Levítico 16.10
Quando as coisas vão bem, vivemos
um dia atrás do outro, sem nos importarmos muito com o que acontece fora do
nosso mundinho. Porém, basta as coisas se desestabilizarem um pouco para gerar
pânico. No dia a dia, resmungamos de um monte de coisas insignificantes.
Jogamos todas as nossas frustrações em pequenos problemas. Temos muitas
questões mal resolvidos, e precisamos de um ’bode expiatório’ pra despejar tudo
em cima.
No Antigo Testamento havia a
figura do bode expiatório. O bode expiatório é um animal que era apartado do
rebanho e deixado só na natureza selvagem como parte das cerimônias hebraicas
do Yom Kippur, o Dia da Expiação. Ele levava a culpa das pessoas para o
deserto. Lendo este antigo texto, a conclusão que chego é que sempre houve a
necessidade de colocarmos as nossas culpas sobre alguém ou sobre alguma coisa,
talvez pela dificuldade que temos em assumir as nossas próprias culpas.
No mundo todo há uma tendência em
culpar a Deus por todo infortúnio ou tragédia, pelo qual passamos. Este detalhe
é muito interessante, porque vivemos toda a nossa vida sem nos preocuparmos com
a existência de Deus. Até mesmo entre os religiosos praticantes existe esta
inclinação. Mas, basta algo sair de nosso controle e nos lembramos Dele. As
igrejas estão repletas de pessoas que não acreditam de verdade em Deus, elas querem apenas um produto que venha a satisfazê-las. Porém, quando sentem que
não estão recebendo o produto que gostariam, se decepcionam. Mas, o
problema não está em Deus, mas sim no deus que foi criado, a partir de desejos
e vontades.
Outro dia eu estava conversando
com um amigo sobre nossas perdas na bolsa de valores, devido à crise mundial
causada pelo coronavírus, e a quebra de braço da Arábia Saudita com a Rússia
pelo preço do petróleo. Perdemos muito dinheiro, até perceber que a crise é sem
volta a curto prazo. O problema do vírus, nem é tanto a doença, porque o grau
de mortalidade é relativamente baixo. E, os sintomas, não são tão complicados.
A não ser que estejam escondendo algo mais grave, a grande preocupação não seria
este vírus, mas o caos que ele provocou na economia do mundo todo. Este meu
amigo não é muito ligado a religião, ele é uma daquelas pessoas ‘normais’, que
vivem um dia atrás do outro. Diante de suas imensas perdas, ele falou que são
coisas como esta que faz um ateu acreditar em Deus e clamar pelo socorro
divino.
O balanço que este vírus está
causando no mundo, é parecido com um terremoto nível 7, na escala Richter. Ele
está causando estragos nas estruturas econômicas de todo o mundo. Em economias
mais fracas como a do Brasil, os estragos são ainda mais intensos. E o pior é que não
sabemos até quando estas placas tectônicas irão se mexer. É difícil precisar se
o terremoto irá continuar, se já chegou ao seu limite máximo, ou se ainda irá
causar mais ruínas.
No momento, a culpa é do vírus, ele é o grande bode expiatório para esta catástrofe econômica mundial. Mas, até que ponto este vírus, que alguns especialistas afirmam que se quer é patógeno, poderia causar todo este estrago? Outras perguntas surgem, como quem mais se beneficia com o tamanho desta crise? Estão nos contando realmente tudo? Perguntas como estas é difícil de obter respostas.
No momento, a culpa é do vírus, ele é o grande bode expiatório para esta catástrofe econômica mundial. Mas, até que ponto este vírus, que alguns especialistas afirmam que se quer é patógeno, poderia causar todo este estrago? Outras perguntas surgem, como quem mais se beneficia com o tamanho desta crise? Estão nos contando realmente tudo? Perguntas como estas é difícil de obter respostas.
O que se nota é que parece que o
menor dos nossos problemas seria a patologia gerada por este vírus. Em muitos
países, está havendo uma verdadeira operação de guerra. Na Itália, por exemplo,
muitas cidades estão lacradas por militares. Ninguém entra, e nem sai. Tudo
para evitar o contágio. Aglomerações foram proibidas. Até os cultos e missas
foram suprimidos. Exagero ou não, isto é claro, aumenta ainda mais a onda de
pânico. Com isto, voos foram cancelados, empresas deram férias coletivas,
embarques foram adiados, turistas ficaram em quarentena em navios. Toda esta
prevenção causa uma enorme tensão e faz com que o mercado financeiro desabe drasticamente.
Some-se a isto a guerra entre russos e árabes sobre o petróleo, e pronto, temos
um cenário quase apocalíptico.
Diante do caos existente, o
melhor é manter a calma, prudência, não se desesperar. Para quem neste momento
procura por Deus, eu acredito que sempre é bom procurar a Deus, porém,
diferente do Banco Central, eu não acredito que Deus irá interferir em nossas
finanças diárias, para minimizar nossas perdas, se durante os melhores momentos
de nossas vidas, nunca colocamos Deus como prioridade. Colocar Deus como bode
expiatório, bote salva vidas, ou agente financeiro, não ajudará. Mas, você pode
ir á presença Dele para compartilhar suas dores e aproveitar para se aproximar,
sem interesse ou segundas intenções. O melhor de Deus não é o que ele faz ou
pode fazer, mas, sim a sua presença diária em nossas vidas.