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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Jesus, o Deus que se fez homem

 Lucas 2.39-52

Há uma grande lacuna sobre a vida de Jesus narrada nas Escrituras. Ele nasce e já aparece com os seus doze anos, não há relatos deste período, a não ser nos evangelhos apócrifos. Dos doze aos 30 anos também não há nenhum relato sobre a sua vida. Há muita especulação a este respeito, mas, nada que nos leve a uma conclusão. Tenho por mim que ele levou uma vida comum de um jovem palestino de sua idade. Não foi registrado nenhum milagre neste período de sua vida ou algo relevante, digno de nota. O que nos leva a pensar, que o seu ministério se iniciou de fato aos 30 anos. Até este período deve ter aprendido bastante com os mestres judaicos e trabalhado com o seu pai na carpintaria de sua família (Marcos 6.3). Este e outros detalhes atestam a humanidade de Jesus.

Porém, no século primeiro foi desenvolvida uma doutrina denominada docetismo, que afirmava que Jesus não possuia um corpo humano. Esta discussão sobre a humanidade de Jesus continuou por muitos anos, até que foi realizado um concílio para deliberar sobre o assunto. O Concílio de Niceia que aconteceu no ano de 325 foi o primeiro evento promovido pela Igreja para discutir a fé cristã. O principal objetivo da convocação feita pelo imperador romano Constantino I era a criação de um consenso entre os representantes da instituição acerca da natureza divina de Jesus Cristo.

O concílio declarou que o Filho era verdadeiro Deus, co-eterno com o Pai e gerado de sua mesma substância, argumentando que tal doutrina codificava melhor a apresentação bíblica do Filho, assim como a crença cristã tradicional sobre ele transmitida pelos apóstolos.

O Concílio da Calcedônia, realizado no ano 451, encerrou este debate, afirmando que Jesus era 100% homem e 100% Deus.

De acordo com este concílio há duas personalidades que residiam conjuntamente em Jesus:

1. A plena humanidade de Cristo (v. 2.40)

Jesus nasceu como uma criança comum. Embora o óvulo de Maria tenha sido fecundado pelo Espírito Santo, Jesus levou nove meses para nascer. Nasceu como um bebê comum, teve que tomar o leite materno de sua mãe, teve que aprender a falar e andar. A sua mente foi desenvolvida normalmente como um bebê. Estes detalhes atestam a humanidade de Jesus. Como criança teve toda a fragilidade de um bebê. Ele precisou cuidado e proteção.

Isaías 7:14,15 diz: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel. Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e escolher o bem”.

A versão King James Atualizada traduz manteiga como coalhada. Aliás, coalhada com mel é bom demais, eu sou fã. Faz mais sentido do que manteiga e mel. Mas, o fato é que Jesus criança deveria ser alimentado e cuidado até que aprendesse a desprezar o mal e escolher o bem. Seus pais seriam encarregados de sua educação, eles deveriam ensiná-lo estas coisas. Esta parte atesta a plena humanidade de Cristo. Ele precisou dos cuidados e ensinos de Maria e José.

2. A plena divindade de Cristo (2.48-50)

Como Jesus é filho de Deus, provavelmente o próprio Deus também se encarregou de ensinar algumas coisas, tanto que aos 12 anos o vemos no templo discutindo com doutores, homens experimentados na lei. Os seus pais se surpreenderam, então, as coisas que ele disse não aprendeu com os Maria e José. Esta idade de 12 anos sugere que Jesus foi levado ao templo para realizar o seu bar mitzvah. Esta cerimônia é um rito de passagem que os pais fazem com os filhos homens, atestando que a partir daquele momento o menino saiu da infância e tornou-se um homem. Foi somente após este evento que Jesus começou então a manifestar-se.

Quando ele sumiu do meio da caravana, eles voltaram à cidade para procurá-lo. Tiveram uma grande surpresa em vê-lo, assentado, discutindo com doutores da lei. Jesus recebeu diretamente do Pai, a sabedoria. Esta parte não veio através de conhecimento de seus pais, mas foi por revelação do próprio Espírito. Seus pais já não conseguiam acompanhá-lo a partir daí.

Conclusão

As duas personalidades de Cristo se fundem em uma só. Não há separação entre ambas. Jesus é, portanto, o Deus que se fez homem e habitou entre nós. Ele fez isto com uma finalidade, Sendo Deus e homem, Jesus conheceu as nossas dores e por isto, pode nos compreender plenamente. Ele se tornou um modelo a ser seguido, enquanto homem, e um Deus a ser obedecido.

Ele também entregou a sua vida humana, como um cordeiro, para morrer em nosso lugar. A sua morte humana, seu sacrifício na cruz é o que nos liga a ele como Deus. Tudo o que precisamos fazer diante dele é aceitar o seu sacrifício, aceita-lo em nosso coração. Devemos entregar a nossa vida em suas mãos, para que ele entre em nossos corações.

Jesus é o Deus homem que veio ao mundo para nos dar uma nova esperança e nos mostrar um novo e vivo caminho.

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