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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

quinta-feira, 22 de junho de 2017

João o apóstolo amoroso

João 13.23

O apóstolo João é considerado o autor humano de um dos Evangelhos e de três epístolas com o seu nome, bem como do livro de Apocalipse. É um dos autores neotestamentário que mais escreveu. É enorme a sua contribuição para a formação da igreja. Ele viveu exilado em cavernas na ilha de Patmos devido a uma perseguição do imperador romano Domiciano aos cristãos. É nesta ocasião que ele recebe e escreve a revelação do Apocalipse. Segundo a tradição foi o único apóstolo que morreu de velhice.

Características de João
Tanto as Escrituras como a história relata que João desempenhou um papel importante na igreja primitiva. Ele era membro do circulo mais intimo de Jesus. Era o irmão mais novo de Tiago. Ambos possuíam um temperamento bastante forte, tanto que foram chamados “Boanerges”, filhos do trovão. No relato de Jesus com os samaritanos, quando aqueles negam aposentos para Jesus, Tiago e João pedem para que permita que eles peçam para cair fogo do céu e tostá-los (Lucas 9:54).
Interessante quando pensamos que João escreveu sobre a importância do amor, dando ênfase especial ao amor do crente por Cristo, ao amor de Cristo por sua Igreja e ao amor de uns pelos outros. O amor foi uma virtude que ele aprendeu de Cristo, e não algo que lhe era inato. Em sua juventude, João era tanto um filho do trovão quanto Tiago.  Se você imagina João como uma pessoa frágil, mansa, esqueça esta caricatura. Ele era rude e vigoroso, como todos os outros discípulos pescadores.
Em sua mocidade, ele era o candidato mais improvável a ser lembrado como o apóstolo do amor. No entanto, os três anos com Jesus serviram para transformá-lo em um homem equilibrado e amoroso. Ele foi transformado exatamente naqueles pontos em que ele era mais descomedido. Talvez este fato tenha contribuído para que ele fosse o apóstolo que mais viveu. Ele foi transformado de filho do trovão em um apóstolo do amor.
Precisou aprender para ser transformado
Certa vez João proibiu um homem de pregar em nome de Jesus, simplesmente por que não fazia parte do seu grupo (Marco 9.38). Este texto mostra o quanto ele precisava aprender, quanto era intolerante. Jesus o repreende, afirmando que quem não é contra ele, é por ele.
João tinha muita energia que precisava ser direcionada de maneira correta para o lugar correto. Os anos com Jesus fez com que ele fosse transformado e usasse toda aquela força e impetuosidade para amar a Cristo e aos irmãos.
Quando lemos I João 2.1 e 3.2, com palavras do tipo ‘filhinhos e amados’ pensamos que ele era alguém bem manso, talvez até tíbio, mas ele não era nada disso. Ele se deixou ser reprogramado pelos ensinos de Jesus, e por isto ele tem autoridade para nos falar, nos exortar, e nos desafiar a mudar os nossos temperamentos.
Conclusão
João não nasceu amoroso, pelo contrário, era tão impetuoso como seu irmão Tiago. Ele permitiu ser trabalhado por Jesus e teve o seu caráter transformado, deixou de ser filho do trovão para ser conhecido como o discípulo Amoroso. É assim que Jesus faz com os seus discípulos, quando eles permitem ser moldados. Deixa Jesus entrar em sua vida completamente, permita que ele mude tudo o que precisa ser mudado.

Pr. Sergio Rosa

segunda-feira, 19 de junho de 2017

André, o apóstolo dos bastidores

Jo 1.40-42

Temos em nossa igreja pessoas que fazem coisas lindas, mas que quase ninguém vê. Temos pessoas envolvidas nas obras, nas visitas, nos trabalhos administrativos internos da igreja, na limpeza, e em tantos outros pontos que ninguém vê o que fazem, mas sem o seu trabalho as coisas ficariam muito difícil. A estes, os nossos agradecimentos, por que embora os olhos humanos possam não testemunhar, o Senhor que os vê em secreto os recompensará. Estas pessoas se parecem muito com André.

Características de André

André foi um dos doze discípulos escolhido por Jesus para entrar na escola apostólica. Não foi um discípulo muito conhecido, ele não era de holofotes, não chamava muita atenção e não era dado a grandes feitos, em geral trabalhava na quietude, por de trás dos bastidores. Ele representa aquele irmão da igreja que trabalha silenciosamente, faz coisas grandiosas, mas o seu nome em geral não é visto, e não se importa muito com isto.

A primeira vez que André aparece nos textos bíblicos ele estava levando o seu irmão Simão para conhecer a Jesus. Ele disse: “achamos o messias, e o levou a Jesus”. A palavra messias aqui, que é traduzido por Cristo, quer dizer aquele que era aguardado há anos, aquele cujo sua vinda, foi anunciada pelos mais poderosos profetas, aquele que seria o libertador e salvador. Desta forma, o convite de André não foi algo corriqueiro ou formal, deve ter sido um convite bastante convincente feito com muita emoção.

Lembro-me de certa vez quando apresentei um amigo famoso a uma amiga, eu não sabia que ela era fã dele. Ao apresentá-la, ela ficou tão emocionada que até perdeu a fala. Ficou muito feliz em conhecê-lo pessoalmente e poder conversar um pouco com ele. Este fato me fez pensar em como foi o encontro de André com Jesus. Acredito que foi ainda muito mais emocionante. “Achamos o Messias!” Imagine um encontro com aquele que havia sido profetizado durante centenas de anos; agora André tinha o privilégio de conhecê-lo face a face, tocar nele, falar com ele, ouvi-lo. Deve ter sido um momento extasiante.

Pedro e André eram originários de Betsaida, mas depois mudaram para Cafarnaum onde possuíam um pequeno negócio de pesca no mar da Galileia. Muito possível que eles tivessem amizade também com Tiago e João, companheiros de profissão, antes mesmo de conhecerem a Jesus.

Trabalhava nos bastidores

Não há muitos relatos sobre os feitos de André, mas quase tudo que há nas Escrituras nos contam que ele possuía a atitude certa para exercer um ministério de bastidores. Ele não procura ser o centro das atenções em nenhuma ocasião, ele é o oposto de seu irmão Simão Pedro.

Devido a esta característica em sua personalidade, você não vai ver André envolvido em nenhuma celeuma, discussão ou briga entre os discípulos.

André aparece na distribuição dos pães e peixes (Jo 6.9), levando o menino até Jesus. Aquela pequena atitude de André foi a ponte entre o milagre da multiplicação e as quinze mil pessoas famintas. André nos mostra que pequenas atitudes fazem grande diferença. Lembro-me de um irmão chamado André, que trabalhava na recepção de sua igreja, todos que ali chegavam eram recebidos com um largo sorriso e um grande abraço. Uma amiga nos contou que se converteu naquela igreja devido a recepção daquele irmão que a tratou com tanto carinho sem sequer a conhecer.

Conclusão


André tinha este prazer de conduzir pessoas até Cristo e trabalhar sem estar nos holofotes, totalmente diferente de Pedro, que chamava atenção onde quer que estivesse. Há lugar para todos no Reino. Você não precisa ser visto pelos homens para ser lembrado por Deus. Tanto Pedro quanto André tinha espaço para fazerem parte da escola apostólica. Há lugar para você também, independente de qual seja a sua personalidade. Coloque-se à disposição do Senhor para que ele te use em sua obra.

Pr. Sergio Rosa

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Pedro o apóstolo precipitado

P e r g u n t a s   c h a v e

1. Você conhece alguém que seja precipitado, que faz as coisas no impulso?
2. Deus usa a todo o tipo de pessoa. Como e onde Deus poderia usar uma pessoa impulsiva?
Estamos falando sobre os doze discípulos de Jesus e como eles foram moldados para alcançarem o sucesso, em sua missão. Temos visto que eram pessoas comuns, como qualquer um de nós. Tinham medo, sentiam-se inseguros, por vezes se irritavam, brigavam entre si, havia disputa entre eles, dentre alguns defeitos. Mas mesmo assim Jesus os escolheu para apóstolos; os treinou, capacitou, supervisionou, liderou, os enviou. Eles erravam, Jesus os chamava, corrigia e tornava a os enviar. Eles não tinham nenhuma característica especial, não eram mestres, doutores e nem nenhum personagens importantes. Não temos o motivo pelos quais Jesus os escolheu, mas acredito que seja por serem pessoas abertas para aprenderem. Eram vasos vazios, sedentos por serem cheios. Vaso que já está cheio é impossível colocar mais alguma coisa.

Introdução

Lucas 6.12-16
Você conhece alguém que não pensa antes de falar, e quando pensa já falou? Pois é, Pedro era assim. Precipitação era o seu nome. Ele era completamente impulsivo.
Pedro na verdade não era um nome, mas sim um apelido que Jesus colocou em seu discípulo, cujo verdadeiro nome era Simão. Pedro significa literalmente pedra. Haviam dois discípulos chamados Simão, um era Simão Pedro e o outro Simão o Zelote. Sobre este último vamos falar mais sobre ele em outra oportunidade.
O apelido era significativo, e o Senhor teve uma razão específica para escolhê-lo. Simão era, por natureza, impetuoso, inconstante e inconfiável. Sua tendência era fazer grandes promessas que não poderia cumprir. Era uma daquelas pessoas que parece atirar-se de cabeça em alguma coisa e, logo depois a abandona, antes de ter concluído. Com frequência, era o primeiro a aceitar um desafio, mas, muitas vezes, também era o primeiro a pular fora. Toda igreja tem seus ‘Pedros’, ou seja, pessoas com características semelhantes a deste discípulo com uma personalidade tão inconstante.
Pedro também tinha um problema sério de dissimulação, o que chamamos normalmente de duas caras, no livro de Gálatas encontramos ele levando uma chamada do apóstolo Paulo: Gálatas 2.11-14. Quando estava com as pessoas de fora da igreja tinha um comportamento; quando estava com os da igreja se comportava de outra maneira. 
Características de Pedro:
1. Era pescador
Simão Pedro era pescador profissional. Ele e seu irmão André eram herdeiros de um comércio de pesca em Cafarnaum. Apanhavam peixes no mar da Galileia.
2. Era líder dos apóstolos
O nome de Pedro encabeça todas as listas de apóstolos, e ainda em Mateus 10.2 diz “primeiro Simão..” A palavra traduzida por ‘primeiro’ em grego é protos, não significa ser o primeiro de uma lista, mas o principal, o chefe.
3. Era precipitado
A personalidade de Pedro tanto o levava a ser precipitado como também o levava a tomar decisões rapidamente. No texto de Mateus 16.13 havia várias opiniões a respeito de quem era o Filho do Homem. Jesus pergunta para os discípulos qual era a opinião deles, Pedro rapidamente responde: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”.
Quando Jesus vem caminhando pelo mar, Pedro pede para andar sobre as águas com Jesus, e logo se atira no mar e começa a caminhar, mas quando a ficha cai, ele começa a duvidar e começa a afundar (Mt 14.30)
Quando Jesus estava sendo preso, Pedro saca a espada e corta a orelha do soldado. Havia um destacamento de soldados, o que ele pensou? Que poderia matar a todos os soldados? Na verdade acredito que ele agiu por impulso, não pensou em nada e tomou uma repreensão de Jesus.
Conclusão
Pedro foi um dos que Jesus mais chamou atenção, mais tomou repreensão. Era para Pedro ficar com raiva de Jesus, mas ele era um dos três discípulos mais próximos de Jesus.
 Talvez você se encaixe na personalidade de Pedro e ache que isto é um impedimento para ser um grande discípulo, mas Pedro é uma prova viva, de que os precipitados tem um lugar especial no coração de Jesus. Fato é que, você vai apanhar muito para tomar a forma de uma Pedra ideal. Jesus chamou Pedro até de Satanás e o repreendeu na frente de todos. Tudo isto não desestimulou a Pedro, pelo contrário, o fortaleceu. Não há outra forma de se polir uma pedra sem bater nela e lixar com força.
A maior característica de Pedro foi não desistir, deixar-se ser corrigido e ensinado. No livro de Atos vemos o poder e a autoridade que este discípulo exerceu em seu ministério. Seu poder era tanto, a ponto das pessoas serem colocadas por lugares onde Pedro iria passar, para que pelo menos a sua sombra passasse por cima delas e as curassem.

Se você permitir, o Senhor irá trabalhar em você e vai te transformar em uma grande testemunha do seu poder. Dê lugar ao Senhor, deixe-o moldar a sua vida.

Pr. Sergio Rosa

terça-feira, 30 de maio de 2017

Doze homens extraordinariamente comuns

Lucas 6.12-16

São estes os nomes dos apóstolos: Simão Pedro, André, Tiago, João, Filipe, Natanael (Bartolomeu), Mateus, Tomé, Tiago filho de Alfeu, Simão o Zelote, Judas filho de Tiago, Judas Iscariotes.

Nestes estudos queremos conhecer a personalidade dos apóstolos, como eles se comportavam, quem eram eles e como foram moldados para alcançar o sucesso em sua missão?

1. Eles foram chamados por Jesus dentre os demais discípulos
Jesus tinha muitos seguidores, o texto de Lucas diz que ele os chamou para perto de si após passar uma noite em oração, e dentre eles Jesus selecionou doze, o qual chamou apóstolo. A palavra apóstolo no grego significa apenas: “aquele que é enviado”. Jesus chamou apóstolo tão somente aqueles a quem ele enviaria com a missão de pregar o evangelho. Estes homens ganharam notoriedade na igreja primitiva. Atos 2.42 diz:  “e perseveravam na doutrina dos apóstolos”.

2. Eram homens comuns
Os doze não possuíam nenhuma habilidade ou talento especial, não eram eruditos ou sequer mestres, eram pessoas comuns. Jesus nunca disse por que os escolhera, ele simplesmente os chamou dentre os demais discípulos.

Eles eram pessoas reais, com personalidades bastante estranhas. Eram bem parecidos com todos nós. Tinham problemas, discutiam e discordavam entre si, eram teimosos, fracos e às vezes até sem fé. Não se destacava neles nenhuma habilidade especial ou extraordinária.

Estes detalhes nos faz sentir mais confortáveis com a nossa missão. Muitos de vocês já olharam para dentro de si mesmo e disseram: “eu não tenho nada para oferecer ao Senhor, não sei fazer nada”. É exatamente isto que nos faz ser tão parecidos com os apóstolos, o fato de ser pessoas simples, sem muitos atributos especiais.

3. Eles foram treinados

Jesus sabia que eles eram pessoas comuns, mas Jesus tinha um plano para prepará-los, discipulá-los, capacitá-los e enviá-los. Talvez Jesus os tenha escolhido por eles serem vasos vazios prontos para serem cheios.

O treinamento de Jesus deu-se na base do exemplo, Jesus fazia juntos com eles, os deixava observar, e depois a sós Jesus explicava para eles. Depois de um tempo junto Jesus passou a enviá-los. E como todos nós eles erraram nas primeiras vezes, Jesus ouvia deles o relatório, fazia os devidos acertos e os enviava novamente.

4. Eles eram obedientes

Uma das principais marcas dos discípulos era a obediência. O discípulo é aquele que recebe a instrução, aprende e pratica. Alguém que não queira obedecer não pode ser discípulo. Se os discípulos não ouvissem e praticassem o ensino de seu mestre seriam considerados homens imprudentes que edificou sua casa sobre a areia.

A obediência é marca da equipe vencedora. Não existe uma forma de uma igreja, organização ou qualquer instituição dar certo sem obediência à liderança. Jesus declarou:  “Jesus, porém, penetrando nos seus pensamentos, disse: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído. Toda cidade, toda casa dividida contra si mesma não pode subsistir” (Mt 12:25).

4. Eles foram revestidos do Espírito Santo

Eles não apenas foram treinados para o trabalho, eles receberam algo mais, receberam o poder do Espírito Santo para realizar sua grande missão.

Como discípulos de Jesus nós carecemos do poder do Espírito Santo para realizar a obra do Senhor. Não podemos trabalhar na obra do Senhor apenas com o conhecimento humano. A obra do Senhor requer a ação sobrenatural do Espírito Santo.

O poder do Espírito Santo vem através da intimidade com Deus. Oração é a chave para ser revestido da presença do Senhor.  

Conclusão

Deus tem levantado pessoas simples em sua Igreja, que têm sido treinadas, capacitadas e enviadas para cumprir a grande comissão estabelecida por Jesus. Isto é maravilhoso. Pessoas que disseram sim ao chamado divino para fazer outros discípulos, da mesma forma que os primeiros discípulos fizeram. O estudo dos apóstolos nos fortalece na medida em que entendemos que eles também eram pessoas simples como nós.

Temos um grande desafio de crescer espiritualmente! Para que isto ocorra precisamos buscar maior intimidade com o Senhor, nos apaixonar novamente por Deus e por sua obra. Uma pessoa apaixonada, não mede esforços para encontrar-se com a pessoa objeto de sua paixão. Um crente apaixonado, que ama profundamente ao Senhor, não medirá esforços para realizar a obra divina.

Gostaria de desafiá-lo a iniciar um tempo de crescimento espiritual em sua vida, uma busca pela maturidade espiritual. Deus tem muita coisa a fazer na sua vida e através de sua vida, mas é preciso que você o busque de todo o seu coração. É preciso saciar a fome e sede de Deus. Somente desta forma você deixará de ser alguém comum para ser poderoso na obra do Senhor.


terça-feira, 23 de maio de 2017

Família lugar onde aprendemos amar a Deus

Deuteronômio 6.4-9
Este texto originalmente foi escrito para o povo hebreu recém saído do cativeiro egípcio. Neste momento eles estão a caminho da terra prometida, Canaã. Era um povo nômade andando pelo deserto. Deus estabeleceu que fosse escrito nos umbrais das portas as palavras ordenadas por Ele. O propósito deste mandamento foi para que os pais ‘inculcassem’ na cabeça de seus filhos os mandamentos do Senhor, para que as gerações posteriores também não esquecessem o amor a Deus sobre todas as coisas.
De acordo com este texto, nós temos uma grande responsabilidade, nossa família deve ser uma escola onde se aprende amar a Deus. Ensinaremos aos nossos filhos através de nosso exemplo (v. 4). O verso sete apresenta quatro momentos distintos como isto deveria ser feito: 1. Assentado em casa; 2. Andando pelo caminho 3. Ao deitar-se; 4. Ao levantar-se. O verso 9 diz que os Israelitas deveriam atar nas mãos, na testa e escrever nas portas, para que o tempo todo estivessem lendo e aprendendo sobre a Palavra de Deus, para que em momento algum eles viessem a se esquecer dos mandamentos de Deus, e se corrompessem.
Este texto, sobretudo o verso sete, atribui uma importância enorme aos pais, a de educar os seus filhos segundo o ensinamento divino. Vejamos:
1. O poder da mãe no ensino
I Ts 2.7 “antes nos fizemos brandos no meio de vós, como a mãe que acaricia seus filhos”. O poder de uma mãe na educação de um filho é tão importante que o apóstolo Paulo se utiliza da figura materna para ilustrar o seu relacionamento pastoral.
As mães são, em geral, muito aplicadas ao ensino dos filhos, e são detentoras de uma forma carinhosa para tratar e ensinar os filhos.
São elas que têm os primeiros contatos com o filho, e ali os alimenta em seus próprios seios, troca suas fraudas, e em maioria, são as que ficam mais tempo com os filhos, e que lhes dá maior atenção. Existem as exceções, mas, em maioria as mães são mais dedicadas aos filhos.
Mãe aproveite este dom que Deus te deu para ensinar aos seus filhos a trilharem nos caminhos do Senhor. Seja um modelo se adorador para o seu filho, ele terá uma forte tendência a te ouvir e aceitar seus conselhos, se ele acreditar em você como uma pessoa digna.
2º lugar. O poder do pai no ensino
I Ts 2.11-12 “E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória”. O apóstolo Paulo utiliza também a figura do pai para comparar como ele procedia no ensino, na correção e na consolação.
Paulo no final do verso 11 diz que cuidamos “a cada a um de vós”. Por que ele faz este destaque? Por que sabemos que cada filho é diferente um do outro, pode se ter recebido a mesma educação, mas cada um terá características próprias que irá diferenciar um do outro, e por esta razão precisará de um cuidado diferenciado.
Pais, temos uma importante tarefa: ser exemplo para nossos filhos. Devemos fazer para eles aprenderem, e repetirem aquilo que fazemos. Nesta grande tarefa não temos como falar: “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”. Parafraseando a Paulo, temos que dizer: “faça como eu faço, por eu faço como Cristo faria”.
3º lugar. Tarefa dos pais
A maioria de nós, creio, conhece o texto de Prov. 22.6 “ensina a criança no caminho...”. Segundo o professor Gene Getz o original diz “treine a criança de acordo com sua personalidade, ou inclinação pessoal”. O que quer dizer isto? Que temos que entender como a criança é para educá-la em sua forma natural.
Nossos filhos, assim como nós mesmos passamos, experimentam diversas fases em sua formação:
1. A fase da descoberta. Neste momento as crianças sabem quase nada. A maioria das crianças, logo descobrem as tomadas da casa e querem enfiar os seus dedinhos lá ou lamber. O que devemos fazer para protegê-las é colocar uma tampa protetora para não tomarem choques.
2. A fase da imitação. A criança imita tudo o que fazemos. Então quando o pai dirige o filho diz: eu dirijo igual ao meu pai; as meninas veste as roupas da mãe, calça seus sapatos e passam suas maquiagens. Elas crescem imitando o que fazemos. É o momento em que elas estão formando sua personalidade.
3. Fase da desconfiança dos pais como modelo. Quando o filho já adolescente começa a desconfiar dos exemplos de seus pais, e querem copiar outros exemplos. Este é um grande problema para os dias atuais, onde ditos professores tem deixado de ensinar para doutrinar nossos filhos, tentando colocar em suas cabeças doutrinas e ideologias que tem levado esta geração a práticas estranhas à Palavra de Deus.
4. Fase adulta. Quando o filho/a se torna adulto e se torna independente, responsável por suas próprias decisões. Neste momento ele tomará suas decisões a partir daquilo que foi inculcado em sua cabeça.
“Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar” (Pv. 22.6)
Conclusão
A família precisa ser o lugar principal onde se aprende a amar a Deus. Quando criamos nossos filhos naturalmente: ensinando-os assentado em casa, no caminho, ao deitar-se e ao levantar-se; chegará uma hora em que ela irá buscar a sua própria experiência com Jesus Cristo. Neste momento ele terá a você como exemplo. Deuteronômio 6.4-9 nos mostra como podemos fazer isto de maneira eficaz, ou seja ensinando a nossos filhos em todos os momentos de sua vida.
Nossas famílias estão precisando urgentemente de modelos. Nossa sociedade está precisando urgentemente de modelos. Nossas igrejas estão precisando urgentemente de modelos. Modelos de caráter, de seriedade e principalmente de relacionamento com Deus.
Vivam na plenitude do Espírito Santo, buscando o caráter de Cristo para sua vida, a fim de que a próxima geração siga o seu exemplo. Se você não amar a Deus, como poderá ensinar seus filhos a amarem? Amar a Deus não é ter uma fachada cristã, eles descobrem isto facilmente na adolescência e se revoltam contra Deus quando se decepcionam com os seus pais, quando percebem que tudo que falavam era uma farsa.

Uma boa forma de ensinar e aprender é através dos cultos domésticos em família: orem juntos, leiam a Bíblia juntos, tenham momentos devocionais juntos. São coisas muito simples, mas que fazem grande efeito. Invistam tempo no seu crescimento espiritual e divida isto com sua família. 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Ideal de Deus para a sociedade

Isaias 1.19
"Se quiserem, e me ouvirem, vocês comerão o melhor desta terra
Todos nós temos ideais em nossas vidas. Alguns têm grandes ideais, sonhos enormes, desejo de crescer, prosperar, alcançar patamares maiores. Outros têm ideais menores, querem simplesmente levar uma vida modesta, quieta e sossegada. Estes querem apenas sentir-se seguro em um emprego, seja público ou privado. Muitos estudam para um concurso até passar e depois se acomodam e já não fazem mais nada, trabalham ali até aposentar-se.
Ter um ideal é muito importante, quem não tem um ideal não sai do lugar. O ideal funciona como uma meta, ela te faz sonhar, pensar, trabalhar em razão daquilo que se deseja alcançar. O ideal é a forma ou o lugar que se deseja chegar ou alcançar. Exemplo: o meu peso ideal são 77kg, então eu trabalho e como em função de chegar a este peso. Se eu não tiver este ideal vou comer o tempo todo, todo o tipo de gordice. Outro exemplo, o meu ideal é ser um pastor consagrado, então eu oro, leio a Bíblia, leio livros, ouço mensagens de grandes pastores, faço cursos, treinamentos, tudo para me tornar a cada dia um pastor mais consagrado. Qual é o seu ideal para sua vida?
Lendo este texto bíblico do Profeta Isaias eu percebo que Deus tem um ideal para a nossa sociedade, a forma como ele gostaria que vivêssemos?
Isaias faz uma boa leitura da triste situação em que o seu povo se encontrava, faz lembrar muito o Brasil de nossos dias. Parece até que Isaias estava escrevendo o jornal de hoje:
a) Havia falsa religiosidade (1.11-13) – As pessoas daquela época queriam apenas uma religião, mas não queriam muito envolvimento com Deus. Não é isto que vemos no Brasil? Um lugar tão religioso, onde se fala tanto de Deus, onde há tantos templos de todos os cultos, mas muito pouca vivência de Deus na vida das pessoas.
b) Havia muita injustiça e violência (1.21) – A justiça não funcionava para os pobres, somente para os ricos. No Brasil, pela primeira vez estamos vendo a justiça sendo feita aos ricos. “Nunca antes na história deste País” vimos tal coisa acontecendo, de pessoas ricas e políticos serem presos. Embora, ainda há uma diferença gritante, o pobre fica preso muito mais tempo que o rico. Mas, pelo menos estamos vendo que algo está sendo feito.
c) Havia muita corrupção entre os lideres da sociedade (1.23) – Isaias nos relata que os lideres
políticos de Israel eram em sua maioria corruptos. No Brasil a corrupção parece estar no DNA do brasileiro, é uma praga, uma maldição que faz parte de nossa cultura. Desde os serviços públicos mais insignificante até o mais alto escalão, a corrupção está presente. Há um cinismo impressionante em uma grande parte dos servidores que atendem diretamente ao público. Há por outro lado, uma vontade do brasileiro em pagar propinas para se favorecer, então fica tudo combinado. O corrupto e o corruptor ambos se locupletam.

A descrição da sociedade feita pelo profeta Isaías é gravíssima, porque uma coisa leva a outra. A falsa religiosidade leva o povo para longe de Deus; Sem o temor de Deus o homem se deixa levar pela corrupção; A corrupção atrai a injustiça, culminando em violência generalizada.
O profeta está trazendo um panorama da sociedade de sua época e está apontando a saída para a situação de caos. “Se quiserdes me ouvirdes, comereis o melhor desta terra”.
Nestes dois versos Deus declara abertamente o seu ideal para a sociedade.
1. Ideal de prosperidade (v. 19) – Deus nunca escondeu o seu ideal de benção para o seu povo. Sempre foi da vontade de Deus que o seu povo vivesse em abundância. Desde o começo, quando Deus começa a se revelar ao povo, este sempre foi o desejo de Deus. Deus sempre prometeu o melhor desta terra para o seu povo, entretanto, precisamos conquistar a terra, e isto leva tempo e dá trabalho. Salmos 115.16 “Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens”.
Há muitos pastores da chamada teologia da prosperidade que distorcem este texto e usam somente para arrancar mais ofertas do povo, afirmando que primeiro tem que ser dado uma oferta para que Deus depois te abençoe. Deus nunca disse isto, pelo contrário, no livro de Isaías ele está rejeitando o culto daquelas pessoas, por que eles estavam se esquecendo do pobre, da viúva e do órfão. Ofertar no templo é uma responsabilidade de quem faz parte da religião, e não uma troca para ser abençoado.
Quando Deus prometeu a terra de Canaã para o povo, ele prometeu o melhor que havia. Era uma terra boa, terra que mana leite e mel, entretanto, havia gigantes que precisam ser derrotados. Então o povo recuou, por que não estavam a fim de lutar contra gigantes. Na verdade eles tinham dúvidas se Deus iria ou não dar a eles a vitória sobre os gigantes. Então, aqueles homens recuaram e não receberam a benção de entrar naquela terra. Exceto Josué e Calebe que se posicionaram ao lado de Deus.
Deus quer abençoar a sua vida, e esta benção vem através da sua fé e obediência, através do seu comprometimento com o trabalho para multiplicar o talento que ele te deu. Creia que Deus abençoará aquilo que você por as mãos para fazer, desde que seja digno e honesto.
2. Ideal de salvação e vida eterna (v. 18) – Uma outra vontade de Deus é a vida eterna, a salvação. A benção de Deus não é apenas para este tempo, mas também para toda a eternidade. Mesmo porque, tudo o que acumularmos nesta terra, ficará por aqui mesmo, mas o que acumularmos no céu será eterno.
Tanto o ideal de prosperidade terrena quanto o ideal de vida eterna são para aqueles que têm a marca da promessa sobre suas vidas. Esta marca é o selo do Espírito Santo de Deus, que é colocado em nossas vidas quando entregamos as nossas vidas a Jesus.
Ambos ideais devem ser buscados juntos, entretanto, qual dos dois é o mais importante? Prosperidade
material ou vida eterna? Note que é para a vida eterna que recebemos a marca da promessa, e ainda mais, os nossos anos aqui na terra são poucos, comparado com o tempo que passaremos na eternidade, desta forma, precisamos nos preocupar mais com a coisa certa, devemos colocar a nossa salvação em primeiro lugar, este é o maior ideal de Deus para nossas vidas.

A salvação se inicia quando entregamos a nossa vida a Jesus. Devemos entregar as nossas vidas a Ele, por que é Jesus quem nos dá a salvação. Se você quer receber a promessa de Deus sobre sua vida, então você precisa entregar a sua vida em suas mãos. Se você já entregou, precisa viver em obediência a Deus e aos seus mandamentos.
Conclusão
Deus tem um ideal para esta terra e para a nossa nação, e é a mesma que Isaías profetizou para o povo de Israel. Como poderemos fazer parte do ideal de Deus se quisermos andar distante dele? Como receberemos suas promessas se não queremos intimidade com ele?
Deus também tem um ideal para cada ser humano, e é o mesmo ideal que ele tem para a nossa nação. Uma nação é feito de pessoas, e quando estas pessoas se dispõe a andar com Deus, a benção do Senhor chega para estas pessoas, que vão ao mesmo tempo se transformando e mudando a sociedade para melhor.

É desta forma que comeremos o melhor desta terra, quando o ser humano voltar-se completamente para Deus, amando a Deus sobre toda e qualquer coisa e ao seu próximo com a si mesmo.

Pr. Sergio Rosa - IBAP