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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Superando os fracassos da vida

Lucas 22.54-62

Jesus estava sendo levado para ser crucificado. Os discípulos estavam desesperados, completamente sem rumo. Horas antes Pedro havia jurado que iria com Jesus até mesmo à própria morte. Aqueles que haviam jurado lealdade ao seu mestre esquecera de todo o ensinamento. Enquanto Jesus estava preso na casa do sumo-sacerdote, uma multidão acampava ao redor da casa esperando o desfecho da trágica história daquele jovem rabino. Durante o tumulto, o mestre olha para a multidão aflita, e em um canto, cabisbaixo, escondido de pavor estava Pedro. Como o olhar de Jesus encontrou a Pedro? Não sabemos, mas, naquele momento Pedro lembrou-se do que Jesus havia lhe dito: “antes que o galo cante me negarás
Aquele olhar penetrante de Jesus fez Pedro desabar, ele sentiu-se envergonhado, humilhado, derrotado, fracassado. Ele que até pouco tempo atrás morreria pelo seu mestre e agora nem sequer sustenta que o conhece. Então, Pedro sai e chora amargamente.
Todos nós enfrentamos momentos de fracassos em nossas vidas, isto não é privilégio de alguns. O fracasso faz parte da formação humana, sobretudo daqueles que estão lutando para alcançar grandes conquistas. Não existem conquistas sem lutas, e não existem lutas sem fracassos. Quanto maior for o que você quer alcançar, maiores serão os seus fracassos. Entretanto, há pessoas que não conseguem lidar com a dor de um grande fracasso e desiste de tudo. Este não foi o caso de Pedro.
A partir deste texto que compartilhar com você cinco princípios necessários para te ajudar a superar os fracassos.
1. Encare o fracasso como algo temporário – há pessoas que fracassaram e acham que a vida acabou, e ficam curtindo o amargo do fracasso por toda a sua vida. Pedro lidou bem com esta questão. Aquele episódio serviu para ensiná-lo que ele não era tão valente assim. Mais tarde, após a ressurreição ele tem um encontro com Jesus no qual ele tem que afirmar por três vezes que ama a Jesus somente com amor de amigo (fileo), e não com amor incondicional (ágape).
Trabalhei com um gerente que havia ficado desempregado aos cinqüenta anos de idade. Ele se chamava Marcos. Ficar desempregado após tanto tempo trabalhando em uma só empresa é lastimável. Muitas pessoas piram com isto. Mas, lembro do Marcos me falando sempre: “Sergio, temos que ter olhos de ver e pernas de andar”, era o refrão incansável dele. Então, o Marcos saiu fez cursos de atualização, se inscreveu em diversas agências, buscou, e após um longo período de espera, ele foi selecionado para a empresa que eu trabalhava. Trabalhamos juntos durantes uns cinco anos. Ele encarou o seu desemprego como algo temporário.
Em que você tem fracassado? Não se desespere. Pare um pouco, reflita sobre tudo o que aconteceu e tire lições para as próximas oportunidades que certamente virão. Confie em Deus, que sempre nos ajuda em nossos momentos de dor, e nos ampara em todos os momentos.
Se o teu fracasso foi proveniente de um erro, não fique se lamentando, levanta, recomece, este momento precisa ser apenas temporário. Se Pedro parasse, ele estaria perdido e perderia tudo o que Deus havia preparado para ele.

2. Encare os fracassos como incidentes isolados – Pedro se sentia todo poderoso antes daquele fatídico incidente, mas, após o ocorrido passou a se conhecer melhor. Agora ele precisava ser tratado, precisava levantar a cabeça e interpretar aquele grande fracasso como um momento isolado de sua vida.
Uma especialista em culinária chamada Júlia Child estava ensinando fazer suflê: Bata um ingrediente aqui, mistura outro ali, e por ultimo coloca no forno, após algum tempo está pronto. Mas, quando abriu o forno o suflê murchou completamente. O que ela fez? Ela sorriu e disse: ‘Bem, não dá para acertar todas. Bom apetite’.
Assim são os fracassos de nossas vidas, não podemos acertar sempre, mas, não podemos nos entregar aos erros achando que é assim mesmo e que sempre vai dar tudo errado. Fracassos devem ser considerados como incidentes de percurso. Se não caminharmos, não nos acidentaremos, mas, nunca chegaremos a lugar nenhum.

3. Mantenha as expectativas em alta após o fracasso – Como Pedro poderia reerguer a cabeça após ter sido confrontado pelo olhar de Jesus?
Quando estava pastoreando em Belmonte, tentei surfar, mas, após algumas tentativas desisti, resultado, não aprendi a surfar. Diferente disto, o meu filho perseverou e quando saímos de lá ele já estava conseguindo ficar em pé na prancha. Todos os melhores surfistas do mundo aprenderam caindo.
Se Pedro abaixasse sua cabeça naquele momento de derrota e não erguesse mais, então ele nunca teria feito as obras tão excelentes que fez, a ponto de até mesmo a sua sombra curar pessoas. Deus tem um plano para sua vida, então continue crendo, as suas expectativas não serão desperdiçadas.

4. Concentre-se no ponto forte – Qual era o ponto forte de Pedro? Sua personalidade. Foi exatamente neste ponto que ele foi quebrantado, para um aprimoramento de seu ponto forte. Dias depois, em Jerusalém, Pedro estava com sua voz retumbante pregando e vê milhares de pessoas convertendo-se a Jesus.
O que distingue vencedores de perdedores é que um vencedor sempre se concentra no que é capaz de fazer e o perdedor fica preso ao que não é capaz de realizar. Deus te deu um dom, utilize-o com vigor, aproveite foi um presente de Deus para a sua vida, para que você adquira muitas vitórias através dele.

5. Volte ao ponto de partida – Voltar ao ponto de partida é recomeçar. Pedro teve que reconsiderar toda a sua vida e voltar um pouco atrás. Ele não era bem o que achava de si mesmo. Quando ele tem o encontro com Jesus após a ressurreição, ele estava bem consciente de quem ele realmente era.  Então ele volta ao ponto inicial, e recomeça o seu ministério.
A psicóloga Simone Caruthers afirma: “A vida é uma série de resultados. Algumas vezes, o resultado é aquele que você deseja. Ótimo. Pense no que fez certo. Outras vezes o resultado é o que você não deseja. Ótimo. Pense no que fez de errado para não tornar a repeti-lo”. A chave para voltar ao ponto de partida está em sua atitude em relação ao resultado.
Qual foi o ponto de sua vida que você fracassou? Na família, casamento, emprego, espiritualmente, ministério, negócios, amizade, namoro, política?

Conclusão
Se você não aprender a lidar com o fracasso nunca experimentará o sucesso em sua trajetória. Deus tem grandes coisas para realizar em sua vida e através de sua vida. Não se renda ao fracasso, não pare, não olhe para traz, não desista de suas realizações. Algumas vezes você terá que recomeçar, não tenha medo, você irá se sair bem. Não fique lastimando o que você perdeu. O que se foi já era, e não voltará mais a ser.
Se Pedro ficasse amarrado àquela experiência, ele jamais teria se tornado o grande apóstolo Pedro. Da mesma forma, se você ficar amargando uma experiência ruim, por mais dolorosa e profunda que seja, você nunca estará aberto a novas experiências e estará fadado ao fracasso.
Aquele olhar de Jesus para Pedro mudou toda a trajetória da história de fracasso de Pedro. Há algo indescritível no olhar de Jesus para nós. O olhar dele transmite graça, amor e paz. Não é um olhar acusativo e condenatório, é um olhar de misericórdia que nos chama ao arrependimento, ao mesmo tempo que nos enche de vigor para recomeçar e superar toda a dor e perda do fracasso.
Olhe para Jesus agora, ele está olhado pra você, permita, pela fé, que o seu olhar espiritual encontre com o olhar Dele. Sinta o seu amor e entregue-se completamente a ele deixando que ele te conduza em paz e em segurança para um novo estágio de sua vida. Após esta experiência, você se sentirá bem mais seguro e confiante.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Os cárceres da alma - Salmo 142.7

O livro de I Samuel 24 nos relata uma terrível experiência que Davi enfrentou antes de tornar-se rei em Israel. Samuel já o havia ungido como rei, mas, ele estava aguardando o tempo do cumprimento da promessa em sua vida. Saul fica sabendo que Davi seria rei em seu lugar e começa a persegui-lo a fim de matá-lo. Davi então foge e se esconde dentro de uma caverna e para sua surpresa quem é que entra na caverna logo depois? Seu arquiinimigo Saul. Ao invés de matá-lo, Davi poupa a vida de Saul e o deixa ir. Tempos depois, Davi sofre outra ferrenha perseguição e se vê completamente cercado por seus inimigos. A partir desta experiência de profunda dor emocional Davi compõe este salmo comparando a enorme pressão da perseguição com o um enclausuramento forçado em uma caverna.
Fazendo a leitura deste salmo para os nossos dias gostaria meditar com os amados neste tema “Os cárceres da alma”. O que são estes cárceres? por que ficamos encarcerados? e como sair destes cárceres?
O cárcere da alma é uma situação traumática que não sai de sua mente. Aconteça o que acontecer está lá. Passam-se dias, meses e anos e aquilo não sai da sua mente. Você sente que este sentimento está corroendo sua alma. Talvez a coisa tenha sido tão profunda que tenha gerado até mesmo uma depressão ou outros tipos de distúrbios de ordem emocional.
Há muitas situações terríveis que passamos durante a nossa vida que nos marcam e vivemos aprisionados, refém de sentimentos e ressentimentos que nos afligem.  Quero meditar sobre alguns destes cárceres que nos aprisionam:

1. Primeiro cárcere é o da culpa – quando fazemos algo que não deveríamos ter feito. Davi poderia ter escolhido ter matado a Saul quando ele entrou na caverna, mas ele não fez. Muitas de nossas culpas são por decisões erradas que tomamos, por esta razão é muito bom pensar e orar bastante antes de tomar uma importante decisão, para não vir depois este sentimento.
Lembro-me de uma mulher que me procurou para aconselhamento quando estava ministrando em uma igreja em outro estado. Ela era uma jovem casada, com filhos, e aparentemente tudo estava bem em seu casamento. Ela conheceu um homem e se deixou levar pela paixão, acabou se entregando para ele. Depois do ocorrido ela viu a grande besteira que tinha feito e como aquilo estava doendo em sua alma.
Muitas pessoas ficam aprisionadas no cárcere da culpa e se escondem em suas cavernas. Este cárcere consome todas as nossas energias. Aquela mulher viveu meses carregando aquela culpa, até que ela veio conversar comigo e eu disse que ela teria que conversar com o seu marido se quisesse livrar-se daquela culpa. Não existe libertação sem confissão. Se ela não confessasse teria que carregar aquela situação o resto da vida. Óbvio, havia o risco do marido não aceitá-la mais, mas, este é o risco que o perdão exige, a confissão.
Se você algum dia fez algo que te levou para o cárcere, então você está aprisionado a esta situação. Você precisa confessar para ser liberto deste sentimento. “Confessai as vossas culpas uns aos outros para serdes curados”.

2. Segundo cárcere é o da mágoa – quando alguém fez algo conosco que nos feriu. O oposto da culpa é a mágoa. Se por um lado alguém fere, por outro alguém foi ferido. É preciso tratar dos dois lados, tanto do agressor quanto do agredido, por que no final os dois estão doentes. A mágoa corrói todo o nosso ser e nos aprisiona em um cárcere poderoso. Ficamos presos em uma caverna com alguém que nos feriu e queremos nos vingar. Davi estava sendo perseguido por Saul, e era óbvio que o que ele queria era ser aceito por Saul. Por esta razão ele tenta agradar a Saul de todas as formas, mas, o que recebe é perseguição e ofensa.
No filme "Trezentos" o personagem Efialtes ofereceu-se para lutar junto com o 300 de Esparta, mas, foi recusado devido a sua deficiência física que dificultaria manobras militares. A sua mágoa o consumiu de tal forma que ele aliou-se ao exército inimigo. Aquela foi a sua maior derrota. A magoa pode consumir uma pessoa tonardo-a insensível e cruel.
Lembro-me de uma situação que um pastor amigo nosso nos contou: ele era membro de uma igreja e o seu pastor o perseguiu durante anos, e então um belo dia cansado saiu da igreja e foi para outra. Ele carregou aquela dor durante anos, até que assumiu um ministério. Afinal, o que o membro da igreja mais quer é ser amado por seu pastor. Então, após se passar dez anos, ele chama aquele pastor para pregar em sua igreja e declara publicamente o seu perdão. Ele ficou livre daquela mágoa que carregava.
O melhor remédio para a mágoa não é a vingança e sim o perdão. Pessoas que se vingam podem até sentir certa satisfação inicial, mas nunca ficarão curados.

3. Terceiro cárcere é o do medo – quando algo nos amedronta tanto a ponto de nos impedir de continuar. O medo é algo natural, uma defesa que nos avisa quando estamos em perigo. Entretanto há situação que enfrentamos que geram traumas e aprisionam a nossa alma e este cárcere nos impede de prosseguirmos e nos realizarmos.
Juizes 6 fala de um período enquanto os midianitas estavam aterrorizando o povo hebreu. Eles cavam literalmente covas para se esconderem com medo de serem saqueados. O medo faz com que nos escondamos. Deus então levanta a Gideão como líder da nação para restaurar a confiança.
Talvez alguma experiência traumática tenha te encarcerado em uma caverna e hoje você tem medo de enfrentar uma determinada situação. Creia que o nosso Deus é maior do que qualquer problema e pode te ajudar a vencer este medo.

4. Quarto cárcere da decepção e frustração – Quando queríamos muito que algo acontecesse e não aconteceu. Davi quando recebe a unção de Samuel que seria rei deve ter imaginado muitas coisas, talvez que Saul iria treiná-lo, e que ele fosse ficar feliz com sua unção. Afinal, Davi considerava Saul como um pai. Para sua surpresa e frustração Saul começa a persegui-lo e criar situações para matá-lo.
Perseguição é uma rotina na vida de quem quer andar na presença de Deus. Quem quiser vencer em Cristo enfrentará persequição: seja no ministério, seja no trabalho, ou em qualquer outro grupo social. Quem quer vencer tem que romper com o sentimento da frustração. A frustração ocorre quando esperamos muito uma postura ou tratamento de alguém e isto não acontece, e em pior das hipóteses, além de não acontecer ainda se suscita uma perseguição. Tantas pessoas passam por isto. Eu também passei por isto algumas vezes, e o sentimento é terrível. Mas você tem uma escolha: perdoar e continuar sua jornada com um coração puro, ou permitir que este sentimento entranhe o mais profundo de sua alma e te corromper. Garanto que se isto acontecer contigo, daqui a pouco você é quem estará frustrando os outros.
Livre-se deste cárcere, não vale a pena carregar sentimento de frustração. Perdoe a pessoa que te decepcionou e continue crescendo e prosperando em Cristo Jesus.

Conclusão
Como fazer para nos libertar do cárcere da alma?
O que Davi faz é pedir ao Senhor: “Tira a minha alma do cárcere para que eu dê graças ao teu nome”. Davi sabia que a situação que ele estava enfrentando e que seus inimigos eram mais poderosos do que ele, então ele reconhece que precisa de ajuda e que precisa de alguém para retirá-lo do cárcere. Davi era um adorador e como tal ele sabe que não tem ninguém melhor do que Deus para livrar sua alma do cárcere emocional que estava enfrentando.
Seja qual for o cárcere que você esteja enfrentando: culpa, mágoa, medo, frustração, decepção ou qualquer outro sentimento do gênero, se você quiser, Deus pode libertá-lo e te dar uma nova vida. João 8.36 diz que “Se o filho vos libertares, verdadeiramente sereis livres”. Jesus pode libertar você deste cárcere que tem aprisionado sua alma.
Vamos fazer algo. Vamos voltar à situação em que você está preso. Vamos entrar juntos na caverna onde sua alma está aprisionada. Agora, vamos fazer como Davi, vamos pedir ao Senhor para te tirar de lá. Agora, pela fé, sinta a mão forte do Senhor abrindo este cárcere e te dizendo pode sair filho amado. Seja livre, pois o meu filho Jesus já pagou o preço pela sua libertação.