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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

A igreja evangélica e o carnaval

Tito 1.15-16

A festa de carnaval cresceu tanto, ao longo dos anos, que se tomou grande parte da cultura popular do Brasil. Em qualquer lugar do mundo o carnaval é visto como a maior manifestação cultural brasileira.

Não quero aqui fazer uma análise antropológica do carnaval, apenas um comentário sócio-teológico. Não é uma análise crítica profunda, apenas uma visão superficial geral do que se vê na prática, a partir de comentários de conhecidos e publicações de todos os tipos, desde as mais populares até às mais especializadas.

Não há uma definição exata do que seja ‘o carnaval’, embora algumas particularidades sejam: o ritmo do samba, a euforia e muito rebolado. A manifestação cresceu tanto que hoje existem várias vertentes desta festividade, uma para cada gosto.  Até mesmo a igreja evangélica foi envolvida no contexto carnavalesco. Chegamos ao ponto de ter igrejas que colocam o bloco na rua, com trio elétricos, música e muita dança. Entre membros das igrejas, há muitos que arriscam alguns passinhos de samba, ainda que seja por pura brincadeira. No entanto, isto demonstra que, apesar de muitos não se envolverem diretamente, são, de alguma forma, influenciados.

Já foi tempo em que evangélicos consideravam o carnaval como a festa da carne, do pecado, da luxúria. Hoje há um número bem grande de evangélicos que participam de algum tipo desta manifestação cultural. Uma grande parte ainda faz ‘escondido’ com medo de alguma repreensão. Outros vão ver desfiles das escolas de samba na Sapucaí, alguns ousam sair em blocos, e tem aqueles que fazem a sua própria festa em separado. Há também aqueles que trabalham diretamente para a indústria carnavalesca, na produção de roupas, fantasias e outros; há os ambulantes, pequenos negociantes, quem trabalha na segurança pública hotéis, e tantas outras atividades que o carnaval proporciona.

Verdade seja dita, assim como o futebol, o carnaval é uma grande festa popular, que acaba envolvendo a quase todo o País, de forma direta ou indireta. Podemos dizer que o futebol, em suas arenas, é tão profano quanto o carnaval. Cantarolas de grupo organizado não nos deixam mentir, com palavrões, brigas, tumultos, em meio ao espetáculo. Sem contar com o excesso de consumo de bebida alcoólica.

O carnaval é muito ligado às religiões afro, isto nota-se nos desfiles, onde há bastante exposição religiosa, principalmente nos carros alegóricos que trazem figuras dos orixás e entidades. Embora não sejam todos, é uma marca.  O som da bateria faz lembrar o som dos tambores africanos. Porém, nem todos que participam das festividades de carnaval são adeptos destas religiões. E, como já foi dito, há diversos grupos que fazem as suas festas de acordo com os seus próprios princípios e valores. Cada vez mais há uma adequação das festas carnavalescas.

Se me perguntassem há dez anos atrás se eu achava que pular carnaval seria pecado, eu diria que sim, sem pestanejar. Hoje, quando olho o que o carnaval se tornou uma manifestação cultural que tem de tudo, não consigo responder mais com um ‘sim’ ou ‘não’. Se você participa de alguma forma, da festividade, sem negociar seus princípios e valores cristãos, não seria pecado. Mas, se você absorve tudo de ruim que o carnaval possa oferecer, aí se torna pecado, devido aos males que irá te proporcionar.

A partir de tudo isto, o que se pode perguntar é se você consegue manter uma integridade cristã em meio ao seu envolvimento com esta onda gigante que é o carnaval.

Pr. Sergio Rosa

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