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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Reciprocidade cristã

 “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; Porque esta é a lei, e os profetas”. (Mateus 7.12)

Reciprocidade refere-se a responder uma ação positiva com outra ação positiva, e responder uma ação negativa com outra negativa. Você gosta que os outros digam coisas desagradáveis a seu respeito? Pois bem, não diga tais coisas sobre outras pessoas. Você não gosta de pessoas difíceis de serem tratadas, que só criam problemas? Então, não permita que o seu comportamento seja tal que você venha a tornar-se semelhante a uma dessas pessoas.

Todos os grandes manuais sobre princípios éticos, relações sociais, relacionamentos humanos, podem ser resumidos nesse princípio estabelecido por Jesus neste verso. Se examinarmos bem os grandes conflitos perceberemos que todos eles partem de problemas de relacionamento humano. Imaginamos que as crises internacionais são de natureza econômica, social e política. Mas, na realidade todas essas questões podem ser reduzidas ao relacionamento com os nossos semelhantes.

O propósito das leis de Deus


Temos uma tendência de pensar que o ensino de Jesus trata-se apenas de uma série de regulamentos que deveríamos cumprir, mas geralmente nos esquecemos do espírito da lei. Pensamos a respeito da lei como se fosse algo para ser observado mecanicamente. Neste ponto do Sermão do Monte, a preocupação de Jesus foi oferecer aos seus discípulos uma perspectiva correta da lei, uma vez que fariseus e escribas possuíam apenas uma visão superficial. Para eles bastava a aparência do cumprimento da lei. 

Precisamos pensar, por qual motivo a lei nos recomenda não cobiçar os bens e as possessões do próximo, ou a esposa, ou qualquer outra coisa que lhe pertença? Por que a lei nos recomenda: “Não matarás”, “Não furtarás” ou “Não adulterarás”? O que a lei pretende dizer através dos seus mandamentos? O propósito real por detrás de tudo isso é que amemos ao próximo como a nós mesmos, que nos amemos uns aos outros. Jesus queria resgatar a alteridade, o olhar para o próximo com compaixão.

Temos uma tendência para o mal

Sendo criaturas do tipo que somos, entretanto, não basta apenas determinar que deveríamos nos amar mutuamente, essa é uma questão que precisa ser melhor dissecada para nós. Em resultado da queda pelo pecado, nos tornamos indivíduos com grande tendência pecaminosa. Temos o desejo de pecar o tempo todo. Assim sendo, não é suficiente dizer-se: “Amai-vos uns aos outros”. Alguém pode pensar que é apenas uma questão se sentimentalismo. A questão vital é que você ame àquela pessoa, que você a compreenda e deseje o seu bem-estar, tal como você deseja para si mesmo.

Lloyd-Jones afirma que neste detalhe encontramos o resumo da lei e do que disse os profetas. Por exemplo, na antiguidade se alguém visse um boi de um vizinho seu, que tivesse fugido, deveria trazer-lhe o seu animal; ou se visse algo errado em sua propriedade deveria avisá-lo. A finalidade da lei era levar as pessoas a pensarem: Esse homem é semelhante a mim. Se fosse comigo eu teria um enorme prejuízo e isto não seria nada bom. Quanto eu ficaria grato a quem me avisasse ou me ajudasse a evitar este dano. O que a lei pretendia era que cada um se interessasse em ajudar ao outro como se fosse para si mesmo. Para que isto ocorra é necessário amor. O amor gera interesse pela felicidade alheia.

O que vemos hoje na sociedade é bem diferente deste ensino. As pessoas olham somente para si mesmas e para os seus interesses. Vemos o egocentrismo. As pessoas só querem o “venha a nós”, só querem receber, querem crescer às custas da exploração do próximo, não estão dispostas a abrir mão de nada. Dizem que amam, mas na verdade só querem satisfação de seus desejos, caprichos e vontades.

Conclusão

Jesus disse que deveríamos amar a nossos semelhantes como a nós mesmos. Mas fazemos exatamente o oposto, amamos a nós mesmos mais do que tudo. Essa é a condição do homem em seu pecado, como resultado da queda ele não pensa em ninguém, exceto em si próprio, não lhe interessando outra coisa senão o seu próprio bem-estar. Vemos até mesmo crentes nesta condição,.

Para vencer o nosso ego precisamos começar a exercitar o ensino de Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento (...) Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.37-39). Somente amando a Deus e ao nosso próximo podemos vencer o nosso ego.

Deus nos vê como um Pai amoroso, Ele nos trata mediante a sua graça e não em conformidade às nossas atitudes. É como se Cristo tivesse ensinado: “Olhem para os outros conforme eu mesmo tenho olhado para vocês”.


Somente Deus pode nos dar esta capacidade de amar ao nosso semelhante com toda esta intensidade, a ponto de sempre querer o melhor para ele. Para que isto aconteça você precisa abrir verdadeiramente a sua vida para Jesus e deixá-lo transformar completamente. Dê o primeiro passo, entregando sua vida a Cristo. Você deseja fazer isto agora? Se você quer convidar a Cristo para entrar em sua vida ore assim: Senhor Jesus, entra na minha vida e promove uma transformação total e completa. Que eu possa ver as outras pessoas como o Senhor mesmo as vê; que eu trate ao meu semelhante, como o Senhor mesmo os trata e como eu mesmo gostaria de ser tratado. Amém.

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