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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

domingo, 30 de março de 2025

Desenvolvendo a maturidade cristã: na comunhão, adoração e serviço

João 17:21

Schopenhauer foi um filósofo alemão, que viveu no século XVIII. Ele é conhecido por suas ideias pessimistas sobre a existência humana, acreditando que a existência era marcada pelo sofrimento e insatisfação constante. É atribuído a ele o chamado dilema do porco espinho, que diz que durante a era glacial, os porcos-espinhos se uniram em grupos para se aquecerem e se protegerem mutuamente contra o frio. O desafio deles era tornar-se apenas um corpo, todos unidos e quentinhos. Mas, para isto acontecer, teriam que vencer as suas limitações pessoais, em nome de um bem maior, as suas existências. Sem a troca do calor entre eles, seria impossível sobreviver ao frio sem congelar-se.

A maturidade cristã é um desafio bastante semelhante a dos porcos espinhos, porque é preciso aprender a viver em comunhão uns com os outros, se quisermos sobreviver, enquanto igreja, aos dilemas que se apresentam com força o suficiente para destruí-la. Entenda que destruir a igreja não é necessariamente fazer com que ela feche as portas, mas, que se torne inoperante.

Atos 2.42 diz: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. A Igreja neotestamentária que estava surgindo em Jerusalém, logo após a ascensão de Jesus aos céus, tinha as características de comunhão, adoração e serviço, e foi devido a estas características que sobreviveu ao longo dos anos, até nos alcançar nos dias de hoje.

Vamos ver estas características:

1. Comunhão

A palavra “comunhão” no grego é traduzida como “koinonia” (κοινωνία), que significa “comum” ou “compartilhado”. Este termo é utilizado para descrever a relação íntima e a participação mútua entre os membros da comunidade cristã. A sua essência implica um profundo envolvimento e compromisso entre os indivíduos.

A igreja de Atos não apenas se sentava rotineiramente no templo para cantar, orar e ouvir uma boa mensagem; eles comiam juntos e se ajudavam mutuamente. Convivência e ajuda mútua foram as suas principais características.

Outro dia recebemos mais uma triste notícia de um pastor que se suicidou. O que foi noticiado é que ele sofria de depressão e acabou por dar fim a própria vida. A característica de pessoas que buscam o suicídio é a solidão. Muitos se isolam do convívio dos demais irmãos e acabam se enfraquecendo.

A comunhão nos alegra e nos torna mais fortes. Ela não é fácil, é um enorme desafio, porém, é recompensadora. Nos alegramos ao reencontrar nossos queridos irmãos, nos abraçamos, sorrimos, festejamos. E isto é terapêutico, um balsamos para a mente, espírito e alma.

2. Adoração

Aquele povo em Jerusalém sabia como adorar a Deus. O verso 46, do capítulo 2 de Atos afirma que eles viviam diariamente no templo. Eles tinham prazer em se reunirem com os demais irmãos. A reunião deles não era apenas para bater papo, o que já seria muito bom, ia além, era para juntos adorarem a Deus.

Hoje, com toda a correria da vida, estudos, trabalho, família, obrigações, e entretenimento, é difícil ter uma regularidade no templo. Diferente de nós, eles não tinham nenhuma destas coisas que temos hoje, e que nos fazem ficar ocupados todos os dias, o dia todo. E, eles não desperdiçaram o tempo, utilizaram para aplicar-se a adoração no templo.

Quando fui membro da Igreja Batista em Jardim Santa Rosa, há quase trinta anos atras, tivemos momentos muito marcantes de oração e adoração. Nos reunimos várias vezes no monte para orar e passávamos ali a madrugada orando. Jesus fez isto várias vezes com os seus discípulos. A adoração é intima da oração, elas andam juntas. Um adorador vive na busca do Senhor em oração.

A adoração nos aproxima mais de Deus e consequentemente do nosso irmão. Quanto mais perto de Deus estamos, melhor será o nosso relacionamento com os nossos semelhantes. A adoração, portanto, tem como resultado a comunhão e o serviço ao próximo. Não há como entender um crente que diz que ora o tempo todo e destrata as pessoas,  briga com todos e não tem paciência com os demais.

3. Serviço

Em I Co 4.1: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e mordomos dos mistérios de Deus”. A palavra ministro quer dizer “aquele que serve”.

Ser ministro é servir. Todo adorador é um ministro, portanto, tem um chamado para servir. Não fomos chamados para apenas assistir aos cultos, mas, para participar efetivamente da obra. Para isto, Deus concede dons espirituais para todo crente em Cristo Jesus, para que a igreja desenvolva diversos ministérios e o trabalho nunca pare.

Em certa ocasião, quando estávamos construindo o templo da IB Belmonte/BA, no meio da construção houve uma enchente na cidade. Uma das irmãs, que tinha dois filhos menores e não tinha marido, teve a sua casa destruída pelas águas. Eles moravam em um barraco. A melhor coisa que aconteceu com ela foi perder a sua casa. Eu conversei com a diretoria e decidimos construir uma casa para ela. Fizemos uma ótima casa, com dois quartos, cozinha conjugada com copa, banheiro e área de serviços. Fiquei preocupado, porque não tínhamos muitos recursos. Porém, não perdemos nada, pelo contrário, com isto, as entradas e ofertas da igreja aumentaram e construímos o templo ainda mais rápido.

Conclusão

Para concluir, a comunhão, adoração e serviço, são frutos da maturidade cristã. É um resultado de quem anda com Deus e cumpre a sua vontade. E, o que ocorre em uma igreja onde tudo isto é real, é a unidade. A unidade é o que leva uma igreja tornar-se vencedora. Uma igreja unida vence qualquer barreira e obstáculo. Uma igreja que vive em unidade explode em crescimento, porque não há brigas e dissensões. Tirando Deus, não há nada que seja mais poderoso do que a unidade.

Tommy Tenney diz que: Uma igreja vivendo em unidade é o time dos sonhos de Deus. Jesus disse em João 17.21: “para que todos sejam um”.

Se você ainda não alcançou a maturidade cristã ou por algum motivo cessou de buscá-la, hoje é o tempo que Deus escolheu para você retornar para o caminho do crescimento. A igreja mais do que nunca, necessita de cristãos maduros para vencer os dilemas do tempo presente.

Se você está afastado dos caminhos do Senhor e deseja voltar, este também é o seu momento para reiniciar a sua caminhada. Se você ainda nem começou e gostaria de começar hoje a sua caminhada com Cristo, hoje também é o seu momento, tempo para começar uma caminhada com Deus.

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