Tito 1.15-16
Não quero aqui fazer uma análise
antropológica do carnaval, apenas um comentário sócio-teológico. Não é uma
análise crítica profunda, apenas uma visão superficial geral do que se vê na
prática, a partir de comentários de conhecidos e publicações de todos os tipos,
desde as mais populares até às mais especializadas.
Já foi tempo em que evangélicos
consideravam o carnaval como a festa da carne, do pecado, da luxúria. Hoje há
um número bem grande de evangélicos que participam de algum tipo desta
manifestação cultural. Uma grande parte ainda faz ‘escondido’ com medo de
alguma repreensão. Outros vão ver desfiles das escolas de samba na Sapucaí, alguns
ousam sair em blocos, e tem aqueles que fazem a sua própria festa em separado.
Há também aqueles que trabalham diretamente para a indústria carnavalesca, na
produção de roupas, fantasias e outros; há os ambulantes, pequenos negociantes,
quem trabalha na segurança pública hotéis, e tantas outras atividades que o
carnaval proporciona.
O carnaval é muito ligado às
religiões afro, isto nota-se nos desfiles, onde há bastante exposição religiosa,
principalmente nos carros alegóricos que trazem figuras dos orixás e entidades.
Embora não sejam todos, é uma marca. O
som da bateria faz lembrar o som dos tambores africanos. Porém, nem todos que
participam das festividades de carnaval são adeptos destas religiões. E, como
já foi dito, há diversos grupos que fazem as suas festas de acordo com os seus
próprios princípios e valores. Cada vez mais há uma adequação das festas carnavalescas.
Se me perguntassem há dez anos
atrás se eu achava que pular carnaval seria pecado, eu diria que sim, sem
pestanejar. Hoje, quando olho o que o carnaval se tornou uma manifestação
cultural que tem de tudo, não consigo responder mais com um ‘sim’ ou ‘não’. Se
você participa de alguma forma, da festividade, sem negociar seus princípios e
valores cristãos, não seria pecado. Mas, se você absorve tudo de ruim que o
carnaval possa oferecer, aí se torna pecado, devido aos males que irá te
proporcionar.
A partir de tudo isto, o que se
pode perguntar é se você consegue manter uma integridade cristã em meio ao seu
envolvimento com esta onda gigante que é o carnaval.
Pr. Sergio Rosa
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