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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Três coisas que podem atrapalhar o seu crescimento

 Prov. 19.15 e 20.13

O livro de Provérbios é um compêndio de poemas que nos apresenta princípios de vida. São experiências compartilhadas tiradas do cotidiano do escritor, verdadeiros alertas para que tenhamos uma vida melhor. O texto de nossa meditação nos fala de algo muito comum, a preguiça. É algo que não carece um estudo muito grande para ser entendido, trata-se de um alerta e um desafio para que possamos vencê-la.

Certa vez um homem pediu para ser enterrado vivo, ele não queria mais viver por que não gostava de trabalhar e sabia que iria mesmo acabar morrendo de fome. Assim o colocaram em um caixão e seguiu-se a procissão. Um fazendeiro muito bondoso da região se aproximou e perguntou quem havia falecido, e então contaram o caso para ele. Muito entristecido com a situação propôs para aquele homem que se ele desistisse daquela idéia ele lhe daria uma saca de arroz por mês. O homem então levantou um pouco a cabeça, deu uma olhada para o fazendeiro e perguntou - o arroz é com casca ou sem casca? – o fazendeiro respondeu – é com casca, está fresquinho, é recém colhido – então o preguiçoso respondeu – pode seguir o enterro.

Encontramos nestes dois versos três elementos que podem levar uma pessoa à ruina total.

1. Preguiça (Provérbios 24.30-34)

A preguiça é um mal hábito em que a pessoa demonstra pouca disposição ou aversão para o trabalho. Quem tem preguiça não prospera, não cresce em nenhuma área de sua vida, seja social ou espiritual. Pela razão simples de que não consegue se mover do seu lugar, não consegue vencer as amarras da moleza.

Todos nós temos um dia ou um período que não queremos fazer nada, que nos entregamos ao sono. Este momento é importante para repor as energias. Um tempo por exemplo de férias, é essencial para descansar um pouco a mente, parar por as coisas no lugar. Mas, isto não pode ser uma constante, e sim um momento de descanso para o corpo e para a mente.

A preguiça impede as pessoas não apenas de trabalhar, mas, também de estudar, ler, se planejar, orar. A preguiça é, portanto, um impeditivo tanto para o crescimento pessoal quanto para o espiritual. Sem movimento, o corpo enferruja, sem estudo e uma boa leitura, a nossa mente fica estagnada e sem oração, não há crescimento espiritual.

A preguiça precisa ser combatida severamente. Eu lembro que meu pai me dizia que era preciso doutrinar o corpo para vencer a preguiça. Se isto não for feito, relaxamos e o corpo amolece.

No entanto, devemos considerar que a vida não é feita apenas de trabalho. Um bom momento de soneca em horário apropriado é saudável. Um período de férias do trabalho também é muito bom. Mas, a preguiça não pode ser uma constante, por exemplo, preguiça de acordar cedo aos domingos para ir para o a EBD e o culto matinal; preguiça para assumir funções e trabalhos na igreja; preguiça de ler a Bíblia.

Precisamos vencer esta preguiça e produzir mais para o Reino de Deus. Foi para isto que fomos chamados.

2. Ócio

Há um ditado que diz que “mente vazia é oficina do diabo”. Creio que ninguém contesta este dito popular, porque é pura realidade. Ociosidade é aquele tempo de não fazer nada. O tempo de descanso, por exemplo, é um tempo de ócio do bem, descansar um pouco é saudável. O que não é nada bom é querer viver a vida descansando.

O rei Davi era um grande homem de Deus, saia para as guerras e vencia todos os seus inimigos. Era um adorador impecável e grande líder de sua nação. Entretanto, houve um período que ele ficou ocioso, não tinha nada pra fazer então resolveu passear em seu terraço. Praticamente todos os homens de guerra estavam fora lutando e Davi passeando em seu terraço quando viu Bate-seba tomando banho. Veio à sua mente o pensamento maligno de se deitar com aquela mulher. Ele se deitou com a mulher de Urias, um dos seus valentes, traiu a confiança de um dos seus homens de confiança e de Deus.

Um outro exemplo de ócio do bem é o chamado ócio produtivo. Filósofos afirmam que esta é uma vertente boa do ócio. É o tempo em que paramos para raciocinar, pensar, elaborar, trabalhar apenas com a mente. Sem este ócio, a mente não teria espaço para novas elocubrações. A produção literária e todo o tipo de raciocínios, precisam deste ócio para trabalhar. Neste caso, o ócio produtivo seria um trabalho, e não uma mente vazia.

Um ócio produtivo espiritualmente pode ser aquele que paramos para meditar em Deus, paramos para orar e buscar a face do Pai Celeste.

3. Sono demasiado

"um pouco para dormir, um pouco para toscanejar, um pouco para cruzar as mãos em repouso; assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado". (Pv 6:10,11)

A preguiça e o ócio são amigas intimas do sono. Não estou aqui falando de uma noite bem dormida de sono, ou daquele soninho que nos entregamos durante as férias. O sono demasiado é o que Salomão fala sobre o amor ao sono. É dormir demais. É não ter limites. É deixar de fazer as coisas para simplesmente dormir. É dormir até tarde do dia sem necessidade.

Sobre o sono, todos nós temos um organismo diferente um do outro. E, com isto, temos necessidades distintas. Somos seres singulares, e nesta singularidade, cada um talvez tenha um tempo diferente de necessidade da quantidade de horas dormidas.

O sono é restaurador, precisamos dormir bem. Há pessoas que tem dificuldades em dormir, e se sentem pesadas no dia seguinte, lentos, não conseguem produzir. O sono, portanto, na medida correta, é altamente necessário para um bom funcionamento do corpo e da mente. No entanto, quando isto passa do limite da razoabilidade, se torna um elemento nocivo.

As pessoas que acordam tarde, dormem demais, ficam sentem desânimo o dia todo. Parece que saiu da cama, mas, a cama não saiu dele. Não tem disposição nem mesmo para orar e meditar na Palavra.

Uma atenção precisa ser dada a isto, porque pode ser apenas uma preguiça, mas, o excesso de sono ou falta dele pode ser indício de alguma enfermidade na alma, um problema de ordem emocional. Neste caso, é preciso um acompanhamento médico.

Conclusão

Quando eu leio o livro de Provérbios eu me pergunto porque Deus teria inspirado os seus escritores para nos deixar tantas instruções. Acredito que seja porque Deus se preocupa com o homem integral, com o ser humano por inteiro. Deus não se preocupa apenas com a nossa alma. Ele se preocupa com o ser humano todo. É o evangelho todo, para o homem todo.

Nestes dois versos eu vejo uma preocupação de Deus para que sejamos seres produtivos. Pessoas que vivem bem a sua vida, que não se entrega à preguiça, ao ócio ou ao sono demasiado. A preocupação de Salomão era para que ninguém viesse, com isto, a empobrecer e assim ter falta do que comer.

No que diz respeito ao nosso espírito, aquele que se entrega à preguiça, ao ócio ou ao sono demasiado, será pobre espiritualmente. Assim como o corpo e a mente, o espírito precisa ser igualmente alimentado. É preciso a dedicação na oração, na leitura bíblica, e na meditação, para que o nosso espírito seja fortalecido.

Que o Senhor nos abençoe, para que possamos vencer a preguiça e buscarmos o nosso crescimento pessoal, assim como buscar o fortalecimento espiritual.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Superando a baixa autoestima

Juízes 6.11-15

O tema do sermão que eu quero compartilhar está relacionado com um problema muito comum que muitas pessoas enfrentam, conhecido entre os psicólogos como “baixa autoestima”. Isto ocorre quando a visão ao nosso próprio respeito está abaixo da média, então nos rejeitamos a nós mesmos. 

A baixa autoestima ajuda a desenvolver o complexo de inferioridade, e a pessoa se sente menor do que todas as outras. Sempre achando que não podem, não conseguem, e o que os outros fazem é sempre melhor do que o que ela faz. Este problema emocional corrompe a capacidade do individuo, fazendo-o crer que realmente é incapaz de realizar as coisas. 

Gideão era alguém que estava com sua autoestima em baixa, e havia um grande motivo para isto. Gideão, juntamente com o povo de Israel estava enfrentando uma opressão muito grande, no verso 1 diz que “os filhos de Israel fizeram o que era mal aos olhos do Senhor, e o Senhor os entregou nas mãos dos midianitas”. Devido a esta opressão, os israelitas estavam se sentindo fracos e incapazes.

Neste momento de sentimento de incapacidade é que Deus fala com Gideão e a partir daquela experiência com Deus é que ele se levanta com uma nova visão. A sua autoestima é restaurada e ele começa a se ver de forma diferente. Agora, ele se levanta e lidera um pequeno exército de 300 homens, e com este pequeno exército ele vence os midianitas.

A experiência de Gideão com Deus nos dá a chave para vencermos o problema da baixa autoestima. Como podemos fazer isto?

1. Acredite em si mesmo

A autoestima é acima de tudo acreditar em si mesmo e no seu potencial, é amar a si próprio, é gostar de si mesmo, é olhar para o espelho e declarar, que coisa linda Deus criou, que nariz lindo, que cabelo maravilhoso (ainda que seja crespo, mas é bom), que careca charmosa, que sorriso encantador (ainda que seja um sorriso meio vazio), que belos olhos.. Toda esta ‘belezura’ foi Deus quem fez, louvado seja Deus! 

Todos nós, em alguma etapa da vida, enfrentamos momentos em que a autoestima dá uma abaixada. Gideão estava neste momento de sua vida. O seu estado era resultado da perseguição de um inimigo que, aos seus olhos, era mais poderoso que ele. Devido a este fato, ele havia perdido a confiança em si mesmo e em Deus.

Havia muito medo que o congelava e antes mesmo de enfrentar a crise ele já se via como fracassado. Naquele momento ele se sentia um derrotado, por que ele via o seu inimigo muito mais poderoso que ele mesmo.

Se você está enfrentando uma baixa autoestima é por que você perdeu a noção do seu potencial, a tua visão de si mesmo está ofuscada e prejudicada. Prov. 23.7 “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é”. É preciso que a sua visão de si mesmo seja renovada em Deus.

2. Enfrente os seus medos 

Gideão teve que enfrentar o seu maior inimigo, ele mesmo. Gideão era um guerreiro aprisionado pelo medo. O pavor era tanto que ele estava escondido malhando trigo no lagar. Lagar era um lugar escondido onde se pisava as uvas para produzir vinho. A eira era o lugar de malhar o trigo, mas, ficava mais à mostra. Foi preciso uma chamada do Senhor para que ele se visse novamente como um grande guerreiro capaz de levar o seu povo a uma libertação.

Gideão precisou de ajuda para vencer seus medos, a palavra do anjo de Iavé serviu para restaurar a sua visão. Ele separou trezentos homens que acreditaram na sua liderança, e com estes homens Gideão venceu e conseguiu a vitória sobre seus inimigos. Isto mostra o que o poder de a Palavra vinda de Deus tem o poder de fazer em nossas vidas. Uma palavra que vem da parte de Deus pode trazer a existência coisas que não existem.

Enfrente seus medos, não se deixe dominar por eles. Os seus medos não são maiores do que o seu Deus, e você é bem maior do que a sua visão de si mesmo.

3. Creia que o Senhor está contigo (v.16)

Deus disse para Gideão: “Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem”. O Senhor estava lembrando a Gideão que ele não estava sozinho.  Ele precisaria levantar a cabeça e confiar em Deus. O Senhor daria todos os subsídios que ele precisaria para aquele enfrentamento. É assim que Deus faz, ele nos fortalece para que possamos enfrentar os nossos medos.

Gideão estava sufocado por seus inimigos, e estava convicto que não poderia fazer nada para reverter aquela drástica situação. A principal razão deste pensamento é que a sua baixa autoestima embaçou completamente a visão de si mesmo. Quando perdemos a confiança em nós mesmos, perdemos também a confiança em Deus. Perdemos a fé e deixamos de acreditar no Deus do impossível.

Creia que o Senhor está contigo em sua batalha, a sua fé em Deus irá te fortalecer. “Sem fé é impossível agradar a Deus..” (Hb 11.6).

Conclusão

Gideão enfrentou um momento muito difícil em sua vida, ele teve que vencer a sua visão de si mesmo e vencer os seus medos que o paralisavam. Talvez você esteja passando por uma situação semelhante a esta, o inimigo te cercou de tal maneira que fez com que sua autoestima abaixasse, e você não mais acreditasse em seu potencial. Se você se encontra como Gideão, achando que não pode nada, se sente um derrotado, O Senhor te diz: “vai nesta tua força!” Levante a cabeça, reaja, você não está sozinho nesta batalha, o Senhor é com você.

Foi a palavra dita por aquele anjo de Deus que fez Gideão acreditar em si mesmo, ele soube que o Senhor estava com ele e descobriu que não estava só. Muitas vezes duvidamos do agir de Deus em nossas vidas, e nos vemos sem chances de vencer os problemas que se agigantam contra nós, mas é neste momento que o Senhor fala para você, “vai nesta tua força”.

Depois que Gideão derrotou o seu primeiro inimigo, ele mesmo, então estava pronto para vencer todos os demais inimigos. Ele venceu o exército poderoso dos midianitas com apenas trezentos homens.

Se a sua autoestima está em baixa, e você não consegue realizar nada, ouça a voz do Senhor que diz: “vai nesta tua força”. Que você tenha a tua autoestima restaurada neste dia. Que você tenha a plena certeza de que: “posso todas as coisas naquele que me fortalece”.

Lembre-se de que Gideão usou toda a sua força para lutar pelo seu povo, para ajudar a todos a vencerem. Ele não usou a sua restauração de forma egoísta. Portanto, quando o Senhor restaurar a sua autoestima, lembre-se de realizar a obra do Senhor e ajudar ao seu próximo.