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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Conquistando o impossível


Josué 6.1-5.
Quero iniciar esta palavra com uma pergunta: Você sabe qual é o ambiente propício para a realização do milagre? É em meio à necessidade. Todas as pessoas que foram curadas por Jesus, só experimentaram o milagre porque elas tinham alguma séria necessidade. Então, se você está em meio a uma tribulação, você está no lugar certo para que o milagre aconteça. O que não quer dizer necessariamente que irá acontecer. Mas o lugar onde o milagre acontece é onde há grande carência da atuação divina, as forças humanas se esgotaram e os recursos já não mais suprem as necessidades.

Josué é um livro que fala a respeito da atuação direta de Deus em meio a uma grande conquista. Josué, líder do povo de Israel, estava frente a um grande desafio, eles precisavam conquistar Jericó para poder continuar a sua jornada. Mas como fazer isto se a cidade toda era protegida por um grande muro? Eu aprendo um princípio espiritual muito importante com isto: "sempre que uma conquista parecer improvável, creia que seguimos ao Deus dos impossíveis".

Se você quer alcançar grandes conquistas, então vai precisar da manifestação do poder de Deus sobre sua vida. As coisas de Deus são extraordinárias, quando Deus olha para a nossa vida e deseja nos abençoar, você vai dormir como prisioneiro e acorda como o segundo homem mais importante do império egípcio, como aconteceu com José; Em um dia comum, como os demais, você simplesmente é tirado de traz dos currais, para se tornar rei de Israel, como aconteceu com Davi; Você é tirado da servidão do exílio para torna-se um dos principais presidentes do império persa, como foi com Daniel.

Fico maravilhado com o que Deus fez na vida de Josué, como Deus o capacitou e o preparou para grande conquistas. Podemos aprender com Josué alguns princípios que podem nos ajudar a conquistar o que nos parece impossível.

1. Coisas fáceis não necessitam serem conquistas (v.1) – Jericó era um grande desafio, uma cidade totalmente fechada com altos muros que a cercava, protegida por um forte exército. Aquela cidade parecia intransponível. Entretanto, o povo hebreu precisava passar por aquele lugar, e portanto, teria que enfrentar aquele desafio que parecia impossível.

Dias antes, o povo estava diante de um grande desafio, transpor as águas do Jordão. Josué havia dito: “santificai-vos por que amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós”(3.5). O povo creu na palavra de Josué, então, viram as águas do Jordão se abrir e o povo passar a seco. A partir daquele evento eles creram que o Senhor iria com eles na frente de batalha.

 2. É preciso ousadia diante do desafio a ser conquistado (v.2) – Deus disse que havia entregado Jericó nas mãos de Josué. Temos a péssima mania de achar que só porque Deus prometeu algo, será fácil de se alcançar, aí, quando as coisas se apertam, tememos. Veja, Deus havia escolhido Josué para coisas grandes, isto quer dizer que os seus desafios seriam enormes. Se ele se deixasse levar pelo medo, simplesmente congelaria diante dos problemas a serem enfrentados.

3. É preciso estratégia para conquistar (v.3) – A estratégia dada por Deus era rodear a cidade uma vez por seis dias e no sétimo dia rodear sete vezes. No sétimo dia, sete sacerdotes iriam na frente da arca, e após a sétima volta iriam tocar o shofar. O Shofar era uma espécie de trombeta utilizada pelo atalaia de um exército e pelos sacerdotes para convocar o povo. O som do instrumento era um comando para uma ação. Eles deveriam gritar e a força daquele grito derrubaria as muralhas.

Pensando hoje naquela estratégia, parecia algo meio estranho, mas, a cada dia fico mais convencido de que o Senhor faz como ele quer. Quem diria que uma cidade fortificada cairia ao som de gritos?

Se você quer conquistar grandes coisas peça a Deus a estratégia Dele. Você pode ser um excelente estrategista, isto é bom, mas confie nos planos de Deus, por mais absurdo que lhe pareça. Quando Ele começa a agir, já está tudo consumado, nada pode resistir à vontade do Senhor.

4. É preciso crer no agir do Deus dos impossíveis (v.5) – Veja que o que parecia tão difícil, se torna tão simples diante do agir de Deus. Fico muito impressionado com o poder de Deus. Quando o Senhor age as coisas simplesmente acontecem, não há quem possa resistir à vontade de Deus.

Não foi a força do grito que derrubou as muralhas, foi o poder manifesto de Deus. Se o Senhor tem uma promessa a cumprir, nada pode impedir a sua realização, a não ser a nossa desobediência às suas condições. A benção do Senhor é condicional. A condição é permanecer fiel na presença Dele, obedecendo aos seus princípios e mandamentos.

Conclusão

Aquele foi o tempo de conquista para o povo Hebreu, que conseguiu destruir as muralhas de Jericó com grito de jubilo e toque de trombeta.

O Senhor tem preparado coisas impossíveis para serem alcançadas. Aquilo que parece impossível aos seus olhos, é possível para Deus. Eu quero convidar você a crer. Crer significa confiar plenamente em Deus, acreditar que ele te fortalecerá para vencer a todos os grandes desafios pela frente. Quero te desafiar a transformar qualquer atitude pessimista que possa ter, na visão de que o Senhor é contigo seja qual for a situação. É ele quem te fortalecerá e te dará a grande vitória que você necessita.

Um alerta: Em meio às vitórias alcançadas tome cuidado para não se perder. É muito fácil se perder em meio ao egocentrismo, arrogância e prepotência, quando começamos a conquistar coisas grandiosas que nunca havíamos sonhado. É comum se ver maior do que se é, se achar mais especial que os outros, e enxergar os demais como meros objetos a serem usados. Lembre-se que nenhuma conquista vale a pena se o preço for pisar em vidas, perder a dignidade ou vender o caráter. Os tiranos pensam desta forma e suas conquistas são fantasiosas. Suas vidas são vazias e sem valor.

Deus tem coisas maiores para você, e sobretudo, o reino dos céus, que é a maior de todas as conquistas que o homem pode alcançar.

Pr Sergio Rosa

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A alteridade como princípio do relacionamento cristão saudável

Mateus 25.35-36

Este texto é um sermão onde Jesus nos desafia a olhar para o outro. Quando olhamos para o outro com um pouco mais de atenção, conseguimos enxergar a necessidade daquele que sofre. Lembro-me do nascimento o Projeto Social Ágape na Bahia, paramos um pouco para observar a cidade e ver suas dificuldades e não foi preciso olhar tanto para percebermos as muitas crianças da cidade que precisavam de um apoio, um auxílio, algo que lhes desse um empurrão. Logo entendemos que servir àquelas crianças seria uma forma de cumprir parte do que Jesus nos desafiou a fazer, amar ao próximo.

Há três verbos no grego que traduzimos por amor: Eros, Fileo e Ágape. Em seu mandamento: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao seu próximo como a ti mesmo" Jesus utiliza o verbo Ágape, que nas versões mais antigas era traduzido como caridade, no entanto, com o tempo a palavra caridade passou a ser entendida como esmola e as traduções mais atuais passaram a usar o verbo amor. O grande problema desta tradução é que em geral a palavra amor foi confundida com sentimento. Casais apaixonados comumente dizem um para o outro "eu te amo". Ágape não é apenas algo que sentimos, mas é a ação deste sentimento. No livro O Monge e o Executivo o autor descreve amor da seguinte forma: "Amor é o que o amor faz". Desta forma o amor sem obras torna-se morto. Amar é portanto cumprir o que o texto propõe, servir. Entenda: "Servir não é dar ao outro aquilo que ele quer, é dar aquilo que ele realmente necessita".

Servir em um tempo de pós-modernidade é algo realmente desafiador. Vivemos o tempo do isolamento em meio a multidão. É impressionante como as pessoas se sentem tão solitárias em um mundo cada vez mais populoso. Quando servimos, temos a oportunidade de trazer a cura sobre este grande mal através do relacionamento saudável com o indivíduo socialmente oprimido. Não trata-se de um ajudinha ou de um socorro emergente apenas, trata-se de relacionar-se mais profundo com o desfavorecido compreendendo sua real necessidade. 

Para entender melhor o ágape é importante compreender o princípio da alteridade.


1. Alteridade nos leva refletir sobre o ágape

            O estresse do mundo moderno tem nos feito viver uma vida onde ligamos o automático e seguimos, não sobra muito tempo para reflexões. Devido a esta circunstância já não notamos mais a face do outro que nos fala mesmo sem palavras. Seus gestos, suas rugas de tristeza, seu semblante de dor e de fome nos fala profundamente se pararmos para notar.
            A alteridade nos leva a refletir de que estamos perdendo o amor: "e, por se multiplicar a iniquidade, o Ágape de muitos se esfriará" (Mt 24.12). Note que o texto diz, o amor de muitos e não o amor de todos. Isto quer dizer que temos que lutar para não fazer parte desta maioria.

           Ainda há muita gente boa neste mundo, e o nosso papel é promover o Ágape de Deus. Lembro uma vez que fomos ao Mc Donald da Washington Luiz, RJ, o JP era pequeno, e como estava frio la dentro ele pediu para ficar sentado na calçada no sol, então, ele pegou o sanduiche e ficou sentadinho lá comendo, dentre muitos transeuntes, passou um casal de meia idade, olhou pra ele, e ficou com tanta dó que deu uma nota, acho que era uns R$ 5,00. Ele não sabia o que fazer, daí veio falar conosco. Nós rimos um bocado aquele dia. Mas, percebemos que ainda existem pessoas de coração generosos.

            A alteridade nos leva a refletir que necessitamos urgentemente perceber na face do oprimido a sua real necessidade e partindo daí, promover a ação do ágape, ou seja o amor. Por que o amor sem obras é morto em si mesmo.

2. Alteridade nos leva a olhar o necessitado

            A reflexão do ágape nos incomoda a olhar mais atentamente, não aquele olhar de quem apenas viu, mas, aquele olhar investigativo, de quem quer saber mais profundamente da cosia. A alteridade nos leva a prestar mais atenção e enxergar além da aparência, desta forma podemos compreender a necessidade das pessoas.

           
Quando falamos de necessitados, sempre pensamos na pessoa que tem fome de pão, mas, a visão precisa ser muito mais abrangente, há muitas pessoas que não tem necessidade financeira, mas sim emocional. Para atender à este clamor a igreja oferece o Celebrando a Recuperação, para pessoas que tem necessidade de compartilhar suas crises e suas prisões emocionais.


            Outras pessoas necessitam de cursos, treinamentos e capacitações, para isto estamos iniciando vários cursos. Já outras podemos ajudar com ginásticas, educação e cursos. Esta é uma visão de alteridade, de querer servir, oferecendo às pessoas aquilo que está ao nosso alcance.

            Quando olhamos mais atentamente para o outro é possível sentir um pouco de sua dor e assim, dentro de nossos limites compartilhar o que podemos.

3. Alteridade nos leva a servir

           
O ágape não é um sentimentozinho de remorso que temos quando vemos alguém necessitado e corremos para dar alguma coisa.

            Certa vez em Belmonte levamos a direção de uma grande empresa que atuava na região. Foram gerentes, psicólogo e outros. Quando contamos pra eles a realidade daquelas crianças, e sobretudo do João, um menino que havia quebrado as duas pernas, e que estávamos ajudando, a psicóloga não aguentou e começou a chorar, depois ela saiu, foi a um mercado próximo, e comprou algumas coisas e doou para aquele menino. Mas, depois disto, ela nunca mais apareceu e não conseguimos fechar uma parceria adequada com aquela empresa que só queria usar a imagem do Projeto para se aparecer.

            Dar algumas coisas para se livrar da pessoa que te incomoda, ou para apenas se sentir melhor ou dar alguma coisa para a pessoa que bate em seu portão para não ser mais importunado não é servir.

            "Servir é dar a pessoa o que ela realmente necessita".

         É preciso sabedoria para buscar soluções inteligentes que afaste os devoradores para que se possa ajudar àquele que realmente necessita.

4. Alteridade nos leva a proclamar a mensagem do Reino sem palavras

        
    Quando servimos as pessoas elas começam a enxergar em nós algo diferente, por que servir reflete o Ágape de Deus. Quando servimos proclamamos o evangelho da salvação sem palavras. Isto não quer dizer que todos irão converter-se, quer dizer que elas entenderão a mensagem mais facilmente. Nossas ações testemunha quem somos nós.



Conclusão

A minha proposta é chamar sua atenção para o princípio da alteridade, a fim de que venhamos olhar para o outro, perceber suas necessidades reais e sentir a dor do que sofre. Sem este sentimento seremos incapazes de atender a grande responsabilidade cristã que é servir.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Ele não está aqui, ressuscitou!


Mt 28.1-10

“Ele não está aqui...”. Esta foi a palavra que um anjo disse às mulheres que foram ao sepulcro no domingo de manhã. Elas foram lá para visitar um morto, mas o anjo lhes disse que ele já havia ressuscitado: "Ele não está aqui; ressuscitou...".

Me intriga um pouco saber por que inicialmente Jesus apareceu primeiro para mulheres, uma vez que os doze que lhe cercavam eram homens? Alguém me disse que era para que a notícia se espalhasse mais rápido, uma vez que, sabidamente, as mulheres tem maior facilidade em comunicar-se. Fato é que logo a noticia da ressurreição de Jesus se espalhou a tal ponto que até hoje, todos sabem que Jesus foi morto, mas, não permaneceu no sepulcro, ele ressuscitou.

Estamos no período conhecido como páscoa, que teve início entre os judeus quando foram libertos da escravidão do Egito. Todos os anos os judeus comemoravam esta festividade. Era tradição reunir as famílias, matar um cordeiro pascoal, assar e comer (Ex.: 12.8). Jesus é este cordeiro pascal que foi morto. João Batista testemunhando a respeito dele disse: "Este é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

Este fato ocorreu a dois mil anos atrás, já tem muito tempo. O que ele representa para nós nos dias de hoje? teria a morte de Jesus algum significado importante. Teria a sua ressurreição alguma influência para a nossa vida?

Gostaria de apresentar pelo menos três grandes virtudes que a morte e ressurreição de Jesus nos traz:
 
1. Ele traz vitória diante de uma aparente derrota A morte de Jesus deu-se em meio à festividade da páscoa. Jerusalém estava cheia de gente de toda a parte de Israel, peregrinos vinham para a cidade para participar das comemorações. A morte de Jesus se transformou em um grande espetáculo para os seus perseguidores. Muitos se entristeceram, outros se alegraram, mas, a maioria, como é muito comum sequer entendia o que estava acontecendo, apenas tinha ouvido dizer que naquele dia teria a crucificação de condenados.

Deus tem sua forma misteriosa de operar que na maioria esmagadora das vezes desentoa da natureza humana de perceber o triunfo. Aos olhos naturais aquela situação era uma evidente derrota, porém o que parecia ser a maior de todas as derrotas, na realidade era a maior das vitórias, por que ao terceiro dia Jesus venceu a morte e ressuscitou.

Lembro-me que certa vez fui denunciado por pessoas que não gostavam das musicas que tocávamos na igreja, tive que parar na promotoria para dar explicações por algumas vezes. As pessoas que faziam a denuncia ficavam muito felizes em me ver ir prestar esclarecimentos. Com estas idas, a promotora acabou me conhecendo e parou de receber as denúncias caluniosas. O que aconteceu é que este contato facilitou o desenvolvimento de uma parceria com a promotora e desenvolvemos diversos trabalhos juntos no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.

É assim que Deus faz, onde em nossas vidas parecia que haveria uma grande derrota é revertido o quadro de tal maneira que transforma tudo em uma vitória sem igual, é só confiar e esperar nele.

 

2. Ele traz vida onde há morte – Diz o texto que no domingo pela madrugada, as mulheres foram ao sepulcro para visitar, e diz o texto que um anjo moveu a pedra, os guardas que estavam na porta para ninguém roubar o corpo desmaiaram de medo ao ver os seres celestes. Então Maria Madalena e Maria mãe de Tiago, entraram no sepulcro e o anjo disse: Ele não está aqui; ressuscitou.

Nada se compara a alegria de recuperar a esperança. Acompanhei algumas pessoas que estavam depressivas. Depressão é um doença que rouba toda a alegria de viver e toda motivação de fazer as coisas. Uma das coisas que precisa ficar bem clara é que depressão é uma doença, e como doença precisa receber tratamento. Certa vez, acompanhei um jovem, recém casado, que havia passado um trauma muito forte, ele era chefe de turno de um porto, e no dia de sua escala o porto pegou fogo, e ele teve que comandar a equipe no combate àquele incêndio, a coisa foi tão grave, que gerou um forte depressão acompanhada de uma síndrome do pânico. Ele teve que passar por um forte tratamento psiquiátrico, somado com acompanhamento pastoral. Depois de um ano ele recuperou-se. Foi como se ele tivesse revivido.

Quando conseguimos vencer sérios problemas que nos sufoca e nos rouba a esperança é como se revivêssemos. Seja uma doença grave, um forte desemprego, crise no casamento, ... O alívio é indescritível. É como se revivêssemos, a alegria é restaurada, o prazer de viver recuperado, e a vida é vista de uma forma mais otimista. Se antes parecia tudo turvo, escuro e sem graça, agora existe luz, graça e vida.

Quando Jesus ressuscitou acabou o choro e o lamento das pessoas que o amavam. É isto que Jesus faz em nossas vidas. Trazer a alegria e a renovação da esperança em meio a aparentes derrotas.

 

3. Ele traz liberdade em meio a escravidão - A páscoa ganhou um novo sentido a partir da morte de Jesus. Antes simbolizava a libertação do povo hebreu da escravidão de faraó no Egito, depois do sacrifício de Jesus, a páscoa passou a simbolizar a ressurreição do nosso Senhor e a sua vitória sobre a morte. Pela sua morte Ele nos libertou da escravidão do reino das trevas. Através de sua ressurreição nos conduz para o reino da luz.

Certa vez em um determinado encontro de jovens tomamos um susto, um dos convidados era um travesti. Nunca tínhamos tido esta experiência e ficamos um pouco perdido sobre como fazer nas mínimas coisas. Mas, ali tivemos uma experiência tremenda, aquele rapaz aceitou a Jesus como Senhor de sua vida e teve a sua vida completamente transformada. Converteu-se, trocou as suas vestes, foi batizado e tornou-se membro de uma igreja.

Jesus venceu a morte e saiu daquele sepulcro para nos trazer libertação plena, para nos dar uma nova oportunidade de vida. Ele morreu e ressuscitou para ser o caminho que nos leva aos céus e para ser a porta de entrada para a salvação.

Se você é prisioneiro de algum vício, mal hábito, espírito imundo, ou qualquer outra coisa que o oprime e está tirando aos poucos a sua vida, Jesus pode te libertar desta escravidão. Acreditar na morte de Jesus na cruz e em sua ressurreição é o começo de uma vida em liberdade.

 

Conclusão:

Jesus disse: “eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que morra viverá”. O desejo de Jesus é trazer salvação e vida eterna. Creia em Jesus! Entregue a Ele a sua vida. Se você quer fazer parte da vitória de Jesus, quer vida e deseja ser liberto de algo que te sufoca, convide-o para entrar em seu coração dizendo: Senhor Jesus, eu declaro que estou derrotado e preciso de sua vitória, preciso de vida e libertação, reconheço que preciso de sua presença em minha vida e por esta razão eu quero entregar minha vida em suas mãos. Amém!
e

sexta-feira, 8 de março de 2013

UMA REFLEXÃO SOBRE EDUCAÇÃO EMOCIONAL


UMA TREMENDA GROSSERIA OU APENAS A VERDADE NUA?

 

Um dos aspectos interessantes da educação emocional é saber controlar a fala. Você certamente já ouviu alguém dizer: "eu sou muito autêntico, eu digo tudo o que penso!" À primeira vista parece algo muito saudável, mas, vamos refletir se é realmente.

As pessoas que falam tudo o que pensam sentem-se realizadas jogando tudo para fora, mas, as pessoas que recebem toda a carga emocional despejada sobre si não ficam nada felizes, por que se sentem totalmente afrontadas, desrespeitadas e em alguns casos usadas. Este posicionamento produz muito mal estar, levando o indivíduo a ter diversos problemas de ordem social.

A Educação Emocional leva o indivíduo a refletir sobre pelo menos quatro aspectos do "eu falo o que penso":

 1. Com quem se fala

Quem fala o que pensa em geral não escolhe a pessoa com quem se deve falar. Cada tipo de assunto necessita de um ouvinte diferenciado. Um exemplo simples: se você está com problemas em sua conta corrente, quem você procura pra falar? o gerente de sua conta, ele é a pessoa hábil para tentar solucionar o seu problema. Não adianta você reclamar, com a polícia, com a recepcionista, com as pessoas de sua casa, e nem mesmo com o diretor do banco. Há somente uma pessoa que pode resolver o seu caso, é o gerente de sua conta. Portanto, a escolha do seu ouvinte é o primeiro passo para alcançar a solução que deseja.

Quando você fala com a pessoa errada aquilo que pensa, você está gastando o seu tempo e sua energia em algo que não vai te ajudar a chegar a lugar algum. Além disto, o prejuízo pode ser grande quando se acha uma pessoa má intencionada, ele poderá usar a sua informação ou passá-la adiante sem nenhum pudor trazendo sérios prejuízos sobre sua vida.


2. Como se fala

A escolha do modo de se falar é bastante importante. Há várias coisas que podem ser ditas de maneiras diversas. Palavras simples como: por favor, obrigado, você poderia..? pode fazer muita diferença. O tom da voz, a forma com que se olha, a postura, a forma respeitosa de colocar as palavras, podem mudar todo uma situação de estresse.

Na hora do estresse quando as pessoas começam a levantar a voz querendo sobrepor a do outro, não há mais entendimento, não se ouve nada do que o outro diz, e todo o firewall está ativado, pronto para a defensiva. A forma que se fala pode demover este impedimento de comunicação e criar um ambiente amistoso para negociação.

3. Quando se fala

Cada assunto pede um momento diferenciado para ser dito. Exemplo, não se demite um funcionário em datas marcantes como natal, aniversário, casamento e outros. Por quê? Pensa-se que aquele dia é um dia de festejo e não deve ser lembrado como um dia para ser esquecido. Empresas que fazem isto causam um forte prejuízo emocional sobre a vida da pessoa demitida.

Muitos noivos escolhem um momento que consideram especial para pedir a sua noiva em casamento. Até hoje lembro-me que pedi minha atual esposa para casar-se comigo em um ônibus, que infelicidade, apesar de ela ter aceito e estarmos casados até hoje, este episódio sempre é lembrado com muitos gracejos e piadas.

Momentos onde o outro está irado nunca é um bom momento para resolver nenhum tipo de assunto. Por esta razão, muitos amigos, colegas de trabalhos e até mesmo casais acabam brigando seriamente, somente por que não souberam esperar o melhor momento pra discutir determinados tipos de assuntos. 

4. Há realmente a necessidade de ser dito?

A pessoa que fala o que pensa não mede as palavras, o que vem na mente joga pra fora pra se sentir aliviada. Entretanto a pessoa que recebe o rojão sente-se muito mal. Todos nós conhecemos comentários de pessoas indelicadas que soltam suas pérolas: nossa como você engordou; você tá doente? está tão magra; nossa, como você envelheceu...


Conclusão

Pensar antes de dizer é ser emocionalmente educado, um analfabeto emocional causa muitos prejuízos a si mesmos e ao outro. A Educação Emocional leva o indivíduo a refletir antes de fazer, a contar até dez antes de executar, e a medir bem os aspectos abordados acima sobre a fala. Pessoas que conseguem desenvolver esta habilidade são mais propensas a serem prosperas em suas ações, seja no trabalho, em relacionamentos, desenvolvimento de projetos... em fim, em todo o lugar em que estiver inserida em um determinado grupo. Isto dá-se por que são pessoas que estarão preocupadas com uma possível solução, e com a promoção da paz social. Estas pessoas são queridas e bem vindas em todo e qualquer lugar. São pessoas maduras que sentem muita paz interior e conseguem instaurar um ambiente de paz onde estão inseridas. 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Do cortejo fúnebre para a festa – Lc 7.11-17


Esta intrigante narrativa acontece em uma aldeia chamada Naim, que ficava a cerca de dez quilômetros de Nazaré, cidade natal do nosso Senhor. Este era o mesmo lugar onde, na antiguidade, havia habitado a mulher sunamita, cujo filho havia sido ressuscitado pelo profeta grande Eliseu. Este fato era muito conhecido naquela região, sempre contado e recontado por gerações. Quando aquelas pessoas viram o menino ressuscitar imediatamente associaram os fatos e concluíram que Jesus também era um grande profeta. Logo, muitas expectativas surgiram a respeito dele.

Aquele dia era um dia de tristeza para aquela pequena aldeia, uma viúva havia perdido o seu único filho. Junto com ela, seguia-se muitas pessoas: parentes, amigos, conhecidos e etc.. Em determinado ponto de sua caminhada, eles se deparam com outro grupo que vinha em sentido oposto, era Jesus que vinha com seus discípulos e uma grande multidão que o seguia. Na antiguidade o sepultamento sempre era acompanhado de muita gente. Quando estava pastoreando em Belmonte, interior do sul da Bahia, eu achava muito interessante ver quanta gente ia para os sepultamentos. Quando alguém falta ao velório de um amigo é considerado descaso e motivo até de retaliação por parte da família do defunto. Quanto mais conhecido o morto, mais gente se faz presente. Quando o cortejo passava pelas ruas, as lojas iam fechando as portas em respeito ao cortejo fúnebre. Quando morria um professor, ou parente próximo, era declarado feriado em todas as escolas, para que todos pudessem comparecer. O cortejo saia da casa do defunto, seguia-se pela av. principal da cidade até o cemitério.

Era mais ou menos assim nos tempos de Jesus, o verso 12 nos informa que grande multidão seguia ao cortejo, era muito comum uma multidão acompanhar um sepultamento, porque era considerado obra meritória

É interessante pensar no encontro destes dois grupos, porque de um lado estava o autor da vida, o próprio Deus encarnado, Jesus Cristo. Do outro lado estava a dor e a morte. O Encontro entre Jesus e a morte resulta em vida e alegria.

Naquele dia Jesus transformou o lamento daquela mulher em alegria e grande festa. Vejamos pelo menos três coisas que acontecem quando há um encontro com Jesus :

1. Jesus traz o Consolo para aquela mulher (v.13). O verso 13 nos informa que ao aproximar-se da  mãe do menino, a primeira coisa que ele diz pra ela é "não chores!". Jesus preocupa-se em trazer o conforto para aquela mulher antes mesmo de realizar o milagre da ressurreição de seu filho. Jesus poderia ter se preocupado com muitas coisas, sobretudo, com o morto, mas, primeiro ele preocupa-se, com a mulher e a consola.

Uma grande promessa que Jesus nos fez, antes de sua crucificação, foi a de que enviaria o Espírito Santo Consolador, para que estivesse continuamente conosco em todos os momentos, sobretudo nos momentos de dor e tristeza, quando precisamos ser consolados.

Se você já passou por uma situação de dor ou tristeza, então você sabe como é bom ter um ombro amigo por perto para consolar. As vezes a pessoa não fala nada, mas, o simples fato de estar ali próximo já traz um conforto. Eu lembro das inúmeras vezes em que fiz cerimônias fúnebres, pude perceber como a presença pastoral conforta. Lembro do sepultamento de pessoas que foram especiais para mim como o irmão Nilton que era meu companheiro de viagem para as congregações. Certa vez, indo pregar em uma igreja bem distante, chamei o irmão Nilton para ir comigo, ele havia comigo uma peixada, e no meio da estrada começou a reclamar que estava enjoado, parei o carro, pra ele descer, mas ele esqueceu de tirar o cinto de segurança, e quando abriu a porta e tentou pular do carro, o cinto o segurou e acabou vomitando em todo o carro. Tivemos que parar o carro em um posto pra lavar o Nilton e o interior do carro, mas o cheiro ficou insuportável. Foi hilário! O irmão Nilton tinha um jeito engraçado de bater palma, parecia um guaiamum, um tipo de crustáceo comum naquela região, parecido com um caranguejo, era todo desajeitado. A história dele era linda, se converteu em um Encontro de Casais que realizávamos, tinha cerca de 50 anos, e se apaixonou por Jesus. Apenas três anos após sua conversão, após tantos anos sua esposa orando, ele teve um enfarto e faleceu. Lembro da irmã Ana, sua esposa, me abraçando e chorando. Eu não tinha nada o que dizer pra consola-la, eu apenas a abracei e a deixei chorar.

Jesus é aquele que pode trazer conforto e consolo para os momentos mais inusitados, nas crises mais profundas, por que ele conhece a nossa dor, e sabe a melhor forma de tratar. Seja o que você estiver enfrentando, confie no Senhor para que ele possa te confortar plenamente como ele fez com aquela viúva. Jesus se preocupa com a sua dor, com o que você sente, com o que você está passando agora.

2. Jesus traz a restituição do que havia se perdido (v.14-15). Jesus parou o enterro e fez algo impensável, para aquele tempo, ele tocou no caixão. Naquele mesmo momento tudo o que aquela mulher havia perdido foi restaurado pelo toque de Jesus. Jesus faz parar a situação de calamidade em que vivemos para nos mostrar que existe outra alternativa de vida. No momento em que Jesus tocou no caixão, todos pararam, por que não era comum que alguém fizesse isto, mesmo por que era considerado imundo quem tocasse em um morto. Jesus fez algo inesperado naquele dia, ele parou o enterro e ressuscitou o menino.

É muito difícil quando se perde algo de muito valor. Aquele menino era tudo na vida daquela mulher. Certa vez eu vi uma reportagem sobre um engenheiro que matou a mulher e seus filhos, e depois se matou. A reportagem dizia que o motivo havia sido a sua falência. Aquele homem não suportou a dor de perder tudo o que tinha, e achou que a solução seria a morte.

No livro de Jó lemos que aquele homem perdeu todas as coisas, bens, filhos, saúde... ele foi completamente saqueado pelo inimigo. Mas, no final do livro, lemos que o Senhor restituiu a Jó em dobro todas as coisas que ele havia perdido. Jesus pode te restituir também aquilo que você perdeu.

3. Jesus renova a alegria de viver – Imagina a alegria que aquela mulher teve em ver o seu filho que estava pronto para ser sepultado levantar-se daquele caixão. Ela que estava preparando-se para nunca mais vê-lo, agora, teria a alegria de estar com ele ainda por muitos anos. A alegria daquela mulher foi renovada naquele dia. No dia em que ela estava se preparando para sofrimento e dor, seu lamento foi transformado em cânticos de alegria.

Muitas são as situações que querem nos fazer parar. Por vezes temos que enfrentar as fatalidades da vida. São doenças, mortes, perdas, separações e uma série de infortúnios que temos que enfrentar, que nos rouba o prazer da vida.

Certa vez, pai e filho anseia por um momento de folga para realizarem um passeio. Chegou o grande dia, então eles marcaram uma pescaria juntos.

Com a ajuda da mãe, fizeram os preparativos na véspera, e no dia saíram bem cedinho pra aproveitar ao máximo. Ainda estava bem cedo quando começaram a atravessar a floresta em direção ao rio.

- Cuidado, meu filho. Não se afaste demais, que você pode se perder.
O menino corria à frente, agarrava-se a um cipó, balançava-se e se adiantava ainda mais. O pai tornava a aconselhar: - Não se afaste muito. Você pode se perder.
Mas, o filho não deu ouvidos e foi o que realmente aconteceu. O menino desapareceu mata a dentro e se perdeu.O pobre pai, desesperado, começou a gritar pelo nome do filho. Nenhuma resposta. Procurou... procurou... nada. Já tinha perdido a esperança, ao cair da tarde, mas continuava gritando e procurando. Cansado e sem forças, ele ouviu uma voz distante gritando por ele. Alguns segundos depois deu-se o reencontro do pai com o seu filho perdido.

Quando nos encontramos com Jesus, sentimos uma grande alegria tomar conta de nosso interior, por que a vida passa a ter um sentido. Jesus, como nosso Deus amado, por ser nosso Pai, sente ainda mais alegria.

A morte daquele menino foi uma tragédia na vida daquela mãe, mas, Jesus transformou aquela tribulação em festa. O mesmo irá acontecer na sua vida quando Jesus operar. Toda e qualquer situação que hoje está causando desconforto, será substituída por uma grande festa de celebração.

Conclusão


Assim como na história narrada, Jesus quer ter um reencontro com você, ele quer trazer alegria onde antes só havia lamento e dor, ele quer te dar novamente uma esperança de vida. Muitas vezes, situações nesta vida nos fazem perder a alegria de viver, mas, Jesus tem o renovo que você precisa. Não estou prometendo pra você uma vida só de felicidades, sem lutas e só vitórias, mas, estou afirmando que você terá paz e poder para enfrentar as tribulações que esta vida nos impõe.

Se você deseja também encontrar-se com o autor da vida, aquele que pode mudar a sua história e transformar o seu lamento em festa, basta abrir o coração totalmente e convidá-lo para que entre. Diga no seu intimo: Senhor Jesus, eu quero entregar a minha vida em suas mãos, entra na minha vida, perdoa os meus pecados, sara a minha dor. Amém!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

TRÊS ELEMENTOS PARA UMA VIDA CRISTÃ SAUDÁVEL

O período que estive pastoreando no interior do sul da Bahia, foi muito bom para diversos aspectos da minha vida, sobretudo para reflexão religiosa. Como Belmonte é quase uma Ilha, distante 75Km de Porto Seguro, que é um pouco maior, ficávamos meio isolados do mundo. O engraçado é que a distância era apenas territorial, por que as igrejas conseguiam realizar ações conjuntas. Associação Jequitinhonhense era composta por vinte e sete igrejas em quinze cidades: Itamarajú, Itabela, Guaratinga, Eunápolis, Arraial d'ajuda, Trancoso, Porto Seguro, Cabrália, Itaji, Itajimirim, Itapebi, Belmonte, Camacan, Paraíso  e Pau Brasil. O paradoxo disto é que aqui eu me sinto muito mais isolado. Lá eu desenvolvi amizade com diversos pastores destas cidades que ficavam a dezenas de Km de distância. Parece que quanto mais gente por perto mais nos sentimos sós.

Devido ser uma cidade de apenas 20.000 habitantes, você acaba não tendo muita coisa pra se distrair, isto me favoreceu me dando tempo para oração, estudo e reflexão bíblico-teológico. Uma das reflexões que pude fazer naquele lugar, foi sobre a minha religiosidade. Três parâmetros permearam minha reflexão:
 

1. Uma leitura sobre o cristianismo na atualidade;

2. Que tipo de cristão eu sou;

3. O que é ser um cristão.

1. Considerando o primeiro parâmetro a minha leitura do cristianismo atual partiu do comportamento dos cristãos que fazem parte do meu pequeno círculo de conhecimento e os que estão na mídia. A conclusão não foi muito boa. Me pareceu que a maioria se perdeu em meio a uma religiosidade antipática, um amontoado de regras e posturas anti-sociais, misturada ao mal gosto de coisas retrô, algumas explorações da fé alheia, um esvaziamento da pessoa de Cristo e um apanhado de seitas e doutrinas divergentes. O essencial parece ter se perdido em meio à caminhada.

2. Parti então para uma análise de que tipo de cristão eu era. De repente eu me encontrei com alguns textos, como este que acabamos de ler de Mt 23.23, e vi que dos três elementos que Jesus destaca eu só tinha um, a fé. A justiça, que de uma forma bem ampla é a conservação do direitos e deveres das pessoas, estava meio defectivo em mim, por que, sinceramente olhamos mais para os nossos direitos e os deveres dos outros do que para fazer cumprir a justiça. Até antes desta reflexão eu me considerava um bom crente, sinceramente, me achava até piedoso, alguém digno de ir para o céu, aos meus próprios olhos, foi então que me deparei com Lucas 18.11 "um fariseu e um publicano..." então me vi como aquele homem, alguém sem vício, sem problemas com a internet, sem problemas por resolver, sem nunca ter passado um cheque sem fundo ou dever a quem quer que seja, marido de uma só mulher, dizimista, ofertante...  

3. Então me veio o terceiro parâmetro, o que é ser cristão. O nome cristão, ao que a história conta, foi utilizada de forma pejorativa aos primeiros seguidores de Cristo, e queria dizer pequenos cristos. A principio deveríamos ser parecidos com Cristo. Isto eu logo descartei, por que para mim é impossível. É impossível para mim lutar contra toda a tirania religiosa existente, é impossível para mim curar doentes com apenas uma palavra, é impossível para mim amar e morrer por quem quer me matar.

Já que me é impossível ser igual a Jesus, o que faria então? Comecei a refletir sobre as mensagens de Jesus, ele disse que deveríamos seguir aos seus mandamentos e resumiu tudo em apenas dois pra facilitar a minha vida: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao meu próximo como a mim mesmo. Vi nisto a base para toda a minha nova fase religiosa. Amar a Deus, contemplá-lo em toda a sua beleza, e em todo o seu esplendor, como um homem apaixonado que baba pela mulher amada, e pensa nela o tempo todo e em como agradá-la. Esta parte estava resolvida, a contemplação é algo que maravilho. A segunda parte do mandamento era mais complicada, como amar as pessoas? Li em um livro chamado "O Monge e o Executivo" algo que me marcou, "o amor é o que o amor faz". Interessante, amor é aquilo de bom que você consegue expressar sem palavras. Um toque, um sorriso, um auxílio. Descobri no auxílio uma forma de expressar este amor sem palavras. Formamos um belo projeto social em Belmonte, que funciona até hoje, PROJETO AGAPE, é o projeto que pratica a ação do amor. Não dizíamos para aquelas crianças que a amávamos, mas, pode ter certeza, elas se sentiam amadas. Onde elas me viam passar pelas, ruas, elas me gritavam: Tio Pastor...

Foi nesta reflexão que entendi o que Jesus estava dizendo para os fariseus sobre Justiça, misericórdia e fé, os três elementos essenciais para um vida cristã saudável. Foi quando eu comecei a perceber que o que agradava mais a Deus não era bem o que eu fazia por minha denominação ou religião, mas, o que eu fazia pelas pessoas; o que eu contribuia para tornar este mundo um pouco mais agradável; o que eu projetava para tornar o ser humano, mais humano.

 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Meu projeto financeiro nas mãos de Deus

Lucas 19:11-27
O texto da parábola das minas nos fala a respeito de um homem que possuía muitos bens e que distribuiu os seus bens para três categorias diferentes de gestores:
1. Primeiro tipo - Gestor de grande sucesso - Este camarada é muito bom no que faz e foi muito dedicado, e por esta razão consegue a façanha de alcançar um resultado brilhante. Este cara foi louvado e recompensado por seu patrão.
2. Segundo tipo - Gestor de médio sucesso- O retorno alcançado não foi tão expressivo quanto ao do primeiro, mas conseguiu uma boa margem de retorno.
3. Terceiro tipo - Gestor de insucesso - Ele enterra a mina devido ao medo de perder ou ser roubado, e por isto não ganha nada. Este servo é rejeitado por seu senhor que toma a sua única mina e entrega para quem havia recebido dez.
Estes tipos apresentados na parábola configuram três modelos diferentes de gestão. O primeiro demonstra um administrador arrojado, que não tem medo de arriscar; o segundo demonstra um gestor moderado, do tipo pé no chão, que investe com cuidado. O terceiro é do tipo cauteloso em excesso, que não investe em nada com medo de perder. Este é paralizado pelo medo.
A partir desta parábola, fazendo uma analogia com a nossa maneira de administrar os nossos bens, podemos compreender que Deus deu a cada um de nós uma determinada quantidade de minas, e o seu desejo é que venhamos a multiplicá-las. É natural que Deus espere que venhamos a fazer estas minas multiplicarem, por que Ele é o dono de tudo, e tudo o que fazemos volta para Ele. Portanto, quanto mais prósperos somos, mais abundante se torna o Reino, com mais recursos para investir nas mais diversas áreas: missões, programas evangelísticos, ação social, etc..
Esta prosperidade que estou me referindo nada tem a ver com a teologia da prosperidade que advoga que você precisa comprar a benção celestial. Não estamos aqui falando sobre barganhar com Deus, ou que Deus esteja obrigado a nos abençoar quando ofertamos. Estou afirmando que tudo o que temos vem do Senhor, seja pouco ou seja muito, e somos apenas mordomos. Desta forma seremos consideramos ótimos administradores diante dele quando multiplicamos aquilo que ele nos deu.
Exemplo disto são os excelentes ministros que temos na igreja que buscam o seu crescimento pessoal na área musical, teológica, didática, administrativa.. e abençoam tanto o reino de Deus com a multiplicação de seus dons. Da mesma maneira no mundo corporativo, empresarial estudantil, governamental, pessoas que se estudam, se especializam, crescem, e naturalmente contribui para o cuidado de outras pessoas. 
Quando não buscamos o nosso crescimento e desenvolvimento pessoal, estamos enterrando a mina que recebemos do Senhor. Há pessoas que pensam que aquilo que receberam é muito pouco e não vale a pena nem tentar, acham que o mundo é injusto por que outros receberam mais. Esta parábola nos faz perceber que no pouco ou no muito o Senhor é quem fará com que a semente cresça e produza. Importante frizar que é necessário apenas uma semente para produzir uma grande árvore que dará muitos frutos.
Dentro desta perspectiva eu gostaria de falar sobre os Princípios básicos de crescimento pessoal para você multiplicar a sua mina.

I. Integridade - Este importante item do caráter precisa ser aprendida e repassada às gerações. Estamos vivendo um momento no Brasil de grande avanço e crescimento da igreja evangélica, mas, a qualidade dos crentes tem deixado muito a desejar. Tem sobrado fé e faltado integridade. Fé sem integridade é uma fé defeituosa. É preciso que os líderes ensinem aos seus fiéis a relevância da integridade em grandes e pequenas ações.
Eu estava conversando com um amigo que me contou orgulhoso que estava sem dinheiro naquela semana para por gasolina em seu carro e achou um cheque ao portador, então ele agradeceu a Deus pela benção e encheu o seu tanque. Será que ele não pensou que quem perdeu o cheque também poderia ser um servo do Senhor. Ele poderia ter anulado o cheque e devolvido ao banco para que informasse ao cliente que o cheque foi achado.
Ouvi de um crente uma determinada vez, que veio todo orgulhoso me dizer que havia conseguido um emprego no estado, um deputado amigo dele havia conseguido pra ele, e ele nem precisava ir lá, então poderia trabalhar mais na obra de Deus. Ora, a obra de Deus precisa ser financiada por um trabalho ilegal? um funcionário fantasma? será que Deus aprova isto? Creio que Deus não estava neste negócio.
Quero tirar um fardo de sua cabeça, por que ser integro não é fácil, portanto você não vai conseguir ser 100% integro, somente Jesus conseguiu isto, e por isto foi morto na cruz. Integridade é buscar ter o caráter de Cristo impresso em sua vida, é não dever nada a ninguém que possa te envergonhar, é ser uma pessoa confiável.
Entretanto, integridade é apenas a base para a prosperidade, ela sozinha não é suficiente para te fazer vencer e torná-lo alguém próspero, é preciso bem mais que isto. Uma pessoa pode ser íntegra e ser desorganizado, indolente. 

II. Organização - Ninguém consegue crescer e manter-se grande sem uma boa organização. Organização é fundamental para preparar uma boa estrutura de crescimento.
Conheci algumas pessoas que ficaram ricas mas perderam tudo por serem desorganizados. Há um estudo que afirma que quase todos os ganhadores de loteria esportiva ficaram pobres novamente. Por que razão? eles gastaram todo o dinheiro desordenadamente. Não tem um mínimo de organização financeira. 
Organização é coisa básica: manter toda a documentação em ordem, dividas em dia, orçamento preparado... Organizar é criar estrutura sólida para crescer e ao mesmo tempo conseguir manter o que conquistou.
Estava conversando com minha contadora e ela compartilhou que achava que todo visionário deveria ter um sócio contador ou advogado, por que geralmente empreendedores tem muita visão e feeling para negócios, mas pouco senso de organização, em geral eles acham chato e sem propósito, e por isto constroem impérios sobre bases falsas.
A desorganização é um gafanhoto que consome tudo o que Deus te dá.

III. Planejamento - Planejamento e organização andam de mãos dadas. Em geral as pessoas não tem paciência de planejar, querem fazer suas coisas a moda "vamu simbora", e por esta razão fracassam. O planejamento permite que você trace metas, desenvolva métodos, e visualize onde deseja chegar. Planejar não é garantia total de sucesso, mas, é garantia de não se perder durante a caminhada.
Planejamento envolve visão. Visão é o que define o que você quer ser, ou o que a organização que você dirige pretende ser no futuro.
Nós somos dirigidos pelo poder da visão. "Assim como homem se vê, assim ele é". Seus projetos determinam as suas metas, e suas metas te dirigem para ser o que você planejou.
Outro dia vi uma entrevista de uma mulher negra e pobre, que sonhou ser uma advogada, lutou, estudou muito, venceu todos os preconceitos de ser mulher, negra e pobre. A sua dedicação foi tamanha que ela não apenas tornou-se uma advogada, mas, uma juíza.
Onde você quer chegar? qual é o seu sonho? o que você tem planejado? Gosto muito de Paulo quando diz: "Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação da vossa mente".
Após saber onde se quer chegar, você precisa preparar-se para chegar lá. Todo preparo precisa ter foco, concentração, determinação e seriedade.
. Foco - não dá para se preparar para tudo, é preciso estudar muito sobre uma só coisa, isto é foco. Pegue o seu sonho e estude, leia, pesquise tudo sobre ele e como você pode alcançá-lo.
. Determinação - Você vai tentar muitas vezes antes de conseguir, cada vez que tiver um fracasso, aprenda com os erros e continue até conseguir.
. Seriedade - É preciso que você tenha compromisso com o que você faz.

IV. Trabalho - O dinheiro só vem depois do trabalho. Então trabalhe duro, se dedique, aprenda a servir, o dinheiro vem. Ainda não conheci ninguém que trabalhou duro, se dedicou com seriedade e inteligência que não foi bem recompensado. Até mesmo os piores patrões sabem recompensar um bom funcionário que trabalha duro. Até eles preferem ter bons profissionais ao seu lado.
O grande problema de quem trabalha com carteira assinada, é que acha que o simples fato de cumprir uma carga horária de trabalho é suficiente. Se você pensa assim dificilmente deixará de ser um funcionário mediano. Não haverá honra para você em lugar algum.

V. Confiança plena em Deus - Nós somos cristãos, confiamos em Deus para a realização de nossos projetos. Todos os nossos planejamento, ações e atitudes devem ser antes de tudo entregues nas mãos do Senhor.
Na parábola das minas, aquele senhor que deu a mina aos seus servos representa o próprio Deus e os servos somos nós, isto quer dizer que o Senhor nos confiou pelo menos uma mina, e você precisa fazer multiplicá-la, por que este é o seu desejo e Ele vai cobrar o retorno de tudo aquilo  que Ele te deu, quer seja pouco, quer seja muito.
Conheci algumas pessoas que não sabem nada sobre Deus, mas caminham por estes princípios apenas por percepção e visão administrativa. Eles são empreendedores e visionários que prosperam muito. Entretanto falham no principal, que teremos que prestar contas de tudo ao Senhor. Tudo veio dele e teremos que devolver tudo, não levaremos nada deste mundo, a não ser a salvação. Como disse Willian Young em seu livro A Travessia, "do pó ao pó".
A confiança plena em Deus deve ser o princípio de toda a prosperidade, portanto, se você ainda não entregou sua vida, seus negócios, seus bens e tudo o que é, nas mãos do Senhor, faça-o neste momento.
"Louco, esta noite te pedirão a tua alma, o que tens em depósito, e para quem será?"
Para terminar, siga os princípios aqui destacados e entregue todo o seu projeto de vida nas mãos de Deus, peça a Ele para abençoar seus negócios, te dar sabedoria e entendimento como deu a José e Daniel para que você faça a sua mina multiplicar.