Êxodo 1.15-22
Clarice Andreozzi é uma parteira de 44 anos, que atua como tal a 22
anos, e já trouxe a vida 262 bebês no Distrito Federal. Ela diz que: “É
importante que a mulher entenda que biologicamente ela foi feita para,
naturalmente, engravidar, parir e maternar”. Deus formou as mulheres com esta
capacidade natural. A medicina desenvolveu várias ferramentas de apoio e
suporte para ajudar, principalmente quando há partos com complicações. A OMS
considera razoável uma taxa entre 10% a 15% de cesárias, mas, o Brasil bate o
recorde de cesarianas, chegando a cerca de 55%. Se considerarmos somente a rede
particular, este percentual sobe para cerca de 85% (fonte: www.ans.gov.br).
Sifrá e Puá foram duas mulheres que viveram na época do antigo Egito.
Elas eram profissionais de grande reconhecimento. O rei do Egito se encarregou
de ordenar a elas um determinado procedimento para os bebês hebreus. Ele
estabeleceu por decreto que todo bebê menino deveria ser morto no momento em
que nascesse. Foi neste momento em que aquelas mulheres fizeram a diferença,
elas optaram pela desobediência civil a leis injustas.
Santo Agostinho disse: “Uma lei injusta não é uma lei para todos”.
Portanto, não deve ser cumprida. O problema é que quem determina as leis é o
Estado e uma vez que não se cumpre haverá sansões legais. No caso de Sifrá e
Puá, elas poderiam pagar com a vida pela desobediência. Mas, elas não se
intimidaram, seguiram desobedecendo àquela lei absurda.
Podemos ver pelo menos três resultados positivos da intervenção daquelas
duas mulheres:
1. Deus abençoou às parteiras e lhes deu família (1.20)
Hoje temos poucos exemplos na mídia de pessoas que querem abençoar ao
seu próximo. O que mais se destaca na mídia são pessoas que querem explorar ao
outro. A missionária Anglicana Edméia Willians é um exemplo de mulher que se
doou para ajudar ao seu semelhante. Há 27 anos ela desenvolve projetos sociais
no morro Dona Marta. Atende a cerca de 150 crianças com aulas de reforço
escolar, musica, arte, dentre outras coisas. Mas, este tipo de notícia não
vende e quase não sai na mídia.
O testemunho da Pra. Edméia é lindíssimo, como ela foi abençoada
através de sua auto doação. Da mesma forma Deus abençoou a Sifrá e Puá e lhes
constituiu família. Desta forma, elas não apenas viram crianças de outras
pessoas nascerem, mas, viram os seus próprios filhos nascerem.
Se você deseja receber a benção de Deus sobre a sua vida, seja um
abençoador, faça a diferença.
Este fato interessante nos leva a pensar em nosso segundo ponto desta
mensagem:
2. Deus abençoou ao povo hebreu que cresceu e se fortaleceu
(1.20)
Existem pessoas ótimas, que receberam grandes talentos, mas, que não
utilizaram o seu talento com excelência. Um exemplo disso é o Romário, um dos
melhores do mundo ao meu ver, porém, não tinha o que fizesse ele treinar. O
resultado é que no final de sua carreira ele se arrastava em campo. Tinha uma
habilidade excepcional, mas, foi vencido pela indisciplina. Teve até uma música
que foi feita pra ele que dizia: “Treinar pra que, se eu já sei o que fazer”.
Totalmente diferente do monstro Cristiano Ronaldo, aos 36 anos em plena forma física.
Sifrá e Puá foram duas mulheres reconhecidas pela excelência que
desenvolviam as suas funções de parteiras. E, elas se superaram, quando colocaram
as suas próprias vidas em risco para abençoar outras pessoas. Pessoas que fazem a diferença contribuem enormemente para o crescimento do seu povo.
3. Deus abençoou e a vida de
Moises foi poupada (2.10)
Por causa da desobediência civil das parteiras, Faraó não teve outro
remédio, se não alterar a lei. A partir daquele momento todos os egípcios teriam
que matar os bebês hebreus recém nascidos. Elas deveriam jogá-los no Rio Nilo (1.22).
O jovem casal Anrão e Joquebede tinha um casal de filhos: Arão e
Mirian. Logo após a publicação da lei, nasceu mais um, que foi chamado mais
tarde de Moisés pela filha de Faraó (2.10). O menino foi lançado no Nilo, como
previa a lei. Após três meses, não podendo mais esconder a criança, Joquebede
prepara um cestinho, coloca Moises e o coloca às margens do Nilo. A partir
deste instante, o bebê tinha pelo menos dois destinos cruéis: 1. Morreria
afogado, caso o berço virasse; 2. Seria comido por crocodilos.
Conclusão
Foi assim que duas parteiras deixaram seus nomes registrados na
história como duas mulheres que fizeram a diferença. Fazer a diferença não é
fácil, porque exige que tenhamos coragem e determinação de fazer o que é justo
e correto. Elas escolheram o bem, agiram com misericórdia. Elas eram parteiras,
mulheres com talento para trazer a vida e não a morte.
Estas mulheres deram a sua contribuição para que o povo Hebreu
crescesse no Egito. Para que se tornasse um grande povo. Este foi o momento em
que a nação de Israel estava em gestação no útero do Egito. Já havia cerca de
430 anos, e a criança estava para nascer. Ela nasceria em um parto complicado.
Deus teria que forçar a saída do povo Hebreu do Egito, através das dez pragas,
forçando a Faraó liberar o povo.
Que você seja achado como um servo que faz a diferença neste mundo.
Faça o que Deus entregou em suas mãos da melhor forma possível. Seja no
trabalho eclesiástico, aqui dentro da igreja, ou no seu trabalho secular. Honre
ao Senhor fazendo tudo sempre da melhor forma possível, e que você seja muito
abençoado por Deus. Que tudo o que você tocar seja próspero e abençoado.
Pr. Sergio Rosa