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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Judas e Judas

 Lucas 6.16


O último nome da lista do colégio apostolar de Jesus é Judas. O nome Judas significa “Jeová conduz”. Há dois Judas entre os discípulos, Judas filho de Tiago e Judas Iscariotes. Embora o significado do nome Judas seja algo positivo, que demonstra confiança em Deus, no entanto, por causa da traição de Judas Iscariotes, este nome sempre terá uma conotação negativa. Em toda a parte do mundo, quando se quer ofender a alguém, utiliza-se o nome Judas para isso.

O estudo sobre Judas filho de Tiago serve para nos apresentar outra face do nome Judas. Vejamos sobre os dois Judas.

1. Judas filho de Tiago e Judas Tadeu

Ambos são a mesma pessoa, que é apresentado de duas formas diferentes: Judas, filho de Tiago em Lc 6.16 e Tadeu, em Mateus 10.3 e Mc 3.13. (Lebeu na versão Corrigida e Fiel). Segundo John MacArthur Tadeu significa ‘criança de peito’, evocando a ideia de um bebê sendo alimentado. É como se usássemos a expressão: “queridinho da mamãe”. Provavelmente ele era o mais novo dentre seus irmãos, tratado com carinho por seus pais. Tadeu, significa literalmente “criança do coração”.

Um outro Judas (Jd 1) que aparece no NT é o irmão de Tiago e de Jesus. Ele, provavelmente é o escritor da epístola de Judas, a última carta do Novo Testamento.

Em João 14.21 Jesus diz: “Disse-lhe Judas, não o Iscariotes: Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-se a nós e não ao mundo?” (Jo 14.22). Vemos aqui um homem simples, humilde diante de Jesus. Ele não era impetuoso como Pedro e nem bravo como os irmãos Boanerges. Sua pergunta é de uma pessoa branda, despojada de qualquer orgulho. Ele queria saber por que Jesus iria manifestar-se somente para os discípulos e não para o mundo, uma pergunta razoável que mostra traços de uma personalidade dócil.

Não se tem muita informação a respeito de Judas Tadeu. A maior parte das tradições mais antigas sobre Judas Tadeu sugerem que ele levou o evangelho para onde hoje é a região da Turquia e por causa de sua fé foi espancado até a morte com uma clava, uma espécie de bastão rústico parecido com um taco de basebol.

2. Judas Iscariotes

O nome de Judas Iscariotes aparece por último em todas as listas bíblicas. Toda vez que Judas é mencionado nas Escrituras, também encontramos uma observação de que ele é o traidor. Ele passou três anos com Jesus, mas durante todo esse tempo, seu coração tornou-se apenas mais endurecido e cheio de ódio. A vida de Judas nos faz entender que é possível estar muito próximo de Jesus, até mesmo relacionar-se com Cristo, e ainda assim ter um coração endurecido e voltado para o mal.

Ao que parece, Judas Iscariotes é o único apóstolo que não vinha da Galileia. Provavelmente vinha de Queriote-Hezrom (Josué 15.25). Seu pai chamava-se Simão Iscariotes (João 6.71). Fora isto, não temos outra informação sobre a família ou as origens sociais de Judas.

Ele viveu em um tempo em que os judeus esperavam um messias libertador, aquele que iria libertar o povo sofrido das mãos do Império Romano. É provável que ele acreditou que Jesus seria aquele que iria liderar o povo a uma revolta contra Roma. De forma semelhante aos onze, ele deixou tudo para imediatamente seguir a Jesus. Porém, de todos os apóstolos, foi o único que não abriu verdadeiramente o seu coração.

As Escrituras afirmam que quando Jesus escolheu a Judas, ele sabia que ele seria o traidor. No entanto, de forma alguma Judas foi coagido a agir contra o Mestre. Sua própria ganância, e perversidade o levaram a tal atitude insana. Ele fez o que estava cheio o seu coração.

Sua desilusão

Cada dia, passado com Jesus, fazia com que Judas ficasse cada vez mais desiludido. Ele que sonhava com a tomada do poder, mas teria que se conformar em dar a outra face e viver uma esperança de um Reino puramente espiritual. Isto jamais entrou no coração dele. Judas acreditava que Jesus seria como uma espécie de Rei Davi, que governaria com grande glória terrena. Os interesses mundanos de seu coração jamais foram vencidos. Com o passar do tempo, o seu coração se tornava mais petrificado. Em algum ponto durante aqueles últimos dias, sua desilusão se tornou em ódio, que junto com sua ganância, acabou na traição.

Sua avareza

Em João 12.2-3 traz o relato Marta e Maria: “Maria tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos”. Foi uma adoração extravagante. Ela gastou muito dinheiro, para somente ungir os pés de Jesus. Os versos 4 e 5 mostra a indignação de Judas, afirmando que poderia dar aquele dinheiro aos pobres. No entanto, era só uma falácia, ele não tinha nenhuma preocupação com ninguém, apenas consigo mesmo (João 12.6). Ele queria o dinheiro na sacola para poder ter o que roubar.

Sua traição e morte

Como qualquer hipócrita, ele tinha em mente trair a Jesus da forma mais discreta possível e sair bem depois de tudo. Ele iria jogar todos contra Jesus, e simplesmente passar-se por neutro. Ele recebera trinta moedas de prata para executar a traição. Judas combinou um sinal para identificar a Jesus: “Aquele que eu beijar” (Mt 26.48). Quem iria imaginar que aquele gesto comum de afeto seria um sinal inescrupuloso?

Depois de tudo consumado, ele pôde notar a grande besteira que tinha feito: Mateus 27.3-4 “Então Judas, vendo que Jesus fora condenado tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciões, dizendo: pequei, traindo sangue inocente”. No entanto, já era tarde demais, tomado de ressentimento, saiu dali e foi enforcar-se (Mt 27.5).

Albert Barnes afirma que Judas não supunha que o caso teria resultado dessa maneira calamitosa. Ele provavelmente esperava que Jesus fizesse um milagre para se libertar. Quando o viu sendo levado, amarrado, julgado e condenado. Quando viu que ele seria morto, foi tomado de dor e arrependimento ou remorso. A palavra no grego é metamelomai e pode ser traduzido de ambas as formas. Ele tentou reparar o que fez, mas, já era tarde demais. Ele não suportou o peso da culpa que sentia e suicidou-se.

Conclusão

Judas é um exemplo trágico de oportunidades perdidas, privilégios desperdiçados. A vida de Judas serve de lembrança para tomarmos cuidado com o nosso coração. Devemos manter um coração limpo, livre de ódios, rancores e magoas. Depois de todo mal feito, chega um ponto que não há como voltar atras.

O cultivo de um sentimento ruim foi o fator que o levou a tornar-se o traidor. Havia um lugar de honra para Judas Iscariotes entre os apóstolos, mas ele jogou fora a oportunidade e escreveu negativamente o seu nome na história. Ele se deixou levar por sentimentos perversos e destrutivos. Em algum momento, traído por seus sentimentos, ele deve ter achado que estava certo em tomar aquela atitude, porém, mais tarde percebeu o seu erro, e por não conseguir lidar com a dor daquela imensa culpa, suicidou-se.

Pr. Sergio Rosa

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

O meu grito de independência e liberdade

 

Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão”. (Gl. 5.1)


Introdução


No dia sete de setembro comemoramos a independência do Brasil. Este é um dos marcos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. D. Pedro I tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro I convocou uma Assembleia Constituinte e obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil conclamava o povo a lutar pela independência. Próximo ao riacho do Ipiranga, SP, levantou a espada e declarou a celebre frase: "Independência ou Morte!". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822, selando assim o rompimento do Brasil como colônia portuguesa. Este ano completamos 199 anos de Independência.


A cultura registrou este fato através de um quadro pintado pelo artista paraibano Pedro Américo, em 1888, que está exposto no Museu Paulista. Esta obra de arte mostra Dom Pedro I, paramentado como um grande guerreiro, empinando o seu imponente alazão, com a espada desembainhada e bradando “Independência ou Morte”.


Mesmo não sendo autêntica a cena, é de arrepiar. O artista quis mostrar a grandeza da ação que foi praticada e não a realidade do que aconteceu. Fato é que D. Pedro levou o Brasil a romper com a subserviência portuguesa para viver em liberdade, independente de estar montado em um alazão ou em animal de carga.


Este fato ocorrido no dia sete de setembro nos é muito propício, porque pensar em independência é pensar em liberdade. A partir desta introdução, gostaria de discorrer sobre o que é a liberdade:


1. A liberdade é algo caro


O apóstolo Paulo declara que Cristo nos libertou para a liberdade. A versão NTLH diz: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres”. O texto é bastante redundante, creio que seja para ressaltar a grandeza da nossa liberdade. O preço para que ela acontecesse não foi barato. Jesus pagou um alto preço para que isto se tornasse real. Ele entregou a sua própria vida para nos libertar da nossa condenação. O desejo de Deus é nos libertar da escuridão. João 3.16 diz que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho amado para morrer na cruz para nos salvar. Jesus pagou o preço por nossa liberdade com a sua própria vida.


No início da criação Deus criou o homem livre, mas o pecado entrou no mundo e escravizou o homem. O homem andava na luz de Deus, mas o maligno cobriu esta luz com densas trevas para que o homem não pudesse mais se encontrar. Ele fez isto através do pecado. Quando estamos em Jesus, ele nos liberta do poder dominador do pecado sobre nós.


D. Pedro teve que enfrentar o governo de Portugal para levar o Brasil a tornar-se livre. Ele teve que romper com amigos, família, parentes, além de perder privilégios e a proteção da coroa portuguesa, para aventurar-se a viver em liberdade. Se hoje gozamos da independência, foi porque alguém pagou um preço por isto.


Jesus pagou o preço por nossa liberdade, o que devemos fazer é tão somente aceitar este preço, aceitar o sacrifício que Jesus fez por mim. E, aprender a viver esta liberdade.


2. A liberdade é difícil


Assim que D. Pedro declarou a independência do Brasil muitos empresários e políticos ficaram bastante preocupados com a retaliação de Portugal que não queria de forma alguma perder o Brasil como colônia. Muitos não queriam perder seus privilégios e por isto eram contrários ao grito de liberdade.


Satanás da mesma forma não deseja perder aqueles que estão vivendo sobre o seu controle, por isto ele cria muitas dificuldades, e muitos tem medo da retaliação e preferem voltar a viver como escravo do pecado do que como filhos de Deus livres. Outros, ficam aprisionados naquilo que lhes proporciona um aparente prazer e o inimigo usa isto para leva-lo a cometer outros pecados, e então a pessoa se afunda cada vez mais.


Eu tive uma ovelha que estava em uma clínica de recuperação de viciados quando começou a frequentar a igreja. Ele se tornou muito participativo e foi batizado. Depois de dois anos, percebemos que ele andava um pouco estranho, meio impaciente e agressivo. Houve um roubo do cofre da igreja. Ladrões achavam que guardávamos dinheiro lá. Mas, só tinha uns trocados. Alguns vizinhos viram o roubo e o acusaram. Ele havia voltado a usar o crack e aquilo o estava dominando e o controlando a tal ponto de roubar a própria igreja.


A liberdade é difícil e por isto muitos querem voltar a escravidão. Viciados em drogas, em bebidas, em pornografia, em tabaco, em mentiras acham muito difícil largarem os vícios, alguns até tentam, mas não conseguem lutar e voltam.


3. A liberdade é uma conquista


Imagino a pressão sobre a cabeça de D. Pedro I ao tomar aquela decisão. A coisa era tão séria que ele sabia que corria o risco de ser morto. Mas para ele não tinha outra alternativa ou era a liberdade ou a condenação à morte.


A liberdade vivida em Jesus precisa ser conquistada. Mt. 11.12 “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele”. É preciso lutar para conquistar o Reino dos céus. E a maior luta não é contra o inimigo, é contra você mesmo, contra sua vontade, contra o seu querer. O apóstolo Paulo declara: I Co 9.27 “Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo”.


Nenhuma liberdade é dada gratuitamente, todas precisam ser conquistadas de alguma forma. A libertação da escravidão negra foi obtida a custo de muita luta. Muitos proprietários de escravos eram completamente contrários a libertar seus escravos. Eles eram mão-de-obra barata. A guerra de secessão nos USA, do Norte contra o Sul, foi basicamente a luta pela liberdade dos escravos. Os estados do Norte apoiaram a Constituição e o governo de Abrahan Lincon, enquanto estados do Sul lutavam pelo direito de manter escravos. Foi derramado muito sangue, para que a liberdade fosse conquistada.


Conclusão 


A nossa liberdade em Cristo Jesus, da mesma forma, só é conseguida a muito custo. É preciso esforçar-se para conseguir esta liberdade. O apóstolo Paulo diz que há uma verdadeira guerra em nosso interior: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer” (Gálatas 5:17). “Independência ou morte!”


Independência das trevas, do maligno e tudo o mais. Esta é a escolha que precisamos fazer. Deus está esperando por seu grito de independência, grito de liberdade, grito de basta. O desejo do Senhor é te dar liberdade total e completa das trevas. O que você precisa fazer para ser livre é ter um encontro com Jesus. Confessar a ele o seu pecado e pedir a ele perdão. Pedir a ele para que te aceite em sua presença. Só Jesus pode nos dar total liberdade, só ele pode nos tornar verdadeiramente livres.


Shana Tová - Feliz Ano Novo!


Parabéns ao povo Judeu pelo Ano Novo. Feliz 5782. Shana Tova!


A cultura judaica é impressionante. Conseguiu sobreviver a tantas coisas, por quase seis mil anos. Guerras, exílio, xenofobia, holocausto.. E, continua uma cultura forte até os dias de hoje. Uma cultura espalhada e presente em todo o mundo. Muito de sua cultura se perpetua através da religião judaico-cristã. A comemoração, ainda que deturpada, da festividade da páscoa, como exemplo, é um dos elos de ligação entre cristianismo e judaísmo. Assim como o respeito ao decálogo e todas as leis estabelecidas na antiguidade por Moisés.
Como cristão, eu tenho profunda admiração a muito dos símbolos judaicos e suas festas. Algumas Igrejas evangélicas tentaram e tentam incorporar símbolos antigos do judaísmo ao cristianismo. Mas, fica uma maquiagem estranha e sem sentido. Os símbolos judaíscos foram para o judaísmo e houve uma razão para isto. Pela nossa crença, o povo judeu foi o povo escolhido por Deus para manifestar a sua revelação ao longo da história. Esta revelação ficou registrada para todo o sempre nas páginas da Torah. Jesus era um mestre judeu, nascido na palestina, que ensinou a torah. Aquilo que conhecemos como o Antigo Testamento. Mais tarde, anos após a sua morte, os seus discípulos registraram os seus ensinos. Este registro ficou conhecido como o Novo Testamento. Judeus tem uma Aliança com a Lei de Moises, Cristãos tem uma Aliança com Jesus. Nisto, cristãos e judeus tem uma ligação eterna. Como católicos e protestantes, que, apesar do rompimento em Lutero, continuam ambos a seguirem os ensinamentos de Jesus.
As maiores religiões do mundo tem em si, mais coisas incomuns do que talvez gostariam de ter. Huns King fala a respeito do respeito e da paz entre as religiões como sendo uma condição 'sine qua nom' para a paz mundial. A Paz entre os homens de boa vontade.
Que neste dia de Ano Novo Judaico, o mundo possa celebrar a paz! Que o Brasil político possa celebrar a paz! Que ao invés de se fomentar a guerra, se lute pela paz!

Sergio Rosa