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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mandela, um adeus a um grande líder


"Ninguém nasce odiando outra pessoa
pela cor de sua pele, 
ou por sua origem, ou sua religião. 
Para odiar, as pessoas precisam aprender, 
e se elas aprendem a odiar, 
podem ser ensinadas a amar, 
pois o amor chega mais naturalmente 
ao coração humano do que o seu oposto. 
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, 
jamais extinta".

(Nelson Mandela)

Dentre os grandes líderes que esta terra já produziu, um nome se destaca pela sua dedicação à luta contra a discriminação racial, Nelson Mandela. Seu nome ficou eternizado na história, seu exemplo ainda há de mexer com muitas gerações. Seu legado estará sempre vivo, desafiando dia a dia a luta por justiça e por um mundo melhor.

Madiba, como era conhecido carinhosamente na África do Sul, despediu-se ontem desta terra morreu nesta quinta (5) em sua residência, em Johannesburgo. Mandela nasceu em 18 de julho de 1918 no clã Madiba no sudeste da África do Sul. Seu pai, Nkosi Mphakanyiswa Gadla Mandela era chefe do vilarejo e teve quatro mulheres e 13 filhos - Mandela nasceu da terceira mulher, Nosekeni. Seu nome original era Rolihlahla Mandela. Ele foi o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde recebeu o nome de 'Nelson'.  Em 1944, criou a Liga Juvenil do partido, com o manifesto "um homem, um voto". Em 1952, já presidente da Liga Jovem do Congresso Nacional Africano, foi escolhido líder da campanha de oposição contra seis leis consideradas injustas. Acusado sob a Lei de Supressão do Comunismo, foi preso e condenado a trabalhos forçados

No julgamento que ficou conhecido como Julgamento Rivonia, ocorrido entre 1963 e 64. Em 1964, Mandela e outros sete colegas foram condenados por sabotagem e sentenciados à prisão perpétua. Em seu julgamento Mandela fechou seu discurso dizendo: ‘Eu lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Eu nutri o ideal de uma sociedade democrática e livre na qual as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal pelo qual eu espero viver, e que espero alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual eu estou preparado para morrer’. Este discurso foi lembrado e citado pelo Presidente Barak Obama em seu pronunciamento sobre a morte de Mandela.
A luta contra a discriminação no país o levou a ficar 27 anos preso.  A partir de 1985, ele iniciou o diálogo sobre sua libertação com o Partido Nacional, que exigia que ele não voltasse à luta armada. Em 1993 ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para trazer a paz ao país. Foi eleito em 1994 o primeiro presidente negro da África do Sul, nas primeiras eleições multirraciais sul-africanas.. Foi o primeiro líder negro do país e também o mais velho, com 75 anos.  Após o fim da carreira política, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos.

Fica aqui o nosso adeus ao querido líder Nelson Mandela, que dedicou a sua vida em favor da implantação de uma justiça que contemplasse o direito democrático do individuo independente de cor, credo, nação ou qualquer outra forma de discriminação social opressora. Termino como uma citação do celebre Pr. Dr. Martin Luther King:  “Sabemos, através de experiência dolorosa, que a liberdade jamais é dada voluntariamente pelos opressores; ela deve ser exigida pelo oprimido”.

Pr. Sergio Rosa


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