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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

O poder da fé no processo de cura

João 5.1-9

Fomos criados com a capacidade de crer. Todas as pessoas tem a necessidade de acreditar em algo. Cada um deposita a sua fé no objeto que mais lhe agrada. Até mesmo o ateu tem esta necessidade. No caso deles, não creem em entidades ou divindades, mas, creem em teorias que ainda não foram comprovadas cientificamente, o que exige uma crença de que aquilo é real. Chegam a crer na existência do infinito. O big-bang, por exemplo, seria o resultado de uma explosão, causada por uma partícula infinitamente pequena que concentrou uma quantidade infinitamente grande de energia. É uma teoria que não pode ser comprovada, porque é preciso definir o que é o infinito e acreditar que ele exista. Alguns outros preferem materializar o objeto de sua fé através de alguma imagem fabricada, outros preferem crer em algo que não se pode ver, tocar ou provar. Como cristãos, nós cremos e depositamos a nossa fé em Deus, cremos que podemos alcança-lo e ser tocado por ele através do poder da fé. Todo o nosso relacionamento com Deus dá-se por intermédio exclusivo da fé, da crença em um Deus todo poderoso. E, é por intermédio desta fé que cremos que os milagres acontecem.

Temos na Bíblia muitas ocorrências de curas. Nos muitos relatos apresentados, não existe um padrão entre elas, cada uma delas foi realizada de forma singular. Desta forma, entende-se que não é possível determinar como será a ação de Deus em um processo de cura. Porém, o fato relevante é que, através do conhecimento bíblico podemos afirmar que Deus cura! Só não sabemos como ele irá fazer. Não há uma regra, uma receita de bolo ou uma forma única.

Vamos ver alguns casos para entender melhor a ação de Deus no processo de cura:

1. A cura pela vontade de Jesus

No texto de João 5.1-9, temos a cura do paralítico de Betesda que se deu por vontade exclusiva de Jesus, não houve intercessores para que esta cura pudesse acontecer. Também não necessitou da fé daquele homem enfermo. Jesus simplesmente perguntou para ele se queria ser curado, e claro que ele disse sim. Mas, ele não tinha ideia de que Jesus poderia curá-lo, ele achava que, talvez, Jesus poderia ajudá-lo a mergulhar no tanque, quando as águas se movimentassem. Para surpresa daquele homem, Jesus então ordenou que ele simplesmente se levantasse e andasse. Ele se levantou tomou o seu leito e caminhou.

João 9.1,6,7 fala a respeito de um homem que era cego de nascença. Jesus olhou para ele e resolveu curá-lo. Não houve neste caso nenhuma intercessão, Jesus estava passando, viu o cego pedindo esmolas, parou, aplicou saliva com terra em seus olhos e o mandou lavar no tanque de Siloé. O que Jesus deixou claro foi que aquela cura aconteceu para que todos pudessem testemunhar aquele milagre como um sinal (v. 9.3).

Desta forma fica subtendido que pessoas podem ser curadas aleatoriamente, pela decisão e vontade soberana de Deus, para testificar e servir de sinal de sua glória, independente de intercessores ou da fé de quem recebe a cura.

2. A cura pela fé de um intercessor

No capítulo 4.46-50, temos a cura do filho de um oficial do rei. Neste caso o pai foi o intercessor, aquele que levou o pedido de cura de seu filho até Jesus. O verso 4.50 diz que o homem creu na palavra de Jesus e partiu para a casa. Quando chegou em seu lar verificou que o seu filho estava são. Neste caso vemos a cura pela fé de um intercessor.

Este texto deixa claro que podemos ser curados pela fé de um intercessor, alguém que pede em nosso favor, e podemos também interceder por alguém para ser curado.

3. A cura pela fé de quem pede

Marcos 10.46,51,52 fala a respeito do cego Bartimeu. Ele clamou por Jesus, ele tinha fé de que Jesus poderia curá-lo. Aquele homem não perdeu sua oportunidade, ele clamou por Jesus com todas as forças, ele gritava tão alto que incomodou a todos que estava em sua volta. Eles o repreenderam para que não gritasse, mas, ele gritava cada vez mais alto.

Aqui está um exemplo claro de alguém que foi curado por intermédio de sua própria fé. Ele não teve intercessores, ele mesmo foi a Jesus e clamou por sua cura.

4. A cura pela fé de quem pede somada a de quem intercede

Na passagem de Atos 14.8-10 temos a cura de um homem que tinha fé para ser curado, e que recebeu a cura através de um intercessor que tinha fé para interceder. O texto diz que Paulo viu nos olhos daquele coxo que ele tinha fé o suficiente para ser curado. Paulo orou por ele, e ele foi imediatamente curado.

Neste caso temos o encontro da fé de quem intercede somada a fé de quem precisa da ação de Deus. O resultado é o mesmo, a cura aconteceu na vida daquele homem que creu.

Conclusão

Estes casos relatados nos mostram que não existe um padrão bíblico para ser observado no que diz respeito a cura. Em todos eles, porém, o poder veio de Deus. Não é um poder humano, é um poder divino que se manifesta na vida da pessoa enferma.

Podemos receber a cura pela vontade soberana de Deus, quando ele resolve curar alguém; podemos receber a cura como sinal, para que as pessoas saibam que o Senhor é Deus; e, podemos receber a cura pela fé do intercessor, e também pela fé do pedinte.

Não importa a forma que somos curados, importa é sabermos que temos um Deus que pode nos curar, e por isto devemos exercitar a nossa fé, interceder pelos que padecem enfermidades e orar por nós mesmos pedindo a cura ao Senhor.

Cremos que Deus pode curar todo o tipo de enfermidades, seja física, emocional ou espiritual. Ele tem o poder para que tal milagre aconteça. Só não sabemos quando e nem como irá acontecer. Creia em Deus e deposite nele a sua confiança.

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Quando somos desafiados a confiar

Mateus 14.22-33

Em nossa caminhada com Deus sempre somos desafiados a confiar Nele. Confiar significa acreditar nas intenções do outro. Acreditar que o outro irá suprir aquilo que desejamos. Acreditar é crer que o outro é capaz. Eu diria que confiar é ter fé no outro. No que diz respeito a nossa fé, confiar, então, é crer plenamente em Jesus.

Este texto nos mostra que tudo é possível quando confiamos em Deus. Pedro foi desafiado naquela madrugada a confiar em Jesus. Era ainda madrugada, entre três e seis da manhã, quanto tal fato aconteceu. Eles estavam no meio do mar da Galileia, também chamado de lago de Genesaré ou mar de Tiberíades. Deveria ainda estar escuro, quase amanhecendo. Havia uma penumbra que os permitiam enxergar algo vindo em direção deles, andando sobre as águas. Entretanto, não conseguiram discernir exatamente o que era. Então deduziram, rapidamente, que só poderia ser um fantasma.

A palavra grega para fantasma é também a mesma em português, fantasma. Não no sentido de alma penada ou desencarnada, mas, uma aparição, um ghost. É interessante observar que mesmo andando com Jesus já há tanto tempo, eles ainda acreditavam em fantasmas. E, não apenas isto, eles tiveram muito medo quando avistaram.

Quando o fantasma se aproximou e falou com eles, reconheceram que era Jesus. Ufa! Que alívio. Pedro rapidamente, tomado pela emoção, pediu a Jesus para ir com ele e também andar sobre as águas. Neste momento Jesus o desafiou a ir, ele disse: Vem!

Muitas vezes somos tomados pela emoção do encontro com Jesus, e isto é maravilhoso. Porém, a nossa fé não pode ser baseada somente na emoção que sentimos nos cultos e em nossas devocionais, a nossa fé precisa ser madura. Talvez seja por isto que o Senhor nos prova, para saber se somos de fato merecedores. Nos momentos das provas somos desafiados a confiar que Jesus não nos deixará afundar.

Pedro confiou em Jesus e se lançou sobre as águas e caminhou. Porém, em determinado momento, ele desviou a sua atenção de Jesus e prestou mais atenção na força do vento.

Três fatos marcantes aconteceram quanto Pedro desviou os olhos de Jesus:

1. Reparando na força do vento, teve medo

Em um primeiro momento Pedro teve uma tremenda convicção de que poderia andar sobre as águas. Ele era bastante impulsivo, talvez tenha feito sem pensar, mas, depois teve medo. O seu fez com que ele visse as ondas maiores do que Jesus. O seu medo ofuscou a sua visão e a sua fé.

Todos nós sentimos medo diante de situações difíceis. O medo nos balança e tenta nos desestabilizar. O medo não é um sentimento ruim, mas, precisa ser encarado apenas como um alerta, como aquela luz amarela ou vermelha que nos avisa do perigo. Ao receber o aviso, devemos apenas nos preparar e não nos desesperar.

Pedro ao sentir medo, fez o que todos nós devemos fazer, ele clamou por Jesus e Jesus o socorreu.

Aconteça o que acontecer, mantenha os seus olhos fixos no Senhor. Ele irá segurar em tuas mãos e te ajudará a vencer as suas dificuldades.

2. Reparando na força do vento, começou a afundar

Bastou Pedro começar prestar atenção nos problemas que o cercava para perder a sua fé começar a afundar nas águas.

Quando seguimos a nossa vida olhando diretamente para Jesus, ele nos sustenta diante de todos os dilemas da vida, de tal forma que podemos andar sobre as águas sem perceber os ventos contrários, porém, basta tirarmos os olhos de Jesus para que tudo em nosso entorno comece a afundar.

O Titanic foi um navio que afundou ao esbarrar em um Iceberg. Ele teve a sua lateral rasgada pelo impacto e começou a entrar água. Aquele que foi uma embarcação projetada para não afundar, mas, afundou. Morreram centenas de pessoas. A principal razão daquela embarcação ter afundado e ter morrido tanta gente foi a arrogância. Algumas pessoas afundam depois de estar no auge de suas carreiras, quando começam a confiar em si mesmas.

Quando Pedro começou a andar sobre as águas, primeiramente ele confiou somente no Senhor, mas, talvez um pouco de autossuficiência entrou no seu coração. Ele deve ter olhado para ele mesmo e dito: Nossa! Estou andando sobre as águas. Eu sou mesmo poderoso! Neste momento uma forte onda bate em seu rosto e ele se vê sem chão e começa a afundar.

Mas, Jesus, não permitiu que Pedro afundasse, ainda que Pedro tivesse perdido, momentaneamente a fé, Jesus estendeu a sua mão para ajudá-lo.

3. Reparando na força do vento, entrou em desespero

Acredito que o vento forte tenha formado grandes ondas, que batiam no rosto de Pedro, e talvez por um momento Pedro não conseguisse ver a face de Jesus. Isto acontece quando os problemas da vida nos cercam. Parece que não conseguimos ver a Jesus naquele momento. Quando isto acontece o desespero começa a tomar conta, porque nos sentimos frágeis.

Paul Tillich foi um teólogo Alemão que participou da segunda grande guerra como capelão. Certa noite, andando no meio de cadáveres, muitos deles seus amigos pessoais, ele entrou em desespero. Ele que era um cristão, porém, confiava demais nos filósofos clássicos. No meio da guerra, toda aquela certeza que tinha desapareceu. Ali, em meio aquela experiência terrível ele entrou em desespero. Viu toda a sua fé desaparecer. Foi em meio aquele terror que ele teve uma experiência autêntica com o verdadeiro Deus.

Diante do desespero Pedro começou a afundar. Mas, neste momento foi que ele teve a sua real experiência com Jesus. Ele começou a gritar por socorro. Ele gritou por Jesus: Salva-me, Senhor! A melhor coisa que aconteceu com Tillich e Pedro foi afundar. Só assim eles conheceram a fé verdadeira. Eles foram depurados de suas emoções e restou só a fé genuína.

Conclusão

As muitas tribulações da vida, às vezes, são tão fortes, que nos fazem temer, afundar e até mesmo entrar em desespero. Mas, neste momento sabemos que Jesus está perto, ainda que tenhamos dificuldades em vê-lo, ele está bem próximo e nos estende as mãos. Cabe a nós esticarmos a nossa mão, para que ele possa nos puxar e nos salvar.

Diante dos ventos fortes que nos atinge de forma intensa, devemos sempre confiar plenamente que Jesus irá nos salvar das tribulações. Ele estará sempre com as mãos erguidas em nossa direção para nos ajudar.

O tentador quer nos fazer desconfiar, quer nos roubar a atenção, ele lança suas setas para que olhemos para outro lado. Neste momento é preciso vencer a tentação e continuar crendo, apesar dos ventos contrários.