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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Mateus o coletor de impostos

Mateus 9.9

Exceto por Judas Iscariotes, os doze discípulos eram oriundos da Galileia. Aquela região toda era predominantemente rural, sendo formada por cidades pequenas e vilarejos. Seu povo não fazia parte da elite, era basicamente formada de pessoas simples. Não eram conhecidos por terem um alto grau de instrução ou qualquer destaque empresarial ou religioso. Eram, em sua maioria, pescadores e lavradores. Mateus era desta região.

Características de Mateus

Em Marcos 2.14 Mateus é chamado por seu nome judeu, “Levi, filho de Alfeu”. Quando Jesus o chamou, Mateus era um coletor de impostos, um publicano. Os coletores de impostos eram odiados em todo o Israel, rejeitados, considerados traidores. Eram homens que compravam do imperador romano o direito de cobrar impostos, uma espécie de franquia. Eles cobravam os impostos, com frequência, a força.

Tal ocupação, de coletor de impostos, transformava Mateus num traidor de sua nação. Provavelmente, devido a este fato, ele também era um excluído religioso, certamente proibido de entrar em qualquer sinagoga. Cerceado da comunhão entre os membros da sua religião.

Seu chamado

Mateus 9.9 narra o seu chamado: “Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: segue-me! Ele levantou e o seguiu”.  

Qualquer judeu de bem, em sã consciência, jamais escolheria como profissão ser um coletor de impostos. Assim, Mateus deve ter ficado estupefato quando Jesus o escolheu. Jesus o viu sentado na coletoria e disse: “Segue-me!” (Mateus 9.9).

Imediatamente e sem qualquer hesitação, Mateus “se levantou e o seguiu.” Ele abandonou a coletoria e renunciou à sua profissão amaldiçoada para sempre e tornou-se um grande apóstolo. Mateus era um judeu que conhecia e amava o Antigo Testamento. Seu evangelho cita o AT 99 vezes. São mais vezes do que Marcos, Lucas e João juntos.

Seu interesse em evangelizar seus amigos

Nos versos seguintes, Mateus prossegue dizendo: “E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos”. Ele convidou muitos de seus colegas publicanos para conhecerem a Jesus. Ele estava tão empolgado de ter encontrado o Messias, que desejou apresentar Jesus para todos os seus amigos. Assim, ele organizou um grande banquete em homenagem a Jesus e convidou essas pessoas.

Por que Mateus convidou coletores de impostos e outros indivíduos desprezíveis? Por que era o único tipo de gente que ele se relacionava. Aquelas pessoas eram tão sedentas por Jesus quanto Mateus. Todas elas necessitavam ter um encontro com Jesus. Quanto mais alguém seja pecador, quanto mais necessita da graça de Jesus. Aquelas pessoas eram completamente carentes da maravilhosa graça de Jesus.

Assim os seus únicos amigos eram criminosos, vagabundos, prostitutas e gente dessa categoria. Foram essas pessoas que ele convidou à sua casa para banquetear e conhecer a Jesus. É claro que as pessoas da instituição religiosa ficaram indignadas e escandalizadas. Não tardaram em expressar suas críticas aos discípulos. No entanto, Jesus respondeu afirmando que eram justamente aquelas pessoas que estavam doentes, portanto, eram elas justamente as que mais precisavam de cura. “Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mateus 9.12).

Conclusão

Dos apóstolos de Jesus que escreveram alguma parte do Novo Testamento, Mateus é o que mais cita o Antigo Testamento em seu evangelho. Este fato nos revela que ele era um profundo conhecedor das leis de Deus. Mas, apesar de todo o seu conhecimento, ele aceitou trabalhar para Roma, contra o seu próprio povo. Não se sabe o motivo que o levou a tornar-se um coletor de impostos. O que sabemos é que ao ser chamado por Jesus, ele largou tudo e o seguiu. Tudo o mais perdeu a importância para ele. A partir daquele momento ele tinha uma nova razão para viver. 

Não há nenhum relato confiável de como ele foi morto, mas as tradições mais antigas indicam que foi queimado numa fogueira. Assim esse homem que abandonou uma carreira lucrativa sem pensar duas vezes continuou disposto a dar tudo de si por Cristo até o fim.