Juízes 5.12
Hoje em todo o mundo é comemorado ‘O Dia Internacional da mulher’. Este
dia foi criado em homenagem a 129 operárias que morreram queimadas, numa ação
da polícia, que tentava conter uma manifestação em uma fábrica de tecidos.
Essas mulheres estavam pedindo a diminuição da jornada de trabalho de 14 para
10 horas por dia e o direito à licença-maternidade. Isso aconteceu em 8 de
março de 1857, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A polícia reprimiu violentamente a
manifestação fazendo com que as operárias refugiassem-se dentro da fábrica. Os
donos da empresa, junto com os policiais,
trancaram-nas no local e atearam
fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs. Somente em 1910, 53 anos após a
tragédia, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na
Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional
da Mulher em homenagem às operárias de Nova Iorque. A partir de então esta data
começou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem às mulheres.
Parabéns mulheres pelo seu dia!
O texto bíblico, base desta
meditação, faz parte de uma grande poesia dedicada à Débora, juíza de Israel.
Esta linda canção era entoada em todas as festas e celebrações importantes do
povo hebreu, a fim de relembrar os feitos da Juíza Débora.
Débora contraria a muitos
pensamentos retrógrados de que Deus só escolhe homens para dirigir o seu povo.
Louvo a Deus pela Igreja Batista da CBB, e particularmente acho que as mulheres
também deveriam louvar bastante, por que é um lugar onde as mulheres sempre
tiveram lugar de participação em meio à liderança. Embora tenha demorado
bastante para liberar a ordenação feminina, sempre houve espaço para o
desenvolvimento de liderança das mulheres. Hoje, em pleno século XXI, ainda há organizações
eclesiásticas que fazem acepção de sexo, nestas igrejas mulheres são tidas como
seres inferiores que não podem exercer cargos de liderança, e devem ser sempre
subordinadas aos homens. Para impor este jugo às mulheres eles se baseiam mais
nos usos e costumes do que no estudo teológico aprofundado. Débora é um grande
exemplo de que Deus pode usar a quem ele quer, seja homem, seja mulher.
Este texto é uma grande chamada para
que as muitas Déboras modernas possam acordar, ampliar sua visão, ver a sua
condição de mulher oprimida e lutar contra o jugo da opressão masculina que as
aprisionam.
Durante toda a existência humana
sempre houve um povo oprimido e um povo opressor, que nunca irá deixar sua
posição facilmente. A própria nação de Israel, na época de Débora, estava sendo
oprimida por Jabim, rei de Canaã (2). Para que acontecesse a libertação, foi
preciso lutar. Deus usou a profetiza Débora para liderar o exército juntamente
com Baraque e libertar o povo daquela opressão.
Há muitas mulheres que ainda vivem
oprimidas nos dias de hoje. Creio que Débora é um grande exemplo de mulher forte
que pode ser seguida.
Principais armas da opressão:
1. O medo – O medo geralmente faz com que nos
sintamos menores,
O opressor sempre tira proveito do
medo para coagir, a fim de que as pessoas não lutem, por medo de se ferirem ou
perderem alguma coisa. Por isto, todo opressor deixa um fio de esperança, para
que as pessoas se agarrem a ele e não se rebelem.
Se você está em uma condição assim,
peça ao Senhor para que te liberte do seu medo, para que você possa lutar
contra a opressão que te aprisiona.
2.
O preconceito –
Assim como o medo, o preconceito é utilizado para que aquele que é oprimido se
sinta inferior, sem capacidade de realização. Isto aconteceu e ainda acontece
com não-brancos. Há um tendência muito forte de uma Europeização do mundo.
Então, em todo o mundo pessoas de cores brancas se sentem superiores a pessoas
de cor. Basta dar uma boa olhada nas pessoas
mais ricas do mundo, ir nas melhores universidades, nos principais cargos das
grandes empresas e se percebe o preconceito. Algumas universidades, para
combater isto, abrem vagas para não-brancos a fim de criar oportunidades
iguais.
A luta contra o preconceito contra a
mulher não é algo tão simples. Ele tem suas segregações: Não é apenas uma luta
da mulher, mas há dentro desta luta, outras lutas. A luta da mulher branca é
diferente da não-branca; a luta da rica é diferente da pobre; a luta da cristã
é diferente da mulçumana; a luta da latina é diferente da estadunidense.
Durante muito tempo a mulher foi
tratada de maneira preconceituosa. Em muitos lugares este preconceito ainda é
muito forte. O problema é que as próprias mulheres acham normal e ajudam a
perpetuar isto. Débora é um grande exemplo de que pensamento machista não vem
de Deus. As mulheres podem fazer muito mais e irem muito mais longe.
Afinal, Deus fez a todos a sua Imago
Dei, ou seja: à sua imagem e semelhança os criou, homem e mulher.
3.
O domínio – O
domínio de um povo opressor sempre é feito utilizando-se tanto o medo, quanto o
preconceito.
Este texto é um convite para
reflexão: Desperta, Débora, acorda! Despertar é se revestir do Espírito que
estava sobre Débora, e lutar contra uma condição de opressão. É despertar para
a vida, e utilizar toda a capacidade que Deus entregou à mulher como agente
transformador deste mundo. É despertar para o fato de que Deus criou homem e
mulher, ambos com capacidade extraordinária. São dois seres tão distintos, mas que
se completam em tudo.
Desperta Débora, é para que as
mulheres busquem o seu espaço, e imponha o respeito que lhe é devido, sem perder sua feminilidade, que é um dos seus mais fortes atributos. A luta é pelo direito de ser mulher, e não tornar-se um homem. Busquem
em Deus:
1. Sabedoria para sair desta
condição
2. Coragem para liderar a batalha
contra a opressão
3. Decisão diante das atitudes que
precisa tomar
4. Força para esperar o tempo certo
de ação
5. Ímpeto para não ser
vencida pela procrastinaçãoPr. Sergio
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