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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Quando somos desafiados a confiar

 Mateus 14.22-33

Em nossa caminhada com Deus sempre somos desafiados a confiar Nele. Confiar significa acreditar nas intenções do outro. Acreditar que o outro irá suprir aquilo que desejamos. Acreditar é crer que o outro é capaz. Eu diria que confiar é ter fé no outro. No que diz respeito a nossa fé, confiar, então, é crer plenamente em Jesus.

Este texto nos mostra que tudo é possível quando confiamos em Deus. Pedro foi desafiado naquela madrugada a confiar em Jesus. Era ainda madrugada, entre três e seis da manhã, quando tal fato aconteceu. Eles estavam no meio do mar da Galileia, também chamado de lago de Genesaré ou mar de Tiberíades, a cerca de cinco quilômetros da margem. Deveria ainda estar escuro, quase amanhecendo. Havia uma penumbra que os permitiam enxergar algo vindo em direção deles, andando sobre as águas. Entretanto, não conseguiram discernir exatamente o que era. Então deduziram, rapidamente, que só poderia ser um fantasma.

A palavra grega para fantasma é exatamente a mesma em português, que significa uma aparição de algo que não é deste plano terrestre, não é um ser vivo. É interessante observar que mesmo andando com Jesus já há tanto tempo, eles ainda tinham medo de fantasmas.

Quanto mais o fantasma se aproximava, mais eles sentiam medo. Entretanto, quando o fantasma se aproximou e falou com eles, reconheceram que era Jesus. - Ufa! Que alívio. - Pedro rapidamente, tomado pela emoção, pediu a Jesus para ir com ele e também andar sobre as águas. Neste momento Jesus o desafiou a ir, ele disse: Vem!

Muitas vezes somos tomados pela emoção do encontro com Jesus, e isto é maravilhoso. Porém, a nossa fé não pode ser baseada somente na emoção que sentimos nos cultos e em nossas devocionais, a nossa fé precisa ser madura. Talvez seja por isto que o Senhor nos prova a nossa fé. Nos momentos das provas somos desafiados a confiar que Jesus não nos deixará afundar.

Pedro confiou em Jesus e se lançou sobre as águas e caminhou. Porém, em determinado momento, ele desviou a sua atenção de Jesus e prestou mais atenção na força do vento.

Três fatos marcantes aconteceram que levaram Pedro desviar os olhos de Jesus:

1. Reparando na força do vento, teve medo

Em um primeiro momento Pedro teve uma tremenda convicção de que poderia andar sobre as águas. Ele era bastante impulsivo, talvez tenha feito sem pensar, mas, depois teve medo. O seu medo fez com que ele visse as ondas maiores do que Jesus. O seu medo ofuscou a sua visão e a sua fé.

Todos nós sentimos medo diante de situações difíceis. O medo nos balança e tenta nos desestabilizar. O medo não é um sentimento ruim, mas, precisa ser encarado apenas como um alerta, como aquela luz amarela ou vermelha que nos avisa do perigo. Ao receber o aviso, devemos apenas nos preparar e não nos desesperar.

O Pr Mauro Sanches fez um teste com os pastores da Meritiense. Uma das perguntas foi: De que você tem medo? Um dos pastores respondeu que era de ficar sem ministério. Como ele é pastor de tempo integral, ele tem medo de perder a sua fonte de sustento. Muitas pessoas tem o medo de ficar desempregado. Mas, o medo não pode te travar. Você precisa canalizar esta energia para o lugar certo. Quem sabe se preparar melhor, desenvolver mais a sua profissão, investir em conhecimento, buscar crescimento no que você faz, e, pedir ao Senhor para que não permita que você fique desempregado ou perca o ministério.

Pedro ao sentir medo, fez o que todos nós devemos fazer, ele clamou por Jesus e Jesus o socorreu. Aconteça o que acontecer, mantenha os seus olhos fixos no Senhor. Ele irá segurar em tuas mãos e te ajudará a vencer as suas dificuldades.

2. Reparando na força do vento, começou a afundar

Bastou Pedro começar prestar atenção nos problemas que o cercava para perder a sua fé começar a afundar nas águas.

Quando seguimos a nossa vida olhando diretamente para Jesus, ele nos sustenta diante de todos os dilemas da vida, de tal forma que podemos andar sobre as águas sem perceber os ventos contrários, porém, basta tirarmos os olhos de Jesus para que tudo em nosso entorno comece a afundar.

O Titanic foi um navio que afundou ao esbarrar em um Iceberg. Ele teve a sua lateral rasgada pelo impacto e começou a entrar água. Aquela que foi uma embarcação projetada para não afundar, afundou. Morreram 1.517 pessoas. A principal razão daquela embarcação ter afundado e ter morrido tanta gente foi a arrogância. Algumas pessoas afundam depois de estar no auge de suas carreiras, quando começam a confiar em si mesmas.

Quando Pedro começou a andar sobre as águas, primeiramente ele confiou somente no Senhor, mas, talvez um pouco de autossuficiência entrou no seu coração quando deu os primeiros passos. Ele deve ter olhado para ele mesmo e dito: Nossa! Estou andando sobre as águas. Eu sou mesmo poderoso! Neste momento ele perde Jesus de vista e começa a notar o tamanho das ondas.

Mas, Jesus, não permitiu que Pedro afundasse, ainda que Pedro tivesse perdido, momentaneamente a fé, Jesus estendeu a sua mão para ajudá-lo. Jesus sempre está pronto para nos socorrer quando começamos a afundar.

3. Reparando na força do vento, entrou em desespero

Acredito que o vento forte tenha formado grandes ondas, que batiam no rosto de Pedro, e talvez por um momento Pedro não conseguisse ver a face de Jesus. Isto acontece quando os problemas da vida nos cercam. Parece que não conseguimos ver a Jesus naquele momento. Quando isto acontece o desespero começa a tomar conta, porque nos sentimos frágeis.

Paul Tillich foi um teólogo Alemão que participou da segunda grande guerra como capelão, relata que certa noite, esgotado, andando no meio de cadáveres, muitos deles seus amigos pessoais, entrou em desespero. Ele era um cristão, porém, tinha uma visão distorcida de Deus. Ele confiava mais nos filósofos clássicos, do que na experiência com Deus. No meio da guerra, toda aquela certeza que tinha desapareceu. Ali, em meio aquela experiência terrível ele entrou em desespero. Viu toda a sua fé desaparecer. Foi em meio aquele terror que ele teve uma experiência autêntica com o verdadeiro Deus.

Diante do desespero Pedro começou a afundar. Mas, neste momento foi que ele teve a sua real experiência com Jesus. Ele começou a gritar por socorro. Ele gritou por Jesus: Salva-me, Senhor! A melhor coisa que aconteceu com Tillich e Pedro foi afundar. Só assim eles conheceram a fé verdadeira. Eles foram depurados de suas emoções e restou só a fé genuína.

Conclusão

As muitas tribulações da vida, às vezes, são tão fortes, que nos fazem temer, afundar e até mesmo entrar em desespero. Mas, neste momento sabemos que Jesus está perto, ainda que tenhamos dificuldades em vê-lo, ele está bem próximo e nos estende as mãos. Cabe a nós esticarmos a nossa mão, para que ele possa nos puxar e nos salvar.

Diante dos ventos fortes que nos atinge de forma intensa, devemos sempre confiar plenamente que Jesus irá nos salvar das tribulações. Ele estará sempre com as mãos erguidas em nossa direção para nos ajudar.

O tentador quer nos fazer desconfiar, quer nos roubar a atenção, ele lança suas setas para que olhemos para outro lado. Neste momento é preciso vencer a tentação e continuar crendo, apesar dos ventos contrários. É preciso manter os olhos fixos em Jesus e não se deixar levar pelas circunstâncias.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

A razão do meu viver

 Gálatas 2:20

Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pelo fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.

Afirmamos que algo é a razão do nosso viver quando aquilo é muito importante para nós. Nós ouvimos muito esta frase entre os casais, onde um diz para o outro que ele ou ela é a razão do seu viver. Quando se diz isto, está implícito todo o carinho e amor que um nutre pelo outro. Esta frase denuncia que um não consegue viver sem o outro. É uma expressão forte que revela total entrega de uma pessoa para a outra.

Um marido que diz que a esposa é a razão de seu viver, é porque primeiro certamente ele a ama; segundo, porque ela deve cuidar dele de forma impecável; terceiro, porque eles devem ter uma bela história juntos. Em meu caso, tenho 35 anos de bom relacionamento com Rosana. Temos um filho de vinte e oito anos, que se casou recentemente. Sem ela eu ficaria completamente perdido, sem rumo, sem direção. Ela cuida de tudo em nossa casa, de forma que eu não sei onde tem nada. Cuida da nossa alimentação, de nossa casa, de nossa roupa, de toda a parte médica, de toda a nossa agenda. Além de tudo isto, ela me faz muito feliz, me realiza como amiga, parceira, esposa e amante. Não imagino a minha vida sem ela.

Quando afirmamos que Cristo é a razão do nosso viver, estamos afirmando basicamente a mesma coisa. É o mesmo sentimento que temos para a pessoa que mais amamos. Estamos dizendo que ele tem a primazia em nossa vida, tem o primeiro lugar, lugar de honra, tem um espaço grande e especial em nossas vidas e em nossos corações.

O apóstolo Paulo tinha este sentimento a respeito de Jesus. Ele era um homem experimentado, que amava a Jesus de todo o seu coração. E tudo o que ele fazia em sua vida, Jesus estava em primeiro plano. Nada na vida de Paulo fazia mais sentido sem a presença de Jesus.

A Igreja da Galácia estava se afastando do evangelho que Paulo pregou, estavam seguindo orientações diferentes daquela que Paulo apresentou pra eles, e assim, eles estavam se distanciando de Cristo. Jesus não estava mais sendo suficiente em suas vidas, eles queriam experimentar outras sensações. Imagina se um belo dia você diz para o seu cônjuge que ele não te é mais suficiente? Então, O apóstolo escreveu esta carta com a finalidade de renovar em seus corações a paixão por Jesus.

A partir desta introdução eu gostaria de destacar três verdades altamente relevantes que Paulo afirmou neste texto, que pode nos levar a ter Cristo como a razão de nosso viver.

1. Primeira verdade que Paulo afirmou: “Cristo vive em mim”

Já estou crucificado com Cristo, logo, já não sou eu quem vive, mas, Cristo vive em mim”.

Para entender este sentimento de Paulo, é preciso conhecer a sua história, resumida de forma direta e suscinta em Fl 3.5-8. Antes de sua conversão, Paulo tinha toda uma profunda convicção religiosa farisaica, ele vivia em função do que acreditava. Ele perseguia os cristãos, os maltratava e os prendia, sempre utilizando muita violência legal. Ele fazia isto acreditando ser uma obra para Deus, entendia que os cristãos era uma erva daninha que precisava ser arrancada a força, pisada e esmagada.

Paulo perseguiu os cristãos até que ele mesmo teve um encontro pessoal com Cristo. Este encontro foi tão avassalador que transformou imediatamente toda a sua estrutura. Ele percebeu imediatamente que tudo aquilo que ele pensava ou supunha ser verdade, era mentira. Ele entendeu que toda a sua vida havia sido construída sobre um falso fundamento.

Foi na estrada indo para Damasco que ele teve a sua experiência com Jesus. Apareceu para ele uma forte luz e uma voz poderosa falou com ele: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” – Ele perguntou para a voz – “Quem és Senhor” – A voz responde para ele – “Eu sou Jesus a quem tu persegues”. Naquele mesmo momento ele abriu o seu coração e começou a sentir o amor de Deus por ele. Ele compreendeu imediatamente o quanto equivocado estava. Descobriu imediatamente que era aquilo que durante toda a sua vida estava buscando, mas não sabia. Foi um amor que surgiu a primeira vista. A partir daquele momento Cristo passou a ser a razão do seu viver.

Em sua bibliografia C.S. Lewis conta que a sua conversão foi a caminho de um zoológico, em uma cidade chamada de Whipsnade. Estava indo com o seu irmão de moto, quando começou a refletir sobre a sua vida. E ali, no sidecar da moto de seu irmão que ele tomou, sozinho, a sua decisão por Jesus. Durante a viagem, uma lembrança dominou a sua mente, ele lembrou que quando foi para Oxford estudar, ele pegou o caminho errado, e ao invés de ir para a cidade, ele saiu dela. Quando ele olhou para traz, ele viu a cidade, só aí se tocou que estava indo na direção contrária. Lembrando deste evento ele fez uma correlação com a sua própria vida, e chegou a conclusão que espiritualmente ele também estava indo na direção errada. E decidiu simplesmente voltar-se para Deus. Ali, ao vento naquele veículo, ele abriu o seu coração, sentiu o amor de Deus e teve o seu encontro pessoal com Jesus.

A partir daquele momento ele podia afirmar que Cristo vivia nele. Ele baixou a guarda, abriu o seu coração e deixou Cristo entrar.

2. Segunda verdade que Paulo afirmou: “Ele me amou”

Creio que o apóstolo Paulo estava muito convicto deste amor, afinal, ele sabia quem ele havia sido e tudo o que tinha feito. Era impossível ser aceito por Jesus se este não o amasse muito. O apóstolo Paulo havia sido um perseguidor de Cristãos, alguém que Jesus deveria odiar, pelo fato de que ele perseguia, açoitava e prendia os seus seguidores. Mas, pelo contrário, Cristo o amou, e o seu amor foi tão grande que alcançou a Saulo naquela estrada indo para Damasco.

É preciso muito amor para se perdoar alguém que tenha cometido tantas falhas como Saulo cometeu. A prova do amor de Deus para com ele está justamente em sua transformação. Saulo, uma vez transformado através daquele encontro com Cristo, passou a ser chamado Paulo. A primeira coisa que mudou na vida dele foi a forma que as pessoas o chamavam. A segunda coisa que mudou foram as suas atitudes. Aquele que era um perseguidor de cristãos, se tornou o apóstolo mais proeminente de todo o Novo Testamento.

As escrituras nos afirmam que Deus nos ama. É o amor de Deus que faz com que ele não desista de nós, mesmo sendo quem somos, com todas as nossas falhas e imperfeições. Seja você quem você for, creia, Deus te ama. E, por te amar tanto é ele deseja que você caminhe com ele.

3. Terceira verdade que Paulo afirmou: “Se entregou por mim”

Quando Paulo se converteu já havia se passado cerca de cinco anos da morte de Jesus. O apóstolo não o conheceu pessoalmente, não caminhou com ele, a sua experiência se deu anos depois. Antes de converter-se ele não sabia ao certo o porquê de Jesus ter sido morto. Mas, quando ele tem a sua experiência pessoal, tudo toma um novo significado, ele toma noção da dimensão do sacrifício de Jesus. Ele entende que Jesus havia morrido em seu lugar.

Há algum tempo atrás ocorreu um episódio no qual uma pessoa deslizou de uma pedra, caiu no mar e estava se afogando. As ondas e a forte correnteza não estavam deixando a pessoa sair. O salva vidas entrou no mar, arriscando a sua própria vida, e conseguiu tirar a pessoa, mas, ele mesmo não conseguiu sair e estava se afogando. Um surfista vendo a aflição do salva vidas, entrou no mar e com a sua prancha conseguiu ajudá-lo a sair. Eu me emociono só de lembrar desta reportagem, e eu nem estava lá. A bravura daquele rapaz não tem preço. O que ficou ali para os que foram salvos foi o sentimento de gratidão. Nem o salva vidas e nem o surfista morreram, graças a Deus. Mas, eles se sacrificaram por um desconhecido.

Foi isto que Jesus fez por nós. Ele se sacrificou por toda a humanidade, e Paulo estava bem certo disto. O que devemos fazer é simplesmente aceitar este sacrifício de Jesus por nós.

Conclusão

Para o apóstolo Paulo, Cristo era a coisa mais importante de sua vida, Jesus era a razão do seu viver. Era o que o levava a acordar e levantar. Era a essência de tudo o que fazia e falava. Era o que dava forças para continuar vivendo a sua vida. Era o tema principal de tudo o que dizia. Era a sua força motriz.

Da mesma forma que Cristo foi a razão da existência de Paulo, Ele também espera ser a razão do seu viver. Ele deseja ser o seu tudo, o alfa e o ômega, o princípio e o fim de tudo em sua vida.

Para que Cristo seja a razão de sua vida é preciso que, assim como Paulo, você também faça uma escolha em sua vida. Escolha a Cristo. Convide-o para encher o seu coração, permita que ele dirija a sua vida. Escolha Jesus e tenha a maior experiência de sua vida.

Faça como Paulo, ouça a voz do Senhor que te chama neste momento para a sua presença. Aquele mesmo amor que Paulo sentiu, na estrada que ia para Damasco, Deus quer que você também sinta. Se renda a este tão grande amor.

Se você deseja sentir este grande amor de Deus por sua vida, fale com ele agora, em silêncio no seu pensamento ou em voz alta, não importa a forma. O que é importante é que você faça isto com todo o seu coração.

Se você quiser saber mais sobre o assunto, pode deixar o seu comentário e e-mail logo abaixo..

Pr. Sergio Rosa