durante muito tempo a mulher foi tratada de maneira preconceituosa. Em muitos lugares este preconceito ainda é muito forte. O problema é que as próprias mulheres acham normal e ajudam a perpetuar isto. Débora é um grande exemplo de que pensamento machista não vem de Deus. As mulheres podem fazer muito mais e irem muito mais longe.

Afinal, Deus fez a todos a sua Imago Dei, ou seja: à sua imagem e semelhança os criou, homem e mulher.

3. O domínio – O domínio de um povo opressor sempre é feito utilizando-se tanto o medo, quanto o preconceito.

Este texto é um convite para reflexão: Desperta, Débora, acorda! Despertar é se revestir do Espírito que estava sobre Débora, e lutar contra uma condição de opressão. É despertar para a vida, e utilizar toda a capacidade que Deus entregou à mulher como agente transformador deste mundo. É despertar para o fato de que Deus criou homem e mulher, ambos com capacidade extraordinária. São dois seres tão distintos, mas que se completam em tudo.

Desperta Débora, é para que as mulheres busquem o seu espaço, e imponha o respeito que lhe é devido, sem perder sua feminilidade, que é um dos seus mais fortes atributos. A luta é pelo direito de ser mulher, e não tornar-se um homem. Busquem em Deus:

1. Sabedoria para sair desta condição
2. Coragem para liderar a batalha contra a opressão
3. Decisão diante das atitudes que precisa tomar
4. Força para esperar o tempo certo de ação
        5. Ímpeto para não ser vencida pela procrastinação

Pr. Sergio

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