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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

terça-feira, 29 de março de 2022

Benção e honra para quem ama a Deus

Deuteronômio 7.12-13

Deuteronômio significa segunda lei. O livro leva este nome porque esta foi a segunda vez que a Lei de Deus é apresentada ao povo. Trata-se de uma releitura da Lei. Na Bíblia Hebraica, este livro é chamado Debarim, que quer dizer Palavras. Isto porque o primeiro verso diz: “São estas as palavras que Moises falou a todo o Israel..”. Deuteronômio ou Palavras, portanto, nos apresenta todas as palavras de Moisés que foi dirigida ao povo pela segunda vez.

Moises havia recebido de Deus a difícil tarefa de conduzir o povo pelo deserto do Egito até a terra prometida. Ele levou cerca de quarenta anos nesta travessia. A distância não era tão longa assim. Na verdade Deus fez eles ficarem rodeando pelo deserto até que aquela geração morresse. Foi no deserto que Deus depurou o povo.

Durante estes quarenta anos de jornadas pelo deserto, os Filhos de Israel acamparam em quarenta e dois lugares diferentes (Nm 33: 1-48), seguindo uma rota diferente daquela que seria a mais direta ou a mais próxima do destino final. Assim foi feita uma seleção natural.

Neste momento específico Moises está falando sobre as bençãos decorrentes da obediência. Este texto tem uma condicional: ‘se’. “Se ouvindo estes juízos, os guardares e cumprires..”. A obediência à condição estabelecida por Deus levaria o povo a receber o cumprimento das promessas de Deus. A obediência foi a condição estabelecida para ser abençoado. Tudo o que Deus prometeu ao seu povo o levaria a uma condição de honra e prosperidade.

A benção do Senhor é para a família. Quando olhamos o texto percebemos que Deus tem o desejo de abençoar grandemente a sua casa e toda a sua família. Para que isto aconteça, ele estabeleceu os seus decretos e mandamentos, tudo o que precisamos fazer é obedecê-los.

As promessas do Senhor estabelecidas neste texto são:

1. Promessa de amor

“Ele te amará..”. O amor de Deus para conosco e incondicional, pode ser comparado ao amor de uma mãe em relação ao seu filho. Uma mãe carrega o seu filho no ventre, dá a luz, o amamenta e protege de todos os males. A mãe não espera nada em troca, ela faz isto incondicionalmente. Há muitos filhos que, quando sua mãe envelhece, simplesmente a abandona, não liga, não procura cuidar, deixa ela a deriva. O nome disto é ingratidão.

Embora o amor de Deus seja incondicional, ele espera que venhamos a amá-lo também. A retribuição do amor que entregamos para Deus favorece mais a nós do que a Ele. Porque quando nós o amamos, cumprimos os seus mandamentos e o fazemos prazerosamente. Isto nos coloca em condições de receber de suas mãos benção e honra.

2. Promessa de benção

“E te abençoará..”. A benção de Deus sobre as nossas vidas é fruto de uma intimidade com Deus. Quanto mais próximos dele, mais somos agraciados com a sua presença, e quanto mais perto de nós, mais ele nos abençoa.

A benção de Deus é privilégio daqueles que amam a Deus. O nosso amor a Deus é a porta que abre a porta dos céus para nós. A nossa salvação vem através do nosso amor a Deus. E tudo o mais que recebemos de Deus vem de nossa devoção a ele.

Ser abençoado não quer dizer que teremos tudo o que sonharmos e tudo o que quisermos. Ser abençoado é ter o que precisamos. Eu creio que Deus tem prazer em nos fornecer tudo o que precisamos em abundância. Mas, isto não é mágica, não há como comprar isto, não há como obrigar a Deus a nos dar absolutamente nada. A nossa fidelidade a ele nos faz esperar e aguardar por sua provisão.

3. Promessas sobre a família

também abençoará teus filhos”. Para o antigo Israel, filhos eram considerados herança do Senhor. A mulher que não tivesse filhos era considerada uma desaventurada, porque os filhos eram sinônimo da benção de Deus. Por isto, Salmo 127.5 diz “Feliz o homem que enche deles a sua aljava”. A ideia no ensino dos hebreus era que os pais cuidassem bem dos seus filhos para que eles fossem homens de caráter, prósperos, responsáveis e tementes a Deus.

Quando os pais amam aos seus filhos demonstram este amor investindo tempo em sua formação. Eles os educam da melhor forma possível. Assim, criam homens e mulheres de caráter probo. Um filho amado e bem educado terá maiores possibilidades de alcançar as promessas do Senhor sobre a sua vida.

4. Promessa de prosperidade

“Abençoará os teus bens”. Os hebreus tinham uma festa específica, que era a festa da colheita, onde eles agradeciam a Deus pelo fruto da terra. Era nessa festa que o povo eleito do Senhor, realizava as entregas das primícias ou primeiros frutos a Deus (Êxodo 23:16), em reconhecimento de que Deus os havia abençoado.

Quando Israel permitiu que a idolatria invadisse o seu arraial, eles convidaram a Baal e Assera para serem seus deuses. Estas eram entidades cananeias, consideradas como deuses da fertilidade. Os seus seguidores acreditavam que eram eles que faziam tanto a terra, quanto os animais, e até as mulheres serem fecundas. Mas, a passagem de Elias e os profetas de Baal deixou bem claro para os antigos hebreus quem era o Deus verdadeiro. Era Javé quem abençoava com multiplicação e não entidades pagãs.

A benção do Senhor sobre os nossos bens não é uma mágica que nos faça ficar ricos, mas, a certeza de que tudo o que colocarmos as mãos para fazer prosperará. A condição estabelecida por Deus é “se, ouvindo estes mandamentos, os guardares e cumprires”.

Conclusão

Desde a criação Deus estabeleceu a sua promessa de benção e honra sobre a vida do ser humano. Para que esta promessa se torne real, é preciso amar ao Senhor de todo o nosso coração. Amar ao Senhor nos fará obedecê-lo. A obediência aos seus princípios nos levará a condição de apto a ser abençoado.

Para que esta promessa se perpetue sobre a nossa geração, devemos não apenas amar ao Senhor, mas, devemos também ensinar aos nossos filhos amá-lo de todo o seu coração. Deuteronômio 6.5-7 fala sobre estas duas responsabilidades: Amar e ensinar aos nossos filhos a amarem a Deus.

Ao ensinar aos nossos filhos a amarem ao Senhor, estamos decretando sobre eles também a benção e honra do Senhor sobre as suas vidas.

quinta-feira, 17 de março de 2022

O Juízo Final, uma audiência com Deus

Apocalipse 20.11-15

Eu já estive em algumas audiências em tribunais. Mas, nunca como réu. Deve ser uma experiência muito desagradável, ver ali a sua vida sendo decidida por outras pessoas: Promotor, advogado, testemunhas e, dependendo, jurados. Certa vez, participei de uma audiência, porém, foi como testemunha, onde uma dona de uma loja estava sendo processada por uma ex-empregada. A funcionária me pediu para ser testemunha. Eu fui e disse exatamente o que eu lembro ter acontecido. Este é o papel da testemunha. O advogado de defesa ainda tentou me induzir a falar outras coisas, porém, eu disse que falaria apenas o fato ocorrido. Assim, o julgamento deu-se e a empresa foi condenada a pagar uma indenização para a funcionária.

O dia do juízo final, será o dia do julgamento final, onde todos os povos, de todos os tempos, de todas as línguas, etnias e nações, irão comparecer diante de Deus para receber a sentença. Cada um será julgado em conformidade ao que está escrito nos livros que serão abertos.

Como será este julgamento?

1. A primeira coisa a considerar é que Jesus será o juiz (Ap 20.11)

O apóstolo Paulo fala a este respeito afirmando que “Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos” (2Tm 4.1). Pedro confirma dizendo que Jesus Cristo “é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos”. (At 10.42). Como juiz, ele julgará com retidão. Não será como juízes que recebem propinas e vendem decisões. Ele é o santo juiz.

 2. A segunda coisa a considerar é que todos serão julgados (Ap 20.12)

Após o fim de todas as coisas, o fim da história da humanidade, haverá o grande julgamento, ali, naquele momento estará sendo definido onde cada um passará a eternidade. Céu ou inferno, caberá ao santo juiz definir o nosso destino.  

Neste momento se abrirão os livros e toda a nossa história de vida estará registrada nele. Cada ato, cada pensamento, cada atitude, tudo. Nada ficará de fora.

O apóstolo Paulo escreve em Rm 14.10-12: “Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo”.

3. A terceira coisa a considerar é que o Julgamento não é opcional

Quando cometemos um delito, é apresentado uma acusação contra nós. Isto é encaminhado ao juiz que julgará a procedência da acusação. Ser julgado não é uma opção de quem cometeu o crime, cabe ao ministério público apresentar a acusação, ao advogado de defesa representar a nossa causa e ao juiz, julgar conforme tudo oque está escrito. O juiz examina as provas e profere sua sentença. O julgamento não é uma opção para quem cometeu o delito. É o juiz quem decide.

Da mesma forma será o grande julgamento, trata-se da nossa audiência com Deus. O dia do julgamento já está marcado na agenda dos céus. Há um registro fiel de tudo o que fizemos neste mundo durante a nossa vivência aqui. Não há como escapar deste julgamento, não é opcional. Deus marcou a data deste julgamento e vai executar a sentença.

Qual a mensagem bíblica para nós sobre o grande julgamento?

O que o grande julgamento nos leva a pensar?

1. A doutrina do juízo final constitui motivo para uma vida justa

A mensagem do julgamento não é para amedrontar a ninguém. Não é para que as pessoas morram de medo de serem condenadas e assim queiram andar com Deus. Na verdade trata-se de um grande incentivo para praticarmos boas obras. Nós, seres humanos decaídos da graça de Deus por intermédio do pecado, temos uma natureza má. Se não houver nada que nos force a fazer o bem, nós acabamos esquecendo. O grande julgamento nos lembra que precisamos escrever boas coisas no livro da vida, porque tudo está sendo observado. Se alguém quiser mal, corrupto, perverso, saiba que pagará por isto.

2. A doutrina do juízo eterno se constitui em grande motivo para a evangelização

Entendemos que haverá um grande julgamento, as pessoas condenadas padecerão por toda a eternidade, devemos então, por amor, fazer tudo para que estas pessoas sejam salvas. A evangelização nada mais é do que a demonstração de amor por aquele que se perde. 2Pe 3.9 diz que “não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”. Nós que já recebemos o livramento da condenação devemos ajudar a outros a também encontrar este caminho.

Conclusão

Cristãos de um modo geral acreditam que haverá um grande julgamento, e que Deus estará sentado mandando uns para o inferno e outros para o céu. E alguns até perguntam, como pode um Deus de amor condenar pessoas para o inferno. Outras pessoas dizem: Deus é quem sabe, afinal eu não fiz tanta coisa ruim. Outras pessoas ficam até com medo de pensar, e preferem deixar pra ver o que acontece.

Eu creio que João, o discípulo amado, nos dá uma direção muito boa sobre como será o grande julgamento. João 3.16-19 diz que “quem crê nele não é julgado; o que não crê já está julgado”, em algumas traduções, diz que já está condenado. No verso 19 ele diz como será o julgamento de uma maneira bem simples de entender “as pessoas amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más”. O julgamento não é o que Deus vai determinar no futuro, o julgamento na verdade se dá no momento em que você faz as suas escolhas. Quando fazemos a escolha para o bem, estamos determinando o futuro de nossa alma com Deus, quando fazemos escolha para o mal, estamos determinando a nossa existência para longe de Deus.

Naquele dia, você será o seu próprio promotor e juiz. Não será Deus quem irá dizer para onde você vai, mas você mesmo é quem está decidindo a partir de suas escolhas. Seus atos determinam hoje a sua eternidade.

Pr. Sergio Rosa

segunda-feira, 7 de março de 2022

Rumores de guerra e a volta de Jesus

Mateus 24.6-8

Estamos acompanhando a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Todos os meios de comunicação estão mostrando o que podem sobre a invasão russa no território ucraniano. As informações sobre o que está acontecendo estão sendo transmitidas diuturnamente. O fato é que há uma guerra, embora o Putin insista em dizer que não há guerra alguma.

Eu li um post interessante que diz que “a guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem, se odeiam, mas, não se matam”. Este texto é atribuído ao Coronel Erich Hartmann, um piloto alemão de grande proeminência na segunda grande guerra, condecorado com a mais alta medalha de bravura, a cruz de ferro. Muitos russos, inclusive soldados, não querem a guerra, não querem matar ucranianos, mas, tem que obedecer às ordens. Muitos ucranianos não querem matar russos, mas, precisam defender o seu país. Quem quer de fato este combate é um velho ditador, sentado no poder, desde 1999, bancado por oligarcas com interesses escusos.

Neste texto Jesus estava respondendo a um questionamento dos seus discípulos, que é algo que todo cristão gostaria de saber.  No verso três eles pedem para Jesus dizer quando se sucederia o fim e que sinal haveria. Então Jesus começa a responder e ele fala sobre guerras e rumores de guerras.

Guerra é o que está acontecendo de fato na Ucrânia, rumores de guerra é o que Putin está declarando, caso outras nações se envolvam para defender a Ucrânia. Ele ameaça outras nações com retaliações severas, caso eles se metam no conflito. Sobre isto Jesus disse: “Não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim”.

Jesus destaca três fatos relevantes neste texto que são sinais que acontecerão antes do fim:

1. Haverá nação contra nação

No mundo sempre houve conflitos entre nações, porém, houve dois momentos onde diversas nações entraram em guerra ao mesmo instante. A primeira e a segunda grande guerra mundial foram dois eventos marcantes na história das guerras. A primeira grande guerra ceifou a vida de cerca de vinte milhões de pessoas. A segunda levou a morte mais de 55 milhões de vidas. Nos dias de hoje estamos vendo a Rússia se levantando contra a Ucrânia, com a finalidade de combater o avanço da Otan em seu território. Putin está com o dedo no botão de armas nucleares. Parece estar pronto para um tudo ou nada. Portanto, uma terceira guerra com mais prejuízo do que as duas primeiras juntas não está descartado. Oremos para que isto não aconteça. Oremos para que a paz prevaleça na Ucrânia.

Embora a guerra seja um sinal da proximidade do fim, Jesus disse que isto ainda não é o fim, porque haverá outros sinais. Devemos estar atentos e preparados para aquele dia.

2. Haverá fome

Jesus fala também sobre a fome. Se observarmos bem, isto não é novidade para nós, já vemos em quase todo o planeta há muito tempo. Muitos países africanos tem muitas necessidades e há muitas pessoas desnutridas. Mas, não precisa ir para a África para ver miséria, eu pastoreei no Nordeste e de fato há muitas pessoas famintas aqui mesmo em nosso Brasil. Bem perto de nós existem comunidades, verdadeiro depósito de gente, entulhada, abandonada há décadas pelo Estado, largada à ninguendade há séculos. Ninguendade é um termo utilizado para descrever os miscigenados na época da escravidão. Aconteceu que homens europeus tinham relações, consensuais ou não, com mulheres índias ou negras. Destas relações nasciam mestiços, que nem eram índios, nem negros e nem europeus. Estes eram abandonados por ambos, sendo assim conhecidos como os filhos da ninguendade, ou seja, eles não eram ninguém. Até hoje temos o reflexo deste problema que ninguém assume como seu. Um destes reflexos é a miséria e a fome.

Fome é algo que já é muito comum em nosso planeta. A Ucrânia e talvez a própria Rússia passará por escassez de alimentos. Esta guerra aumentará ainda mais a fome na terra devido ao aumento das sanções, alta na inflação, elevação de juros, receio do mercado internacional. E, também pelo fato da Rússia ser o maior exportador de fertilizantes do planeta. O mundo hoje depende da Rússia para o plantio. Não podendo contar com eles, certamente haverá dificuldades no plantio, caso este conflito se demore.

Embora saibamos que a fome é iminente, não devemos concordar com ela, devemos lutar pelos famintos e ajudá-los a saciar a fome.

3. Haverá terremotos

O terceiro fato relevante que Jesus aponta como sinal do fim são os terremotos. Tremores de terra se
tornaram muito comuns. Volta e meia uma placa tectônica se move e causa enormes abalos sísmicos. Basta pesquisar no Google e você verá os maiores ocorridos nos últimos anos.

No ano de 2004 o mundo presenciou a catástrofe produzida por um enorme Tsunami, causada por um terremoto de magnitude 9.1, no oceano Índico, que matou cerca de 231 mil pessoas, em 14 países, a maioria na Indonésia.

Diante de desastres naturais, nos tornamos ainda mais impotentes. A força da natureza é superior a qualquer força humana. Uma simples onda matou em questão de horas muito mais gente do que qualquer outra arma. Para o ser humano, há limites, mas, para a natureza, não há limite algum.

Conclusão

Jesus disse que estas coisas iriam acontecer, mas, que isto seria apenas o princípio das dores. E, de fato dói mesmo. Dói ver o que acontece na Ucrânia e não poder fazer nada; dói olhar para a fome e a miséria que há no mundo e não poder fazer muita coisa; dói ver tanta gente morta vítima do desastre natural que ocorreu em Petrópolis e poder fazer tão pouco; dói saber, que quem não morreu desta vez, poderá morrer da próxima, porque eles continuam morando nas encostas e em área de risco. Não há nenhum plano para que aquelas pessoas sejam retiradas de lá. Há muito pouco sendo feito e pensado para a melhoria de moradias.

O verso 12 Jesus diz: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”. Há tanta coisa ruim acontecendo, tanto desamor, tanta perversidade, maldade, ódio, que faz com que as pessoas se tornem muito desconfiadas, isto enfraquece as ações amorosas e relações fraternas. Porém, apesar de tudo isto, o seu amor não precisa esfriar, continue sendo uma pessoa amorosa e fraterna, principalmente em tempo de calamidades e guerras.

No meio do que está acontecendo na Ucrânia, o que aconteceu em Petrópolis e diante da fome do mundo, podemos observar muitos atos de bondade, pessoas bondosas que se levantam para ajudar como podem. Elas podem não fazer diferença para o mundo em geral, mas, faz muita diferença para alguns. Precisamos combater o mal com o bem. Pastor King dizia que o mal só prevalece quando as pessoas de bem não fazem nada.

No verso 14 Jesus diz que o evangelho será pregado em todas as nações, então virá o fim. Em toda a parte do planeta o evangelho tem sido pregado. E, já vimos guerras, rumores de guerras, fome e terremotos. Portanto, estamos enfrentando o princípio das dores. Logo, o retorno de Jesus é eminente, pode ser a qualquer momento. Se o retorno de Jesus fosse hoje você estaria preparado para subir juntamente com a sua igreja?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

O poder da fé no processo de cura

João 5.1-9

Fomos criados com a capacidade de crer. Todas as pessoas tem a necessidade de acreditar em algo. Cada um deposita a sua fé no objeto que mais lhe agrada. Até mesmo o ateu tem esta necessidade. No caso deles, não creem em entidades ou divindades, mas, creem em teorias que ainda não foram comprovadas cientificamente, o que exige uma crença de que aquilo é real. Chegam a crer na existência do infinito. O big-bang, por exemplo, seria o resultado de uma explosão, causada por uma partícula infinitamente pequena que concentrou uma quantidade infinitamente grande de energia. É uma teoria que não pode ser comprovada, porque é preciso definir o que é o infinito e acreditar que ele exista. Alguns outros preferem materializar o objeto de sua fé através de alguma imagem fabricada, outros preferem crer em algo que não se pode ver, tocar ou provar. Como cristãos, nós cremos e depositamos a nossa fé em Deus, cremos que podemos alcança-lo e ser tocado por ele através do poder da fé. Todo o nosso relacionamento com Deus dá-se por intermédio exclusivo da fé, da crença em um Deus todo poderoso. E, é por intermédio desta fé que cremos que os milagres acontecem.

Temos na Bíblia muitas ocorrências de curas. Nos muitos relatos apresentados, não existe um padrão entre elas, cada uma delas foi realizada de forma singular. Desta forma, entende-se que não é possível determinar como será a ação de Deus em um processo de cura. Porém, o fato relevante é que, através do conhecimento bíblico podemos afirmar que Deus cura! Só não sabemos como ele irá fazer. Não há uma regra, uma receita de bolo ou uma forma única.

Vamos ver alguns casos para entender melhor a ação de Deus no processo de cura:

1. A cura pela vontade de Jesus

No texto de João 5.1-9, temos a cura do paralítico de Betesda que se deu por vontade exclusiva de Jesus, não houve intercessores para que esta cura pudesse acontecer. Também não necessitou da fé daquele homem enfermo. Jesus simplesmente perguntou para ele se queria ser curado, e claro que ele disse sim. Mas, ele não tinha ideia de que Jesus poderia curá-lo, ele achava que, talvez, Jesus poderia ajudá-lo a mergulhar no tanque, quando as águas se movimentassem. Para surpresa daquele homem, Jesus então ordenou que ele simplesmente se levantasse e andasse. Ele se levantou tomou o seu leito e caminhou.

João 9.1,6,7 fala a respeito de um homem que era cego de nascença. Jesus olhou para ele e resolveu curá-lo. Não houve neste caso nenhuma intercessão, Jesus estava passando, viu o cego pedindo esmolas, parou, aplicou saliva com terra em seus olhos e o mandou lavar no tanque de Siloé. O que Jesus deixou claro foi que aquela cura aconteceu para que todos pudessem testemunhar aquele milagre como um sinal (v. 9.3).

Desta forma fica subtendido que pessoas podem ser curadas aleatoriamente, pela decisão e vontade soberana de Deus, para testificar e servir de sinal de sua glória, independente de intercessores ou da fé de quem recebe a cura.

2. A cura pela fé de um intercessor

No capítulo 4.46-50, temos a cura do filho de um oficial do rei. Neste caso o pai foi o intercessor, aquele que levou o pedido de cura de seu filho até Jesus. O verso 4.50 diz que o homem creu na palavra de Jesus e partiu para a casa. Quando chegou em seu lar verificou que o seu filho estava são. Neste caso vemos a cura pela fé de um intercessor.

Este texto deixa claro que podemos ser curados pela fé de um intercessor, alguém que pede em nosso favor, e podemos também interceder por alguém para ser curado.

3. A cura pela fé de quem pede

Marcos 10.46,51,52 fala a respeito do cego Bartimeu. Ele clamou por Jesus, ele tinha fé de que Jesus poderia curá-lo. Aquele homem não perdeu sua oportunidade, ele clamou por Jesus com todas as forças, ele gritava tão alto que incomodou a todos que estava em sua volta. Eles o repreenderam para que não gritasse, mas, ele gritava cada vez mais alto.

Aqui está um exemplo claro de alguém que foi curado por intermédio de sua própria fé. Ele não teve intercessores, ele mesmo foi a Jesus e clamou por sua cura.

4. A cura pela fé de quem pede somada a de quem intercede

Na passagem de Atos 14.8-10 temos a cura de um homem que tinha fé para ser curado, e que recebeu a cura através de um intercessor que tinha fé para interceder. O texto diz que Paulo viu nos olhos daquele coxo que ele tinha fé o suficiente para ser curado. Paulo orou por ele, e ele foi imediatamente curado.

Neste caso temos o encontro da fé de quem intercede somada a fé de quem precisa da ação de Deus. O resultado é o mesmo, a cura aconteceu na vida daquele homem que creu.

Conclusão

Estes casos relatados nos mostram que não existe um padrão bíblico para ser observado no que diz respeito a cura. Em todos eles, porém, o poder veio de Deus. Não é um poder humano, é um poder divino que se manifesta na vida da pessoa enferma.

Podemos receber a cura pela vontade soberana de Deus, quando ele resolve curar alguém; podemos receber a cura como sinal, para que as pessoas saibam que o Senhor é Deus; e, podemos receber a cura pela fé do intercessor, e também pela fé do pedinte.

Não importa a forma que somos curados, importa é sabermos que temos um Deus que pode nos curar, e por isto devemos exercitar a nossa fé, interceder pelos que padecem enfermidades e orar por nós mesmos pedindo a cura ao Senhor.

Cremos que Deus pode curar todo o tipo de enfermidades, seja física, emocional ou espiritual. Ele tem o poder para que tal milagre aconteça. Só não sabemos quando e nem como irá acontecer. Creia em Deus e deposite nele a sua confiança.

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Quando somos desafiados a confiar

Mateus 14.22-33

Em nossa caminhada com Deus sempre somos desafiados a confiar Nele. Confiar significa acreditar nas intenções do outro. Acreditar que o outro irá suprir aquilo que desejamos. Acreditar é crer que o outro é capaz. Eu diria que confiar é ter fé no outro. No que diz respeito a nossa fé, confiar, então, é crer plenamente em Jesus.

Este texto nos mostra que tudo é possível quando confiamos em Deus. Pedro foi desafiado naquela madrugada a confiar em Jesus. Era ainda madrugada, entre três e seis da manhã, quanto tal fato aconteceu. Eles estavam no meio do mar da Galileia, também chamado de lago de Genesaré ou mar de Tiberíades. Deveria ainda estar escuro, quase amanhecendo. Havia uma penumbra que os permitiam enxergar algo vindo em direção deles, andando sobre as águas. Entretanto, não conseguiram discernir exatamente o que era. Então deduziram, rapidamente, que só poderia ser um fantasma.

A palavra grega para fantasma é também a mesma em português, fantasma. Não no sentido de alma penada ou desencarnada, mas, uma aparição, um ghost. É interessante observar que mesmo andando com Jesus já há tanto tempo, eles ainda acreditavam em fantasmas. E, não apenas isto, eles tiveram muito medo quando avistaram.

Quando o fantasma se aproximou e falou com eles, reconheceram que era Jesus. Ufa! Que alívio. Pedro rapidamente, tomado pela emoção, pediu a Jesus para ir com ele e também andar sobre as águas. Neste momento Jesus o desafiou a ir, ele disse: Vem!

Muitas vezes somos tomados pela emoção do encontro com Jesus, e isto é maravilhoso. Porém, a nossa fé não pode ser baseada somente na emoção que sentimos nos cultos e em nossas devocionais, a nossa fé precisa ser madura. Talvez seja por isto que o Senhor nos prova, para saber se somos de fato merecedores. Nos momentos das provas somos desafiados a confiar que Jesus não nos deixará afundar.

Pedro confiou em Jesus e se lançou sobre as águas e caminhou. Porém, em determinado momento, ele desviou a sua atenção de Jesus e prestou mais atenção na força do vento.

Três fatos marcantes aconteceram quanto Pedro desviou os olhos de Jesus:

1. Reparando na força do vento, teve medo

Em um primeiro momento Pedro teve uma tremenda convicção de que poderia andar sobre as águas. Ele era bastante impulsivo, talvez tenha feito sem pensar, mas, depois teve medo. O seu fez com que ele visse as ondas maiores do que Jesus. O seu medo ofuscou a sua visão e a sua fé.

Todos nós sentimos medo diante de situações difíceis. O medo nos balança e tenta nos desestabilizar. O medo não é um sentimento ruim, mas, precisa ser encarado apenas como um alerta, como aquela luz amarela ou vermelha que nos avisa do perigo. Ao receber o aviso, devemos apenas nos preparar e não nos desesperar.

Pedro ao sentir medo, fez o que todos nós devemos fazer, ele clamou por Jesus e Jesus o socorreu.

Aconteça o que acontecer, mantenha os seus olhos fixos no Senhor. Ele irá segurar em tuas mãos e te ajudará a vencer as suas dificuldades.

2. Reparando na força do vento, começou a afundar

Bastou Pedro começar prestar atenção nos problemas que o cercava para perder a sua fé começar a afundar nas águas.

Quando seguimos a nossa vida olhando diretamente para Jesus, ele nos sustenta diante de todos os dilemas da vida, de tal forma que podemos andar sobre as águas sem perceber os ventos contrários, porém, basta tirarmos os olhos de Jesus para que tudo em nosso entorno comece a afundar.

O Titanic foi um navio que afundou ao esbarrar em um Iceberg. Ele teve a sua lateral rasgada pelo impacto e começou a entrar água. Aquele que foi uma embarcação projetada para não afundar, mas, afundou. Morreram centenas de pessoas. A principal razão daquela embarcação ter afundado e ter morrido tanta gente foi a arrogância. Algumas pessoas afundam depois de estar no auge de suas carreiras, quando começam a confiar em si mesmas.

Quando Pedro começou a andar sobre as águas, primeiramente ele confiou somente no Senhor, mas, talvez um pouco de autossuficiência entrou no seu coração. Ele deve ter olhado para ele mesmo e dito: Nossa! Estou andando sobre as águas. Eu sou mesmo poderoso! Neste momento uma forte onda bate em seu rosto e ele se vê sem chão e começa a afundar.

Mas, Jesus, não permitiu que Pedro afundasse, ainda que Pedro tivesse perdido, momentaneamente a fé, Jesus estendeu a sua mão para ajudá-lo.

3. Reparando na força do vento, entrou em desespero

Acredito que o vento forte tenha formado grandes ondas, que batiam no rosto de Pedro, e talvez por um momento Pedro não conseguisse ver a face de Jesus. Isto acontece quando os problemas da vida nos cercam. Parece que não conseguimos ver a Jesus naquele momento. Quando isto acontece o desespero começa a tomar conta, porque nos sentimos frágeis.

Paul Tillich foi um teólogo Alemão que participou da segunda grande guerra como capelão. Certa noite, andando no meio de cadáveres, muitos deles seus amigos pessoais, ele entrou em desespero. Ele que era um cristão, porém, confiava demais nos filósofos clássicos. No meio da guerra, toda aquela certeza que tinha desapareceu. Ali, em meio aquela experiência terrível ele entrou em desespero. Viu toda a sua fé desaparecer. Foi em meio aquele terror que ele teve uma experiência autêntica com o verdadeiro Deus.

Diante do desespero Pedro começou a afundar. Mas, neste momento foi que ele teve a sua real experiência com Jesus. Ele começou a gritar por socorro. Ele gritou por Jesus: Salva-me, Senhor! A melhor coisa que aconteceu com Tillich e Pedro foi afundar. Só assim eles conheceram a fé verdadeira. Eles foram depurados de suas emoções e restou só a fé genuína.

Conclusão

As muitas tribulações da vida, às vezes, são tão fortes, que nos fazem temer, afundar e até mesmo entrar em desespero. Mas, neste momento sabemos que Jesus está perto, ainda que tenhamos dificuldades em vê-lo, ele está bem próximo e nos estende as mãos. Cabe a nós esticarmos a nossa mão, para que ele possa nos puxar e nos salvar.

Diante dos ventos fortes que nos atinge de forma intensa, devemos sempre confiar plenamente que Jesus irá nos salvar das tribulações. Ele estará sempre com as mãos erguidas em nossa direção para nos ajudar.

O tentador quer nos fazer desconfiar, quer nos roubar a atenção, ele lança suas setas para que olhemos para outro lado. Neste momento é preciso vencer a tentação e continuar crendo, apesar dos ventos contrários.

sábado, 29 de janeiro de 2022

Sifrá e Puá, mulheres que fizeram a diferença

Êxodo 1.15-22

Em um tempo onde as mulheres davam a luz em suas casas, o serviço de parteira era muito importante. Mas, para aqueles que pensam que este tempo acabou, estão enganados, ainda hoje existem muitas parteiras. A partir da última metade do século XIX, as parteiras foram gradualmente sendo incorporadas ao sistema médico, mas, até então eram elas que cuidavam de todo os partos. A institucionalização do parto nos hospitais começou a partir de 1930, quando o índice de partos hospitalares superou o de partos domiciliares, tornando-se um ato quase que exclusivamente médico.

Clarice Andreozzi é uma parteira de 44 anos, que atua como tal a 22 anos, e já trouxe a vida 262 bebês no Distrito Federal. Ela diz que: “É importante que a mulher entenda que biologicamente ela foi feita para, naturalmente, engravidar, parir e maternar”. Deus formou as mulheres com esta capacidade natural. A medicina desenvolveu várias ferramentas de apoio e suporte para ajudar, principalmente quando há partos com complicações. A OMS considera razoável uma taxa entre 10% a 15% de cesárias, mas, o Brasil bate o recorde de cesarianas, chegando a cerca de 55%. Se considerarmos somente a rede particular, este percentual sobe para cerca de 85% (fonte: www.ans.gov.br).

Sifrá e Puá foram duas mulheres que viveram na época do antigo Egito. Elas eram profissionais de grande reconhecimento. O rei do Egito se encarregou de ordenar a elas um determinado procedimento para os bebês hebreus. Ele estabeleceu por decreto que todo bebê menino deveria ser morto no momento em que nascesse. Foi neste momento em que aquelas mulheres fizeram a diferença, elas optaram pela desobediência civil a leis injustas.

Santo Agostinho disse: “Uma lei injusta não é uma lei para todos”. Portanto, não deve ser cumprida. O problema é que quem determina as leis é o Estado e uma vez que não se cumpre haverá sansões legais. No caso de Sifrá e Puá, elas poderiam pagar com a vida pela desobediência. Mas, elas não se intimidaram, seguiram desobedecendo àquela lei absurda.

Podemos ver pelo menos três resultados positivos da intervenção daquelas duas mulheres:

1. Deus abençoou às parteiras e lhes deu família (1.20)

Sempre que abençoamos a alguém o primeiro a ser abençoado somos nós mesmos. Sifrá e Puá são grandes exemplos disto. Elas foram duas mulheres merecedoras das bençãos do Senhor. Mesmo correndo risco de vida, não deixaram de fazer o que era justo e correto. Não era certo cumprir aquela lei estabelecida pelo rei. Primeiro que seria uma crueldade, segundo porque estaria trabalhando contra o seu próprio povo.

Hoje temos poucos exemplos na mídia de pessoas que querem abençoar ao seu próximo. O que mais se destaca na mídia são pessoas que querem explorar ao outro. A missionária Anglicana Edméia Willians é um exemplo de mulher que se doou para ajudar ao seu semelhante. Há 27 anos ela desenvolve projetos sociais no morro Dona Marta. Atende a cerca de 150 crianças com aulas de reforço escolar, musica, arte, dentre outras coisas. Mas, este tipo de notícia não vende e quase não sai na mídia.

O testemunho da Pra. Edméia é lindíssimo, como ela foi abençoada através de sua auto doação. Da mesma forma Deus abençoou a Sifrá e Puá e lhes constituiu família. Desta forma, elas não apenas viram crianças de outras pessoas nascerem, mas, viram os seus próprios filhos nascerem.

Se você deseja receber a benção de Deus sobre a sua vida, seja um abençoador, faça a diferença.

Este fato interessante nos leva a pensar em nosso segundo ponto desta mensagem:

2. Deus abençoou ao povo hebreu que cresceu e se fortaleceu (1.20)

Não diz se havia outras parteiras ou não, se havia, estas duas eram as mais requisitadas. Talvez porque fizessem um excelente trabalho. Deus sempre abençoa aqueles que fazem o seu trabalho com excelência. Aqueles que procuram sempre melhorar, apresentar bons resultados, rever os erros e acertar, em fim aqueles que buscam crescer a partir do talento recebido. O excelente trabalho que elas realizaram contribuiu totalmente para o crescimento numérico do povo.

Existem pessoas ótimas, que receberam grandes talentos, mas, que não utilizaram o seu talento com excelência. Um exemplo disso é o Romário, um dos melhores do mundo ao meu ver, porém, não tinha o que fizesse ele treinar. O resultado é que no final de sua carreira ele se arrastava em campo. Tinha uma habilidade excepcional, mas, foi vencido pela indisciplina. Teve até uma música que foi feita pra ele que dizia: “Treinar pra que, se eu já sei o que fazer”. Totalmente diferente do monstro Cristiano Ronaldo, aos 36 anos em plena forma física.

Sifrá e Puá foram duas mulheres reconhecidas pela excelência que desenvolviam as suas funções de parteiras. E, elas se superaram, quando colocaram as suas próprias vidas em risco para abençoar outras pessoas. Pessoas que fazem a diferença contribuem enormemente para o crescimento do seu povo.

 3. Deus abençoou e a vida de Moises foi poupada (2.10)

Por causa da desobediência civil das parteiras, Faraó não teve outro remédio, se não alterar a lei. A partir daquele momento todos os egípcios teriam que matar os bebês hebreus recém nascidos. Elas deveriam jogá-los no Rio Nilo (1.22).

O jovem casal Anrão e Joquebede tinha um casal de filhos: Arão e Mirian. Logo após a publicação da lei, nasceu mais um, que foi chamado mais tarde de Moisés pela filha de Faraó (2.10). O menino foi lançado no Nilo, como previa a lei. Após três meses, não podendo mais esconder a criança, Joquebede prepara um cestinho, coloca Moises e o coloca às margens do Nilo. A partir deste instante, o bebê tinha pelo menos dois destinos cruéis: 1. Morreria afogado, caso o berço virasse; 2. Seria comido por crocodilos.

O rio Nilo tinha muito crocodilos, eles eram considerados divindades no antigo Egito. Portanto, a cultura da época era que o Egito seria abençoado por intermédio daquela oferenda. Mas, Deus tinha outros planos para Moisés. Ele foi poupado, recolhido do Nilo, adotado pela filha de Faraó, educado por sua própria mãe, e mais tarde educado com a fina educação do Egito, lapidado por quarenta anos no deserto de Midiã, onde teve a sua experiência com Deus. Após todo este preparo foi trazido novamente ao Egito para ser o libertador do povo hebreu das garras de faraó.

Conclusão

Foi assim que duas parteiras deixaram seus nomes registrados na história como duas mulheres que fizeram a diferença. Fazer a diferença não é fácil, porque exige que tenhamos coragem e determinação de fazer o que é justo e correto. Elas escolheram o bem, agiram com misericórdia. Elas eram parteiras, mulheres com talento para trazer a vida e não a morte.

Estas mulheres deram a sua contribuição para que o povo Hebreu crescesse no Egito. Para que se tornasse um grande povo. Este foi o momento em que a nação de Israel estava em gestação no útero do Egito. Já havia cerca de 430 anos, e a criança estava para nascer. Ela nasceria em um parto complicado. Deus teria que forçar a saída do povo Hebreu do Egito, através das dez pragas, forçando a Faraó liberar o povo.

Que você seja achado como um servo que faz a diferença neste mundo. Faça o que Deus entregou em suas mãos da melhor forma possível. Seja no trabalho eclesiástico, aqui dentro da igreja, ou no seu trabalho secular. Honre ao Senhor fazendo tudo sempre da melhor forma possível, e que você seja muito abençoado por Deus. Que tudo o que você tocar seja próspero e abençoado.

Pr. Sergio Rosa

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Abraão, aquele que viu o impossível acontecer

Hebreus 11.8-12

A história do patriarca Abraão é o fundamento da história do povo de Israel. É uma história muito interessante, que você já deve ter lido nestes dias. Sem o conhecimento desta história, você não será capaz de entender o Antigo Testamento. Porque na história de Abraão está a base da história da nação de Israel. O lugar onde tudo começou.


Abraão saiu de Ur dos Caldeus e foi para o Egito e do Egito para Canaã. Ali o Senhor prometeu que daria toda aquela terra a ele e a sua posteridade (Gn 13.15). Deus estava plantando a sua semente, ali, naquela terra, ela iria germinar, crescer e dar muito frutos. Abraão era casado com Sarai, ela era estéril, mas, assim mesmo Deus prometeu que ele seria pai de uma grande nação e não apenas isto, mas, que em Abraão seriam benditas todas as famílias da terra.

Aprendemos com Abraão o que fazer diante de uma promessa que parece que nunca irá se cumprir. Como ele seria pai de uma grande nação se a sua esposa não podia ter filhos? A palavra chave é continuar e crer. É preciso continuar a caminhada crendo que Deus cumprirá a sua promessa. O que nos leva ao primeiro ponto de nossa mensagem:

1. Abraão e Ismael

Deus prometeu a Abraão que lhe daria um filho quando ele estava com os seus quase cem anos. Mas, Sarai não creu que ela seria mãe, afinal, já havia esperado tanto tempo, e agora ela já era uma idosa, que já não tinha relações com o seu marido (Gn 18.11). Então, ela resolveu dar uma mãozinha para Deus. Ela entregou Agar, a sua serva, para que Abraão tivesse um filho com ela. Mas, a coisa não deu certo. Agar ficou grávida e começou a se achar melhor do que a sua senhora (Gn 16.4). Agar tinha tudo para ficar bem, mas, a sua arrogância fez com que perdesse tudo. Ela achou que estando grávida, Abraão iria fazer as suas vontades e talvez ela se tornasse a senhora em lugar de Sarai. Mas, isto não aconteceu. Sarai começou a perseguir aquela que se tornara a sua inimiga, e Agar fugiu.

Nisto, uma outra promessa foi dada, agora a Agar (Gn 16.9-10), ela também seria mãe de uma grande nação. Deus aparece para ela, ordena que ela volte e se humilhe diante de sua patroa. Imagina você, ter que voltar e engolir o próprio ego, a própria vontade. Não é para muitos isto. Assim, Agar voltou e deu a luz a Ismael, desta forma se originou o povo Ismaelitas, aqueles mesmos que iriam comprar José, bisneto de Abraão, das mãos dos seus irmãos (Gn 37.27).

2. Abraão e Isaque

Alguns anos depois, a promessa de Deus se realiza e Sarai também engravida e dá a luz ao seu único filho, Isaque. Quando Isaque se torna adolescente, Deus pede a Abraão que lhe sacrifique Isaque em holocausto (Gn 22.2). Abraão obedece a Deus, mesmo sem compreender. Abraão esperou tanto para ser pai, e agora, teria que sacrificar o seu único filho. Mas, aquilo era apenas uma prova, na qual Abraão foi aprovado com louvor.

Que você também seja achado fiel a Deus, ainda que não consiga entender no momento, mantenha-se fiel a Deus e aos seus princípios. O Senhor cumprirá a sua promessa.

3. Isaque, Esaú e Jacó

saque casa-se com Rebeca, que também era estéril. Isaque ora e ela fica grávida (Gn 25.21). Rebeca dá a luz aos gêmeos Esaú e Jacó. Esaú dá origem ao povo conhecido como Edomitas, que serão inimigos de Israel por todo o tempo. Jacó por sua vez casa-se com Lia e Raquel. Enganado por seu sogro e tio, Labão, irmão de Rebeca, sua mãe, trabalha quatorze anos para pagar os dotes de suas duas filhas. Elas deveriam ser muito bonitas, sobretudo Raquel.

Isaque experimenta o poder de Deus na oração feita por sua esposa, para que ela tivesse um filho. Deus o honrou porque havia uma promessa a se cumprir, que havia sido feito a seu pai, Abraão, que ele seria pai de uma grande nação.

4. Jacó e os doze

Jacó casa-se com Raquel e Lia, mas, amava a Raquel. Ela também era estéril, mas, Deus a abençoou e lhe deu dois filhos, José e Benjamim. De Lia e outras concubinas nascem mais dez filhos. Jacó teve o seu nome mudado para Israel (Gn 32.28), após a sua luta com Deus no Val de Jaboque.

Cada um dos filhos de Israel, se torna patriarca de uma tribo, que são chamadas pelos seus nomes. A tribo que seria conhecida como a de José, se divide entre os seus filhos: Efraim e Manasses. O povo hebreu tinha um respeito muito grande por certos números, portanto, o que seriam treze tribos, virou doze tribos e meia. Desta forma, Efraim e Manasses foram contados como meia tribo cada.

Conclusão

Deus cumpriu a sua promessa na vida do patriarca Abraão e sua esposa Sarai, assim como na vida de Agar. De uma história improvável, Deus faz o que parecia impossível. Abraão se tornou pai de uma grande nação.

A princípio Sara não acreditou muito, porque as evidências eram completamente contrárias. Ela já era muito idosa quando o anjo lhe apareceu e disse que ela seria mãe. Sara achou muita graça e riu. Então, o anjo lhe disse: “Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho” (Gn 18.14). De fato, isto aconteceu. Um ano depois Sara estava grávida e deu a luz a Isaque, iniciando assim o cumprimento de sua promessa.

A história de Abraão nos leva a refletir que nada pode atrapalhar os planos de Deus em nossas vidas, a não ser nós mesmos, com a nossa falta de fé. E, que para Deus, não há nada que seja impossível de ser realizado. E, que não precisamos de evidências para crer, o que precisamos é apenas a fé. Fé de que tudo é possível para Deus.