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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Olhe primeiro para sua própria vida antes de julgar

Mt 7.1-6

Cuidado ao julgar os outros, por que você será medido com a mesma régua. E por que você repara nas pequenas coisas que seu irmão faz, sendo que você faz muito pior? Como você pode ajudar alguém a melhorar em suas dificuldades, se você é pior do que essa pessoa? Hipócrita, resolve sua vida primeiro, depois tente ajudar outros”. (Bíblia freestyle)

O que quer dizer não julgue?

O que exatamente Jesus quis dizer ao afirmar: “Não julgueis”? Seria não faça qualquer juízo? Ou não expresse opinião alguma sobre outra pessoa? Quem pensa desta forma são aquelas pessoas que fazem tudo pela paz e da concórdia, e, especialmente pela unidade. Elas fazem de tudo para evitar conflitos. Isto parece ser bom à primeira vista, mas não é. Evitar conflitos não resolve problemas. Os conflitos precisam ser enfrentados e solucionados.

Se fossemos considerar que Jesus estava afirmando que não devemos fazer qualquer juízo ou ter uma opinião sobre alguém, ficaria difícil de lidar com aquelas pessoas que realmente são perversas. O verso 6 diz “não deis aos cães o que é santo”. Como poderíamos definir quem são os cães se não estabelecermos juízo de valor sobre os atos das pessoas?

Não julgar não pode ser caracterizado como uma atitude frouxa e indulgente. A própria Bíblia nos ensina que juízes e magistrados são nomeados por Deus, e que um magistrado tem por incumbência proferir sentenças julgadoras, pois esse é seu dever. Portanto, a declaração de Jesus não pode ser interpretada literalmente como se significasse que não devemos julgar a ninguém em hipótese alguma.

Não julgar seria não condenar

João nos dá uma pista de como solucionar isto quando declara: “Não julgueis segundo a aparência e sim segundo a justiça” (Jo 7.14). Creio, portanto, que Jesus estava preocupado com o juízo condenatório que todos nós temos tendência a fazer. Esta mesma tendência pode ser encontrada nos fariseus. Jesus alertou os seus discípulos para que tivesse o cuidado para não se tornar semelhante a eles.

No texto de Lucas 18.9-14 encontramos a parábola do fariseu e o publicano: “Ó Deus, graças te dou, por que não sou como os demais homens... nem ainda como este publicano”. A leitura que o fariseu faz de si mesmo e do publicano é uma ilustração ótima do que Jesus estava ensinando sobre não julgar.

Antes de julgar, examine-se

Em João 8.7 Jesus surpreende a todos quando diz para aqueles homens que queriam apedrejar aaquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire a pedra”. Aquelas pessoas queriam apenas condenar aos outros, mas quando se tratava de si mesmos eles queriam esconder, por isto, um a um se retira e ninguém apedreja a mulher. Jesus mostrou que eles estavam tão ou mais impuros que ela.

Crítica e hipercrítica

Todos nós temos uma tendência para a hipercrítica. Há uma diferença entre critica e hipercrítica. A crítica autêntica jamais se mostra meramente destrutiva. Já a hipercrítica jamais se sente feliz enquanto não encontra algum erro. Ela está sempre pronta para julgar e condenar e nunca se dá ao trabalho de tentar compreender as circunstâncias. Jamais se dispõe a exercer a misericórdia.

Certa vez quando Jesus enviou mensageiros às vilas dos samaritanos, para providenciarem para a sua chegada ali, os samaritanos não quiseram acolhê-los. Então Tiago e João, perguntaram ao Senhor “queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” (Lc 9.54). Jesus repreendeu imediatamente os discípulos por aquela atitude. Eles estavam se achando superiores e condenaram os samaritanos a morte.

Olhe primeiro a sua própria vida

Como podemos querer tirar um cisco do olho de um irmão quando o nosso tem um pedaço de madeira enorme? Jesus conhecendo a tendência da natureza humana assevera que a nossa intenção não é retidão e nem o reto juízo, se fosse isto realmente o que queríamos, deveríamos julgar primeiro a nós mesmos. Se não fazemos isto, então não estamos interessados na verdade e sim em condenar o outro. Não existe pior pecado do que esse espírito de julgamento sem amor. A outra pessoa talvez tenha caído em um pecado terrível, no entanto, isso pode ser muito pequeno, apenas um cisco, diante da nossa má atitude.

Conclusão

Devemos ter nossa opinião a respeito do outro e sobretudo sobre uma condição de pecado, entretanto, devemos primeiramente olhar para nós mesmos. Temos alguma condição de ajudar o irmão? Estamos em condições melhores para ajudá-lo?

Jesus não está dizendo que não devemos ajudar ao irmão a retirar o cisco, mas que para fazer isto devemos estar enxergando bem, então precisamos primeiro retirar a trave que está no nosso olho. Se você tentar agir diferente disto certamente irá machucar o olho do irmão, por que você não está enxergando direito. Há muitas pessoas que foram feridas por outro que só queriam ajudar, mas nesta tentativa apenas prejudicou ainda mais. Sei de pessoas que foram aconselhar a outras que estavam em adultério, mas em casa estava com sérios problemas com o seu cônjuge e ao invés de aconselhar, condenou diretamente, por que era incapaz de compreender a situação do outro.


Não devemos compactuar com o pecado e nem com o erro, devemos tratar do pecado com rigidez, mas do pecador com amor e de maneira justa e piedosa. Examine primeiro a sua vida e veja se está em condições espirituais de dizer: “O que você fez está errado e é reprovável diante de Deus, mas se você quiser eu estou com você para te ajudar a sair desta. Porém, vá, e não peques mais”. 

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