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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

O evangelho da graça

João 8:10,11

Em uma entrevista o Papa Francisco afirmou que a homossexualidade não é crime é pecado, porém, na mesma entrevista ele também afirmou que a falta de caridade também é igualmente pecado. A fala do papa na verdade não é uma acusação, mas, uma defesa, é um apelo para os países que ainda condenam o homossexual a prisão e até mesmo a morte. Ele faz um apelo portanto à caridade.

Há cristãos que fazem tanta coisa errada, coisas bem piores, mas, condenam um pecado específico sem caridade. É preciso exercitar a caridade para com o próximo e entender que somos rápidos para estender o dedo indicador em direção aos outros, quando nós mesmos temos muitos erros.

Na bíblia não vemos Jesus condenando nenhum pecador, mas, convidando a todos a se sentar próximo a ele e ouvi-lo. Não é que Jesus concordasse com os seus erros, pelo contrário, Jesus era radical em suas asseverações, mas, ele não expurgava o pecador de sua presença, pelo contrário, ele dava oportunidade de redenção, ele sempre mostrava um outro caminho, um caminho melhor para todos, sem forçar ou obrigar a ninguém a trilhar.

Jesus parecia lidar muito bem com os pecadores de sua época, ele não conseguia lidar era com a hipocrisia dos religiosos. Os pecadores entendiam bem a graça salvadora, os religiosos hipócritas saiam sempre reclamando raivosamente. Jesus os irritava com a sua mensagem. Estes religiosos sem escrúpulos tramaram mata-lo por esta razão. Eles o acusavam de sentar-se e comer com eles. Na sua concepção, Jesus era um libertino, que chegava ao ponto de ter discípulos do sexo feminino.

Certa vez, alguns fariseus trouxeram até a presença de Jesus uma mulher pega em fragrante adultério. A pena para tal ato era o apedrejamento. O curioso deste texto é que só levaram a mulher, esqueceram o homem, talvez porque era um de seus próprios pares. Esta situação foi montada como um teste para pegar Jesus em algum erro ou jogá-lo contra a multidão. Se ele dissesse pra não apedrejar, ele estaria indo contra a lei e ficaria muito ruim pra ele, por outro lado, se ele os mandasse apedrejá-la, se igualaria a eles. Jesus então abaixou-se, começou a escrever na areia e disse que aquele que não tivesse pecado, poderia começar o apedrejamento. Porém, um a um saiu, a começar dos mais velhos: “E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais” (João 8:10,11).

Jesus não participou do linchamento daquela mulher e não participa de nenhum apedrejamento. Ele na verdade faz um convite a todos, tanto os que se acham certinhos quanto aqueles que reconhecem que tem pecados: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). O chamado da graça é para todos, porque no final das contas, todos nós somos pecadores, não há nenhum ser humano na face da terra que possa se declarar justo diante de Deus.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Amor é o que o amor faz!

 

Lucas 10.25-37

Quando a Bíblia fala sobre amor, não está se referindo apenas a um sentimento, mas sim a uma ação. James Hunter em sua obra o Monge e o Executivo define amor da seguinte forma: amor é o que o amor faz. Amor portanto não é apenas sentir algo por alguém, está mais para fazer algo bom para outrem. Logo amor é uma expressão da bondade, do cuidado, da ajuda.   

Amar na Bíblia é uma ordem para os cristãos, não é algo opcional. Não é algo para esperar sentir, é para decidir e fazer. A palavra no grego traduzida por amor é o Ágape, que é uma ação de bondade incondicional, que nada espera de retorno. É o amor de Deus para conosco.

Quando penso neste amor, me vem a mente a figura de uma boa mãe. Ela gesta o seu filho por nove meses, carregando-o carinhosamente em seu próprio ventre. O seu corpo se deforma, os seu seios incham, ela ganha peso, passa mal e sente fortes dores no parto. Mas, quando aquela criaturinha vem ao seu colo, seus olhos brilham de paixão. Ela o alimenta, o veste, cuida e protege, sem esperar nada em troca. Isto é Ágape.

Talvez não consigamos amar com toda esta força, mas, este é o modelo, é este o alvo. Amar é portanto expressar tudo isto para com o nosso semelhante, que Jesus chamou de próximo.

Uma das maiores expressões bíblicas a respeito do amor está na passagem do bom samaritano. Ele viu alguém que necessitava ajuda, parou, cuidou das feridas daquela pessoa mesmo sem conhecê-la. Jesus ensina claramente nesta parábola que para nada serve ser um religioso praticante, se não demonstrar o amor para o seu próximo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

O pós eleição e a igreja dividida

 João 18:36

O que fazer para socorrer os irmãos que foram afetados direta ou indiretamente pela política partidária que inundou as igrejas evangélicas? Esta é uma pergunta que precisa ser respondida urgentemente, correndo o risco de perdermos o time correto para isto.

Estas eleições despertaram o que de pior tem no ser humano, o ódio. Este ódio fez crescer uma polarização jamais vista em nenhuma outra eleição em nosso País. Uns afirmavam ser por Paulo e outros de Apolo, e assim carnalmente fomentaram o ódio. Onde há ódio, não há como prevalecer o espírito do Cristo.

Muitos membros das igrejas evangélicas se afastaram. Alguns porque não gostam de política, outros até gostam, mas, acham saudável misturar as duas coisas. Houve aqueles que se afastaram porque foram perseguidos por defender um partido oposto ao que a liderança da igreja defendeu. Em sua maioria, foram os eleitores que votaram na esquerda. Estes foram duramente perseguidos e severamente criticados por eleitores da extrema direita. Isto é fato.

Com isto, estas eleições deixaram um enorme prejuízo para inúmeras igrejas e isto não pode ficar assim, algo precisa ser feito. O que é preciso fazer agora para tentar, de alguma forma recuperar o prejuízo?

Primeiro, é preciso reconhecer o erro. Religião e Estado precisam andar separados, principalmente da política partidária. Igreja não é comitê eleitoral. Isto não quer dizer de forma alguma que o cristão não deve se envolver em política, pelo contrário, é salutar que pessoas de bem se interesse pela matéria. O que não é salutar é que a instituição Igreja se envolva, para não correr o risco do retorno do chamado ‘voto de cabresto’.

Segundo, é preciso aprender a respeitar a decisão de cada membro da igreja, no que diz respeito a sua vontade política. Por mais estranho que possa parecer o voto do irmão, é importante respeitá-lo. O que não quer dizer que não se possa conversar sobre o assunto. Seria importantíssimo o diálogo. Porém, a polarização que foi gerada pelo ódio impediu qualquer tipo de diálogo. Este fato só é interessante para o político, cujo o lema é “dividir para conquistar”. Todos querem formar o seu “gueto eleitoral”. Querem transformar eleitores em teleguiados eleitorais. E, não é importante para eles que se dialogue com eleitores opositores. Vai que alguém o convença.

Terceiro, Voltar ao ensino básico de Cristo. Cristo é a razão de ser da Igreja. Ela nasceu a partir dele, e deveria viver em função dele. Jesus nunca se envolveu em política partidária, muito menos para tentar angariar algum benefício, seja para ele ou para a Igreja. Ele tinha milhares de seguidores, e poderia facilmente negociar a sua força política. Porém, Jesus disse bem claramente: “O meu reino não é deste mundo”. Quando nos esquecemos a razão de ser da igreja, nos deixamos levar por outros ventos que nos levam para distante do nosso porto seguro.

E por último e não menos importante, deverá haver o perdão, aqueles que atacaram aos seus irmãos, precisam voltar e pedir perdão e quem foi ferido, precisa liberar o perdão. Houve muita coisa que foi dita que trouxe profundas mágoas e fez grandes feridas. Tudo isto precisa ser curado. A cura se dará através do perdão.

Se não caminharmos para uma solução neste formato, corremos o risco de ter duas igrejas no Brasil, uma do Bolsonaro e outra do lula.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

O crente pode beber?

 

E não vos embriagueis com vinho, que leva à devassidão, mas deixai-vos encher pelo Espírito” Ef. 5.18

Evangélicos e a bebida alcoólica. Estou lendo um livro muito bom, o título é “O evangelho maltrapilho”, de Brennan Manning. No capítulo sete ele fala sobre a graça falsificada, que é quando queremos enganar a graça. Queremos mostrar ao mundo algo que não somos. Uma imagem um personagem fabricado. Uma hipocrisia.

Neste capítulo, Brennan fala de um homem chamado Max, que era alcoólatra, mas, que mentia o tempo inteiro para si mesmo e para os outros, dizendo que só bebia socialmente. Ele escondia de todos tudo de ruim que a bebida havia causado em sua vida, inclusive quando quase matou a sua própria filha, quando saiu para beber e a esqueceu no carro. Ele negava a dependência que tinha daquela droga licita.

Brennan é um pastor norte americano, ele também era alcoólatra, Max fazia parte do mesmo grupo que ele. O grupo seguia a filosofia de que nenhuma recuperação pode ser iniciada até que o homem admita que é impotente diante do álcool e que a vida se tornou ingovernável.

Nos USA quase a metade dos cristãos bebem. No Brasil não bebem porque o evangelho que veio para cá foi de linha fundamentalista, que proibiu o uso das bebidas. Mas, com o mundo globalizado, não demorou muito para as pessoas descobrirem isto, e muitos acharem nisto uma desculpa para começar a beber.

Meu sogro era alcoólatra, ele frequentava o AA, eu fui lá algumas vezes. Eles tem um lema: O álcool é uma doença incurável e progressiva.

A quem interessa que o cristão beba? Somente as industrias cervejeiras e de destiladas. A mais ninguém. Eles sim, faturam alto com o alto consumo. Quanto mais gente beber, melhor.

Brennan, mesmo sendo um pastor, não teve domínio sobre o álcool. O vício o dominou e o marcou profundamente. Mas, você não, fica tranquilo, você vai dominar o álcool. Você só bebe socialmente. Sei..

O apóstolo Paulo afirmou: “Não vos embriagues”. Nós só nos embriagamos quando bebemos. Não existe isto de beber socialmente, quem gosta de bebida bebe muito, quem não gosta, talvez pegue um copo e fique com ele uma festa inteira, só para ser social.

Para quem diz não haver proibição bíblica para o uso da bebida alcoólica na Bíblia, realmente não há diretamente, a proibição é para não embriagar-se, porém, ainda não conheci alguém que goste de beber que não tenha ficado embriagado.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Pastor freestyle

Pastor freestyle é uma tendência da igreja pós-moderna, aquelas que, em geral tem o fundo pintado de preto. 

Freestyle em tradução literal é estilo livre. Mas, temos utilizado muito esta palavra para definir algo que seja moderno. O Pastor freestyle é basicamente definido por suas roupas mais jovens, blusas de marca, calça apertadinha, cabelo estiloso, barba bem feitinha, alguns até aderem a maquiagem. Em muitos destes não pode faltar a tatuagem para parecer mais descolado.

A mensagem também é afetada, em geral são mais soltas, mais joviais, embalada pela teologia do coaching, voltado para a autoajuda, onde a empolgação é a marca. Muita música embalando o culto, muita luz, som de qualidade, forte iluminação, banda com instruemental de ponta e mensagem antropocentrica.

Os pastores mais antigos criticam, mas, os jovens cai dentro e aderem completamente. Os antigos resistentes a mudança procuram defeitos para demonizar a prática, já os jovens não criticam nada, desde que tenha bastante vibração está ótimo.

O pastor freestyle utiliza todos os elementos da pós-modenidade. Tudo o que é jovial que possa atrair as massas. O problema não está em usar estes ou  outros elementos, mas, sacrificar a santidade e baixar o nível do conhecimento bíblico.

Se o pastor consegue manter a santidade e o nível bíblico da igreja em alta, não vejo problema. Porém, não é o que se observa no momento em grande parte destes ministérios. A qualidade é ruim.