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sábado, 29 de janeiro de 2022

Sifrá e Puá, mulheres que fizeram a diferença

Êxodo 1.15-22

Em um tempo onde as mulheres davam a luz em suas casas, o serviço de parteira era muito importante. Mas, para aqueles que pensam que este tempo acabou, estão enganados, ainda hoje existem muitas parteiras. A partir da última metade do século XIX, as parteiras foram gradualmente sendo incorporadas ao sistema médico, mas, até então eram elas que cuidavam de todo os partos. A institucionalização do parto nos hospitais começou a partir de 1930, quando o índice de partos hospitalares superou o de partos domiciliares, tornando-se um ato quase que exclusivamente médico.

Clarice Andreozzi é uma parteira de 44 anos, que atua como tal a 22 anos, e já trouxe a vida 262 bebês no Distrito Federal. Ela diz que: “É importante que a mulher entenda que biologicamente ela foi feita para, naturalmente, engravidar, parir e maternar”. Deus formou as mulheres com esta capacidade natural. A medicina desenvolveu várias ferramentas de apoio e suporte para ajudar, principalmente quando há partos com complicações. A OMS considera razoável uma taxa entre 10% a 15% de cesárias, mas, o Brasil bate o recorde de cesarianas, chegando a cerca de 55%. Se considerarmos somente a rede particular, este percentual sobe para cerca de 85% (fonte: www.ans.gov.br).

Sifrá e Puá foram duas mulheres que viveram na época do antigo Egito. Elas eram profissionais de grande reconhecimento. O rei do Egito se encarregou de ordenar a elas um determinado procedimento para os bebês hebreus. Ele estabeleceu por decreto que todo bebê menino deveria ser morto no momento em que nascesse. Foi neste momento em que aquelas mulheres fizeram a diferença, elas optaram pela desobediência civil a leis injustas.

Santo Agostinho disse: “Uma lei injusta não é uma lei para todos”. Portanto, não deve ser cumprida. O problema é que quem determina as leis é o Estado e uma vez que não se cumpre haverá sansões legais. No caso de Sifrá e Puá, elas poderiam pagar com a vida pela desobediência. Mas, elas não se intimidaram, seguiram desobedecendo àquela lei absurda.

Podemos ver pelo menos três resultados positivos da intervenção daquelas duas mulheres:

1. Deus abençoou às parteiras e lhes deu família (1.20)

Sempre que abençoamos a alguém o primeiro a ser abençoado somos nós mesmos. Sifrá e Puá são grandes exemplos disto. Elas foram duas mulheres merecedoras das bençãos do Senhor. Mesmo correndo risco de vida, não deixaram de fazer o que era justo e correto. Não era certo cumprir aquela lei estabelecida pelo rei. Primeiro que seria uma crueldade, segundo porque estaria trabalhando contra o seu próprio povo.

Hoje temos poucos exemplos na mídia de pessoas que querem abençoar ao seu próximo. O que mais se destaca na mídia são pessoas que querem explorar ao outro. A missionária Anglicana Edméia Willians é um exemplo de mulher que se doou para ajudar ao seu semelhante. Há 27 anos ela desenvolve projetos sociais no morro Dona Marta. Atende a cerca de 150 crianças com aulas de reforço escolar, musica, arte, dentre outras coisas. Mas, este tipo de notícia não vende e quase não sai na mídia.

O testemunho da Pra. Edméia é lindíssimo, como ela foi abençoada através de sua auto doação. Da mesma forma Deus abençoou a Sifrá e Puá e lhes constituiu família. Desta forma, elas não apenas viram crianças de outras pessoas nascerem, mas, viram os seus próprios filhos nascerem.

Se você deseja receber a benção de Deus sobre a sua vida, seja um abençoador, faça a diferença.

Este fato interessante nos leva a pensar em nosso segundo ponto desta mensagem:

2. Deus abençoou ao povo hebreu que cresceu e se fortaleceu (1.20)

Não diz se havia outras parteiras ou não, se havia, estas duas eram as mais requisitadas. Talvez porque fizessem um excelente trabalho. Deus sempre abençoa aqueles que fazem o seu trabalho com excelência. Aqueles que procuram sempre melhorar, apresentar bons resultados, rever os erros e acertar, em fim aqueles que buscam crescer a partir do talento recebido. O excelente trabalho que elas realizaram contribuiu totalmente para o crescimento numérico do povo.

Existem pessoas ótimas, que receberam grandes talentos, mas, que não utilizaram o seu talento com excelência. Um exemplo disso é o Romário, um dos melhores do mundo ao meu ver, porém, não tinha o que fizesse ele treinar. O resultado é que no final de sua carreira ele se arrastava em campo. Tinha uma habilidade excepcional, mas, foi vencido pela indisciplina. Teve até uma música que foi feita pra ele que dizia: “Treinar pra que, se eu já sei o que fazer”. Totalmente diferente do monstro Cristiano Ronaldo, aos 36 anos em plena forma física.

Sifrá e Puá foram duas mulheres reconhecidas pela excelência que desenvolviam as suas funções de parteiras. E, elas se superaram, quando colocaram as suas próprias vidas em risco para abençoar outras pessoas. Pessoas que fazem a diferença contribuem enormemente para o crescimento do seu povo.

 3. Deus abençoou e a vida de Moises foi poupada (2.10)

Por causa da desobediência civil das parteiras, Faraó não teve outro remédio, se não alterar a lei. A partir daquele momento todos os egípcios teriam que matar os bebês hebreus recém nascidos. Elas deveriam jogá-los no Rio Nilo (1.22).

O jovem casal Anrão e Joquebede tinha um casal de filhos: Arão e Mirian. Logo após a publicação da lei, nasceu mais um, que foi chamado mais tarde de Moisés pela filha de Faraó (2.10). O menino foi lançado no Nilo, como previa a lei. Após três meses, não podendo mais esconder a criança, Joquebede prepara um cestinho, coloca Moises e o coloca às margens do Nilo. A partir deste instante, o bebê tinha pelo menos dois destinos cruéis: 1. Morreria afogado, caso o berço virasse; 2. Seria comido por crocodilos.

O rio Nilo tinha muito crocodilos, eles eram considerados divindades no antigo Egito. Portanto, a cultura da época era que o Egito seria abençoado por intermédio daquela oferenda. Mas, Deus tinha outros planos para Moisés. Ele foi poupado, recolhido do Nilo, adotado pela filha de Faraó, educado por sua própria mãe, e mais tarde educado com a fina educação do Egito, lapidado por quarenta anos no deserto de Midiã, onde teve a sua experiência com Deus. Após todo este preparo foi trazido novamente ao Egito para ser o libertador do povo hebreu das garras de faraó.

Conclusão

Foi assim que duas parteiras deixaram seus nomes registrados na história como duas mulheres que fizeram a diferença. Fazer a diferença não é fácil, porque exige que tenhamos coragem e determinação de fazer o que é justo e correto. Elas escolheram o bem, agiram com misericórdia. Elas eram parteiras, mulheres com talento para trazer a vida e não a morte.

Estas mulheres deram a sua contribuição para que o povo Hebreu crescesse no Egito. Para que se tornasse um grande povo. Este foi o momento em que a nação de Israel estava em gestação no útero do Egito. Já havia cerca de 430 anos, e a criança estava para nascer. Ela nasceria em um parto complicado. Deus teria que forçar a saída do povo Hebreu do Egito, através das dez pragas, forçando a Faraó liberar o povo.

Que você seja achado como um servo que faz a diferença neste mundo. Faça o que Deus entregou em suas mãos da melhor forma possível. Seja no trabalho eclesiástico, aqui dentro da igreja, ou no seu trabalho secular. Honre ao Senhor fazendo tudo sempre da melhor forma possível, e que você seja muito abençoado por Deus. Que tudo o que você tocar seja próspero e abençoado.

Pr. Sergio Rosa

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