“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom...” (Gênesis 1:31)
O verso 31 diz que tudo o que
Deus fez ficou muito bom. Deus criou a natureza perfeita com toda a
biodiversidade, um planeta belo e totalmente autossustentável. Por último, foi
criado o ser humano, para que cuidasse bem de tudo o que era muito bom. Um texto deste só pode atestar a bondade humana. É uma mensagem de orientação ao
equilíbrio, bem diferente do que a nossa realidade nos aponta. Esta palavra divina deve nos levar a pensar sobre a preservação desta maravilhosa obra da
criação do Pai celeste, a natureza. Deus fez tudo de maneira extraordinária e nos entregou,
para que pudéssemos melhorar ainda mais. Aperfeiçoar aquilo que foi criado por Deus e entregue em nossas mãos.
Somos todos singulares
Cada coisa que Deus criou tem a
sua singularidade e especificidade, cada ser vivo é único e tem a sua
programação específica, fazemos parte de um todo, milimetricamente arquitetado
e interligado, como se tudo fosse um único organismo. O sol, a lua, os astros,
todos em sua distância exata, para produzir vida neste planeta chamado terra. A
biodiversidade apresenta um equilíbrio inquestionável. Não precisa estudar
muito para saber que se não cuidar das árvores os rios secam, os peixes morrem,
os animais não tem como alimentar-se, a catástrofe acontece. Da mesma forma, se não cuidar da água, não haverá vida. Trata-se de uma
perfeita cadeia alimentar. Sem a qual, nem o próprio homem pode existir.
Somente o homem tem poder para edificar ou destruir
De toda a criação, o homem é
único que é capaz de se auto programar. Somente o ser humano é capaz de criar o
novo. O exercício do livre-arbítrio foi dado somente a espécie humana. A natureza
e os animais não podem considerar fugir ao que foi programado para ser. Assim,
o homem pode edificar ou arruinar, construir ou destruir, cuidar ou abandonar.
Desta forma, toda a natureza está subordinada a nós, seres humanos. Por mais poderoso que seja um animal, jamais poderá alterar a sua programação. Ele foi feito para um fim, e exerce o seu fim em si mesmo. Só um gato pode miar, um cão latir, o vento soprar. Por mais forte que seja o vento, ele só pode soprar, não tem escolha. Mas, o ser humano, pode tanto cuidar como exterminar o gato e o cão, e pode usar o vento para criar energia. Esta energia poder usada para o bem ou para o mal.
A bondade faz com que o ser
humano cuide bem da criação. A maldade o leva a destrui-la. A escolha entre a bondade
e a maldade não é simplesmente uma questão filosófica, mas, de sobrevivência. É
impossível a perpetuidade do mundo se todos optarem pela perversidade. Seria
uma destruição contínua redundando em completa aniquilação de tudo. Neste sentido, até os mais pervesos precisam de ações bondosas, sem as quais, nem eles mesmos sobreviveriam.
Desta forma, o problema maior que
enfrentamos não é o homem em si, mas, a sua escolha pelo mal, que o deforma e destrói
o seu entorno. O egocentrismo leva a raça humana a destruir os seus valores morais e se entregar a ações perversas. A crença de que se é especial, superior, escolhido, leva a o ser humano a usar outros seres humanos e toda a natureza para o seu bel prazer, não importando o outro.
Conclusão
Fato é que, se queremos um mundo
melhor, um planeta eficiente, belo, que se aperfeiçoa, não há como isto
acontecer a partir de pessoas más. E, não basta se achar bom, neste caso, é
preciso provar isto com ações de bondade. É no exercício desta bondade que nos parecemos
com o nosso criador e cumprimos o nosso propósito de gestor de toda a
criação, a fim de que tudo continue sendo muito bom.
Pr. Sergio Rosa
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