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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

quinta-feira, 17 de março de 2022

O Juízo Final, uma audiência com Deus

Apocalipse 20.11-15

Eu já estive em algumas audiências em tribunais. Mas, nunca como réu. Deve ser uma experiência muito desagradável, ver ali a sua vida sendo decidida por outras pessoas: Promotor, advogado, testemunhas e, dependendo, jurados. Certa vez, participei de uma audiência, porém, foi como testemunha, onde uma dona de uma loja estava sendo processada por uma ex-empregada. A funcionária me pediu para ser testemunha. Eu fui e disse exatamente o que eu lembro ter acontecido. Este é o papel da testemunha. O advogado de defesa ainda tentou me induzir a falar outras coisas, porém, eu disse que falaria apenas o fato ocorrido. Assim, o julgamento deu-se e a empresa foi condenada a pagar uma indenização para a funcionária.

O dia do juízo final, será o dia do julgamento final, onde todos os povos, de todos os tempos, de todas as línguas, etnias e nações, irão comparecer diante de Deus para receber a sentença. Cada um será julgado em conformidade ao que está escrito nos livros que serão abertos.

Como será este julgamento?

1. A primeira coisa a considerar é que Jesus será o juiz (Ap 20.11)

O apóstolo Paulo fala a este respeito afirmando que “Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos” (2Tm 4.1). Pedro confirma dizendo que Jesus Cristo “é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos”. (At 10.42). Como juiz, ele julgará com retidão. Não será como juízes que recebem propinas e vendem decisões. Ele é o santo juiz.

 2. A segunda coisa a considerar é que todos serão julgados (Ap 20.12)

Após o fim de todas as coisas, o fim da história da humanidade, haverá o grande julgamento, ali, naquele momento estará sendo definido onde cada um passará a eternidade. Céu ou inferno, caberá ao santo juiz definir o nosso destino.  

Neste momento se abrirão os livros e toda a nossa história de vida estará registrada nele. Cada ato, cada pensamento, cada atitude, tudo. Nada ficará de fora.

O apóstolo Paulo escreve em Rm 14.10-12: “Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo”.

3. A terceira coisa a considerar é que o Julgamento não é opcional

Quando cometemos um delito, é apresentado uma acusação contra nós. Isto é encaminhado ao juiz que julgará a procedência da acusação. Ser julgado não é uma opção de quem cometeu o crime, cabe ao ministério público apresentar a acusação, ao advogado de defesa representar a nossa causa e ao juiz, julgar conforme tudo oque está escrito. O juiz examina as provas e profere sua sentença. O julgamento não é uma opção para quem cometeu o delito. É o juiz quem decide.

Da mesma forma será o grande julgamento, trata-se da nossa audiência com Deus. O dia do julgamento já está marcado na agenda dos céus. Há um registro fiel de tudo o que fizemos neste mundo durante a nossa vivência aqui. Não há como escapar deste julgamento, não é opcional. Deus marcou a data deste julgamento e vai executar a sentença.

Qual a mensagem bíblica para nós sobre o grande julgamento?

O que o grande julgamento nos leva a pensar?

1. A doutrina do juízo final constitui motivo para uma vida justa

A mensagem do julgamento não é para amedrontar a ninguém. Não é para que as pessoas morram de medo de serem condenadas e assim queiram andar com Deus. Na verdade trata-se de um grande incentivo para praticarmos boas obras. Nós, seres humanos decaídos da graça de Deus por intermédio do pecado, temos uma natureza má. Se não houver nada que nos force a fazer o bem, nós acabamos esquecendo. O grande julgamento nos lembra que precisamos escrever boas coisas no livro da vida, porque tudo está sendo observado. Se alguém quiser mal, corrupto, perverso, saiba que pagará por isto.

2. A doutrina do juízo eterno se constitui em grande motivo para a evangelização

Entendemos que haverá um grande julgamento, as pessoas condenadas padecerão por toda a eternidade, devemos então, por amor, fazer tudo para que estas pessoas sejam salvas. A evangelização nada mais é do que a demonstração de amor por aquele que se perde. 2Pe 3.9 diz que “não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”. Nós que já recebemos o livramento da condenação devemos ajudar a outros a também encontrar este caminho.

Conclusão

Cristãos de um modo geral acreditam que haverá um grande julgamento, e que Deus estará sentado mandando uns para o inferno e outros para o céu. E alguns até perguntam, como pode um Deus de amor condenar pessoas para o inferno. Outras pessoas dizem: Deus é quem sabe, afinal eu não fiz tanta coisa ruim. Outras pessoas ficam até com medo de pensar, e preferem deixar pra ver o que acontece.

Eu creio que João, o discípulo amado, nos dá uma direção muito boa sobre como será o grande julgamento. João 3.16-19 diz que “quem crê nele não é julgado; o que não crê já está julgado”, em algumas traduções, diz que já está condenado. No verso 19 ele diz como será o julgamento de uma maneira bem simples de entender “as pessoas amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más”. O julgamento não é o que Deus vai determinar no futuro, o julgamento na verdade se dá no momento em que você faz as suas escolhas. Quando fazemos a escolha para o bem, estamos determinando o futuro de nossa alma com Deus, quando fazemos escolha para o mal, estamos determinando a nossa existência para longe de Deus.

Naquele dia, você será o seu próprio promotor e juiz. Não será Deus quem irá dizer para onde você vai, mas você mesmo é quem está decidindo a partir de suas escolhas. Seus atos determinam hoje a sua eternidade.

Pr. Sergio Rosa

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