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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

quinta-feira, 20 de julho de 2017

A nossa vitória vem do Senhor

Josué 6 1-20

O povo hebreu havia acabado de atravessar o Jordão e agora estava rumando para o seu primeiro enfrentamento, Jericó. Tratava-se de uma cidade totalmente cercada por muros, até então, intransponíveis.

Na busca por alcançar um objetivo enfrentamos muitos obstáculos; alguns menores outros maiores, de qualquer forma, um obstáculo é algo difícil de ser vencido, algo que muitas das vezes nos amedronta, e achamos que não iremos conseguir. Obstáculos são etapas da vida que precisam ser vencidas, e não um empecilho para nos paralisar ou até mesmo nos destruir.

Em sua trajetória, rumo à conquista da terra prometida, o povo hebreu primeiro teve pela frente o rio Jordão, que foi miraculosamente aberto por Deus. Os israelitas atravessaram o rio sem molhar os pés. Agora eles enfrentariam seu primeiro adversário humano, o povo de Jericó.

A conquista da terra de Canaã havia sido prometida por Deus, mas isto não quer dizer que não teriam difíceis enfrentamentos. Pelo contrário, eles teriam que desalojar todo o povo que morava naquela região. Segundo o relato dos doze espias, que Moises havia enviado para observar a terra, tratava-se de homens poderosos e gigantes (Nm 13.25-33). Destarte, eles teriam que lutar como nunca haviam lutado antes.

Para conquistar vitórias é preciso ter coragem e vencer os muitos desafios da vida. Gostaria de ver alguns passos que devemos tomar diante dos enfrentamentos da vida:

1. Adoração – Assim como foi na abertura do Jordão, Josué usou a mesma estratégia, convocou os sacerdotes para que eles fossem à frente da conduzindo a arca da Aliança. Este detalhe nos mostra que Josué se preocupava com a adoração. A arca da aliança representava a presença do Senhor. Os levitas e sacerdotes eram as pessoas responsáveis pelo culto. A adoração precisa ser a coisa primeira em nossas vidas. Antes de qualquer enfrentamento ou decisão importante, adore ao Senhor. A adoração atrai a presença do Senhor. É como disséssemos para Deus: o Senhor é muito bem vindo em minha vida.

2. Disposição – A estratégia que o Senhor deu a Josué era para rodear a cidade por seis vezes, e na sétima vez seriam sete vezes (v. 15). Sete dias, carregando a arca da Aliança, não se sabe o peso dela, mas posso garantir que era bem pesado, era todo coberto de ouro. Um chute é que seja algo próximo aos 200kg. Mas, é apenas um chute.

Para se alcançar a vitória é preciso muita disposição, é preciso suar a camisa, aquele que se acomoda a determinada situação, não consegue alcançar a vitória.

3. Vibração – As seis voltas que antecederam teriam que ser dadas sem falarem nada, nem um pio, nem uma palavra. Fiquei pensando o porquê disto e me ocorreu que deveria ser para que eles não murmurassem em meio à caminhada e viessem a desestimular ao outro. De qualquer forma, aprendo que antes da realização de um grande projeto é bom que você esteja calado, pode ser eu você conte para alguém e este projeto já nasça morto.

No sétimo dia eles teriam que dar sete voltas, e na sétima volta os sacerdotes iriam tocar as trombetas e todos iriam gritar bem forte. Por que eles teriam que gritar? Vocês já foram a um estádio de futebol ver o seu time jogar? O que você sente quando a torcida grita? Ou quando ela canta a musica do seu time. Milhares de pessoas cantando, chega a arrepiar. Isto que você sente é vibração. É importante vibrar diante de um grande projeto. Principalmente vibrar com as coisas de Deus. A apatia faz parecer que tal coisa que fazemos não representa nada profundo, é sem muito valor.

Conclusão

Com a adoração e o grito de vibração do povo as muralhas de Jericó vieram ao chão. O Senhor concedeu ao povo hebreu a vitória sobre aquela batalha.

Nos enfretamentos da vida que vem sobre você, a primeira coisa que você precisa fazer é adorar ao Senhor, portanto, faça com todas as suas forças. Não anuncie os seus projetos antes da sua realização, para que ninguém venha te desanimar. Vibre com todas as suas forças diante de seus enfrentamentos, não seja apático diante da batalha.

Se afirmamos que Deus é a melhor coisa que pode acontecer na vida de um ser humano, temos que admitir que devemos dar a ele o nosso melhor. O melhor da nossa adoração, o melhor dos nossos momentos, o melhor do nosso ser. Vibre muito na presença de Deus! Alegre-se nele de todo os eu coração.

Assim como o Senhor concedeu a vitória ao povo hebreu que estava na liderança de Josué, o Senhor também te dará a vitória sobre suas lutas. Confie em Deus. “uns confiam em carros, outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor nosso Deus” (Sl 20.7).


segunda-feira, 10 de julho de 2017

Natanael, o apóstolo xenofóbico

João 1.43-51
Xenofobia – desconfiança, temor, antipatia ou rejeição pelo que vem de outro lugar.

Os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) e o livro de Atos não contêm detalhes sobre a origem, o caráter ou a personalidade de Natanael. Na verdade, cada um deles o menciona uma única vez, ao apresentar a lista dos 12 discípulos. O Evangelho de João mostra Natanael em apenas duas passagens: João 1.43-51, que traz o relato de seu chamado; e João 21:2, onde mostra que ele foi um dos que voltou para a Galileia e foi pescar com Pedro e Tomé, depois da ressurreição e antes da ascensão de Jesus.
Características de Natanael
Sua origem
Natanael era da pequena cidade de Caná da Galileia, lugar onde Jesus realizou o seu primeiro milagre ao transformar água em vinho (João 2:11). Filipe e Natanael eram muito amigos, sempre aparecem juntos nos relatos mais antigos da história da igreja primitiva. De acordo com o relato de João 1.45 Filipe foi quem levou Natanael até Jesus.
Seu amor pelas escrituras
Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas” (João 1.45)
Este simples texto nos revela grandes coisas sobre Natanael, o fato de Filipe mencionar as Escrituras nos mostra que os dois tinham intimidade com os escritos proféticos, e que havia neles uma expectativa em conhecer o messias. Imagino Filipe chegando para Natanael e dizendo: “Você não vai acreditar, mas Jesus, filho de José o carpinteiro, é o Messias que tanto esperávamos”.
O discípulo de Jesus deve ter paixão pelas escrituras. Devemos ler a Bíblia todos os dias, para que ela entre em nossos corações. Quanto mais conhecemos a Bíblia, mas ela fala conosco e mais temos propriedade para falar dela para outros.
Sua xenofobia
De Nazaré pode sair alguma coisa boa?
Apesar de estudar as Escrituras e buscar o verdadeiro conhecimento de Deus, apesar de ter um forte interesse espiritual e ter sido fiel, diligente, honesto em sua devoção a Deus, Natanael era humano. Ele tinha certo preconceito em relação a Nazaré, que ficou evidenciado em sua resposta a Filipe.
Seu comentário provavelmente reflete uma rivalidade entre Nazaré e Caná. As duas eram cidades pequenas e sem muitos atributos. Nada de relevante que chamasse atenção para si. O povo da Judeia considerava os galileus inferiores, mas até mesmo os galileus desprezavam os nazarenos.
Natanael é um exemplo claro de que Deus pode transformar uma pessoa imperfeita, cegada por seu preconceito e transformá-la num instrumento seu para mudar o mundo. Para Natanael era inconcebível o Messias vir de um lugar tão insignificante quanto Nazaré, que nunca recebeu nenhum evento divino relevante, que nunca gerou um profeta ou qualquer líder proeminente.
O pensamento de Natanael era próprio de sua geração. Certa vez os fariseus escarneceram de Nicodemos dizendo: “Dar-se-á caso que também tu és da Galileia? Examina e verás que da Galileia não se levanta profeta”(João 7.52). Natanael estava apenas repetindo um pensamento que era comum em seus dias. Uma ideia completamente xenofóbica.
Porém Natanael morava em Caná da Galileia, se ele morasse em Jerusalém ou Cafarnaum, poderia até justificar, mas ele era de uma cidade tão irrelevante quanto a de Jesus.
Sua integridade
Apesar do seu preconceito para com Nazaré, Natanael era um homem de caráter. Jesus o elogia quando o vê: “eis um verdadeiro israelita, em que não há dolo (João 1.47). Não havia mancha na vida de Natanael, trava-se de um homem religioso, cumpridor de seus deveres. O fato de uma pessoa ter uma vida íntegra não o faz perfeito. Natanael precisou encontrar-se com Cristo, para ver que lhe faltava muita coisa para melhorar em sua vida, principalmente na questão do preconceito.
Conclusão
Xenofobia não é uma coisa legal. No Brasil há um forte preconceito em determinados estados, em relação às pessoas de outra região. Há muitas piadas que demonstram este preconceito de forma jocosa, mas cruel, para com as pessoas que são de outro lugar, sobretudo as mais simples e pobres. Natanael é prova de que Deus pode pegar as pessoas mais comuns e defeituosas, dos lugares mais insignificantes, e usá-las para sua glória. Ele se permitiu ser trabalhado pelo Senhor Jesus. Se o seu coração fosse altivo e orgulhoso, ficaria preso em seu preconceito e não poderia ser transformado. Deus pode transformar seus defeitos em virtudes, basta você permitir.

Filipe o apóstolo calculista

João 6.7
Há dois Filipes bastante conhecidos no Novo Testamento: Filipe o apóstolo e Filipe o diácono. São duas pessoas diferentes. O diácono é aquele que aparece em Atos 6.5, que se tornou evangelista e levou o eunuco etíope a uma decisão por Jesus e o outro é o apóstolo Filipe.
Há fortes evidências de que Filipe o apóstolo, Natanael e Tomé eram todos pescadores da Galileia, assim como Pedro, André, Tiago e João. É bem provável que todos já fossem conhecidos ou mesmo amigos, antes de serem chamados por Jesus para compor o corpo apostólico.
Tudo o que sabemos sobre Filipe aparece no Evangelho de João. Ele aparece com frequência junto a Natanael, também chamado Bartolomeu, portanto podemos considerar que eram amigos chegados. Filipe foi quem achou a Natanael e o apresentou a Jesus. Ele fez da mesma forma que André, que levou Simão a Jesus.

Não há melhor forma de evangelismo do que o relacionamento, levar nossos amigos e familiares ao conhecimento de Jesus é sem dúvida muito eficaz. Há pesquisas que demonstram que a grande maioria das pessoas foram conduzidas para a Igreja por intermédio de um amigo ou parente. Não perca a oportunidade de usar o seu relacionamento para conduzir pessoas a Cristo.
Características de Filipe
Filipe era calculista
Ao juntar as peças do que o apóstolo João relata sobre ele, temos a impressão de que Filipe era a típica pessoa de processos. Era um sujeito ligado em fatos e números. O tipo organizado que faz tudo de maneira prática e tradicional. É o tipo que se adapta bem a funções administrativas e contábeis, dificilmente se adaptaria a área comercial ou em áreas onde precisaria que ser criativo. Isto mostra que no Reino há lugar para todos, tanto para pessoas calculistas como para audaciosas e impetuosas.
Filipe não conhecia bem a Jesus
Em João 6.5 temos o relato da pergunta que Jesus fez para Filipe sobre onde poderiam comprar pão para a multidão. Possivelmente Filipe já havia verificado que estava ficando tarde e havia toda aquela gente com fome. Talvez ele já tivesse contado quantas pessoas havia ali e já até havia feito a conta de quanto precisaria para alimentá-las. Ele sabia o quanto o grupo possuía de dinheiro e já sabia que seria insuficiente para comprar comida para todos.
Filipe estava presente quando Jesus transformou água em vinho (João 2.1-2), ele ficou maravilhado com aquela experiência. Mas não achou que agora Jesus poderia fazer como os antigos profetas e prover a multiplicação. Ele ficou tão preocupado com a aparência que não viu a oportunidade que aquela situação oferecia. Isto acontece quando andamos por vista e não por fé: paramos de enxergar o que Deus pode fazer.
Em João 14.8 Filipe pede para que Jesus lhe mostrasse o pai. E Jesus responde: “Quem vê a mim, vê o pai” (v.9). Filipe já estava com Jesus a bastante tempo e ainda não compreendia isto. Jesus havia acabado de falar: “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto” (v.7). Pela petição de Filipe ele ainda não conhecia a Jesus, embora estive sendo discipulado diretamente por ele.
Seu martírio
A tradição mostra que Filipe não apenas teve a sua vida modificada, mas ele se tornou um grande instrumento no crescimento da igreja primitiva. Conta-se que multidões foram levadas a Cristo por intermédio de sua pregação. Foi um dos primeiros discípulos a sofrer o martírio. Foi morto por apedrejamento oito anos após o martírio de Tiago.

Filipe se superou
É evidente que, Filipe superou as tendências humanas que, com tanta frequência, era um impedimento para sua fé. Juntamente com os outros apóstolos ele é prova de que “Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e Deus escolheu as coisa humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” ( I Co 1.27-29).
Conclusão
O estudo dos apóstolos nos mostra que eles eram pessoas imperfeitas como nós, com suas lutas, suas dificuldades, seus problemas, mas com um coração aberto, disposto a aprender e ser moldado por Jesus. Filipe era calculista, pragmático, quase sem fé. Mas Jesus foi trabalhando em sua vida e se tornou um dos grandes ícones da igreja primitiva.
Jesus também quer trabalhar em sua vida e te transformar. Se você é como Filipe, faz conta de tudo, não consegue exercitar a fé, só consegue viver pelo que é aparente, coloque tudo isto nas mãos de Jesus. Se entregue por inteiro a Ele e peça: Senhor Jesus, transforme a minha vida para a glória de seu nome.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Tiago, o apóstolo impetuoso

Atos 12.1-2
Quatro homens são chamados de Tiago no Novo Testamento:
1. Tiago, o pai de Judas – Lc.6.16
2. Tiago, Tiago filho de Zebedeu, irmão de João – Mt .4.21
3. Tiago, filho de Alfeu – Mt. 10.3
4. Tiago, irmão de Jesus – Mt 13.55
A tradição indica este último como autor da Epístola de Tiago.

Dos três discípulos mais íntimos de Jesus (Pedro, João e Tiago), sabemos menos coisas sobre o apóstolo Tiago. O relato bíblico é praticamente destituído de qualquer detalhe mais claro sobre sua vida e caráter. Ele sempre aparece junto com João, seu irmão mais novo. A única vez em que aparece isoladamente é no livro de Atos, no qual é registrado o seu martírio. Tiago é o primeiro discípulo a ser martirizado. Note que, o fato de seguir a Jesus não o poupou de ser morto. Mas, para os discípulos sofrer e morrer em nome de Jesus era uma grande honra. ""Os apóstolos saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome” (Atos 5.41).
Características de Tiago
Era impetuoso
Tiago, juntamente, como o seu irmão João receberam um apelido: Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”. Isso define a personalidade dos dois irmãos. Eles eram impetuosos e intensos.
Enquanto André calmamente levava pessoas a Jesus, e trabalhava por detrás dos bastidores, Tiago desejava ter poder para pedir fogo dos céus e destruir àqueles a quem considerava seus inimigos. Os poucos relatos sobre Tiago mostra que ele não era passivo e nem sutil. Devido a sua impetuosidade, deve ter feito muitos inimigos, talvez muito mais do que os demais discípulos, isto explicaria por que ele foi o primeiro a ser martirizado.
No relato de Lucas 9.51-56 podemos perceber por que eles receberam este apelido de ‘filhos do trovão’. Jesus estava indo para Jerusalém, e passando por Samaria, os samaritanos não o receberam. Eles ficaram revoltados. Talvez eles tenham perguntado: "Como assim, não receberão o nosso pastor?" Na mesma hora eles sugeriram a Jesus: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Jesus na mesma hora os repreende: “vós não sabeis de que espírito Sois”, “Eu vim Salvar e não destruir os homens”.
Era ambicioso
Em Mateus 20.20-24 podemos observar que Tiago e João também eram ambiciosos. Eles queriam sentar-se ao lado do Rei Jesus em seu reino. Sua mãe, apresentada como a mulher de Zebedeu (Mt 27.55-56), deveria ser bastante influente, e possivelmente uma das sustentadoras de Jesus e dos apóstolos (Lc 8.1-3). Ela tentou usar sua influência para colocar o seu filho em posição de honra no reino de Jesus. Tiago queria uma cora de glória, um lugar de destaque, um lugar de proeminência.
Levou tempo para que os discípulos entendessem para o que eles haviam sido chamados. O amadurecimento veio com o tempo, caminhando e aprendendo com Jesus. Jesus usou a demonstração para ensiná-los, eles viam Jesus fazer as coisas, Jesus explicava para eles em particular, e depois eles iam fazer o mesmo. Após o amadurecimento, eles  entenderam e cumpriram a sua missão. Tiago, quatorze anos após este episódio será o primeiro discípulo a ser morto por amor ao evangelho, no cumprimento da missão.
Conclusão
O estudo dos discípulos nos mostra que eles não eram perfeitos, mas eles se permitiram ser moldados pelo Senhor Jesus. Tornaram-se aprendizes, foram treinados, enviados e corrigidos. Depois de todo o treinamento, Jesus ainda derramou sobre eles o Espírito Santo. Através da unção do Espírito eles exerceram o ministério apostólico de maneira excepcional, tanto que o evangelho chegou até nós hoje, dois mil anos depois.
O mesmo Espírito que capacitou a Tiago para se tornar um grande apóstolo e até mesmo morrer pelo evangelho, é o mesmo Espírito que te capacita hoje, para ser uma grande testemunha do amor de Deus.
Tiago tinha os seus defeitos, ele era impetuoso, não era nada sutil, mas se deixou conduzir pelo Espírito Santo para fazer a obra de Deus, cumprir o Ide de Jesus. Se você se parece com Tiago, saiba que Deus quer te usar, da mesma forma que usou Tiago. Deixe o seu coração aberto e se coloque a disposição do Senhor, diga a ele, “eis-me aqui”.

Pr. Sergio Rosa

quinta-feira, 22 de junho de 2017

João o apóstolo amoroso

João 13.23

O apóstolo João é considerado o autor humano de um dos Evangelhos e de três epístolas com o seu nome, bem como do livro de Apocalipse. É um dos autores neotestamentário que mais escreveu. É enorme a sua contribuição para a formação da igreja. Ele viveu exilado em cavernas na ilha de Patmos devido a uma perseguição do imperador romano Domiciano aos cristãos. É nesta ocasião que ele recebe e escreve a revelação do Apocalipse. Segundo a tradição foi o único apóstolo que morreu de velhice.

Características de João
Tanto as Escrituras como a história relata que João desempenhou um papel importante na igreja primitiva. Ele era membro do circulo mais intimo de Jesus. Era o irmão mais novo de Tiago. Ambos possuíam um temperamento bastante forte, tanto que foram chamados “Boanerges”, filhos do trovão. No relato de Jesus com os samaritanos, quando aqueles negam aposentos para Jesus, Tiago e João pedem para que permita que eles peçam para cair fogo do céu e tostá-los (Lucas 9:54).
Interessante quando pensamos que João escreveu sobre a importância do amor, dando ênfase especial ao amor do crente por Cristo, ao amor de Cristo por sua Igreja e ao amor de uns pelos outros. O amor foi uma virtude que ele aprendeu de Cristo, e não algo que lhe era inato. Em sua juventude, João era tanto um filho do trovão quanto Tiago.  Se você imagina João como uma pessoa frágil, mansa, esqueça esta caricatura. Ele era rude e vigoroso, como todos os outros discípulos pescadores.
Em sua mocidade, ele era o candidato mais improvável a ser lembrado como o apóstolo do amor. No entanto, os três anos com Jesus serviram para transformá-lo em um homem equilibrado e amoroso. Ele foi transformado exatamente naqueles pontos em que ele era mais descomedido. Talvez este fato tenha contribuído para que ele fosse o apóstolo que mais viveu. Ele foi transformado de filho do trovão em um apóstolo do amor.
Precisou aprender para ser transformado
Certa vez João proibiu um homem de pregar em nome de Jesus, simplesmente por que não fazia parte do seu grupo (Marco 9.38). Este texto mostra o quanto ele precisava aprender, quanto era intolerante. Jesus o repreende, afirmando que quem não é contra ele, é por ele.
João tinha muita energia que precisava ser direcionada de maneira correta para o lugar correto. Os anos com Jesus fez com que ele fosse transformado e usasse toda aquela força e impetuosidade para amar a Cristo e aos irmãos.
Quando lemos I João 2.1 e 3.2, com palavras do tipo ‘filhinhos e amados’ pensamos que ele era alguém bem manso, talvez até tíbio, mas ele não era nada disso. Ele se deixou ser reprogramado pelos ensinos de Jesus, e por isto ele tem autoridade para nos falar, nos exortar, e nos desafiar a mudar os nossos temperamentos.
Conclusão
João não nasceu amoroso, pelo contrário, era tão impetuoso como seu irmão Tiago. Ele permitiu ser trabalhado por Jesus e teve o seu caráter transformado, deixou de ser filho do trovão para ser conhecido como o discípulo Amoroso. É assim que Jesus faz com os seus discípulos, quando eles permitem ser moldados. Deixa Jesus entrar em sua vida completamente, permita que ele mude tudo o que precisa ser mudado.

Pr. Sergio Rosa

segunda-feira, 19 de junho de 2017

André, o apóstolo dos bastidores

Jo 1.40-42

Temos em nossa igreja pessoas que fazem coisas lindas, mas que quase ninguém vê. Temos pessoas envolvidas nas obras, nas visitas, nos trabalhos administrativos internos da igreja, na limpeza, e em tantos outros pontos que ninguém vê o que fazem, mas sem o seu trabalho as coisas ficariam muito difícil. A estes, os nossos agradecimentos, por que embora os olhos humanos possam não testemunhar, o Senhor que os vê em secreto os recompensará. Estas pessoas se parecem muito com André.

Características de André

André foi um dos doze discípulos escolhido por Jesus para entrar na escola apostólica. Não foi um discípulo muito conhecido, ele não era de holofotes, não chamava muita atenção e não era dado a grandes feitos, em geral trabalhava na quietude, por de trás dos bastidores. Ele representa aquele irmão da igreja que trabalha silenciosamente, faz coisas grandiosas, mas o seu nome em geral não é visto, e não se importa muito com isto.

A primeira vez que André aparece nos textos bíblicos ele estava levando o seu irmão Simão para conhecer a Jesus. Ele disse: “achamos o messias, e o levou a Jesus”. A palavra messias aqui, que é traduzido por Cristo, quer dizer aquele que era aguardado há anos, aquele cujo sua vinda, foi anunciada pelos mais poderosos profetas, aquele que seria o libertador e salvador. Desta forma, o convite de André não foi algo corriqueiro ou formal, deve ter sido um convite bastante convincente feito com muita emoção.

Lembro-me de certa vez quando apresentei um amigo famoso a uma amiga, eu não sabia que ela era fã dele. Ao apresentá-la, ela ficou tão emocionada que até perdeu a fala. Ficou muito feliz em conhecê-lo pessoalmente e poder conversar um pouco com ele. Este fato me fez pensar em como foi o encontro de André com Jesus. Acredito que foi ainda muito mais emocionante. “Achamos o Messias!” Imagine um encontro com aquele que havia sido profetizado durante centenas de anos; agora André tinha o privilégio de conhecê-lo face a face, tocar nele, falar com ele, ouvi-lo. Deve ter sido um momento extasiante.

Pedro e André eram originários de Betsaida, mas depois mudaram para Cafarnaum onde possuíam um pequeno negócio de pesca no mar da Galileia. Muito possível que eles tivessem amizade também com Tiago e João, companheiros de profissão, antes mesmo de conhecerem a Jesus.

Trabalhava nos bastidores

Não há muitos relatos sobre os feitos de André, mas quase tudo que há nas Escrituras nos contam que ele possuía a atitude certa para exercer um ministério de bastidores. Ele não procura ser o centro das atenções em nenhuma ocasião, ele é o oposto de seu irmão Simão Pedro.

Devido a esta característica em sua personalidade, você não vai ver André envolvido em nenhuma celeuma, discussão ou briga entre os discípulos.

André aparece na distribuição dos pães e peixes (Jo 6.9), levando o menino até Jesus. Aquela pequena atitude de André foi a ponte entre o milagre da multiplicação e as quinze mil pessoas famintas. André nos mostra que pequenas atitudes fazem grande diferença. Lembro-me de um irmão chamado André, que trabalhava na recepção de sua igreja, todos que ali chegavam eram recebidos com um largo sorriso e um grande abraço. Uma amiga nos contou que se converteu naquela igreja devido a recepção daquele irmão que a tratou com tanto carinho sem sequer a conhecer.

Conclusão


André tinha este prazer de conduzir pessoas até Cristo e trabalhar sem estar nos holofotes, totalmente diferente de Pedro, que chamava atenção onde quer que estivesse. Há lugar para todos no Reino. Você não precisa ser visto pelos homens para ser lembrado por Deus. Tanto Pedro quanto André tinha espaço para fazerem parte da escola apostólica. Há lugar para você também, independente de qual seja a sua personalidade. Coloque-se à disposição do Senhor para que ele te use em sua obra.

Pr. Sergio Rosa

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Pedro o apóstolo precipitado

P e r g u n t a s   c h a v e

1. Você conhece alguém que seja precipitado, que faz as coisas no impulso?
2. Deus usa a todo o tipo de pessoa. Como e onde Deus poderia usar uma pessoa impulsiva?
Estamos falando sobre os doze discípulos de Jesus e como eles foram moldados para alcançarem o sucesso, em sua missão. Temos visto que eram pessoas comuns, como qualquer um de nós. Tinham medo, sentiam-se inseguros, por vezes se irritavam, brigavam entre si, havia disputa entre eles, dentre alguns defeitos. Mas mesmo assim Jesus os escolheu para apóstolos; os treinou, capacitou, supervisionou, liderou, os enviou. Eles erravam, Jesus os chamava, corrigia e tornava a os enviar. Eles não tinham nenhuma característica especial, não eram mestres, doutores e nem nenhum personagens importantes. Não temos o motivo pelos quais Jesus os escolheu, mas acredito que seja por serem pessoas abertas para aprenderem. Eram vasos vazios, sedentos por serem cheios. Vaso que já está cheio é impossível colocar mais alguma coisa.

Introdução

Lucas 6.12-16
Você conhece alguém que não pensa antes de falar, e quando pensa já falou? Pois é, Pedro era assim. Precipitação era o seu nome. Ele era completamente impulsivo.
Pedro na verdade não era um nome, mas sim um apelido que Jesus colocou em seu discípulo, cujo verdadeiro nome era Simão. Pedro significa literalmente pedra. Haviam dois discípulos chamados Simão, um era Simão Pedro e o outro Simão o Zelote. Sobre este último vamos falar mais sobre ele em outra oportunidade.
O apelido era significativo, e o Senhor teve uma razão específica para escolhê-lo. Simão era, por natureza, impetuoso, inconstante e inconfiável. Sua tendência era fazer grandes promessas que não poderia cumprir. Era uma daquelas pessoas que parece atirar-se de cabeça em alguma coisa e, logo depois a abandona, antes de ter concluído. Com frequência, era o primeiro a aceitar um desafio, mas, muitas vezes, também era o primeiro a pular fora. Toda igreja tem seus ‘Pedros’, ou seja, pessoas com características semelhantes a deste discípulo com uma personalidade tão inconstante.
Pedro também tinha um problema sério de dissimulação, o que chamamos normalmente de duas caras, no livro de Gálatas encontramos ele levando uma chamada do apóstolo Paulo: Gálatas 2.11-14. Quando estava com as pessoas de fora da igreja tinha um comportamento; quando estava com os da igreja se comportava de outra maneira. 
Características de Pedro:
1. Era pescador
Simão Pedro era pescador profissional. Ele e seu irmão André eram herdeiros de um comércio de pesca em Cafarnaum. Apanhavam peixes no mar da Galileia.
2. Era líder dos apóstolos
O nome de Pedro encabeça todas as listas de apóstolos, e ainda em Mateus 10.2 diz “primeiro Simão..” A palavra traduzida por ‘primeiro’ em grego é protos, não significa ser o primeiro de uma lista, mas o principal, o chefe.
3. Era precipitado
A personalidade de Pedro tanto o levava a ser precipitado como também o levava a tomar decisões rapidamente. No texto de Mateus 16.13 havia várias opiniões a respeito de quem era o Filho do Homem. Jesus pergunta para os discípulos qual era a opinião deles, Pedro rapidamente responde: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”.
Quando Jesus vem caminhando pelo mar, Pedro pede para andar sobre as águas com Jesus, e logo se atira no mar e começa a caminhar, mas quando a ficha cai, ele começa a duvidar e começa a afundar (Mt 14.30)
Quando Jesus estava sendo preso, Pedro saca a espada e corta a orelha do soldado. Havia um destacamento de soldados, o que ele pensou? Que poderia matar a todos os soldados? Na verdade acredito que ele agiu por impulso, não pensou em nada e tomou uma repreensão de Jesus.
Conclusão
Pedro foi um dos que Jesus mais chamou atenção, mais tomou repreensão. Era para Pedro ficar com raiva de Jesus, mas ele era um dos três discípulos mais próximos de Jesus.
 Talvez você se encaixe na personalidade de Pedro e ache que isto é um impedimento para ser um grande discípulo, mas Pedro é uma prova viva, de que os precipitados tem um lugar especial no coração de Jesus. Fato é que, você vai apanhar muito para tomar a forma de uma Pedra ideal. Jesus chamou Pedro até de Satanás e o repreendeu na frente de todos. Tudo isto não desestimulou a Pedro, pelo contrário, o fortaleceu. Não há outra forma de se polir uma pedra sem bater nela e lixar com força.
A maior característica de Pedro foi não desistir, deixar-se ser corrigido e ensinado. No livro de Atos vemos o poder e a autoridade que este discípulo exerceu em seu ministério. Seu poder era tanto, a ponto das pessoas serem colocadas por lugares onde Pedro iria passar, para que pelo menos a sua sombra passasse por cima delas e as curassem.

Se você permitir, o Senhor irá trabalhar em você e vai te transformar em uma grande testemunha do seu poder. Dê lugar ao Senhor, deixe-o moldar a sua vida.

Pr. Sergio Rosa