Jo 1.40-42
Temos em nossa igreja pessoas que
fazem coisas lindas, mas que quase ninguém vê. Temos pessoas envolvidas nas
obras, nas visitas, nos trabalhos administrativos internos da igreja, na
limpeza, e em tantos outros pontos que ninguém vê o que fazem, mas sem o seu
trabalho as coisas ficariam muito difícil. A estes, os nossos agradecimentos,
por que embora os olhos humanos possam não testemunhar, o Senhor que os vê em
secreto os recompensará. Estas pessoas se parecem muito com André.
Características de André
André foi um dos doze discípulos
escolhido por Jesus para entrar na escola apostólica. Não foi um discípulo
muito conhecido, ele não era de holofotes, não chamava muita atenção e não era
dado a grandes feitos, em geral trabalhava na quietude, por de trás dos
bastidores. Ele representa aquele irmão da igreja que trabalha silenciosamente,
faz coisas grandiosas, mas o seu nome em geral não é visto, e não se importa
muito com isto.
A primeira vez que André aparece
nos textos bíblicos ele estava levando o seu irmão Simão para conhecer a Jesus.
Ele disse: “achamos o messias, e o levou a Jesus”. A palavra messias aqui, que
é traduzido por Cristo, quer dizer aquele que era aguardado há anos, aquele
cujo sua vinda, foi anunciada pelos mais poderosos profetas, aquele que seria o
libertador e salvador. Desta forma, o convite de André não foi algo corriqueiro
ou formal, deve ter sido um convite bastante convincente feito com muita
emoção.
Lembro-me de certa vez quando
apresentei um amigo famoso a uma amiga, eu não sabia que ela era fã dele. Ao
apresentá-la, ela ficou tão emocionada que até perdeu a fala. Ficou muito feliz
em conhecê-lo pessoalmente e poder conversar um pouco com ele. Este fato me fez
pensar em como foi o encontro de André com Jesus. Acredito que foi ainda muito
mais emocionante. “Achamos o Messias!” Imagine um encontro com aquele que havia
sido profetizado durante centenas de anos; agora André tinha o privilégio de
conhecê-lo face a face, tocar nele, falar com ele, ouvi-lo. Deve ter sido um
momento extasiante.
Pedro e André eram originários de
Betsaida, mas depois mudaram para Cafarnaum onde possuíam um pequeno negócio de
pesca no mar da Galileia. Muito possível que eles tivessem amizade também com
Tiago e João, companheiros de profissão, antes mesmo de conhecerem a Jesus.
Trabalhava nos bastidores
Não há muitos relatos sobre os
feitos de André, mas quase tudo que há nas Escrituras nos contam que ele
possuía a atitude certa para exercer um ministério de bastidores. Ele não
procura ser o centro das atenções em nenhuma ocasião, ele é o oposto de seu
irmão Simão Pedro.
Devido a esta característica em
sua personalidade, você não vai ver André envolvido em nenhuma celeuma,
discussão ou briga entre os discípulos.
André aparece na distribuição dos
pães e peixes (Jo 6.9), levando o menino até Jesus. Aquela pequena atitude de
André foi a ponte entre o milagre da multiplicação e as quinze mil pessoas
famintas. André nos mostra que pequenas atitudes fazem grande diferença. Lembro-me
de um irmão chamado André, que trabalhava na recepção de sua igreja, todos que ali
chegavam eram recebidos com um largo sorriso e um grande abraço. Uma amiga nos
contou que se converteu naquela igreja devido a recepção daquele irmão que a
tratou com tanto carinho sem sequer a conhecer.
Conclusão
André tinha este prazer de
conduzir pessoas até Cristo e trabalhar sem estar nos holofotes, totalmente
diferente de Pedro, que chamava atenção onde quer que estivesse. Há lugar para
todos no Reino. Você não precisa ser visto pelos homens para ser lembrado por
Deus. Tanto Pedro quanto André tinha espaço para fazerem parte da escola
apostólica. Há lugar para você também, independente de qual seja a sua
personalidade. Coloque-se à disposição do Senhor para que ele te use em sua
obra.
Pr. Sergio Rosa
Pr. Sergio Rosa
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