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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

segunda-feira, 16 de maio de 2022

A Família e a Batalha Espiritual

Lucas 12.39

A família sempre foi e sempre será um alvo do inimigo. Satanás, o nosso adversário, não cessa em querer acabar com esta instituição criada por Deus. São muitas as armadilhas, ataques e situações complicadas que temos que enfrentar, nas quais o inimigo está por trás articulando. Por esta razão, a família precisa ser uma fortaleza espiritual, um lugar de proteção e refúgio para os que ali se abrigam. Para que a sua família seja este lugar seguro, é preciso que haja vigilância diária.

Este texto faz parte da chamada “Parábola do Servo vigilante”. Jesus alertou que seus discipulos deveriam estar ligados com os céus todo o tempo. Partindo desta parábola, gostaria de enfatizar sobre a família e a batalha espiritual. Jesus neste texto diz que a qualquer momento uma casa pode ser atacada pelo inimigo, portanto, devemos ficar vigilantes para que o inimigo não consiga entrar em nossas casas.

O ladrão é o diabo, que vem para roubar, matar e destruir. Jesus está nos alertando sobre a possibilidade de invasão espiritual maligna em nossa casa, e que não sabemos que horas, e nem como, ela irá acontecer. Portanto, o remédio é ficar preparado durante todo o tempo.

Como podemos enfrentar a batalha espiritual a favor de nossa família contra os poderes das trevas?

1. Vigiando em todo o momento

Jesus alerta para a questão da vigilância, "se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão". A questão é que não sabemos a que hora nossa casa sofrerá uma tentativa de invasão, mas sabemos que a qualquer hora isto poderá acontecer, então devemos ficar preparados a todo o instante, vigiando sempre.

Quando estive pastoreando na Bahia, a cidade era muito tranquila, naquela época não haviam assaltos, hoje está bem mudado devido ao tráfico de drogas. Nós deixávamos tudo aberto e sem grades. Um dia, no entanto, um indivíduo entrou no quintal da casa, quando não estávamos, furtou alguns sapatos e tênis. Depois disto, elevamos o muro dos fundos e colocamos vidro. Aqui no Rio, sofremos um furto de bicicletas. Um dia entraram pelo portão e levaram duas bicicletas. Após o furto, levantamos mais o muro e o portão. Se tivéssemos feito isto antes, não teríamos sofrido a invasão. Mas, contamos com a tranquilidade do lugar. As vezes a tranquilidade nos faz perder a vigilância.

Já aconteceu em minha casa de estarmos bem, não havia nenhuma crise aparente, mas, do nada começamos a nos desentender ou então, as coisas começaram a dar errado. Quando isto acontece, nós paramos tudo e passamos a orar. A oração é uma das princípais armas de proteção espiritual que temos à nossa disposição para utilizar. 

É preciso orar e vigiar em todo o tempo. Sempre verifique se há alguma porta ou janela aberta antes de relaxar. O maligno se aproveita de pequenas brechas para entrar, a intenção dele é: roubar, matar e destruir. Pequenas discussões, pequenos desentendimentos, pequenas desconfianças, pequenas irritações. Coisas, aparentemente sem nenhuma significância. Mas, que, se deixada de lado pode se transformar em um grande problema. Neemias, quando partiu para Jerusalém, tratou de levar o povo a reconstrução dos muros, e tapar as brechas. Enquanto eles reconstruíam, eles vigiavam para que nenhum inimigo invadisse.

Vigia a sua casa e sua família, não espere o inimigo entrar para que você comece a fazer a proteção que precisa. Vigie nos mínimos detalhes, vigie nas palavras que são ditas, vigie no trato uns com os outros, vigie nas tarefas que você precisa realizar em casa, vigie no cuidado e vigie na emoções.

2. Resolvendo os problemas do dia a dia

Precisamos trabalhar diariamente na resolução dos problemas para que eles não cresçam e se avolumem demais. Se empurramos os problemas para debaixo do tapete, uma hora a coisa explode e a sujeira se espalha e suja toda a casa.

Temos um casal de amigos que são muito queridos. Lembro que eles fizeram uma casa nova e decidiram não utilizar cesto de lixo no banheiro, eles jogavam o papel no vaso e davam descarga. Até que, certa vez, a água do vaso começou a descer mais lentamente, mas continuaram jogando o papel no vaso até que o vaso entupiu e parou de descer água. Havia dado um problema na saída do esgoto na rua e durante um bom tempo todo o papel ficou sendo acumulado no cano. O resultado foi que entupiu o esgoto. Eles tiveram que quebrar tudo, tirar todos os canos e retirar aquele monte de papel usado. Foi uma situação bastante complicada.

Assim são algumas famílias, não percebem que estão juntando problemas e não param para solucionar. E quando finalmente não tem mais jeito, são forçados a encarar o problema, e neste momento a coisa fica bem feia.

Resolvam seus problemas constantemente, não acumulem. O acumulo de problemas são brechas que o inimigo pode utilizar para invadir a sua casa. Peça ao Senhor que te ajude a ter sabedoria e inteligência para resolver os problemas do dia a dia.

3. Protegendo a casa

Como podemos proteger espiritualmente a nossa casa? Gostaria de ressaltar as armas ideais para o cristão proteger o seu lar contra as investidas do inimigo:

Meditação na Palavra de Deus – Na Bíblia encontramos o alimento espiritual que precisamos para fortalecer a nossa família. A Bíblia é também uma poderosa espada, com a qual podemos atacar e nos defendermos.

– Sem fé é impossível agradar ao Senhor. A fé gera esperança, e esperança é uma arma poderosíssima. A fé é capaz de mover montanhas. A fé permite que você acredite que o impossível pode acontecer em sua família.

Oração - A oração atrai e enche o nosso lar com a doce presença de Jesus. Pela oração temos autoridade para repreender o mal e abençoar a nossa casa.

Jejum - O jejum potencializa a nossa oração. Este momento de abstenção de alimentos serve para nos quebrantar. Ficamos mais sensíveis às coisas espirituais através do jejum.

Adoração - A adoração precisa ser o estilo de vida da família. Em tudo o que o crente faz ele glorifica ao Senhor. A verdadeira adoração atrai a presença do Senhor. Os filhos de Eli, Ofini e Finéias são exemplos claros de uma adoração suspeita, que desagrada a Deus.  

Amor – O apóstolo Paulo diz em I Coríntios 13.13: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor”. O amor é a maior arma espiritual para proteção de sua família. Portanto, ame a sua família incondicionalmente.

Conclusão

São muitas as lutas, provas e ataques malignos que as famílias enfrentam. Mas se fizermos do altíssimo a nossa habitação nenhum mal nos sucederá, nem praga alguma chegará a nossa tenda. Continue crendo e colocando a sua casa sob a proteção do Senhor.

Tenha um tempo de leitura bíblica e oração em família, vigie em tudo, tape todas as brechas, não permita que o inimigo entre em sua casa. Peça sempre ao Senhor para te dar sabedoria, para que você e sua casa vivam sempre em harmonia e tenham diariamente uma solução para os problemas que surgem.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

O desafio da maternidade na pós-modernidade

I Reis 3.16-28


O texto fala sobre duas mães que desenvolviam uma atividade profissional bastante difícil para quem quer ser mãe. O texto diz que elas eram prostitutas. Ambas tiveram um filho, porém, uma das mães sufocou o seu filho enquanto dormia. Quando acordou, viu que o seu bebê estava morto, foi e trocou o seu pelo outro bebê que estava vivo. Quando a outra mãe acordou, viu que o menino que estava em seus braços estava morto, porém, atestou que aquela criança não foi a que ela deu à luz. Elas devem ter brigado bastante, trocado ofensas, e como não conseguiram resolver, buscaram o rei para julgar aquela causa.

Neste tempo os reis eram também juízes. Eles julgavam as causas que lhes eram apresentadas. O rei Salomão estava recém empossado em seu trono. Aquela foi uma espécie de prova de fogo para testá-lo. Havia provavelmente uma torcida para que ele se desse mal. Todo líder, no início de sua liderança, precisa ser testado. O grupo irá se encarregar de fazer isto naturalmente. Dentro de todo grupo existirão aqueles que são a favor, e torce para o líder se dar bem, e o apoia no que for preciso; existem aqueles que tanto faz, se cair vem outro, ou, se ficar nós o apoiamos; mas, existem também os que torcem para o novo líder cair, e faz tudo o que pode para que isto aconteça. São pessoas do mal, gente de coração perverso, amarguradas de espírito, que, devido a alguma questão pessoal, não quer ver o grupo avançar.

Não havia teste de DNA, então, como provar quem era a mãe verdadeira? Salomão pediu que lhe trouxessem uma espada e propôs o seguinte: Vamos cortar a criança ao meio e dar metade para cada uma. Uma das mães falou: Não faça isto, pode entregar o menino vivo para a outra; A outra mulher, no entanto, disse: Que não seja nem meu nem teu, seja dividido. Salomão então, entendeu que a mãe que queria o filho vivo era a mãe verdadeira. Porque a essência de ser mãe está em expressar o amor pelo filho através de atitudes concretas. Ela poderia não ser a mãe biológica, mas, provou que seria uma verdadeira mãe. Já a outra mulher, caso fosse a mãe biológica, não seria uma mãe de verdade, pois, o seu posicionamento atestava que não tinha amor pela criança.

Diante do exposto, podemos pensar nos desafios da maternidade na pós-modernidade. Quais são os desafios maternos diante de um mundo pós-moderno?

1. Desafio da Proteção

Das duas mães que vimos no texto, uma não conseguiu proteger o filho nem de si mesma. Em um ato de descuido ou extremo cansaço, ela dormiu sobre o seu próprio filho e o sufocou.

Vivemos em um mundo de muitos perigos e ameaças, os nossos pequenos são indefesos e precisam de proteção para sobreviver. Infelizmente, as vezes as crianças precisam de proteção dos próprios pais. De todos os animais, o ser humano é o único que depende em tudo da mãe para sobreviver.

O historiador romano Caio Plinio disse que: ‘O homem é o único animal que não aprende nada sem ser ensinado: não sabe falar, nem caminhar, nem comer, enfim, não sabe fazer nada no estado natural, a não ser chorar’. De fato, em tudo o ser humano necessita de seus pais, sobretudo, de sua mãe.

Muitos são os problemas e dificuldades que as mães enfrentam para dar proteção a uma criança. Sempre houve pessoas perversas para influenciar negativamente as crianças, e por isto os pais sempre precisaram ficar bastante atentos para não permitir que estes indivíduos chegassem próximos aos seus filhos. Porém, com o avanço da tecnologia este risco aumentou exponencialmente. Dentro de casa, aparentemente protegido em seu quarto, as crianças sofrem tremendo assédio através das mídias sociais. Cabe aos pais regularem o que os seus filhos acessam e estabelecer limites.

Nenhuma criança gosta de limite, elas gostam de sentirem-se livres, desde bem cedo. Você tenta controlar ela em seus braços e ela faz de tudo para se soltar. Na adolescência, eles fazem de tudo para voar. Porém, ainda não sabem o risco que correm. Há um tempo certo para voar, a ave que tenta antecipar isto, pode se machucar ou até mesmo morrer. Por isto, cabe aos pais estabelecer limites. Eles não vão gostar, mas, é preciso para proteção deles mesmos, até que tenham maturidade e sejam capazes de tomar decisões seguras.

Se você não sabe como fazer, busque em Deus a sabedoria. O Senhor dá a todos que precisam e nele confiam. Seja um intecessor dos seus filhos diariamente. A oração de uma mãe toca o coração do Pai.

2. Desafio da Orientação

Diante do perigo iminente, cabe aos pais orientar diariamente, sem cessar, aos seus filhos, para que eles possam aprender a defender-se de pessoas mal intencionadas, seja presencial ou virtualmente.

Provérbios 22.6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar”. É papel dos pais ensinar aos filhos trilhar o bom caminho e desviar-se do mal. Eles querendo ou não, cabe aos pais o dever do ensino. Em geral a mãe dedica mais tempo aos filhos do que o pai. É uma grande responsabilidade, preparar um filho para o mundo.

Eu ouvi uma mensagem do Pr. Paschoal Piragine, que ele dizia que nós não criamos os nossos filhos para nós mesmos, criamos eles para eles mesmos, para seus cônjuges e para encarar o mundo. De fato, na criação precisamos pensar que eles não estarão para sempre debaixo de nossas asas e é preciso confiar que o que você ensinou irá funcionar.

Meu filho irá casar-se em breve. Ele vai começar a sua própria família. A partir daí, as escolhas serão dele e de sua esposa. Não convém eu e minha esposa nos metermos na vida deles, a não ser que sejamos convidados pelo casal para aconselharmos. Mas, de qualquer forma serão marido e mulher que deverão decidir sobre as suas vidas e de seus filhos quando vierem. Eu espero que demore bastante, não tenho pressa para ser avô.

3. Desafio do Empurrão

Eu lembro de um documentário que vi sobre as águias. Quando ela é pequena os papais águias caçam e dão o alimento na boca do filhote. Eles fazem isto até que o filhote esteja maduro para voar. Quando isto acontece, os pais simplesmente abandonam o ninho e vão embora. Eu vi este documentário e fiquei com dó da cara da águia quando percebe que não terá mais o alimento na boca. Não terá mais roupa lavada e passada, casa limpa e comidinha na mão. A águia filhote, fez uma cara tão triste que dava pena. Mas, se talvez se os pais águia não fizerem isto, os filhotes poderão querer permanecer no ninho a vida toda, recebendo comidinha na boca.

Eu assisti a uma aula do professor Clóvis de Barros Filho, onde ele falava de seu filho. Ele disse: eu acho que meu filho gosta mais da minha casa do que eu. É muito cômodo ficar na casa dos pais. No Brasil parece que isto é mais intenso. Entre os americanos de classe média, quando o jovem faz dezoito anos, eles vão para a Universidade, em geral bem distante de casa, e nunca mais volta. Da faculdade eles já ingressam na vida profissional e organizam a sua própria vida.

Na pós-modernidade percebe-se que há filhos que querem ficar em casa, e até alguns pais que querem que seus filhos fiquem em casa, mas, eles precisam crescer e ter o seu próprio ninho. As vezes eles não querem voar, e é preciso dar um empurrãozinho para eles voarem. Porque esta é tendência natural.

Conclusão

É um desafio enorme criar os filhos diante dos imensos desafios da pós-modernidade. Parece que o mundo nunca girou tão rápido, não conseguimos acompanhar tantas mudanças, e não são apenas mudanças tecnológicas, são também comportamentais. Antes quando um bebê nascia, pelo órgão genital nós sabíamos se era homem ou mulher. Hoje se discute se o sexo da criança pode ser classificado a partir desta definição; os cascos de Coca-Cola eram duráveis, hoje são descartáveis. E, parece que os relacionamentos acompanharam esta tendência e se tornaram sem comprometimento real; Até a forma de trabalhar tem mudado rapidamente. É muito comum trabalhar de casa, utilizando apenas computador ou celular. Eu e o meu filho, por exemplo, trabalhamos a maior parte do tempo em home office; A TV que era canal aberto, virou TV por assinatura, e evoluiu para a modalidade streaming. Pra mim é bem melhor, vejo o filme a hora que eu quero, e não na hora que a emissora quer; O que se fazia apenas em um estúdio, agora pode ser feito apenas com um celular, e um monte de gente ganha dinheiro apenas produzindo conteúdo.

Os desafios da pós-modernidade são enormes, as mães precisam ter muita perna para acompanhar tantas modificações. É preciso estar muito atenta com está próximo, para que não queira roubar o seu filho e trocá-lo por um morto. Pode ser que o outro não faça isto literalmente, mas, pode apresentá-lo à desgraça das drogas. E, quando o adolescente entra por esta linha, ele fica parecendo um zumbi. Como se tivessem trocado o seu filho por um morto vivo.

Mamãe, cuide bem de seu filho, proteja-o, ensine-o, e na hora certa, empurre-o pra fora do ninho. E, que Deus te abençoe nesta linda e maravilhosa missão.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Recebi poder. E agora?

Atos 1.8

Poder de forma geral é um revestimento que alguém recebe para realizar alguma coisa específica. Só se pode exercer o poder quando se recebe autorização para isto. Somente pode se transferir ou delegar poder para o outro aquele que recebeu autoridade para isto. Por exemplo: Para exercer a medicina é preciso que um grupo de pessoas legalmente autorizadas, denominado Conselho Regional de Medicina, credencie uma pessoa para tal. Da mesma forma pastores Batistas. É preciso que a igreja reunida, juntamente com a Ordem de pastores, credencie um candidato para exercer o ministério pastoral. Estes e outros grupos têm o poder para dizer quem pode ou não exercer determinadas profissões, porque alguém que tinha autoridade lhes conferiu este poder.  Nós recebemos o poder do Espírito Santo, do próprio Deus, fomos revestidos do poder divino para cumprir uma missão. A pergunta é: E agora, o que eu faço com todo este poder?

Muita gente recebe um poder, mas, não sabe como utilizá-lo. Eu e minha querida esposa assistimos outro dia um filme chamado Shazan. É a estória de um menino de quatorze anos que recebe o poder de um mago para se transformar em um super herói, porém, ele não sabe utilizar de imediato todo o poder que recebe. Então, ele utiliza os seus super poderes para o benefício próprio. Como um menino, ele age como um menino, vai para as ruas dar autógrafos, tirar selfies, e cobra por isto.  É preciso surgir um super vilão, para tentar destruí-lo e tomar o seu poder, para que ele perceba que tudo o que lhe foi dado é para cumprir uma missão: proteger o mundo contra o mal.

Nós temos o poder que nos foi dado pelo Espírito Santo, mas, nos comportamos como aquele menino que não sabe para que ele recebeu tal poder e queremos usar este poder somente para nós mesmos, porém, Jesus deixou bem claro onde e como deveríamos utilizar todo este poder.

Jesus havia ressuscitado e muitos discípulos estiveram com ele durante um espaço de cerca de quarenta dias. Ele apareceu para cerca de quinhentas pessoas. Pouco antes de ascender aos céus Jesus estava reunido com os seus discípulos quando fez a sua última declaração. Neste momento Jesus prometeu para que eles receberiam poder para cumprir uma missão.

Como se deu esta promessa que Jesus fez aos seus discípulos e o que eles deveriam fazer?

1ª "Receberiam poder".

A primeira promessa de Jesus neste verso é que eles seriam revestidos de poder. O que significa que eles teriam autoridade para fazer algo. A missão de Jesus era simples, eles deveriam ser suas testemunhas. Deveriam contar ao mundo tudo o que Jesus fez. Deveriam compartilhar a mensagem do reino de Deus para que outros também tivessem oportunidade de participar.

Eu lembro quando trabalhei em uma grande empresa. Entrei como assistente, depois de uns três ou quatro anos a empresa decidiu me promover e recebi a função de chefia. Neste momento eu fui revestido de autoridade sobre os meus companheiros, que antes eram apenas seus colegas de trabalho. O que mudou? Eu fui revestido de poder para liderá-los. Este poder foi me dado para que eu coordenasse o trabalho de equipe. Caso eu não cumprisse o meu papel, provavelmente eu seria demitido, porque não utilizei com excelência o poder que me foi confiado.

Quando nós nos convertemos, recebemos poder para cumprirmos uma missão. Antes da conversão não temos o poder do Espírito Santo, este poder só nos é dado quando entregamos a ele as nossas vidas. E, neste momento, somos capacitados a testemunhar o seu amor e a sua justiça.

II Reis 9 conta a história de quando Jeú foi ungido rei de Israel. Eliseu manda um dos seus discípulos pegar um vaso de azeite e ungir a Jeú como rei. Jeú era comandante do exercito. O moço vai com muito medo e faz o que o profeta mandou e foge. Logo depois os outros capitães ficam sabendo o que aconteceu, lançam suas capas, tocam o shofar e declaram, Jeú é rei. Veja que, a cinco minutos atrás ele era somente um comandante do exército, mas, depois de um simples ato, ele recebe a investidura de um rei. 

Neste verso, Jesus está informando para os seus discípulos que eles receberiam poder espiritual para realizar uma grande missão, eles seriam suas testemunhas.

2ª "Receberiam o Espírito Santo".

Quem recebe poder ou autoridade, recebe de alguém que tem o poder de conceder tal autoridade, se não ela não serve para nada. Eu posso chegar aqui e dizer, a partir de hoje todos vocês são príncipes e princesas, mas, nada aconteceria. Eu não tenho autoridade para isto, então minha palavra será inútil. Mas, posso levar pessoas aqui a serem consagradas a pastores e líderes da igreja. Para isto eu tenho poder e autoridade. No caso de Jeú, Eliseu tinha poder reconhecido para ungir alguém para ser rei.

No caso dos discípulos, eles receberiam poder que vinha do próprio Deus. Ele os capacitaria para realizar a grande obra para o qual foram comissionados. Este fato acontece primeiramente durante a festa de Pentecostes, quando os discípulos estavam todos reunidos em Jerusalém. Hoje acontece quando cremos em Jesus e entregamos a ele as nossas vidas.

O Espírito Santo seria o poder capacitador, para que os discípulos pudessem realizar a missão. 

3ª "Seriam testemunhas de Jesus"

Quando se recebe um poder ou uma autoridade é para ser utilizado para um fim específico. Jesus declarou para o que eles receberiam todo aquele poder. Os discípulos seriam testemunhas dele. Onde eles fossem compartilhariam a história do que Jesus fez. Simples assim. O poder não era para benefício próprio era para ser utilizado para que outras pessoas tivessem a oportunidade de também conhecer a Jesus.

Quando discipulamos alguém, estamos utilizando o poder que o Espírito Santo nos concede. Quando nos calamos, nós tornamos todo este poder obsoleto. O poder do Espírito não é para realizarmos cultos para nós mesmos nos sentirmos bem, mas, é para que vidas sejam alcançadas.

4. “Testemunhariam em Jerusalém, toda Judéia, em Samaria, e até nos confins do mundo"

Há um sentido lógico no que Jesus disse. É preciso começar por Jerusalém, ou seja, por aqueles que estão mais próximos. Nossos vizinhos, amigos, parentes. Depois, pensar em nosso entorno: Em toda a Judeia. Em nosso caso, Duque de Caxias é a nossa Judeia. Devemos também pensar em alcançar aqueles que consideramos desprezíveis, que para o povo judeu eram os samaritanos. Estes representam aquelas pessoas que não queremos em nossas igrejas, porque as rejeitamos. E, então, por último, pensar nos lugares mais distantes.

O que Jesus propôs não é uma lista para escolhermos qual povo queremos alcançar, mas, mostrar que todos precisam ser alcançados, porém, primeiramente aqueles que estão próximos a nós. O Eu+1 é uma ferramenta que visa viabilizar esta ordem de Jesus. Pensar em discipular aquele que está perto de nós. E para isto o Espírito Santo nos capacita.

Conclusão:

Jesus veio a terra, se fez homem, habitou entre nós, entregou sua vida na cruz do calvário para nos salvar da condenação eterna e nos enviou o seu Santo Espírito. Ele prometeu que por seu intermédio receberíamos poder, através do recebimento do Espírito Santo em nossas vidas, e este poder deverá ser usado para um objetivo específico, ser testemunha do Senhor Jesus. Discipular pessoas pelo poder do Espírito Santo. Contar para as pessoas sobre as boas novas de salvação. Esta é a nossa missão.