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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Quando somos desafiados a confiar

Mateus 14.22-33

Em nossa caminhada com Deus sempre somos desafiados a confiar Nele. Confiar significa acreditar nas intenções do outro. Acreditar que o outro irá suprir aquilo que desejamos. Acreditar é crer que o outro é capaz. Eu diria que confiar é ter fé no outro. No que diz respeito a nossa fé, confiar, então, é crer plenamente em Jesus.

Este texto nos mostra que tudo é possível quando confiamos em Deus. Pedro foi desafiado naquela madrugada a confiar em Jesus. Era ainda madrugada, entre três e seis da manhã, quanto tal fato aconteceu. Eles estavam no meio do mar da Galileia, também chamado de lago de Genesaré ou mar de Tiberíades. Deveria ainda estar escuro, quase amanhecendo. Havia uma penumbra que os permitiam enxergar algo vindo em direção deles, andando sobre as águas. Entretanto, não conseguiram discernir exatamente o que era. Então deduziram, rapidamente, que só poderia ser um fantasma.

A palavra grega para fantasma é também a mesma em português, fantasma. Não no sentido de alma penada ou desencarnada, mas, uma aparição, um ghost. É interessante observar que mesmo andando com Jesus já há tanto tempo, eles ainda acreditavam em fantasmas. E, não apenas isto, eles tiveram muito medo quando avistaram.

Quando o fantasma se aproximou e falou com eles, reconheceram que era Jesus. Ufa! Que alívio. Pedro rapidamente, tomado pela emoção, pediu a Jesus para ir com ele e também andar sobre as águas. Neste momento Jesus o desafiou a ir, ele disse: Vem!

Muitas vezes somos tomados pela emoção do encontro com Jesus, e isto é maravilhoso. Porém, a nossa fé não pode ser baseada somente na emoção que sentimos nos cultos e em nossas devocionais, a nossa fé precisa ser madura. Talvez seja por isto que o Senhor nos prova, para saber se somos de fato merecedores. Nos momentos das provas somos desafiados a confiar que Jesus não nos deixará afundar.

Pedro confiou em Jesus e se lançou sobre as águas e caminhou. Porém, em determinado momento, ele desviou a sua atenção de Jesus e prestou mais atenção na força do vento.

Três fatos marcantes aconteceram quanto Pedro desviou os olhos de Jesus:

1. Reparando na força do vento, teve medo

Em um primeiro momento Pedro teve uma tremenda convicção de que poderia andar sobre as águas. Ele era bastante impulsivo, talvez tenha feito sem pensar, mas, depois teve medo. O seu fez com que ele visse as ondas maiores do que Jesus. O seu medo ofuscou a sua visão e a sua fé.

Todos nós sentimos medo diante de situações difíceis. O medo nos balança e tenta nos desestabilizar. O medo não é um sentimento ruim, mas, precisa ser encarado apenas como um alerta, como aquela luz amarela ou vermelha que nos avisa do perigo. Ao receber o aviso, devemos apenas nos preparar e não nos desesperar.

Pedro ao sentir medo, fez o que todos nós devemos fazer, ele clamou por Jesus e Jesus o socorreu.

Aconteça o que acontecer, mantenha os seus olhos fixos no Senhor. Ele irá segurar em tuas mãos e te ajudará a vencer as suas dificuldades.

2. Reparando na força do vento, começou a afundar

Bastou Pedro começar prestar atenção nos problemas que o cercava para perder a sua fé começar a afundar nas águas.

Quando seguimos a nossa vida olhando diretamente para Jesus, ele nos sustenta diante de todos os dilemas da vida, de tal forma que podemos andar sobre as águas sem perceber os ventos contrários, porém, basta tirarmos os olhos de Jesus para que tudo em nosso entorno comece a afundar.

O Titanic foi um navio que afundou ao esbarrar em um Iceberg. Ele teve a sua lateral rasgada pelo impacto e começou a entrar água. Aquele que foi uma embarcação projetada para não afundar, mas, afundou. Morreram centenas de pessoas. A principal razão daquela embarcação ter afundado e ter morrido tanta gente foi a arrogância. Algumas pessoas afundam depois de estar no auge de suas carreiras, quando começam a confiar em si mesmas.

Quando Pedro começou a andar sobre as águas, primeiramente ele confiou somente no Senhor, mas, talvez um pouco de autossuficiência entrou no seu coração. Ele deve ter olhado para ele mesmo e dito: Nossa! Estou andando sobre as águas. Eu sou mesmo poderoso! Neste momento uma forte onda bate em seu rosto e ele se vê sem chão e começa a afundar.

Mas, Jesus, não permitiu que Pedro afundasse, ainda que Pedro tivesse perdido, momentaneamente a fé, Jesus estendeu a sua mão para ajudá-lo.

3. Reparando na força do vento, entrou em desespero

Acredito que o vento forte tenha formado grandes ondas, que batiam no rosto de Pedro, e talvez por um momento Pedro não conseguisse ver a face de Jesus. Isto acontece quando os problemas da vida nos cercam. Parece que não conseguimos ver a Jesus naquele momento. Quando isto acontece o desespero começa a tomar conta, porque nos sentimos frágeis.

Paul Tillich foi um teólogo Alemão que participou da segunda grande guerra como capelão. Certa noite, andando no meio de cadáveres, muitos deles seus amigos pessoais, ele entrou em desespero. Ele que era um cristão, porém, confiava demais nos filósofos clássicos. No meio da guerra, toda aquela certeza que tinha desapareceu. Ali, em meio aquela experiência terrível ele entrou em desespero. Viu toda a sua fé desaparecer. Foi em meio aquele terror que ele teve uma experiência autêntica com o verdadeiro Deus.

Diante do desespero Pedro começou a afundar. Mas, neste momento foi que ele teve a sua real experiência com Jesus. Ele começou a gritar por socorro. Ele gritou por Jesus: Salva-me, Senhor! A melhor coisa que aconteceu com Tillich e Pedro foi afundar. Só assim eles conheceram a fé verdadeira. Eles foram depurados de suas emoções e restou só a fé genuína.

Conclusão

As muitas tribulações da vida, às vezes, são tão fortes, que nos fazem temer, afundar e até mesmo entrar em desespero. Mas, neste momento sabemos que Jesus está perto, ainda que tenhamos dificuldades em vê-lo, ele está bem próximo e nos estende as mãos. Cabe a nós esticarmos a nossa mão, para que ele possa nos puxar e nos salvar.

Diante dos ventos fortes que nos atinge de forma intensa, devemos sempre confiar plenamente que Jesus irá nos salvar das tribulações. Ele estará sempre com as mãos erguidas em nossa direção para nos ajudar.

O tentador quer nos fazer desconfiar, quer nos roubar a atenção, ele lança suas setas para que olhemos para outro lado. Neste momento é preciso vencer a tentação e continuar crendo, apesar dos ventos contrários.

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