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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Ninho Vazio? O meu está bem cheinho

 Deixará o seu pai e sua mãe..” (Gênesis 2.24)

O livro do Gênesis mostra algo que é natural, que é quando os filhos deixam os lares de seus pais para viverem as suas própria vidas. Eles crescem, começam a tomar as suas próprias decisões, e um dia, simplesmente vão embora. O chamado ninho vazio, portanto, se dá por conta desta saída dos filhos de casa, seja para trabalhar, viajar, estudar ou casar-se, conforme diz o texto de Gênesis. Este rompimento se dá por meio de diversas formas diferentes, dependendo da posição social, cultural ou até mesmo do relacionamento que foi desenvolvido entre pais e filhos. Hoje vivemos um tempo de grandes migrações, muitos filhos tem deixado a sua família para trabalhar ou estudar em outros países, deixando precocemente a convivência com os seus pais. Em geral é uma experiência de amadurecimento espetacular. Sozinho, em lugares distantes, longe da proteção materna e paterna, os jovens mimados precisam se virar, dar o seu jeito de sobreviver, se encontrar, superar dificuldades e aprender a vencer sozinhos.

Dediquem-se aos filhos, mas, não se esqueçam de si mesmos

Há muitos casais que ficam perdidos quando os filhos se vão, dedicaram toda a sua vida em favor deles e simplesmente esqueceram de olharem para si mesmos. Alguns destes esqueceram até mesmo de dedicar-se um ao outro. Então, quando os filhos se afastam o sofrimento é muito grande. Mas, a dor não é simplesmente devido a perda da presença física, da saudade que fica, mas, por uma falta de objetivos que vão além da simples dedicação à prole. Os pais que vivem as suas vidas em função dos seus filhos, e que tudo o que pensam, sonham idealizam em suas vidas é com expectativa somente neles, são os que se sentem vazios quando ocorre a ruptura. Muitos não se dão conta de que eles crescem, se tornam adultos, e precisam ter o seu próprio espaço, seguir o seu próprio caminho, tomarem as susas próprias decisões, cometerem os seus próprios erros e acertos.

Quando os filhos se vão, a casa fica maior

Quando há um propósito na vida que vai além dos filhos, há uma sensação de dever cumprido e certo alívio quando eles se vão. Não porque havia um desejo em se livrar deles, ou porque o convívio era ruim, mas, porque quando adultos, os filhos precisam espaço para crescerem e amadurecerem. Eles são espaçosos e acabam tomando espaço demais. Naturalmente, irão querer desenvolver a sua liderança e mandar na casa de seus pais, ou se não, irão querer viver uma vida independente da rotina da casa. O que gera muito desgaste para todos. Este é o momento em que precisam ir e ter o seu lugar próprio, para que possam viver da forma que gostariam. Os pais que compreendem bem isto não terão a sensação de ninho vazio, mas de mais espaço, que antes estava suprimido devido a presença deles. A casa parece ficar maior, diminui o barulho e a tensão.

Há um casal amigos nossos que nos relatou que em conversa com a nora falou o seguinte:  

- Olha, quando for lá em casa avisa, porque eu gosto de andar pelado dentro de casa.

A nora respondeu:

- Ugh!! Que nojo sogro! kkkkk

Esta experiência aponta para um casal que tem uma boa relação com os filhos e seus respectivos cônjuges, que cumpriram bem o seu dever de pais, e agora vivem uma excelente relação de casal. É como voltassem no tempo e pudessem reviver o momento inicial do seu próprio casamento. Um retorno à lua de mel, mas, com menos pressão.

Tenham planejamentos e sonhos para uma vida pós saída dos filhos

É, portanto, salutar que os pais tenham sonhos de realizações para o momento pós partida dos filhos. Quem sabe aquelas viagens que nunca foram feitas, porque todos os recursos estavam destinados a dar uma educação melhor para eles, e para ajudá-los a dar os primeiros passos, tanto em suas vidas acadêmicas, quanto profissionais, e até mesmo ajuda no enxoval de casa própria. Aproveite, porque após a saída dos filhos de casa, não haverá apenas mais espaço, mas, também, uma diminuição nos gastos, e portanto, um efetivo aumento das finanças, que poderão ser usados para objetivos pessoais.

Esta é hora de ocupar-se consigo mesmo, gastar consigo mesmo, investir tempo e dinheiro em algo que goste de fazer. Porém, não é salutar esperar este momento chegar para decidir o que fazer, é bom planejar antes. Até mesmo o que fazer com aquele quarto que ficará vazio. Monte uma pequena academia, uma sala de vídeo ou de leitura, redecore a sua casa para você mesmo. Talvez a casa já não seja tão importante agora, então, aproveite para conhecer novos lugares, novas pessoas, ter novas experiências. Afinal, a vida e curta.

Conclusão

O momento em que os filhos vão embora, o casal já está maduro e o que vai contar é amizade, o carinho, o amor do casal. Em nossa casa, eu e minha amada esposa, estamos com trinta anos de casados, e o nosso filho único casou-se e foi morar em outro Estado. Temos amigos que os filhos foram morar em outro país, e outros que os filhos mudaram-se para o céu. Em todos os casos, vimos experiências sadias. É claro que existe a dor da separação e no caso de morte, a dor do luto. Mas, de qualquer forma, o casal precisa continuar a sua vida e viver as suas experiências. Faça coisas que nunca fizeram, ouse tentar outras coisas interessantes.

O seu ninho pode ficar bastante aconchegante se você tiver um bom relacionamento com o seu cônjuge. Portanto, mesmo quando estiver cuidando dos seus filhos, não se esqueçam que uma hora eles irão embora, e o que vai sobrar é o casal. O que vai contar é o que vocês construíram para si; as experiências que vocês acumularam; a cumplicidade do casal; o amor desenvolvido; a amizade entre os dois.

Em nossa experiência de ‘ninho vazio’ nós viajamos juntos, cuidamos da casa juntos, jogamos, brincamos, desenvolvemos negócios juntos, assistimos séries e até futebol, de vez enquanto ela para pra assistir comigo. Cuidamos um do outro da melhor forma que podemos. Assim, o nosso ninho está ótimo. E, quando bate a saudade, ligamos para o nosso filho, viajamos para vê-lo ou convidamos ele para nos visitar, juntamente com a sua esposa.

 Pr. Sergio Rosa

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

O Estado e o Leviatã

Jó 41

O capítulo 41 do livro de Jó fala a respeito do Leviatã. Trata-se de um feroz monstro marinho que é também citado na Tanakh, uma criatura assustadora, mitológica, que pode ser interpretada de maneira literal ou alegórica. Como Jó é considerado um livro poético, eu entendo que a chave hermenêutica deve ser a alegoria em detrimento a uma compreensão literal. Não temos conhecimento científico de nenhum tipo de monstro marinho que tenha sido descoberto.

Algumas religiões e denominações protestantes identificam este monstro com um demônio com poderes inigualáveis, um tipo de príncipe na hierarquia demoníaca, conforme categorizou o teólogo e bispo alemão Peter Binsfeld. Segundo alguns líderes pentecostais, este demônio seria encarregado de governar uma determinada região, de escala continental, através da incorporação em um ser humano. Todo este poder seria utilizado para o favorecimento da vinda do anticristo.

Teorias teológicas, mitológicas e especulações espirituais existem bastante, porém, a linha que eu gostaria de explorar neste texto é puramente teológica filosófica, que nos leva a pensar em uma dimensão política bem mais profunda do que a que habitualmente estamos acostumados. Ultrapassa a amplitude das conversas baseadas no senso comum. É falar de política olhando para a estrutura macro do Estado e não a partir de uma posição pessoal micro ou supersticiosa.

Para esta conversa, eu gostaria de convidar Tomas Hobbes, para tomar lugar à mesa de bate papo junto conosco. Hobbes escreveu um livro intitulado “O Leviatã”, e é a partir de sua definição filosófica que eu gostaria de conversar com você sobre o tema: “Bolsonaro, Lula e o Leviatã”.

O homem em seu estado natural e a necessidade do Estado

Em sua obra, Hobbes descreve um momento hipotético em que os seres humanos eram selvagens e viviam em seu estado natural. Esse momento era caótico, pois o ser humano é naturalmente inclinado para o mal. Segundo o filósofo, os seres humanos precisam da intervenção de um corpo estatal forte, com leis rígidas aplicadas por um soberano forte, para controlar a todos de sua selvageria natural. Hobbes afirma que, em seu estado de natureza, “o homem é o lobo do homem”. Ou seja, ele caça e devora o seu semelhante, por isto precisa de uma intervenção através de leis rigidas e do poder do Estado, para o proteger de sua própria auto destruição.

O Estado seria a solução para uma convivência pacífica, em que o ser humano abriria mão de sua liberdade para obter a paz no convívio social. O monarca, argumenta o filósofo, pode fazer o que for preciso para manter a ordem social. A monarquia é justificada pela sua necessidade como garantia do convívio seguro.

Para Hobbes, o que levou o ser humano a desenvolver o Estado foi o medo. Medo de ser atacado, medo da morte violenta, medo de ter que atacar e defender-se o tempo todo. A partir deste temor, o ser humano delega as suas decisões e reações para o Estado, para que haja um determinado controle sobre as ações.

O monarca para Hobbes é o Leviatã

Hobbes diz que aquele monstro marinho apresentado no livro de Jó, com todo aquele poder, é o monarca. O governante, aquele que é revestido de poder pelo povo para tomar as decisões. É uma potestade necessária para organizar a nação. Eu diria que é um mal necessário. É fundamental que haja um líder para que a nação não se fragmente em diversas partes, o que fatalmente ocorreria. Há de se perceber que onde o Estado falha, há um clima de anarquia e o caos impera.

Assim, este Leviatã tem um papel fundamental na estrutura e formação da nação. Ele é o cabeça, aquele através do qual as ideias serão centralizadas e concatenadas, ainda que nem todos concordem com as suas decisões. Como soberano as suas atitudes serão sempre voltadas para si mesmo, pois é um representante de todos. Ele precisa tomar boas decisões para que o Estado prospere. As vezes deverá ser implacável, visando o que considera um bem maior.

Não se espera do Estado que ele seja perfeito ou acerte em tudo. Espera-se que ele consiga o mínimo para fazer com que a sociedade conviva da maneira menos hostil possível. Para que isto aconteça, os cidadãos liberam o porte de armas e concede autoridade para os servidores do Estado que atuam na segurança do País, tanto militares como forças auxiliares, para punir e agir com rigor em situações onde se exige a força.

Os cidadãos também escolhem o seu soberano e o legitima como aquele que receberá todo o poder para controlar, decidir, agir, planejar, tudo o que acontece no Estado, em seu nome. Hobbes escreveu a sua grande obra em 1651, na Inglaterrra, portanto a sua visão política parte do sistema de governo monarquico.

No final do mês de outubro nós teremos o segundo turno das eleições, para os cargos de Presidente e Governadores. No Brasil o nosso sistema de governo é presidencialismo. Nesta ocasião todos os brasileiros estarão votando naquele que acreditam ser o melhor candidato para assumir a presidência do País.

Bolsonaro, Lula e o Leviatã

O ex-Presidente Lula governou o País por oito anos, Bolsonaro apenas quatro, mas, pudemos ver como cada um governa. A partir destas experiências, o eleitor pôde refletir o que poderia ser melhor para si mesmo e também para o Brasil. Cada um dos dois presidenciáveis trabalhou, nos anos em que estiveram no poder, para agradar mais ao seu público, tomando decisões que favoreceram ao seu eleitorado. Lula trabalhou para favorecer à classe trabalhadora, aumentando significativamente o seu poder de compra e favoreceu também aos bancos. Já Bolsonaro trabalhou para melhorar as condições dos militares e empresários.

A resposta à política desenvolvida por cada um dos dois veio nas urnas. Como a maior parte dos brasileiros são pobres, a escolha parece óbvia, o candidato mais votado deve ser aquele que poderia continuar uma política de favorecimento a classe que tem mais eleitores, e que aos poucos estava perdendo o que foi conquistado ao longo dos anos. Mas, a massa nem sempre se comporta logicamente.

O fato é que temos dois fortes candidatos que concorreram ao pleito presidencial e precisamos escolher um. O vencedor será o nosso representante legal. O Leviatã, que terá que trabalhar para unificar um País dividido. O vencedor no segundo turno irá presidir e terá o poder de Chefe de Estado. Nem todas as suas decisões serão acertadas ou boas para todos. Mas, seja como for, concordando ou não, ainda precisamos deste mal necessário. Sem esta potestade, a sociedade não subsistiria, ela se acabaria em guerrilhilhas, facções, divisões. Por esta razão, talvez, o apóstolo Paulo tenha dito que devemos orar pelos nossos governantes. Não porque apreciamos o que eles fazem, mas, porque precisamos de alguém para exercer este papel fundamental.

O que se espera de ambos é que tenham aprendido com os erros e acertos cometidos, e assim venha para governar a nação visando o seu crescimento e desenvolvimento. E, não apenas contemplando uma parte da sociedade, que o apoiou.

O Leviatã é muito poderoso e somente o povo unido tem o poder para controlá-lo. Por esta razão, este monstro sempre trabalha para dividir e conquistar. As nossas brigas com eleitores de outro candidato só serve para fortalecer o Leviatã. Enquanto o povo briga, não se une para cobrar o que lhe é devido e fica refém das migalhas oferecidas.

Pr. Sergio Rosa

 

domingo, 25 de setembro de 2022

Santifição o caminho da realização plena

Josué 3.1-5

Todos nós queremos uma vida melhor, prosperidade, uma boa família, um bom casamento, um relacionamento bacana. Em fim queremos comer o melhor desta terra. Porém, às vezes tomamos caminhos que nos levam para a destruição de tudo: do lar, dos negócios, da saúde, da família e da igreja. Eu tenho aprendido pela Palavra de Deus que o caminho da conquista passa pela santificação. Portanto, se você quer conquistar grandes coisas em sua vida, santifique-se.

Para entender melhor isto, vamos examinar a experiência de Josué. Josué tinha um grande desafio pela frente, transpor o rio Jordão com todo aquele povo e toda aquela bagagem. Eles estavam caminhando para a terra prometida, Canaã. Deus havia prometido aquela terra para o seu povo, mas, isto não eliminou os problemas que eles enfrentariam. Em cada situação que eles enfrentaram puderam testemunhar o poder de Deus.

Neste ponto em que estavam, Deus abriu o Jordão para que eles pudessem passar a seco, como havia feito com Moisés no Mar Vermelho. O segredo de Josué para que o Jordão fosse aberto foi a santificação do povo. Veja que não seria apenas Josué que teria que santificar-se para que a maravilha acontecesse, todo o povo teria que santificar-se.

A partir da experiência de Josué podemos tirar ricas lições de como podemos realizar coisas impossíveis e improváveis, como podemos superar qualquer limitação para alcançar aquilo que aparentemente, aos nossos olhos, nos parece impossível de ser realizado. Como você pode realizar grandes coisas em sua vida pessoal? A resposta é uma só, santificai-vos.

Sobre o que é santificação eu não preciso falar muito, porque é algo que na verdade todos já sabem hipoteticamente. Na maioria esmagadora das vezes, quando vamos fazer algo errado, já sabemos que é errado, não precisa ninguém dizer, mas, fazemos porque queremos, porque sucumbimos ao desejo, porque nos deixamos dominar pela vontade. Ninguém precisa dizer que pegar um dinheiro que não te pertence é pecado. Nem mesmo precisa ser ensinado de que infidelidade é errado, porque todos sabem. O que é errado, nós já sabemos. Ainda que tenhamos dúvidas sobre fazer ou não fazer algo, o apóstolo Paulo afirma em Romanos 14.23: “Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer”. Se eu tenho dúvidas sobre algo, o melhor a fazer é buscar a certeza antes de decidir-se, e não apenas se deixar levar pela emoção, a euforia ou pelos hormônios. Paulo em 1 Coríntios 8:13 orientou: “E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo”.

A partir desta introdução podemos nos fazer a seguinte pergunta: Por que eu devo me santificar?

1. Para que eu veja as maravilhas de Deus sobre a minha vida (Josué 3.17)

Os sacerdotes passaram na frente do povo levando a arca da aliança, eles pararam diante do rio Jordão. Assim que eles pisaram nas águas, elas se abriram. A partir da santificação de Josué e seu povo, ele viu o Jordão se abrir. Aquilo que era impossível foi realizado pelo poder de Deus.

Josué confiou plenamente que Deus faria as maravilhas, e como prometido Deus fez. Deus não fez somente no passado ele faz até hoje e a chave ainda é a mesma, santificação.

A santificação faz com que o ser humano viva em total dependência de Deus, faz com que ele busque os melhores comportamentos, faz com que ele cuide melhor de si mesmo e de sua família, faz com que ele faça tudo com excelência. Não há como as maravilhas do Senhor não chegar nesta vida. Não há como não ser próspero.

Lembra de José do Egito? Ele foi vendido por seus irmãos por inveja. Chegou na casa de Potifar como escravo. Era um jovem duro, sem perspectivas, sem futuro aparente, sem nenhuma possibilidade humana de sair daquela condição. Mas, ele trabalhou com excelência e vivia uma vida santificada, tanto que quando a mulher de Potifar tentou agarrá-lo, ele fugiu dela. Qual foi o resultado da santificação de José? Deus o honrou. Ele venceu a luta com a santificação. Deus também irá te honrar.

O oposto da santificação é a entrega deliberada ao pecado. Conheci um pastor de uma grande igreja que estava no auge de sua carreira, mas, perdeu tudo, quando decidiu transar com uma mulher de sua congregação. Alguns minutos de prazer destruirão todo o seu ministério. Conheci também algumas pessoas que tiveram os seus casamentos destruídos pelo adultério. Estas pessoas se arrependeram depois, mas, para alguns delas foram tarde demais.

Lembram-se dos jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego? Os jovens hebreus que foram levados cativos para a Babilônia? O faraó colocou as melhores comidas para eles, mas, eles decidiram não se contaminar com a comida da Babilônia. Eles não se corromperam, não se dobraram diante da imagem do rei. Eles trabalharam com excelência, mesmo sendo exilados, confiaram no Senhor e viveram uma vida santa. O resultado foi que eles prosperaram.

Santifique a sua vida, trabalhe com excelência, e veja as maravilhas do Senhor sobre a sua vida.

2. Para que eu veja as maravilhas de Deus sobre a minha família (Gn 3)

Gênesis 3 fala a respeito da queda da mulher e do homem. Deus havia dado apenas uma ordem, apenas um mandamento, eles poderiam fazer o que eles quisessem, só não podia comer da árvore do bem e do mal. Não havia nenhuma outra proibição, porém, o proibido atrai. Eva foi atraída pelo fruto e enganada pela serpente. Adão foi convencido por Eva a também comer do fruto proibido. Esta desobediência teve um preço alto, eles foram amaldiçoados: a mulher teria parto com dores multiplicadas (v. 3.16), e o homem teria que trabalhar para comer (v.3.19).

Por causa do pecado a família sofreu duras perdas. Enquanto a santificação traz grandes bençãos o pecado produz severas perdas.

O resultado da santificação para Adão e Eva seria que eles viveriam felizes no paraíso, sem parto com dor e sem trabalho extenuante, desfrutando de tudo o que havia ali. Mas, eles optaram pelo pecado e por isto perderam tudo o que Deus havia prometido.

Se eu quero ver as maravilhas do Senhor sobre a minha família, eu preciso então buscar a santificação.

Josué estava falando com o povo à beira do Jordão, santificai-vos porque amanhã o Senhor fará maravilhas. Santificai-vos porque amanhã este Jordão se abrirá e você passará a seco. Da mesma forma o Senhor diz para você e sua família, santificai-vos para que as maravilhas comecem a acontecer em sua casa. O milagre possa chegar e você possa experimentar a benção do Senhor.

Gn 30.37-43 - Jacó experimentou a benção de Deus sobre o seu trabalho. Deus o abençoou de tal forma que seus rebanhos se multiplicaram grandemente. Jacó trabalhava duro, cuidava do seu rebanho e de seu sogro. Tinha uma dolorosa e extenuante jornada de trabalho. Jacó confiava plenamente que Deus o abençoaria. E, Deus foi com Jacó e ele se tornou um homem muito rico.

Eu creio que Deus abençoa o fruto de nosso trabalho. Nem todos ficaremos ricos, mas, seremos prósperos em Deus. Para isto, devemos trabalhar com ética e perseverança. Devemos trabalhar dignamente e honrar ao nosso patrão, independente de quem seja.

3. Para que eu veja as maravilhas de Deus sobre as minhas finanças

Na Bíblia temos muitos exemplos de homens que tiveram as suas finanças abençoadas por Deus. Um deles é Jacó. Gn 30.43 diz: “E o homem se tornou mais e mais rico; teve muitos rebanhos, se servas, e servos, e camelos e jumentos”. Muitos de vocês conhecem a história de Jacó, o seu sogro o enganou várias vezes, mas, mesmo assim Deus o abençoou grandemente. A confiança de Jacó em Deus fez toda a diferença.

Se você deseja ver as maravilhas de Deus sobre as suas finanças, você precisa santificar-se, precisa confiar na provisão do Senhor, e continuar confiando, seja qual for a situação.

A santificação de nossas finanças vem através de nosso trabalho com excelência, a organização financeira e a nossa confiança em Deus. O resultado disto é a prosperidade. Jacó era um excelente pecuarista. Ele sabia tudo sobre a criação de animais. Quando o seu sogro, Labão, colocou os animais nas mãos dele, a manada cresceu abundantemente. Ele conseguiu organizar-se bem financeiramente, tanto que quando saiu das fazendas do sogro, possuía muita riqueza.

Há pessoas que querem ser prósperas apenas orando. A oração é o começo realmente, ela demonstra o seu temor ao Senhor. Quando você ora, Deus deve falar assim: Meu servo, eu ouvi a sua oração, agora levanta que eu vou abençoar o trabalho que você fizer com excelência, como se tivesse fazendo para mim”.

4. Para que eu veja as maravilhas de Deus sobre o meu corpo

Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Coríntios 6:19).

O apóstolo Paulo nos afirma que o nosso corpo é templo do Espírito Santo. Isto quer dizer que devemos cuidar muito bem dele, pois iremos prestar contas de tudo o que fizermos com ele.

Eu preciso tomar cuidado com o meu corpo, não posso trata-lo de qualquer maneira e esperar bons resultados. É preciso santificá-lo.

Para melhor entendimento, podemos separar o cuidado com o nosso corpo em três etapas:

4.1. Físico - Quantos de vocês oram a Deus pedindo por saúde? Em nossa casa nós oramos todos os dias, pedindo a Deus que abençoe a nossa saúde e que nos livre de enfermidades. Então, ouvimos Deus nos falando que devemos fazer a nossa parte que ele irá fazer a dele. O que devemos fazer para cuidar bem de nosso corpo, para termos uma boa saúde é o cuidado com a alimentação e fazer exercícios físicos. Coisas básicas já ajudam, tais como a diminuição do açúcar e do sal e da gordura, uma caminhada ou uma corrida, para ajudar a diabete e a hipertensão sobre controle.

4.2. Mental -  Nós também pedimos a Deus que nos dê uma mente saudável. O desiquilíbrio mental é algo que tem alcançado a muitas pessoas. Há pessoas sofrendo de diversas síndromes, medos, e outras patologias emocionais. É preciso cuidar da nossa cabeça e tomar cuidado com o que permitimos entrar lá. Medite diariamente na Palavra de Deus, leia bons livros, busque bons autores que te façam crescer através do conhecimento, desligue um pouco a TV, saia um pouco do celular, cuidado com os pensamentos que você permite povoar a sua mente. Uma mente sadia produz um corpo sadio, uma mente vazia é oficina do coisa ruim e prejudica a todo o corpo.

4.3. Espiritual – Cuide do seu espírito. A melhor forma de fazer isto é através da adoração a Deus. Ore, cante louvores, adore ao Senhor. Diariamente conecte o seu espírito ao Espírito de Deus. Esta conexão fortalece a nossa alma e mente, e assim nos dá o equilíbrio necessário para resolvermos as muitas questões de nossas vidas.

Conclusão

Diante do exposto, eu chego à conclusão de que a santidade é o caminho para a realização plena. Isto porque a santificação nos leva a viver de acordo com aquilo que Deus planejou para o ser humano. Josué santificou-se a si mesmo e levou todo o povo a santificar-se e este foi o segredo para que eles vivenciassem as maravilhas de Deus sobre as suas vidas. Eles viram o sobrenatural acontecer, o rio Jordão se abrir para que todos eles pudessem passar.

O caminho da santificação não é nada fácil, requer sacrifício. Jesus exemplifica isto utilizando a metáfora das duas portas. Há uma estreita e uma larga. O caminho da santificação é o da porta estreita. Por ser apertada a porta, poucos são os que conseguem entrar. É preciso abrir mão de algumas coisas para trilhar o caminho estreito.

Para um melhor entendimento sobre o tema, santificação não é perfeição, perfeito só Deus. Você não é perfeito e nem o seu cônjuge. Santificação é colocar a Deus em primeiro lugar em tudo na sua vida e fazer tudo como se tivesse fazendo para Deus, e relacionar-se com o seu semelhante como se você tivesse se relacionando com você mesmo. Santificação não é sinônimo de uma vida religiosa. Há pessoas que vão costumeiramente às igrejas, mas, são mesquinhas, perversas, corruptas, avarentas, maquinam o mal.. Pensam que por frequentar cultos estão se santificando. Participara da comunhão dos santos é importante, mas, se você não se santificar, isto não fará sentido. É preciso ter um coração puro e reto diante do Senhor.

Vivemos em um tempo de um evangelho que não exalta a santidade, e levam as pessoas ao engano. Pessoas querem viver o evangelho de qualquer jeito, achando que verão as maravilhas de Deus, só porque vão a igreja, só porque oram, ou só porque dão ofertas. O que Deus mais quer de nós é a nossa santidade. Não há barganha com Deus, não temos nada que o Senhor precise, porque ele mesmo é o dono de todo ouro e de toda a prata. A nossa santidade nos leva a dar ao Senhor o nosso melhor, mas, é por gratidão e não por ganância.

Se ainda ficou alguma dúvida a respeito da santificação, saiba que ela não é um apanhado de regras do tipo pode ou não pode. Se não, teríamos que andar com um caderninho para consultar o tempo inteiro. Não tem a ver com usos e costumes, porque isto depende de regionalidade e é temporalidade. Santificação tem a ver com dois princípios que Jesus determinou: 1. Amar ao Senhor sobre todas as cosias; 2. Amar ao seu próximo como a ti mesmo.

Quem ama ao Senhor irá amar tudo o que se refere ao Senhor. Irá buscar sempre as coisas que vem do alto e honrará ao Senhor sobre todas as coisas sempre.

Quem ama ao próximo, jamais fará coisas que prejudicará o outro, sobretudo o seu cônjuge. Não irá trair, ofender, oprimir, praticar violência. Pelo contrário, irá tratar da melhor forma possível.

Uma família sanificada não haverá separação ou divórcio, porque não haverá motivos para isto. Não haverá traição, porque o temor do Senhor e o amor ao próximo (o seu cônjuge) não permitirá tal ação. Não haverá brigas e nem agressões. Os filhos receberão melhor atenção e melhores cuidados, não crescerão com traumas e prosperarão. Ambos viverão um para servir ao outro. E assim, viveram em um relacionamento sadio e pleno.

O caminho da santificação é o caminho que Deus preparou para que fossemos prósperos e abençoados. Não é mágica, não é troca, não é quanto você dá de oferta, embora uma pessoa santificada é uma pessoa que sabe abençoar. A santificação é o caminho que nos torna pessoas melhores e faz com que o lugar onde estamos seja completamente abençoado.

Quero terminar com a leitura do Salmo 84.5-6. Um homem ou mulher santificado é capaz de transformar lugares áridos em mananciais. Que você seja este homem ou esta mulher e assim veja as maravilhas de Deus sobre a sua vida.

Pr. Sergio Rosa

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

O grito da independência e da Liberdade

 “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão”. (Gl. 5.1)

No dia sete de setembro comemoramos a independência do Brasil. Este é um dos marcos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. D. Pedro I tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro I convocou uma Assembleia Constituinte e obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil conclamava o povo a lutar pela independência. Próximo ao riacho do Ipiranga, SP, levantou a espada e declarou a celebre frase: "Independência ou Morte!". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822, selando assim o rompimento do Brasil como colônia portuguesa. Este ano estamos completando 200 anos de Independência.

A cultura registrou este fato através de um quadro pintado pelo artista paraibano Pedro Américo, em 1888, 66 anos após o fato ocorrido, que está exposto no Museu Paulista. Esta obra de arte mostra Dom Pedro I, paramentado como um grande guerreiro, empinando o seu imponente alazão, com a espada desembainhada e bradando “Independência ou Morte”.

Esta cena, de fato, nunca aconteceu. O artista quis apenas mostrar a grandeza da ação que foi praticada e não a realidade do fato em si. Fato é que D. Pedro levou o Brasil a romper com a subserviência portuguesa para viver em liberdade, independente dele estar montado em um alazão, ou em animal de carga, ou até mesmo sentado no escritório com alguns burocratas. O fato é que ali foi proclamada a liberdade do Brasil.

Este fato ocorrido no dia sete de setembro nos é muito propício, porque pensar em independência é pensar em liberdade. A partir desta introdução, gostaria de discorrer sobre as principais características da liberdade:

1. A liberdade é algo caro

O apóstolo Paulo declara que Cristo nos libertou para a liberdade. A versão NTLH diz: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres”. O texto é bastante redundante, para ressaltar de forma concreta a nossa liberdade. O preço não foi barato. Jesus pagou um alto preço por isto. Ele entregou a sua própria vida para nos libertar de nossa condenação. O desejo de Deus é nos libertar da escuridão. João 3.16 diz que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho amado para morrer na cruz para nos salvar. Jesus pagou o preço por nossa liberdade com a sua própria vida.

No início da criação Deus criou o homem livre, mas o pecado entrou no mundo e escravizou o homem. O homem andava na luz de Deus, mas o maligno cobriu esta luz com densas trevas para que o homem não pudesse mais se encontrar. Ele fez isto através do pecado. Quando estamos em Jesus, ele nos liberta do poder dominador do pecado sobre nós.

D. Pedro teve que enfrentar o governo de Portugal para levar o Brasil a tornar-se livre. Ele teve que romper com amigos, família, parentes, além de perder privilégios e a proteção da coroa portuguesa, para aventurar-se a viver em liberdade. Se hoje gozamos da independência, foi porque alguém pagou um preço por isto.

Jesus pagou o preço por nossa liberdade, o que você deve fazer é tão somente aceitar este preço, aceitar o sacrifício que Jesus fez por amor a você.

2. A liberdade é difícil

Assim que D. Pedro declarou a independência do Brasil muitos empresários e políticos ficaram bastante preocupados com a retaliação de Portugal que não queria de forma alguma perder o Brasil como colônia. Muitos não queriam perder seus privilégios e por isto eram contrários ao grito de liberdade.


Satanás da mesma forma não deseja perder aqueles que estão vivendo sobre o seu controle, por isto ele cria muitas dificuldades, e muitos com medo da retaliação preferem viver como escravos. Outros, ficam aprisionados naquilo que lhes proporciona um aparente prazer e o inimigo usa isto para levá-los a cometerem outros pecados, e assim se afundam cada vez mais.

Eu tive uma ovelha que estava em uma clínica de recuperação de viciados quando começou a frequentar a igreja. Ele se tornou muito participativo e foi batizado. Depois de dois anos, percebemos que ele andava um pouco estranho, meio impaciente e agressivo. Houve um furto do cofre da igreja. Ladrões achavam que guardávamos dinheiro lá. Mas, só tinha uns trocados. Alguns vizinhos viram o roubo e identificaram um dos meliantes. Ele havia voltado a usar o crack e aquilo o estava dominando e o controlando a tal ponto de roubar a própria igreja. Depois do ocorrido ele se arrependeu e voltou a lutar pela sua liberdade.

Conheci um pastor que havia sido usuário de drogas, ele me contou que dois anos após a sua conversão, foi para o seminário teológico estudar. Ele tinha uma vocação ministerial. Ele já estava a dois anos no seminário quando teve uma recaída e usou drogas novamente. Sentiu-se enormemente envergonhado, mas, aprendeu sobre a sua própria fragilidade, e percebeu que ele teria que vigiar por toda a sua vida, para não cair novamente.

A liberdade é difícil e por isto muitos querem voltar a escravidão. Viciados em drogas, em bebidas, em pornografia, em tabaco, mentiras, corrupção, adultérios, roubo, acham muito difícil largarem os vícios, alguns até tentam, mas não conseguem. De fato, sozinho é muito difícil mesmo, mas, é para a liberdade que Cristo nos chama.

3. A liberdade é uma conquista

Imagino a pressão que estava sobre D. Pedro I momentos antes de tomar aquela decisão. A coisa era tão séria que ele corria o risco de ser preso e morto. Mas, ele chegou em um ponto que não tinha outra alternativa ou era a liberdade ou a condenação à morte.

A liberdade vivida em Jesus precisa ser conquistada. Mt. 11.12 “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele”. É preciso lutar para conquistar o Reino dos céus. E a maior luta não é contra o inimigo, é contra você mesmo, contra sua vontade, contra o seu querer. O apóstolo Paulo declara: I Co 9.27 “Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo”.

Nenhuma liberdade é dada gratuitamente, todas precisam ser conquistadas de alguma forma. A libertação da escravidão negra foi obtida a custo de muita luta. Muitos proprietários de escravos eram completamente contrários a libertar seus escravos. Eles eram mão-de-obra barata. A guerra de secessão nos USA, do Norte contra o Sul, foi basicamente a luta pela liberdade dos escravos. Os estados do Norte apoiaram a Constituição e o governo de Abrahan Lincon, enquanto estados do Sul lutavam pelo direito de manter escravos. Foi derramado muito sangue, para que a liberdade fosse conquistada.

O Dr. Martin Luther King lutou pelo fim das injustas leis de segregação racial nos USA, ele conseguiu levar o povo a conquistar os seus direitos. Lutou contra o governo norte americano e a forte repressão policial. Pagou um alto preço pela liberdade, foi assassinado aos 39 anos de idade. King pregava uma revolução não violenta, seguindo o exemplo de Jesus. Não acreditava no uso de armas para conquistar a liberdade.

Conclusão

A nossa liberdade em Cristo Jesus, da mesma forma, só é conseguida a muito custo. É preciso esforçar-se para conseguir esta liberdade. O apóstolo Paulo diz que há uma verdadeira guerra em nosso interior: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer” (Gálatas 5:17).

“Independência ou morte!” Independência das trevas, do maligno e tudo o mais. Esta é a escolha que precisamos fazer. Deus está esperando por seu grito de independência, grito de liberdade, grito de basta. O desejo do Senhor é te dar liberdade total e completa das trevas. O que você precisa fazer para ser livre é ter um encontro com Jesus. Confessar a ele o seu pecado e pedir a ele perdão. Pedir a ele para que te aceite em sua presença. Só Jesus pode nos dar total liberdade, só ele pode nos tornar verdadeiramente livres.

A conquista da liberdade não é fácil, requer esforço e luta. Uma grande parte desta luta é contra você mesmo, contra o seu querer e suas vontades. O preço é alto, mas, vale a pena. A liberdade que Jesus nos oferece não tem preço. Liberdade das trevas, do mal e do pecado que nos destrói. Lute por esta liberdade e declare hoje a sua independência espiritual. Diga para o Senhor: Eu me entrego a ti Senhor, eu te recebo em minha vida.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

My pastoral experience in Belmonte City

 Mark 9:23

I had been pastoring the Belmonte First Baptist Church for eight years. It was a excellent experience, I could development so much my ministry. That was my first experience how Senior Pastor. It happened in january 2004-2011. I left Rio de Janeiro to go to a small city, at south from Bahia state. A place only twenty thousand residents. 

When I arrived there, the temple was very ancient and poor, but I fell in love for that place, I saw what I could do there. Without a doubt, that was my biggest challenge of my entire life. The members of church, in most, were old and poor. For this reason, the entries of money were very few. But, those people were true worshipers, they had a lot of faith. So, the Lord multiplied the Church's money. 

My main challenge was to make the church grow, mainly bringing young people and building a new temple for the church. We realized so much programs to get atention from them. We hold services on the squares, with the good bands, contemporary songs, sale of good food on the street, and other things. In the service on the temple, we trained new band with youngs. This attracted many other youngs. We used the theater to show movies and sale food during the presentations: cakes, popcorn, juice, soda, candy.. All those money gained was to used to start the building new temple. That was so much important to all city. Many people gave contribution to help us. Many people who had never visited our temple before, gave money to help us building the new God's House.

The new temple was magnificent. It was five times larger than previous one and so much prettier. Everyone could see the action of God in there small city. The people had absolutely sure and conviction that God's good hand was with us. One small church, with few and poor people, could grow and building a big temple to worship God.

We believed that "all things are possible to those who believe Him", the consequence was that we saw the manifesting glory of God, in everything that we did there. Today, I have a feeling of accomplishment, and it is very good.

By Pr. Sergio Rosa


sábado, 30 de julho de 2022

O poder da influência

Atos 9.36

Influenciar é o efeito que uma pessoa exerce sobre outra, levando-a a assumir novos valores, costumes, práticas e gostos. Todos nós somos influenciados o tempo inteiro. Seja assistindo a um programa na TV, seja na rua, na internet, em casa, na igreja, onde estivermos, sempre estamos influenciando e sendo influenciados por algo ou alguém.

O poder da influência desenvolveu-se de tal forma que virou uma nova profissão, em geral designada pela palavra em inglês, influencer. Os influencers são aqueles que fazem de tudo para alcançar seguidores através da produção de conteúdo. Seja uma simples bobagem, um curso relevante, mensagens bíblicas, etc. A internet tem remunerado muito bem a quem consegue promover conteúdos capazes de arregimentar milhões de seguidores. Por isto virou moda, todo mundo quer ser um influencer.

Esta coisa de influencer não é novidade, sempre houve influenciadores e seguidores, a novidade é que isto se tornou algo que pode ser feito de maneira virtual, o que facilita a proliferação do conteúdo muito mais rapidamente. Tanto bons quanto maus conteúdos.

Este texto fala a respeito de Dorcas. Ela foi uma verdadeira influencer em Jope. Jope foi uma antiga cidade portuária de Israel, tida como uma das mais antigas do mundo, atualmente chama-se Jafa. Fica a cerca de 55 Km de Jerusalém. Foi neste lugar que Jonas embarcou para ir para Társis; foi também o local onde Pedro estava quando o centurião Cornélio, orientado por um anjo, mandou buscá-lo.

Tabita, a mulher desta narrativa, morava neste lugar. Tabita era a forma aramaica do nome grego Dorcas. Nesta época, a Judeia falava o hebraico, aramaico e grego. Hebraico era a língua antiga do povo hebreu, no cativeiro eles aprenderam o aramaico; com a dominação romana, a língua grega se tornou dominante em todo o império. Foi nestas três línguas que a Bíblia foi escrita.

Dorcas foi uma mulher excepcional que influenciou toda a sua geração com as suas boas obras. Em geral as mensagens sobre Dorcas enfatizam a sua morte e consequentemente o seu ressuscitamento através da oração do apóstolo Pedro. Eu gostaria de me ater a vida de Dorcas em detrimento à sua morte e o milagre de sua ressurreição.

A influência exercida por Dorcas foi resultado de suas qualidades:

1. Dorcas era caridosa

Caridade é uma forma de assistencialismo. Em geral a palavra assistencialismo é usada de forma pejorativa, diferente da assistência social. Enquanto a assistência social é uma política pública regulamentada, o assistencialismo representa uma forma de ajuda mais imediata que, por vezes, é visto com um viés negativo por parte da sociedade. O assistencialismo em geral está ligado a ações políticas, de curta duração, com intenção única de atrair eleitores. Porém, Dorcas não era ligada a política, ela não fazia estas ações para autopromover-se, mas, por amor ao próximo.

O texto diz que Dorcas dava esmolas. A palavra grega traduzida por esmolas é eleêmosynon, que, na verdade, tem sentido de donativo em dinheiro, caridade. A palavra esmola perdeu, com os anos, o significado. Hoje o seu sentido é bastante pejorativo. Quando pensamos em esmola, pensamos em resto. Quando pensamos em donativo, pensamos em ajudar realmente a alguém com alguma coisa útil. Dorcas demonstra o seu desprendimento dos seus bens materiais e de seu dinheiro, compartilhando com aquele que necessita.

Estes dias uma pessoa me procurou perguntando se eu podia ajudar a uma família a colocar a laje em sua casa. Eles estão tentando construir, mas, a situação está difícil. Eu também não estou bem das finanças, e os meus parceiros que eu convidava para promover estas ações também estão meio quebrados. Então, eu fiz um propósito, toda vez que uma igreja ou grupo me convidasse e me desse uma oferta, eu direcionaria para ela. Assim, esta semana eu consegui enviar uma boa contribuição para ajudá-la.

Lembro de uma jovem, na Bahia, que eu ajudei a pagar um curso de cabelereira, e, graças a este curso, ela tem um belo salão de beleza em Eunápolis.

Eu sei o quanto é complicado ajudar as pessoas, ainda mais, quando temos poucos recursos, mas, deixa Deus te usar. Jamais haja com a emoção. Ação Social se faz com a razão. É preciso ter certeza de que a pessoa que você vai ajudar merece ser ajudada.

Faça como Talita, seja um assistencialista, ajude a quem realmente necessita. Faça com prudência. Nunca empreste aquilo que você não pode pagar, e jamais empreste o seu nome.

2. Dorcas era notável por suas boas obras

Além das doações em dinheiro, Dorcas também realizava boa obras. Ela fazia roupas e distribuía para as pessoas necessitadas. Na maioria das vezes vemos Dorcas como uma pessoa pobre que fazia tudo isto sem recursos, mas, eu tenho outra visão desta mulher. Acredito ser uma mulher que possuía algum recurso, talvez de classe média alta, e usava isto muito bem para ajudar aos outros.

O verso 39 mostra o testemunho de muitas viúvas que receberam doações de roupas feitas por Dorcas. As viúvas eram mulheres bastante carentes, elas, em tudo necessitavam de um homem da família que as representasse. E, se não tivesse, elas passavam um aperto bem grande. Sabedora disto, Dorcas as ajudava como podia.

Há algum tempo eu vi um documentário do Bill Gates, ele estava em uma cidade da África, muito pobre, esgoto correndo a céu aberto, e para piorar, sem abastecimento de água. Aquilo estava causando muitas doenças e mortes. Ele foi pra lá, pesquisou, montou uma equipe, e desenvolveu um projeto que resolveu aquele problema. Bill é bilionário, poderia estar curtindo a sua aposentadoria, mas, está investindo tempo em promover ações sociais. O mundo necessita de mais pessoas dispostas a investir tempo em boas obras.

Eu acredito que o amor de Deus é mais facilmente percebido através de ações de bondade. Tiago diz que a fé sem obras é morta. As boas obras são necessárias para demonstrar o amor de Deus.

3. Dorcas era uma discipula de Jesus

A palavra grega para discípulo é Mathetes, a mesma palavra utilizada para os demais discípulos. Dorcas nasceu dentro da tradição judaica, mas, em algum dado momento ela decidiu tornar-se uma discipula de Jesus. No judaísmo haviam os mestres judaicos, estes mestres tinham os seus discípulos, que os seguiam para aprender tudo o que o seu mestre ensinava, eram copos vazios, que seriam cheios do conteúdo do seu mestre. Era uma honra para o menino judeu ser escolhido para ser um discípulo, somente os melhores eram chamados. Portanto, quando Jesus escolheu os seus primeiros discípulos, eles se sentiam honrados com este chamado. Tanto, que imediatamente eles largam tudo para seguir a Jesus.

Dorcas foi uma discipula bastante diferenciada, enquanto os demais discípulos, em sua maioria foram conhecidos por sua mensagem, Dorcas foi conhecida por suas obras. Talvez ela nem soubesse falar muito bem, não arregimentava multidões conforme Pedro, mas, as suas ações eram extraordinárias boas.

Ser um discípulo de Jesus é influenciar o mundo com a sua mensagem e ação. Ainda que não se utilize palavras para pregar.

Conclusão

Dorcas influenciou a sua geração e continua influenciando gerações até o dia de hoje. Eu sou influenciado por ela quando eu leio a sua história de vida. Eu me espelho nela para também fazer boas obras. Certamente, com isto, eu acabo sendo influência positiva na vida de muita gente. Entendo que é desta forma que iremos transformar o mundo, pelo poder da influência do bem, demonstrado através das boas obras.

Vivemos em um tempo onde o evangelho está bastante desgastado, mas, isto não é devido a verdadeira mensagem do evangelho, e muito menos por causa de Jesus, mas, por causa de influência negativa de pessoas que se apresentam como líderes evangélicos, mas, as suas ações não condizem com o evangelho. Pessoas que usam o seu poder de influência somente para beneficiar a si mesmos. Isto vai de encontro com o evangelho, onde as ações praticadas são sempre desenvolvidas em benefícios ao próximo.

Precisamos influenciar a nossa geração com ações positivas, há muita influência negativa no mundo. Há muita gente querendo usar o seu poder de influência somente para se dar bem, para adquirir poder, ganhar fama, ficar rico. O nosso chamado é para utilizarmos o nosso poder de influência para transformar o mundo. Que o Senhor te abençoe grandemente nesta missão.

Pr. Sergio Rosa

 

terça-feira, 5 de julho de 2022

Como retribuir um grande amor?


"As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado". (Cantares 8.7)

O livro dos Cânticos é um livro de poesia romântica. Então se você tem o seu cônjuge é um ótimo livro de meditação sobre o tema, pois fala do amor de um homem por sua esposa e da sua esposa por seu marido. É provável que Salomão tenha escrito este poema para celebrar o seu casamento com a Sulamita, aparentemente sua esposa favorita. 

Cantares é um poema que fala sobre as alegrias do amor conjugal. Judeus e cristãos veem neste livro uma correlação entre o amor que ocorre entre os cônjuges no casamento e o amor de Deus por seu povo. Os judeus leem este livro na festa da Páscoa, como referência ao Êxodo, quando Deus tomou Israel como esposa. Cristãos leem como uma ilustração do amor de Deus pelos salvos e remidos.

Sempre houve questionamento do porque o livro dos Cânticos dos Cânticos estar no Cânon, por não falar diretamente sobre Deus ou sobre uma intimidade com Deus. Haviam duas escolas teológicas, que tinham formas divergentes de ler as escrituras: Alexandria, que interpretava os textos de forma alegórica; e Antioquia, que interpretava de forma literal. Porém, não creio que se deva discutir se uma poesia é literal ou alegórica, ela é o que é, uma obra de arte para ser admirada em sua inteireza metafórica. Aqueles que eram seguidores dos entendimentos da escola de Antioquia, afirmavam que o livro era apenas uma poesia, algo que Salomão escreveu para a sua esposa, portanto, a partir desta definição, não deveria mesmo pertencer ao Cânon. Já os defensores do método alegórico, viram nos Cânticos o relacionamento de Deus para com o seu povo, portanto, o livro foi considerado inspirado e pertencente ao Cânon.

No hebraico a palavra amor é Ahavah, que pode ser qualquer tipo de expressão de amor, pelo filho, amigo, cônjuge. No grego o verbo é Agapaô, que se refere a um amor incondicional. É o amor que o apóstolo Paulo ordena a todo marido amar a sua esposa. É com este amor que Deus nos ama e que nós devemos amar a Deus.

Em Mateus 22.37 Jesus, quando perguntado sobre qual é o primeiro mandamento da Lei Hebraica, ele disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. Deus nos ama, isto é um fato, independente do que somos ou fazemos. O resultado deste amor é a sua graça ao nosso favor.

O que precisamos fazer para retribuir este tão grande amor de Deus?

1. Conhecendo a Deus

A primeira etapa de um relacionamento conjugal é conhecer o seu cônjuge. Não sabemos como Salomão conheceu a Sulamita, mas, algo nela despertou o seu interesse em conhecê-la. Ele era o todo poderoso rei de Israel, para tornar-se esposa do rei era algo bem difícil. Havia quase um desfile de miss, para que fosse escolhida as mais belas mulheres.

Da mesma forma, o nosso primeiro passo para iniciar um relacionamento com Deus é dando um passo em direção a ele para conhecê-lo.

Esta semana estive com um pastor amigo, que ficou viúvo no ano passado, ele compartilhou comigo que foi a um evento chamado “Congresso Singular”. É um trabalho voltado para o público: solteiros, viúvos e divorciados a partir de 30 anos. Achei bem interessante, é muito bem formatado. A ideia é ter um espaço onde as pessoas possam se encontrar e se conhecerem. Quem sabe não dá um match? No caso dele deu. Ele está planejando para casar-se novamente.

Se o meu amigo não tivesse dado este passo, se não tivesse se dado esta oportunidade, não teria tido a oportunidade de conhecer uma pessoa tão adorável. Da mesma forma, quem não se aproxima de Deus, não se dá a oportunidade de conhecê-lo.

2. Iniciando um relacionamento com Deus

Ir no evento foi o primeiro passo, mas, se o segundo não fosse dado, nada aconteceria, o amor não brotaria. O meu amigo foi ao evento e deixou o seu coração aberto, e após conhecer a moça, gostou, e resolveram iniciar um relacionamento.

Conhecer a Deus é o primeiro passo, e se você está lendo este texto, é porque de alguma forma você tem algum interesse em conhecer a Deus. E, se este é o seu caso, você dê o segundo passo, inicie um relacionamento com Ele. Imagina se uma pessoa vai ao Congresso Singular, conhece pessoas interessantes, mas, não abre o coração para ninguém? Ela irá continuar solteira.

Se você sente a presença de Deus, comece com ele um relacionamento ainda hoje. Ele te ama e aguarda tão somente que você se abra para iniciar este relacionamento.

3. Se entregando a ele sem reservas

Um relacionamento pleno não pode ter reservas, e preciso entregar-se por inteiro. Se você inicia um relacionamento cheio de dúvidas e com um pé atrás, poderá ter muitos problemas. Um relacionamento é algo que requer confiança. Não tem como viver com uma pessoa que você desconfia dela. Se este é o caso, é bem melhor nem iniciar.

Quando olhamos para o livro dos Cânticos percebemos um homem apaixonado por sua esposa. Ele abre completamente o seu coração e compartilha tudo o que está sentindo. Ele descreve tudo o que ela representa. Isto é fruto de quem se entregou sem reservas.

O livro de Cantares é uma ilustração perfeita para o nosso relacionamento com Deus. Um Deus que ama o seu povo, é apaixonado, e tem ótimas expectativas sobre o seu relacionamento.

Conclusão

Portanto, para retribuir este tão grande amor de Deus para conosco, é preciso aproximar-se de Deus para conhecê-lo melhor, quem sabe assim você inicie um relacionamento com ele, uma vez que ele já nos ama incondicionalmente. Mas, entregue-se sem reserva, o convite de Deus é para que você o ame de todo o seu coração e de todo o seu entendimento, só assim você conseguirá sentir o tão grande amor que Deus tem para com você.

A forma que você pode retribuir a este amor, é entregando-se a ele. Salmos 37.5 diz “Entregue o seu caminho ao senhor, confia nele e o mais ele fará”.

Se você quer iniciar um relacionamento com Deus, ore onde você estiver e diga isto para Ele. Este relacionamento se inicia a partir de um ato de entrega voluntária. Faça isto e sinta o inundar de Deus sobre a sua alma.

Pr. Sergio Rosa

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Obs.: Se você fez este ato de entrega e teve uma experiência pessoal com Deus, deixe nos comentários o seu testemunho. E, caso precise de ajuda no inicio da sua fé, deixe o seu e-mail e nós entraremos em contato, seja em que tempo for e onde estiver.