Mt. 5.11-12 e Tiago 1.1-4, 12.
No estudo anterior vimos que ser
perseguidos por causa da justiça é o mesmo que ser perseguidos por que nos
parecemos com Jesus. A vida do crente precisa ser dominada por Cristo, pela
lealdade a Cristo, pela preocupação em fazer tudo por causa de Cristo e pelo
desejo de ser parecido com ele. "Bem-aventurados
sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, forem
perseguidos..." (v. 11). O aspecto peculiar que envolve as
perseguições sofridas pelos crentes é que elas são experimentadas "por
causa do Cristo".
Se me permitem uma pequena digressão, mas dentro do assunto, lamentavelmente hoje estamos acompanhando na mídia o ocorrido com o Pr. Silas Malafaia. Sobre este assunto não temos um posicionamento, sequer uma opinião, o que sabemos é apenas o que está sendo noticiado pelos meios de comunicação e pelo próprio. Entretanto, a acusação não é por que ele se parece com Cristo, e nem por nenhuma mensagem sobre Cristo ou de salvação por intermédio de Cristo, mas sim devido a suspeitas sobre doações. Sobre este detalhe entendo que devemos aguardar o posicionamento dos magistrados, e não nos precipitarmos no julgamento, a nossa oração é que prevaleça tanto a justiça dos homens quanto a de Deus. Particularmente, eu não gosto deste posicionamento de se jogar o nome de uma pessoa, seja ela quem for, na lama, antes do juízo, gostemos ou não dela.
Se me permitem uma pequena digressão, mas dentro do assunto, lamentavelmente hoje estamos acompanhando na mídia o ocorrido com o Pr. Silas Malafaia. Sobre este assunto não temos um posicionamento, sequer uma opinião, o que sabemos é apenas o que está sendo noticiado pelos meios de comunicação e pelo próprio. Entretanto, a acusação não é por que ele se parece com Cristo, e nem por nenhuma mensagem sobre Cristo ou de salvação por intermédio de Cristo, mas sim devido a suspeitas sobre doações. Sobre este detalhe entendo que devemos aguardar o posicionamento dos magistrados, e não nos precipitarmos no julgamento, a nossa oração é que prevaleça tanto a justiça dos homens quanto a de Deus. Particularmente, eu não gosto deste posicionamento de se jogar o nome de uma pessoa, seja ela quem for, na lama, antes do juízo, gostemos ou não dela.
Voltando ao tema, este complemento da bem
aventurança apresentado no texto em epígrafe nos remete para a promessa do porvir, portanto, uma característica
geral do crente é que a sua vida deveria ser controlada por pensamentos celestiais
e pela visão do mundo vindouro: "Regozijai-vos
e exultai, por que é grande o vosso galardão nos céus”. A ideia de galardão é de recompensa, salário,
homenagem por serviço realizado, reconhecimento ou até mesmo um prêmio. Tiago
chama de coroa da vida (v. 12). O nosso foco, embora ainda temos muito o que
fazer nesta terra, é o céu, por que é lá que finalmente seremos recompensados.
1. Qual deve ser o comportamento do crente nas perseguições por nos
parecermos com Cristo?
O nosso Senhor foi perseguido
tanto pelos crentes como pelos pagãos. Tanto pelos que estavam na igreja como
os que estavam fora. Mas ele não revidou. Lloyd Jones afirma que retaliar é
mostrar-se igual ao homem natural, o qual sempre retruca na mesma moeda. O
crente não deve retaliar, e nem mesmo ressentir-se daquilo que os homens
fizerem contra eles. O texto diz: "alegrai-vos
e exultai-vos". Isto não quer dizer que você deve ficar procurando ser
perseguido para alegrar-se, ou alegrar-se somente quando estiver passando por
perseguição, por que isto seria masoquismo, ou prazer na infelicidade ou na dor.
A alegria aqui está tão somente no fato de que ao nos perseguirem as pessoas
estão nos comparando com Cristo, isto quer dizer que estamos bem próximos de ser
parecidos com Jesus. E este deve ser o motivo de nosso contentamento, simplesmente
por que estamos chegando perto de nosso alvo.
2. Fuja do sentimento de orgulho por causa da perseguição.
Se nos alegrarmos na perseguição
propriamente dita, e se pensarmos, "ah que bom, estou passando por
perseguição por que sou muito melhor do que aqueles que me perseguem",
então nos tornamos parecidos com os fariseus e não com Cristo. A perseguição
não é algo para nos orgulharmos e sim para lamentarmos por que as pessoas que
nos perseguem estão sendo usadas por satanás para nos causar dano. Como disse a
alegria é tão somente por que fomos comparados com Cristo e não pelo sofrimento
que enfrentamos.
O apóstolo Paulo, de certa feita,
colocou a questão nos seguintes termos: "Por que a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno
peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas cousas que se
veem, mas nas que se não veem; por que as que se veem são temporais, e as que
se não veem são eternas" (II Cor 4:17-18).
3. O que nos espera no porvir?
O nosso corpo será transformado e
glorificado, e não haverá qualquer dor ou enfermidade. Desaparecerão a tristeza
e os gemidos; todas as lágrimas serão enxutas. Tudo será glória para sempre.
Não haverá mais guerras e nem rumores de guerras; não haverá mais infortúnios
que seja capaz de arrastar o ser humano para a lama, tornando-o infeliz e
derrotado, nem mesmo por um segundo.
Alegria pura, glória, santidade,
pureza e maravilha! Isso é o que está esperando por nós. Se aqui nesta terra me
perseguem, incidentalmente estão provando que eu me pareço com Cristo. Portanto
longe de ficarmos ressentidos e de querermos revidar, ou de nos entristecer com
a situação. Assim sendo, cumpre-me agradecer a Deus não pelo que estou
sofrendo, por que aquelas pessoas que me perseguem estão em condenação, mas por
que, conforme Paulo salientou: "...Por
que a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória,
acima de toda comparação".
Conclusão
A partir deste texto começamos a
compreender como é possível regozijar-se na tribulação e não por causa da
tribulação. Nosso regozijo vem da visão de onde queremos chegar e do galardão
que receberemos.
Percebemos nesta meditação que
seremos perseguidos por nos parecer com Cristo e devemos nos alegrar pelo fato
das pessoas, ainda que sejam os nossos algozes, nos acharem parecidos com
Cristo. Devemos, no entanto, analisar se o motivo da perseguição é realmente
por que somos parecidos com Cristo e não por ser um chato, indelicado,
grosseirão ou fanático.
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