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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Não seja um show man no jejum

Mateus 6.16-18

Esta é a terceira preocupação de Jesus no que diz respeito ao exibicionismo. Primeiro Ele alerta sobre a questão da esmola (6.2-4), depois fala sobre a oração (6.5-8), e por último Jesus fala sobre o jejum (6.16-18). Jesus está nos exortando a não nos deixarmos levar pela tendência humana de nos ocuparmos das práticas religiosas com a finalidade de sermos notados.

O jejum era uma prática religiosa ensinada no Antigo Testamento. Havia inicialmente uma ordem de jejuar uma vez por ano, o próprio povo acrescentou mais tarde alguns jejuns dedicados a problemas de calamidade nacional. Ao chegarmos ao Novo Testamento verificamos que os fariseus costumavam jejuar duas vezes toda semana. Não encontramos nenhuma determinação descrita no AT para isto. Mas eles acreditavam que isso fosse uma porção vital de sua vida religiosa.

A prática do jejum era comum e aceita

E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram” (At 13.2,3). O jejum era praticado pelos apóstolos. A igreja de Antioquia ao enviar Paulo e Barnabé, na primeira viagem missionaria deles, só o fez depois de um período de oração e jejum.  

Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns” (II Cor 6.5). Paulo, ao referir-se a si mesmo e a sua vida cristã falou dos jejuns entre suas práticas de fé.

O próprio Jesus disse: “Esta casta de demônios não pode sair se não por meio de oração e jejum” (Mc 9.29).

No que consiste exatamente o jejum? Qual o seu proposito?

O jejum basicamente é a abstinência de alimentos com vistas a propósitos espirituais. É algo incomum, que devemos colocar em prática ocasionalmente e com uma finalidade especial específica. O jejum, na realidade, pode incluir a abstinência de qualquer coisa, tendo-se em vista algum propósito espiritual especial.

D. M. Lloyd-jones afirma que “O jejum só deveria ser praticado quando alguém se sentisse impelido ou fosse levado a isso por razões estritamente espirituais. O jejum não deve ser posto em prática somente porque algum segmento da igreja decretou essa prática às sextas-feiras, ou durante o período da Quaresma, ou durante qualquer outra época do ano. Não devemos jejuar mecanicamente”.  Devemos jejuar diante de uma necessidade espiritual específica, onde se faz necessário uma concentração maior em Deus.

A maneira errada de se jejuar

Não se deve querer chamar a atenção para si quando se jejua. Não seja um show man no jejum, não queira se aparecer através de jejum, vendendo uma imagem para os outros de uma pessoa que você não é. “Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas: por que desfiguram o seu rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam.” Os fariseus queriam chamar atenção ao fato que estavam jejuando, queriam com isto mostrar uma espiritualidade acima da média com a finalidade de serem louvados por isto.

Conclusão

O jejum é uma prática que deve ser considerada em nossa vida cristã, a única coisa que o Senhor nos chama atenção é para não jejuarmos com a finalidade de mostrar para os outros quão espirituais nós somos, e assim, chamar atenção para nós mesmos.

Diante do enfrentamento a entidades malignas de castas poderosas, devemos sim recorrer ao jejum, assim como diante de problemas que aparecem de difícil solução. Devemos nos servir do jejum sempre que há uma necessidade de uma intervenção mais severa de Deus.


O jejum não é um fim em si mesmo, o jejum por jejum não é nada; o que leva em conta no jejum é a dedicação que se faz ao Senhor durante este momento, é como se fosse uma forma de chamar a atenção do Pai. Quando jejuamos estamos dizendo a Deus que confiamos plenamente nele, no seu sustento e em sua provisão, e nos rendemos completamente à sua vontade.

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