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Um homem de Deus, buscando aproximar-se do seu ser essencial através de uma vida devocional meditativa, pesquisa, leitura de grandes autores, prática de uma vida piedosa, obras de amor ao próximo, oração e muito trabalho. Apaixonado por Jesus, por sua esposa, filho e nora. Siga no Instagran: sergiorosa50

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Do cortejo fúnebre para a festa – Lc 7.11-17


Esta intrigante narrativa acontece em uma aldeia chamada Naim, que ficava a cerca de dez quilômetros de Nazaré, cidade natal do nosso Senhor. Este era o mesmo lugar onde, na antiguidade, havia habitado a mulher sunamita, cujo filho havia sido ressuscitado pelo profeta grande Eliseu. Este fato era muito conhecido naquela região, sempre contado e recontado por gerações. Quando aquelas pessoas viram o menino ressuscitar imediatamente associaram os fatos e concluíram que Jesus também era um grande profeta. Logo, muitas expectativas surgiram a respeito dele.

Aquele dia era um dia de tristeza para aquela pequena aldeia, uma viúva havia perdido o seu único filho. Junto com ela, seguia-se muitas pessoas: parentes, amigos, conhecidos e etc.. Em determinado ponto de sua caminhada, eles se deparam com outro grupo que vinha em sentido oposto, era Jesus que vinha com seus discípulos e uma grande multidão que o seguia. Na antiguidade o sepultamento sempre era acompanhado de muita gente. Quando estava pastoreando em Belmonte, interior do sul da Bahia, eu achava muito interessante ver quanta gente ia para os sepultamentos. Quando alguém falta ao velório de um amigo é considerado descaso e motivo até de retaliação por parte da família do defunto. Quanto mais conhecido o morto, mais gente se faz presente. Quando o cortejo passava pelas ruas, as lojas iam fechando as portas em respeito ao cortejo fúnebre. Quando morria um professor, ou parente próximo, era declarado feriado em todas as escolas, para que todos pudessem comparecer. O cortejo saia da casa do defunto, seguia-se pela av. principal da cidade até o cemitério.

Era mais ou menos assim nos tempos de Jesus, o verso 12 nos informa que grande multidão seguia ao cortejo, era muito comum uma multidão acompanhar um sepultamento, porque era considerado obra meritória

É interessante pensar no encontro destes dois grupos, porque de um lado estava o autor da vida, o próprio Deus encarnado, Jesus Cristo. Do outro lado estava a dor e a morte. O Encontro entre Jesus e a morte resulta em vida e alegria.

Naquele dia Jesus transformou o lamento daquela mulher em alegria e grande festa. Vejamos pelo menos três coisas que acontecem quando há um encontro com Jesus :

1. Jesus traz o Consolo para aquela mulher (v.13). O verso 13 nos informa que ao aproximar-se da  mãe do menino, a primeira coisa que ele diz pra ela é "não chores!". Jesus preocupa-se em trazer o conforto para aquela mulher antes mesmo de realizar o milagre da ressurreição de seu filho. Jesus poderia ter se preocupado com muitas coisas, sobretudo, com o morto, mas, primeiro ele preocupa-se, com a mulher e a consola.

Uma grande promessa que Jesus nos fez, antes de sua crucificação, foi a de que enviaria o Espírito Santo Consolador, para que estivesse continuamente conosco em todos os momentos, sobretudo nos momentos de dor e tristeza, quando precisamos ser consolados.

Se você já passou por uma situação de dor ou tristeza, então você sabe como é bom ter um ombro amigo por perto para consolar. As vezes a pessoa não fala nada, mas, o simples fato de estar ali próximo já traz um conforto. Eu lembro das inúmeras vezes em que fiz cerimônias fúnebres, pude perceber como a presença pastoral conforta. Lembro do sepultamento de pessoas que foram especiais para mim como o irmão Nilton que era meu companheiro de viagem para as congregações. Certa vez, indo pregar em uma igreja bem distante, chamei o irmão Nilton para ir comigo, ele havia comigo uma peixada, e no meio da estrada começou a reclamar que estava enjoado, parei o carro, pra ele descer, mas ele esqueceu de tirar o cinto de segurança, e quando abriu a porta e tentou pular do carro, o cinto o segurou e acabou vomitando em todo o carro. Tivemos que parar o carro em um posto pra lavar o Nilton e o interior do carro, mas o cheiro ficou insuportável. Foi hilário! O irmão Nilton tinha um jeito engraçado de bater palma, parecia um guaiamum, um tipo de crustáceo comum naquela região, parecido com um caranguejo, era todo desajeitado. A história dele era linda, se converteu em um Encontro de Casais que realizávamos, tinha cerca de 50 anos, e se apaixonou por Jesus. Apenas três anos após sua conversão, após tantos anos sua esposa orando, ele teve um enfarto e faleceu. Lembro da irmã Ana, sua esposa, me abraçando e chorando. Eu não tinha nada o que dizer pra consola-la, eu apenas a abracei e a deixei chorar.

Jesus é aquele que pode trazer conforto e consolo para os momentos mais inusitados, nas crises mais profundas, por que ele conhece a nossa dor, e sabe a melhor forma de tratar. Seja o que você estiver enfrentando, confie no Senhor para que ele possa te confortar plenamente como ele fez com aquela viúva. Jesus se preocupa com a sua dor, com o que você sente, com o que você está passando agora.

2. Jesus traz a restituição do que havia se perdido (v.14-15). Jesus parou o enterro e fez algo impensável, para aquele tempo, ele tocou no caixão. Naquele mesmo momento tudo o que aquela mulher havia perdido foi restaurado pelo toque de Jesus. Jesus faz parar a situação de calamidade em que vivemos para nos mostrar que existe outra alternativa de vida. No momento em que Jesus tocou no caixão, todos pararam, por que não era comum que alguém fizesse isto, mesmo por que era considerado imundo quem tocasse em um morto. Jesus fez algo inesperado naquele dia, ele parou o enterro e ressuscitou o menino.

É muito difícil quando se perde algo de muito valor. Aquele menino era tudo na vida daquela mulher. Certa vez eu vi uma reportagem sobre um engenheiro que matou a mulher e seus filhos, e depois se matou. A reportagem dizia que o motivo havia sido a sua falência. Aquele homem não suportou a dor de perder tudo o que tinha, e achou que a solução seria a morte.

No livro de Jó lemos que aquele homem perdeu todas as coisas, bens, filhos, saúde... ele foi completamente saqueado pelo inimigo. Mas, no final do livro, lemos que o Senhor restituiu a Jó em dobro todas as coisas que ele havia perdido. Jesus pode te restituir também aquilo que você perdeu.

3. Jesus renova a alegria de viver – Imagina a alegria que aquela mulher teve em ver o seu filho que estava pronto para ser sepultado levantar-se daquele caixão. Ela que estava preparando-se para nunca mais vê-lo, agora, teria a alegria de estar com ele ainda por muitos anos. A alegria daquela mulher foi renovada naquele dia. No dia em que ela estava se preparando para sofrimento e dor, seu lamento foi transformado em cânticos de alegria.

Muitas são as situações que querem nos fazer parar. Por vezes temos que enfrentar as fatalidades da vida. São doenças, mortes, perdas, separações e uma série de infortúnios que temos que enfrentar, que nos rouba o prazer da vida.

Certa vez, pai e filho anseia por um momento de folga para realizarem um passeio. Chegou o grande dia, então eles marcaram uma pescaria juntos.

Com a ajuda da mãe, fizeram os preparativos na véspera, e no dia saíram bem cedinho pra aproveitar ao máximo. Ainda estava bem cedo quando começaram a atravessar a floresta em direção ao rio.

- Cuidado, meu filho. Não se afaste demais, que você pode se perder.
O menino corria à frente, agarrava-se a um cipó, balançava-se e se adiantava ainda mais. O pai tornava a aconselhar: - Não se afaste muito. Você pode se perder.
Mas, o filho não deu ouvidos e foi o que realmente aconteceu. O menino desapareceu mata a dentro e se perdeu.O pobre pai, desesperado, começou a gritar pelo nome do filho. Nenhuma resposta. Procurou... procurou... nada. Já tinha perdido a esperança, ao cair da tarde, mas continuava gritando e procurando. Cansado e sem forças, ele ouviu uma voz distante gritando por ele. Alguns segundos depois deu-se o reencontro do pai com o seu filho perdido.

Quando nos encontramos com Jesus, sentimos uma grande alegria tomar conta de nosso interior, por que a vida passa a ter um sentido. Jesus, como nosso Deus amado, por ser nosso Pai, sente ainda mais alegria.

A morte daquele menino foi uma tragédia na vida daquela mãe, mas, Jesus transformou aquela tribulação em festa. O mesmo irá acontecer na sua vida quando Jesus operar. Toda e qualquer situação que hoje está causando desconforto, será substituída por uma grande festa de celebração.

Conclusão


Assim como na história narrada, Jesus quer ter um reencontro com você, ele quer trazer alegria onde antes só havia lamento e dor, ele quer te dar novamente uma esperança de vida. Muitas vezes, situações nesta vida nos fazem perder a alegria de viver, mas, Jesus tem o renovo que você precisa. Não estou prometendo pra você uma vida só de felicidades, sem lutas e só vitórias, mas, estou afirmando que você terá paz e poder para enfrentar as tribulações que esta vida nos impõe.

Se você deseja também encontrar-se com o autor da vida, aquele que pode mudar a sua história e transformar o seu lamento em festa, basta abrir o coração totalmente e convidá-lo para que entre. Diga no seu intimo: Senhor Jesus, eu quero entregar a minha vida em suas mãos, entra na minha vida, perdoa os meus pecados, sara a minha dor. Amém!