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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

FAZENDO DO MUNDO UM LUGAR MELHOR

Pura utopia. O mundo nunca será um lugar melhor, para quem quer fazer dele um lugar pior. Creio como disse o Dr. Martin Luther Kung Jr que o inimigo número um não são aqueles que praticam atos discriminatórios ou criminosos por que eles já disseram para o que vieram. O pior inimigo são as pessoas que não fazem nada. Eu creio que piores mesmos são aquelas que além de não fazer nada ainda são egocêntricas. Não importa onde elas estejam sempre serão pessoas incapazes de pensar no outro. Não importa quem vai morrer, quem está desfalecendo, quem será prejudicado, o necessitado ou o próximo, o que importa é o seu prazer e sua satisfação pessoal.

O teógolo católico Hunz Kung escrevendo sobre ethos mundial diz que é preciso haver diálogo e tolerância para haver paz. Penso em como pode haver este diálogo se vivemos em um mundo plural e cada região do planeta possui uma cosmovisão diferenciada de vida. O que é consenso de todos os lugares? O desamor e o descuido com as classes mais baixas, aquelas que nunca saíram do gueto se não houver uma mão para ajudá-los, como as meninas prostitutas da índia que não conseguem nem emprego ou vaga nas escolas por que moram na zona de prostituição. Elas já nascem com o destino traçado, são filhas de prostitutas e pais desconhecidos, o destino é tornarem-se prostitutas desde a tenra idade. São sub-seres-humanos, marginalizados, explorados, esquecidos. O que falar daquele que nasce na favela no Brasil, tem o destino traçado, muitos são aliciados pelo tráfico, alguns poucos tem pequenas oportunidades para sair de lá. Os mais inteligentes, espertos, desprendidos
conseguem aproveitar as pequeníssimas oportunidades. Apenas um em hum milhão. Mesmo assim necessitam de apoio para vencerem o preconceito e muita inteligência para mudarem sua cosmovisão de mundo. Os menos favorecidos de QI servem mesmo de soldados ao tráfico. Afinal, quem pagaria o que eles recebem lá, quem daria uma 'moral' para que eles se sentissem alguém nesta sociedade? a única mão que ele conhece é a do traficante que paga bem para ele servir de olheiro, fogueteiro. Ali ele cresce e tem uma carreira meteórica no mundo do tráfico, ele sabe que certamente acabará no cemitério ainda bem jovem, mas com sua cosmovisão não consegue ver outra direção ou caminho. Estes são os realmente desfavorecidos, que precisam de uma mão para caminharem em outra direção.

Penso que o problema está realmente no hedonismo, desde as pequenas camadas sociais até às mais altas, seja qual for a cultura. A necessidade de prazer, não por que a vida é bela e maravilhosa e ótima para ser vivida, mas o prazer acima de qualquer coisa. Este tipo de posicionamento leva o eu-individual a querer viver só pra ele utilizando o outro somente para saciar seu desejo de prazer, seja ele qual for. Pensar no outro é rever o princípio da alteridade. O outro como já dizia Charles Chaplin não é uma coisa: "Necessitamos mais de humildade do que de máquinas. Mas de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá". Karl Marx afirma o outro não pode ser simplesmente uma peça de engrenagem desta máquina. Eu digo que precisamos mais de Ágape do que de tecnologia. De que tem servido tantas descobertas se o mundo fica cada vez pior? Para que precisamos de facebook se nem sequer comprimentamos o nosso vizinho, ou a pessoa que pega ônibus, metrô, barca ou mesmo o elevador junto conosco; se nem sabemos o nome do funcionário da padaria que nos atende todos os dias; ou do manobrista que estaciona o nosso carro? Para que tantos sites de relacionamentos se nossos relacionamentos ficam cada vez mais plásticos, frios e sem vida?

Estamos vivendo em uma neura tão grande, que estamos nos isolando cada vez mais, aumentamos os nossos muros, colocamos grades em tudo, cercas eletrificadas, câmeras que nos dão uma falsa sensação de segurança. Nossos condomínios parecem penitenciárias de presos de alta periculosidade. Enquanto nos prendemos dentro de nossas pequenas cadeias os bandidos andam livremente e milícias armadas vendem 'segurança'. Agentes do estado, que são pagos para fazer assegurar a ordem, agora vendem sua mão de obra especializada. Na verdade o que precisaríamos é tomar novamente as ruas que pertencem ao cidadão de bem, diminuir nossos muros para protegermos uns aos outros. Mas estamos ficando refém de nós mesmos, das nossas neuras, temores e pavores. Não sou contra tecnologia e nem contra a segurança, mas se estas forem as nossas prioridades então não há esperança.
Queremos armar cada vez mais a polícia, colocar mais policiais, gastar cada vez mais dinheiro com a segurança e penitenciarias. Queremos mais contratação de policiais, mas não se consegue fazer o controle dos que se tem hoje, segundo o ex delegado Helio Luz. Mas, vamos pensar quem é o bandido que ocupam as penitenciarias e quem mais ganha dinheiro com o bandido preso? Quem é mais bandido, aquele que nos roubam e nos matam com armas nas ruas, ou aqueles que exploram a estes? Qual seria a solução? Queremos que o governo pense sozinho nestas questões, por que queremos viver bem e tranquilamente sem nos ocuparmos com estas coisas. Então, penso no meu filho, ele tem 21 anos, ele trabalha o dia todo o quando chega em casa quer esticar as pernas e tudo na mão. Muitos pais tem dado tudo nas mãos do filho e o criam mal. Em um casa, uma família, cada um tem que colaborar para o bem estar da família, mas é quase natural querer viver de sombra e água fresca. Afinal, eu já trabalho. Certo? e quem faz o restante? ah, a mamãe e o papai. Este é o pensamento, trabalhamos e pagamos impostos, agora a responsabilidade é do governo. Não temos responsabilidade, queremos chegar do trabalho, abrir o portão automático, em nossos carros com vidros escuros, fechar o portão e ficar feliz em meu mundinho pessoal. A culpa da violência é do governo. Em grande parte realmente o é, é papel do estado promover a segurança. Mas, o Estado não é formado apenas pelo poder público. Eles não são e nem devem ser os senhores feudais. Cada um de nós temos responsabilidade com o próximo. Quem tem muito poder tem muita responsabilidade, quem temos menos poder menos responsabilidade. A quem muito é dado, muito é cobrado.

A grande maioria dos criminosos que ocupam as penitenciarias são negros, pardos, pobres, favelados
. Também fazem parte da estatística os que são mortos violentamente com armas de fogo. A sociedade os explora em seus sub-empregos, os empurram para condições sub-humanas, os colocam amontoados em favelas, eles crescem sem a educação adequada, em um ambiente inadequado e querem cobrar que eles se comportem adequadamente, querem que eles fiquem no morro, não desçam para o asfalto. O delegado Hélio Luz em uma entrevista disse: falaram que eu era violento como delegado, mas como cumprir a missão que me foi dada de impedir que o morro desça e invada o asfalto? Só com violência.

Enquanto tivermos o egocentrismo, cada um querendo andar com o carro mais luxuoso que o outro, querendo morar em mansões maiores que o outro, querendo ter mais poder a qualquer custo, querendo que o mundo se dobre aos seus pés, sem enxergar o outro como um ser humano criado a imagem e semelhança de Deus, então teremos que viver em um mundo cada vez pior, sem graça, apavorante, e nenhum bem que se puder juntar, nem uma riqueza que se puder ter, nem todo o poder do mundo servirá para causar verdadeira alegria e real prazer de viver.

Nem toquei aqui no assunto político dos desvios do dinheiro público, das fraudes de milhões. Políticos riquíssimos a custa de muita impunidade. Ladrões, anti-patriotas, destruídores da nação. Quando vejo uma propagando política hoje penso, será este o próximo político a ser preso? Uma vergonha.

Mas quem são esta gente? quem são os políticos? eles não são extra-terrestres, são gente que saiu de nós com o pensamento hedonista, o egocentrismo é sua lei, sua cartilha e bíblia de cabeceira é Maquiavel e por isto não vê problemas nos desvios públicos, é tudo para um fim. O seu próprio prazer.

Este mundo que esta gente quer construir é um mundo sem coração, sem bondade, sem cor, é só sujeira, traição, prostituição, lascívia, roubo, mentira. É um mundo cão. É uma vida que não vale a pena ser vivida. É uma vida sem Deus, sem amor, sem o próximo, sem graça.

Podemos construir, ainda que seja somente ao nosso redor, um mundo melhor. Comece com
pequenas atitudes, com um sorriso, um cumprimento, talvez um abraço, quem sabe uma ajuda a quem você sabe que pode ajudar, estender a mão. Quem sabe o filho de um empregado, um amigo falido, funcionário... a soma de pequenas ações podem se transformar em grandes ações e transformar o mundo em um lugar melhor.


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