Quem sou eu

Minha foto
Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Ninho Vazio? O meu está bem cheinho

 Deixará o seu pai e sua mãe..” (Gênesis 2.24)

O livro do Gênesis mostra algo que é natural, que é quando os filhos deixam os lares de seus pais para viverem as suas própria vidas. Eles crescem, começam a tomar as suas próprias decisões, e um dia, simplesmente vão embora. O chamado ninho vazio, portanto, se dá por conta desta saída dos filhos de casa, seja para trabalhar, viajar, estudar ou casar-se, conforme diz o texto de Gênesis. Este rompimento se dá por meio de diversas formas diferentes, dependendo da posição social, cultural ou até mesmo do relacionamento que foi desenvolvido entre pais e filhos. Hoje vivemos um tempo de grandes migrações, muitos filhos tem deixado a sua família para trabalhar ou estudar em outros países, deixando precocemente a convivência com os seus pais. Em geral é uma experiência de amadurecimento espetacular. Sozinho, em lugares distantes, longe da proteção materna e paterna, os jovens mimados precisam se virar, dar o seu jeito de sobreviver, se encontrar, superar dificuldades e aprender a vencer sozinhos.

Dediquem-se aos filhos, mas, não se esqueçam de si mesmos

Há muitos casais que ficam perdidos quando os filhos se vão, dedicaram toda a sua vida em favor deles e simplesmente esqueceram de olharem para si mesmos. Alguns destes esqueceram até mesmo de dedicar-se um ao outro. Então, quando os filhos se afastam o sofrimento é muito grande. Mas, a dor não é simplesmente devido a perda da presença física, da saudade que fica, mas, por uma falta de objetivos que vão além da simples dedicação à prole. Os pais que vivem as suas vidas em função dos seus filhos, e que tudo o que pensam, sonham idealizam em suas vidas é com expectativa somente neles, são os que se sentem vazios quando ocorre a ruptura. Muitos não se dão conta de que eles crescem, se tornam adultos, e precisam ter o seu próprio espaço, seguir o seu próprio caminho, tomarem as susas próprias decisões, cometerem os seus próprios erros e acertos.

Quando os filhos se vão, a casa fica maior

Quando há um propósito na vida que vai além dos filhos, há uma sensação de dever cumprido e certo alívio quando eles se vão. Não porque havia um desejo em se livrar deles, ou porque o convívio era ruim, mas, porque quando adultos, os filhos precisam espaço para crescerem e amadurecerem. Eles são espaçosos e acabam tomando espaço demais. Naturalmente, irão querer desenvolver a sua liderança e mandar na casa de seus pais, ou se não, irão querer viver uma vida independente da rotina da casa. O que gera muito desgaste para todos. Este é o momento em que precisam ir e ter o seu lugar próprio, para que possam viver da forma que gostariam. Os pais que compreendem bem isto não terão a sensação de ninho vazio, mas de mais espaço, que antes estava suprimido devido a presença deles. A casa parece ficar maior, diminui o barulho e a tensão.

Há um casal amigos nossos que nos relatou que em conversa com a nora falou o seguinte:  

- Olha, quando for lá em casa avisa, porque eu gosto de andar pelado dentro de casa.

A nora respondeu:

- Ugh!! Que nojo sogro! kkkkk

Esta experiência aponta para um casal que tem uma boa relação com os filhos e seus respectivos cônjuges, que cumpriram bem o seu dever de pais, e agora vivem uma excelente relação de casal. É como voltassem no tempo e pudessem reviver o momento inicial do seu próprio casamento. Um retorno à lua de mel, mas, com menos pressão.

Tenham planejamentos e sonhos para uma vida pós saída dos filhos

É, portanto, salutar que os pais tenham sonhos de realizações para o momento pós partida dos filhos. Quem sabe aquelas viagens que nunca foram feitas, porque todos os recursos estavam destinados a dar uma educação melhor para eles, e para ajudá-los a dar os primeiros passos, tanto em suas vidas acadêmicas, quanto profissionais, e até mesmo ajuda no enxoval de casa própria. Aproveite, porque após a saída dos filhos de casa, não haverá apenas mais espaço, mas, também, uma diminuição nos gastos, e portanto, um efetivo aumento das finanças, que poderão ser usados para objetivos pessoais.

Esta é hora de ocupar-se consigo mesmo, gastar consigo mesmo, investir tempo e dinheiro em algo que goste de fazer. Porém, não é salutar esperar este momento chegar para decidir o que fazer, é bom planejar antes. Até mesmo o que fazer com aquele quarto que ficará vazio. Monte uma pequena academia, uma sala de vídeo ou de leitura, redecore a sua casa para você mesmo. Talvez a casa já não seja tão importante agora, então, aproveite para conhecer novos lugares, novas pessoas, ter novas experiências. Afinal, a vida e curta.

Conclusão

O momento em que os filhos vão embora, o casal já está maduro e o que vai contar é amizade, o carinho, o amor do casal. Em nossa casa, eu e minha amada esposa, estamos com trinta anos de casados, e o nosso filho único casou-se e foi morar em outro Estado. Temos amigos que os filhos foram morar em outro país, e outros que os filhos mudaram-se para o céu. Em todos os casos, vimos experiências sadias. É claro que existe a dor da separação e no caso de morte, a dor do luto. Mas, de qualquer forma, o casal precisa continuar a sua vida e viver as suas experiências. Faça coisas que nunca fizeram, ouse tentar outras coisas interessantes.

O seu ninho pode ficar bastante aconchegante se você tiver um bom relacionamento com o seu cônjuge. Portanto, mesmo quando estiver cuidando dos seus filhos, não se esqueçam que uma hora eles irão embora, e o que vai sobrar é o casal. O que vai contar é o que vocês construíram para si; as experiências que vocês acumularam; a cumplicidade do casal; o amor desenvolvido; a amizade entre os dois.

Em nossa experiência de ‘ninho vazio’ nós viajamos juntos, cuidamos da casa juntos, jogamos, brincamos, desenvolvemos negócios juntos, assistimos séries e até futebol, de vez enquanto ela para pra assistir comigo. Cuidamos um do outro da melhor forma que podemos. Assim, o nosso ninho está ótimo. E, quando bate a saudade, ligamos para o nosso filho, viajamos para vê-lo ou convidamos ele para nos visitar, juntamente com a sua esposa.

 Pr. Sergio Rosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário